quinta-feira, fevereiro 28, 2008

...

São 21h. Estou cansado. Trabalhei a tarde toda. Doi-me a cabeça. Tou cheio de neura. Quero dormir. Amanhã é sexta-feira. Os dias correm. Estou telegráfico. Amanhã não quero sair. Amanhã dá a série Irmãos & Irmãs no canal 2. Quero acabar de pintar o meu quadro. Quero ter um sábado tranquilo. Hoje vi 3 pintassilgos. Incrível.

Juno

Este filme é, definitivamente, a lufada de ar fresco da temporada. O argumento é brilhante, os diálogos são fantásticos. É um filme sobre gente comum, gente de todos os dias, e as suas incríveis excepcionalidades. É um filme sobre miúdos e sobre os 'graúdos' que os rodeiam. Fala-se uma nova linguagem e essa linguagem devia ser aprendida por muitos pais e muitos 'graúdos' (qualquer pessoa com cerca de 30 anos já é 'graúda'). As personagens são tão iguais a toda a gente, como singulares. E a lógica do filme é que, por muito que nos custe, um grande problema pode não ser problema nenhum. Compreendo perfeitamente o óscar para o melhor argumento original e diga-se, para acabar, que o filme tem um dos melhores finais que eu já vi em cinema.

17/20

Haverá Sangue

É um pouco estranho estar a ver os filmes nomeados para os óscares, depois da cerimónia de entrega. Acho que ficamos com uma expectativa muito direccionada. No caso deste filme de Paul Thomas Anderson, estava à espera de um pouco mais ao nível da realização. Houve alguns erros de encenação que não esperava de todo (como um personagem que em 20 anos não envelhece de rosto). Mas no final o filme é uma história clássica e competente na ilustração da génese da economia americana e do que os EUA são hoje. Uma coisa é certa, vale mesmo a pena ver o desempenho do Daniel Day Lewis. É brilhante.

14/20

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Love the movies!

Depois de mais de duas semanas de secura vou, hoje, fazer uma sessão dupla de cinema. Usando uma expressão do meu pai «estou contente que nem um rato» (e apesar de nunca lhe ter perguntado, acho que isto pede a especificação das condições de vida do rato). Love the movies, love the movies...

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Lição para os fundamentalistas cristãos

(Copiado de um blog onde saiu a notícia)

A Dra. Laura Schlessinger, é uma estrela de rádio nos EUA (onde mais poderia ser), tendo um programa onde dá conselhos aos ouvintes e onde faz acérrimas críticas aos comportamentos e estilos de vida que considera imorais, entre eles o aborto, as uniões de facto e a homossexualidade. Invoca passagens da Bíblia para justificação da imoralidade. Assim depois de ter utilizado uma citação de Levítico 18:22, que diz que a homossexualidade é uma abominação e não pode ser perdoada em qualquer circunstância, um cidadão americano escreveu-lhe uma carta aberta, a dizer o seguinte:

Cara Dra. Laura,

Obrigado por tanto fazer para ensinar o nosso povo a viver de acordo com a "Lei de Deus". Eu aprendi muito a partir de seu programa, e tento compartilhar esses conhecimentos com o máximo de pessoas que consigo. Quando alguém tenta defender o estilo de vida dos homossexuais, por exemplo, eu simplesmente relembro-lhes que Levítico 18:22 define, sem margem para dúvidas que isso é uma abominação. E discussão acabada. Entretanto, eu preciso de esclarecimentos sobre algumas outras leis bíblicas e dos seus conselhos para segui-las:

a) Quando queimo um bezerro num altar como sacrifício, sei que isso cria um odor agradável ao Senhor (Lev. 1:9). O problema são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor lhes é desagradável. Devo matá-los por heresia?

b) Pretendo vender a minha filha como escrava, como permitido em Êxodo 21:7. Na sua opinião, hoje em dia qual seria o preço justo por ela?

c) Eu sei que não posso ter contacto com uma mulher menstruada, porque ela se torna impura por sete dias (Lev. 15:19-24). O problema é como saber se ela está ou não menstruada. Eu até já tentei perguntar, mas a maioria fica ofendida com a pergunta.

d) Segundo Lev. 25:44, eu posso possuir escravos, tanto homens como mulheres, desde que sejam comprados nas nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isso só se aplica aos Mexicanos, não aos Canadianos. Poderia esclarecer-me? Por que razão não posso ter escravos Canadianos?

e) Tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos Sábados. Em Êxodo 35:2 está escrito claramente que ele deveria ser condenado à morte. Eu estou moralmente obrigado a matá-lo?

f) Um amigo meu acha que embora comer crustáceos seja uma abominação (Lev. 11:10), é menor que a homossexualidade. Eu discordo que possa existir uma escala que classifique pecados entre mais e menos graves. Caso a doutora concorde com o meu amigo, seria possível preparar uma tabela para medir os graus das abominações? Se a tiver, por favor coloque uma cópia no seu sítio na internet, para que eu possa consultar. Pelo que sei, abominação é o mesmo termo usado tanto em Levítico 11:10 como em Levítico 18:22. Pode tirar-me esta dúvida?

g) Lev 21:20 declara que eu não posso aproximar-me do altar de Deus se possuo um defeito na visão, pois nenhum homem que tiver algum defeito se chegará ao altar do seu Deus: Como homem cego, ou aleijado, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, ou que tiver o pé quebrado, ou a mão quebrada, se for corcunda, ou anão, ou se tiver sarna, ou impigens, ou quem tiver um testículo quebrado; etc. No meu caso, tenho que admitir que uso óculos de leitura. A minha visão teria de ser absolutamente perfeita para me aproximar do altar?

h) A maioria de meus amigos barbeia-se e corta o cabelo, inclusive com preocupações estéticas, embora isso seja expressamente proíbido (Lev. 19:27). Como é que devem ser mortos?

i) Segundo Lev. 11:6-8, se eu tocar na pele de um porco morto ficarei impuro. A bola de Futebol americano é feita de pele de porco, mas será que posso jogar Futebol americano se usar luvas?

j) O meu tio tem uma quinta. Ele contraria o que é determinado em Lev. 19:19 ao plantar dois vegetais diferentes no mesmo campo. O mesmo acontece com a sua mulher: usa roupas feitas de dois tipos de tecidos diferentes (mistura algodão com poliéster). Ele também tende a maldizer e blasfemar. Para puni-los será mesmo necessário o transtorno de ter que juntar toda a cidade para apedrejá-los? (Lev. 24:10-16). Não poderíamos simplesmente queimá-los até a morte, já que esta é uma questão de família, como é o caso das pessoas que dormem com parentes?

Eu sei que a doutora estudou essas questões a fundo, então estou confiante que pode ajudar-me com os seus sábios esclarecimentos.Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.

Seu discípulo e fã.

Coisas boas

É sempre bom rever velhos amigos. Ontem foi um desses dias. Finalmente consegui rever uma velha amiga que não via fazia muito tempo, ou eu não podia, ou não podia ela, ou estavamos doentes, etc. Finalmente, no dia de aniversário dela, lá nos encontramos para um jantar muito informal e com muito boa disposição. Toda a gente estava com boa energia. Fiquei contente por ela. Não sei porquê tive a sensação de que à beira dos 40 a vida dela está prestes a recomeçar. Todos os dias têm um potencial de recomeço, mas nem sempre conseguimos operacionalizá-lo. Assim sendo, que nunca lhe falte a ela a atenção para reconhecer esses potenciais de transformação e que as coisas boas sejam tão nítidas que nem a um míope possam escapar. Vai tudo correr bem.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Óscares 2008 - Notas diversas

1- Optem sempre por não ver a versão em directo. Quando se fica até às 4 e tal da manhã acordado a ver tv, a cabeça permanece azambuada o resto do dia.

2- Repararam que os actores distinguidos com a estatueta eram todos europeus?

3- Consegue-se ver sempre a diferença entre a real comoção e a «comoção-que-tem-de-se-ter-porque-se-está-nos-óscares-e-se-ganhor-um-prémio».

4- Os apresentadores lêem cada vez pior o teleponto.

5- O John Stewart rendeu-se um bocado ao politicamente correcto, mas pronto aquilo é hollywood e tal.






terça-feira, fevereiro 19, 2008

Papagaio de papel

Podia correr o mundo todo sem me perder, porque a matéria reconhece a matéria e quando vou sei onde voltar. É esta a maravilha de pertencer. Nada é distante quando sabemos que temos casa e que essa casa é um lar. E mesmo eu que tenho espírito de papagaio de papel, não tenho vento que me tresmalhe porque não esqueço esse lugar onde pertenço. Existe um lugar de conforto que me une a ele com um fio invisível. Um fio que não me aperta e que me faz desejar voltar sempre à mão que me deixou voar.

Fim de semana em retiro

Este fim de semana que passou foi diferente, estive com um grupo de 15 pessoas no Algarve a meditar e a realizar um seminário de Sahaja Yoga. A meditação é um excelente meio de limpeza espiritual, mas quando é feita em grupo a energia vibratória é muito forte e os efeitos são muito mais presentes.

No sábado realizamos uma limpeza da negatividade associada ao nosso lado direito (activo, dinâmico) através dos elementos. Primeiro no mar, depois pelo fogo. A cerimónia do fogo chama-se Havan e tem um grande impacto do ponto de vista da sensibilidade individual e colectiva. Mas é uma limpeza que abre o subconsciente para o mundo exterior numa tentativa de purificaçao do mesmo, oq ue quer dizer que o sono, nesse dia, é sempre algo agitado.

No domingo foi realizada a cerimónia de Pooja que pretende limpar o lado esquerdo (passivo, emocional). Os rituais são específcos e por isso, creio, não se sente a unidade colectiva da mesma forma. Embora e tivesse pensado que não foi tão 'impactante' quanto o Havan, a realidade é que a energia libertada foi de tal forma que me senti nauseado e tonto na hora seguinte à cerimónia.

Depois disso senti um estado de paz e de amor muito grande. Nada me pareceu complicado ou impossivel de integrar numa ordem natural. Nada disto será místico. Trata-se apenas da mente ser poderosa e de os ocidentais estarem cada vez mais afastados do seu 'eu espiritual'. Da minha parte espero conseguir estar cada vez mais perto.

domingo, fevereiro 17, 2008

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Retiro Espiritual no Algarve - Cerimónia de Pooja


Este fim de semana vou participar na minha primeira cerimónia de Pooja. Simplisticamente é uma ocasião em que se ora e se presta respeito aos princípios espirituais mais puros, buscando a supressão do ego e o fortalecimento da humildade perante 'o todo' que nos rodeia. Durante a cerimónia oferecem-se flores e doces, como sinal de agradecimento pelas graças alcançadas.


A nova máquina


Acabou de chegar a minha nova máquina de fotografia (a outra partiu-se nas férias e não tinha arranjo possível). Comprei esta, muito semelhante à primeira. É humilde, mas isso não importa, as grandes surpresas vêm em embalagens pequenas e o coração compensa muitas vezes as limitações físicas. Vamos fazer belas coisas juntos. :-)

Espertalhices de Países "em Vias de Desenvolvimento"

Odeio fazer trabalho doméstico. É inglório porque nunca está feito, e dura pouco quando está. A única coisa que me deixa satisfeito é passar a ferro e passajar meias (que é bastante terapêutico, na medida em que é um trabalho de detalhe). Tenho então uma senhora romena (a vontade até é chamar-lhe anjo) que me liberta desse terrível fardo. Chama-se Mina.

Hoje pediu-me para, via Internet, lhe fazer a compra dos bilhetes de avião para ir nas férias de verão para a Roménia. Existe uma companhia que faz voos directos para Bucareste e lá fui eu ao site com todas as informações necessárias para fazer o booking e a compra. Descobri que, no site, para se fazer a compra tem de se ter um cartão fidelidade da companhia, pois sem o número de fidelidade não podemos efectuar o pagamento. A Mina não conseguia fazer a compra e por isso pediu-me a pensar que era ela que não percebia de computadores. O marido já tinha telefonado duas vezes para o número gratuito da companhia, mas como falava em romeno, mandavam-no telefonar para a Roménia, neste caso já a pagar.

Telefonei para o número e a mim resolveram-me o problema e disseram-me que eu até podia fazer a compra por telefone, o que fica 2 euros mais barato do que comprando pela Internet. Achei lamentável, supondo que seja pelo facto de eu falar português, que a mim me resolvessem problema na hora. Interessa é que a história acabou bem, mas não deixa de ser triste que as pessoas sejam tratadas com indiferença porque... hoje sou eu, amanhã és tu.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Neste dia de S. Valentim...


... lembrem-se do amor como um verbo. Eu amo, tu amas, ele(a) ama, nós amamos, vós amais, eles(as) amam. Não amamos todos a mesma coisa, mas amamos todos da mesma maneira. Acima de tudo sejam felizes e sintam-se felizes pela felicidade dos outros.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Protocooperação

A protocooperação ou mutualismo facultativo é uma relação entre duas espécies na qual ambas são beneficiadas. Porém, uma pode viver independente da outra. Os seres associados mantêm certa independência e apenas retiram benefício da associação que estabelecem.

Exemplos: peixe palhaço e anémona do mar, boi e garça vaqueira, batata e piriquito, ave-palito e crocodilo, etc.

Sobre a felicidade

Muita gente tem dificuldade em encontrar a felicidade porque confunde alegria com felicidade. Pode ser-se muito feliz e não estar sempre alegre. E a felicidade ao contrário da alegria não é uma coisa que se adquire, é uma coisa que se aprende a reconhecer. A felicidade aprende-se. Ela existe em nós e revela-se pela percepção que temos das coisas e das pessoas. O mundo exterior/material nada mais é do que a nossa percepção do mesmo. Tanto os pessimistas como os optimistas têm razão, nenhum dos dois grupos está enganado, apenas têm perspectivas diferentes do mesmo acontecimento. É o que somos interiormente que informa essa mesma percepção. É a aprendizagem desse espírito interior, que é mais do que a soma de um corpo e de uma alma, que consiste na construção da verdadeira felicidade. A felicidade é algo que para se conquistar tem de se compreender. Quem não compreende o que é a felicidade, nunca poderá ser feliz.

No Vale de Elah

No Vale de Elah é mais um filme de Paul Haggis que corre o risco de se tornar um realizador de culto para mim. Depois do magnífico Colisão surge outro filme que explora as fragilidades do ser humano e, também, as fragilidades das nossas percepções. O que é verdade? O que conhecemos realmente de nós e do que os outros são capazes? Quando é que, em nós, conseguimos encontrar o David capaz de derrotar o Golias.

Para lá das questões humanas, existe uma análise à América contemporânea e aos efeitos devastadores que a guerra do Iraque tem produzido, a maioria deles imperceptíveis.

Acabo com uma nota ao brilhante desempenho de Tommy Lee Jones. Simplesmente brilhante!

17/20

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Amy Winehouse - Back to Black

Ontem a Amy Winehouse ganhou 5 Grammys. Todos para os quais estava nomeada e tudo graças a este brilhante álbum Back to Black. Já não via há muito tempo tanta unânimidade entre público, críticos e pares (cantores). De facto, é um caso sério de talento, é uma voz como poucos e é uma música tão orgânica quanto de síntese de tudo o que já se fez até hoje, mas completamente diferente. O álbum é sexo, drogas e rock 'n roll, é anos 60, anos 70, é soul... Qual Beyoncé e Britney e Celine Dion... o tempo dos grande músicos voltou. Como disse tão bem a Mary J. Blige «graças à Amy Winehouse, não estamos mais presos. A música tem um futuro».

Your Song (Song for Potato)


It's a little bit funny this feeling inside

I'm not one of those who can easily hide

I don't have much money but boy if I did

I'd buy a big house where we both could live

If I was a sculptor, but then again, no

Or a man who makes potions in a travelling show

I know it's not much but it's the best I can do

My gift is my song and this one's for you

And you can tell everybody this is your song

It may be quite simple but now that it's done

I hope you don't mind

I hope you don't mind that I put down in words

How wonderful life is while you're in the world

I sat on the roof and kicked off the moss

Well a few of the verses well they've got me quite cross

But the sun's been quite kind while I wrote this song

It's for people like you that keep it turned on

So excuse me forgetting but these things I do

You see I've forgotten if they're green or they're blue

Anyway the thing is what I really mean

Yours are the sweetest eyes I've ever seen

(Elton John/Bernie Taupin)

Sedução, Conspiração

O novo filme da Ang Lee deixou-me um sabor estranho na boca, não sei se provocado pela distância estilística do Brokeback Mountain (que era muito simples e ocidentalizado), não sei se pela densidade do filme. Acho que o Ang Lee talvez compreenda um pouco melhor os homens do que as mulheres, ou então sou eu que não compreendo o Ang Lee muito bem.

O filme é, de facto, muito denso. Tem alguns momentos muito belos, outros deveras perturbadores. Contudo, não deixei de pensar que o filme não é equilibrado e que, por vezes, perde a coerência e a lógica que subjaz a algumas acções.

No final tiramos duas morais da história. O amor é uma coisa muito estranha e quem não tem água por perto não deve brincar com fósforos.

14/20

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Dia azul

Hoje o dia esteva azul como a barriga de um piriquito. Talvez porque começou bem... muito bem.

The Darjeeling Limited

Era uma vez um filme sobre pessoas que se querem encontrar, pessoas que se encontram no caminho e pessoas que não querem ser encontradas. Acho que isto resume o último filme de Wes Anderson. Parece demasiado simplista, mas não é. É um filme contado com grande leveza, com humor, e algo dramático se pensarmos nos personagens principais e nos seus 'handicaps emocionais'. Tudo isto é servido na deliciosa paisagem da Índia contemporânea, não citadina. Até onde vamos para encontrar o que quer que seja?


16/20

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Esta fica para a história...

Ontem deitei-me com uma barrigada porque fiz uma feijoada de legumes à qual não resisti. Digamos que ando a investir mais nos pratos vegetarianos que são um universo de sabores. A carne é maravilhosa, mas a comida pode ser extraordinária sem este alimento. E a invenção não para por aqui, a brincar, a brincar, ando a inventar montes de receitas. Já falei que inventei um doce de soja, de inspiração conventual? Pois, inventei. Contudo, desapareceu num instante.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Política

Dei por mim mais interessado na política dos EUA do que na nossa. Acho que consigo identificar este interesse na medida em que, olhando para o candidatos eleitorais, percebo que existe um grande potencial de mudança. Acho que houve um retorno às ideias. Depois de uma era Bush que complicou muito a economia dos EUA e o estado do mundo em geral, novos ventos se adivinham e até o candidato republicano mais bem cotado tem características liberais, o que me agrada. Em Portugal não vejo nenhum potencial de realização. Os políticos sofrem do eterno problema do povo português - pequenez. Este é o nosso maior problema, depois os restantes são derivados. Tinha algumas esperanças no que o Eng. Sócrates poderia fazer, acho que ele começou bastante bem, teve de fazer reformas muito complicadas, mas ele também é um «tuga» enredado nas malhas da "espertalhice-de-trazer-por-casa-e-toma-lá-mais-uns-trocos". É claro que acredito que o Eng. Sócrates assinou os projectos que não eram dele. Como é que eu sei? Acho que é uma questão de bom senso. O Eng. Sócrates sempre foi conhecido pelo seu impecável bom gosto, e quem vê as imagensa das vivendas que alegadamente foram construídas por ele, percebe num piscar de olhos que aquilo é trabalho de construtor civil (e dos rascas). Assim a minha satisfação política, até mais ver, vai continuar a ser derivada das batalhas travadas por Hillary Clinton, Barack Obama e John McCain. Viva o retorno das ideias!!!

Numa certa pastelaria...

Numa certa pastelaria algarvia existe uma especialidade doceira que é um «croissant com creme d'osso». O creme é uma mistura de doce de amêndoa, doce de ovos e creme de manteiga. Este creme barra o croissant (mal cozido, ainda meio em massa) por dentro e por fora. Existem coisas muito boas na vida.

E a vida segue o seu rumo.

Este fim de semana a minha vida deu mais um passo a caminho da completude. Diz que a completude é um meta-resultado lógico importante, que garante que toda razão válida pode ser formalmente derivada, estabelecendo assim uma certa relação entre o contexto de significado e e o contexto sistémico de uma determinada acção ou conjunto de acções.

Sweeney Todd

Quando Johnny Depp e Tim Burton se juntam, o resultado nunca pode ser menos do que bom. É o caso do último filme do realizador, um delicioso filme musical sobre vingança, onde os actores realmente cantam e com bons resultados. E falando sobre vingança, é uma pena quando esta nos cega de tal forma que não conseguimos ver coisas que seriam mais importantes para nós nesse momento. Para finalizar diria que o filme é bastante «sangrento», mas que isso acaba por ser quase um exercício estilístico contrastando com o cenário "Dickensiano" do filme.


16/20

sábado, fevereiro 02, 2008

Também se aprende com o Dr.House

Em qualquer lado se podem encontrar frases que podem servir como mantras. Estava eu a ver um episódio do Dr. House, que acabou há momentos, quando, numa cena em que ele tinha de priscindir de um médico auxiliar, ele deixa ir aquele que pensava exactamente como ele. A resposta para esse comportamento foi «não precisamos de alguém que nos diga aquilo que a gente já sabe e que pensa aquilo que já pensamos». A descoberta e a inovação nascem do confronto de ideias diferentes. Às vezes penso que, no nosso país, as pessoas gostam mais de se rodear daqueles que pensam exactamente o mesmo. Deve ser por isso que continuamos pequeninos.

Daqui a 12 horas vou andar por aqui

Oba, oba!!!

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Não acho piada nenhuma ao Carnaval.

Não sei muito bem porquê, mas não acho piada ao Carnaval. Tive umas 3 vezes em que achei piada, mas foi isso. Hoje vi os miúdos todos mascarados em desfiles pela rua e lembrei-me de outros tempos em que eu também era pequenito e em que podia ter sido socializado para o Carnaval, mas não fui. No entanto, há uma coisa de que gosto no Carnaval ainda hoje, as bisnagas de água. Tudo o resto me parece um bocado idiota, em especial as raparigas brancas como a cal a rapar um frio daqueles em biquini, enquanto dançam samba na rua para manter os tugas de bigode satisfeitos. Enfim...