sexta-feira, março 29, 2019

Nós

O novo filme de Jordan Peele serve essencialmente para provar que estamos perante um peso pesado da originalidade, ou seja, o seu primeiro filme «Foge» não foi um acaso. Contudo, apesar da brutal originalidade deste filme que é quase de terror (digo quase porque tem sangue e violência), não obstante lidar com questões da própria exist~encia humana. 

A história é muito interessante e consegue manter-nos bastante tensos, apesar de existirem às vczes existem uns apontamentos de humor para aligeirar. O problema com o filme, é que a história é de tal forma original que, em partes, soa demasiado rebuscada.  Uma reviravolta no filme justifica algumas delas, mas mesmo assim há ali uns aspectos frágeis que poderiam ser constestados. 

Independentemente de tudo isto. Acho que é um filme muito interessante e a Lupita Nyong'o é, sem sombra de dúvida uma atriz a considerar no panorama atual. 


14/20

segunda-feira, março 18, 2019

Conversas...

Em conversa com uma colega de trabalho (estavamos a falar sobre viver a vida) reforcei uma ideia na minha cabeça. De facto, não estou interessado em que a minha vida se resuma ao facto de existir e subsistir. O pó também existe e subsiste. Não quero chegar ao fim dos meus dias e pensar que fui apenas uma parte do mundo, quero ter sido uma parte activa no mundo - uma peça na engrenagem que movimenta o presente rumo ao futuro, não apenas o pó ou o espaço na engrenagem. 

Pequenas tarefas

Tenho andado a fazer pequenas tarefas que estavam por fazer. Quando se quer actualizar a vida tem de se começar por algum lado. O caos vai parecendo menor, grão a grão...

sexta-feira, março 15, 2019

Histórias de superação


Este tipo de histórias é que me deixam feliz. Quero lá saber quem é que ganha o campeonato da Primeira Liga ou se o António Costa foi ao programa da Cristina ou se a Rita Pereira tem ou não gosrdura na barriga. Gosto de pessoas que não desistem de quem à partida não tem grandes oportunidades de sobrevivência. Ser humano é isto. 

quinta-feira, março 14, 2019

Categorias tipo dos autores de críticas destrutivas ao Conan Osíris

Como já disse aqui algumas vezes sou sociólogo de formação e trabalhei como investigador há bastantes anos. No meu trabalho tenho de lidar com análise de conteúdo e dadas as barbaridades que vejo escritas online contra o Conan Osíris fiquei curioso sobre o tipo de autor que as produz.

Atenção que não falo das críticas informadas, legítimadas e construtivas, falo sim das críticas fruto de ignorância, vontade de exposição, pura maledicência ou simples estupidez. 

Temos os velhos do Restelo (que não criticam apenas o Conan Osíris, mas tudo), temos os defensores da tradição e dos bons costumes (cujo pico é uma senhora que mais que Portuguesa é algarvia do Algarve, que é um país a sul de Portugal... ah e a Maria Vieira também), crianças e adolescentes que cresceram na era Kardashian e pensam que alguém quer saber da sua opinião (que tanto pode ser «o Conan é uma merda», «odeio bróculos» ou «a casa dos segredos é o melhor programa da televisão Portuguesa») e por fim um grande grupo que pode ser exemplificado pelo senhor do vídeo abaixo que diz «I’m Portuguese and if any of you understood the lyrics you would understand that it’s a piece of shit track with no meaning what so ever and that dancer is just to strange». Muito grosso modo ficam identificadas as categorias mais expressivas da crítica destrutiva.  




Não sei se estou a cometer uma infracção ou a ser pouco ético, mas o perfil é público e até apela (num dos vídeos) a que os visitantes subscrevam o canal e metam muitos likes nos vídeos. De certa forma até estou a ajudar à popularidade do canal (pelo menos entre as 10 ou 11 pessoas que me lêem :-p)

Quem sabe se esta tipologia traçada muito genericamente até não é verdadeira para as muitas caixas de comentários espalhadas pelo mundo virtual a que a "Portugalidade" tem acesso. Isto também é Portugal (e agora até podia acabar com um fado bem disposto, mas não tenho tempo.)

terça-feira, março 12, 2019

Desejos

Gostava tanto de voltar a saber o que é alegria no trabalho. Não nasci mesmo para ser um carneiro manso. 

segunda-feira, março 11, 2019

Pensamentos Sensatos

When you do nothing you feel overwhelmed and powerless. But when you get involved you feel the sense of hope and accomplishment that comes from knowing you are working to make things better."

Maya Angelou

domingo, março 10, 2019

Caixas de comentários online

É com cada vez maior choque que vejo a quantidade de ódio que se destila online nas caixas de comentário. E as pessoas estão mais afoitas. Já existe uma quantidade muito razoável de gente que não se esconde atrás do anonimato. O que quer dizer que estão a perder cobardia (não a sua ignorância, torpeza ou fel). Todos nós temos direito a uma opinião, mas existe um equívoco profundo entre ter opinião e ser infame, entre ser frontal e agredir, entre ser assertivo e ser mal educado. De repente a ação verbal é tão mais comum quanto injustificada. O espaço público não é a sala da nossa casa ou a conversa de surdina com os entes próximos ou grupos de referência. Espalhar ódio não é justificável em momento algum. Ofender gratuitamente pessoas não é justificável em momento algum. Não somos os donos de isto tudo e acho trágico que pessoas sem nada de construtivo para dizer espalhem apenas sujidade no mundo virtual.  Não temos de expressar uma opinião sobre tudo. Há também um grande equívoco entre ter uma opinião e pensar coisas. Diz-se o que se pensa, o que vem à boca (ou ao dedo) apenas porque existe um espaço onde o que pensamos pode estar visível. Isto merecia uma análise causal elaborada, que necessitaria de mais tempo do que aquele que estou disposto a dispender. A questão assenta no perceber quando somos importantes ou de importância. Há muita gente a pensar que é muito mais do que aquilo que é ou representa no quadro global das coisas. 

Capitã Marvel

É mais um filme de super-heróis. A fórmula é idêntica à dos restantes, mas vale a pena falar do que é diferente. Por um lado o revivalismo da estética dos filmes dos anos 70 e 80 (com a devida actualização claro) e por outro, talvez em virtude do tempo em que vivemos e de movimentos como o #metoo, fazer de uma mulher o herói mais poderoso do universo. Nos livros de quadradinhos originais, ela não era de todo a heroína mais poderosa e, inclusive, viu os seus poderes serem roubados pela Vampira dos X-Men. Mas lá está, estamos em 2019 e que seja algum presságio de poder devolvido às mulheres. Entretém e tem alguns momentos interessantes.

14/20

Se Esta Rua Falasse

O novo filme de Barry Jenkins está, para mim, longe da qualidade do primeiro (Moonlight) onde tudo bateu certo. O forte do filme é a história de racismo e preconceito em que se baseia o argumento. O poder do mesmo é saber que esta história é um espelho de milhares de histórias que aconteceram nos Estados Unidas da América durante décadas e que, com menor intensidade, continuam a acontecer.  É também de certa forma um ensaio sobre a crueldade do homem branco. Posto isto, o filme fala de um homem negro condenado injustamente à prisão e dos esforços da namorada (prestes a ser mãe do filho dele) para o libertar. Não sei se precisava de dois actores principais mais fortes, mas o filme consegue o seu objectivo (creio) deixar um enorme amargo de boca pelos crimes cometidos contra a comunidade negra nos EUA. 

14/20

A favorita

Esta comédia dramática passada na corte da Rainha Ana de Inglaterra é mais um objeto raro do grego Yorgos Lanthimos que conseguiu "invadir" o circuito mainstream com resultados excelentes. Os textos são deliciosos e a direcção de atores também. A história em si é sobre um exercício de sobrevivência por parte de vários dos personagens, cada um com os seus motivos (mais ou menos obscuros). Os desempenhos das actrizes principais é estupendo e teve como resultado o merecido óscar ganho pela Olivia Colman. Não sendo um filme fácil, vale imenso a pena. Saí da sala com uma profunda sensação de tristeza provocada pela história. Não nos deixa indiferentes.

16/20

Alita: Anjo de Combate

Este filme de Robert Rodriguez (produzido por James Cameron) é mais um exercício pós-apocalíptico futurista com pretensão a franchise. E tem todos os ingrediente para ser bem sucedido, bons actores, toneladas de ação e excelentes efeitos especiais. É uma boa experiência visual e a história, apesar de simples e unidimensional, segue-se com agradabilidade. Venha o próximo tomo.

15/20

Como Treinares o Teu Dragão: O Mundo Secreto

O último tomo desta fábula é uma forma magnífica de terminar a narrativa sobre a improvável amizade entre um rapaz por quem ninguém dá nada e um dragão. Não falta nada neste filme, há drama, comédia, fantasia, sabedoria e crescimento. Gostei muito.

17/20

Boy Erased

Não sei quando é que este filme vai estrear em Portugal, mas é sem dúvida um filme importante sobre a realidade aterradora das casas evangélicas de conversão de jovens homossexuais (em heterossexuais) nos Estados Unidos. Não é uma história do passado, é uma realidade contemporânea que deveria ser erradicada. 

O filme resulta da história autobiográfica de um filho de um pastor evangélico que foi colocado numa destas casas quando revelou aos pais ser homossexual. A solução para não perder a família foi aceitar participar num destes programas de terapia de conversão.  É chocante e tocante. Depois de ter saído (ou ter sido salvo pela mãe), Garrard Conley tem dedicado a sua vida para criar visibilidade para este atentado aos direitos dos jovens homossexuais (que por vezes recorrem ao suicídio) que são obrigados a frequentar estes programas. 

16/20

Can you ever forgive me?

Não sei sequer se este filme vai estrear em Portugal, mas é certo que a Melissa McCarthy mereceu totalmente a sua nomeação para óscar pela personificação da escritora Lee Israel que sobreviveu à decadência da sua carreira através de um esquema de falsificações de cartas de atores e atrizes famosas. O filme em si é um biopic fiel à autobiografia da escritora. Não é um filme vistoso porque é uma história feia sobre factos feios, mas está muito bem filmado e representado. A ver.

16/20

Crazy Rich Asians

É mais uma versão da história da Cinderella, ou seja, menina pobre conhece e apaixona-se por menino rico sem saber e a família do menino rico não aceita a menina pobre. Onde o filme ganha ponto é no facto de a história se basear no universo/estereótipos dos chineses milionários em Singapura. Merece, em algumas situações, gargalhadas sentidas e ainda tem o mérito de piscar o olho à alta costura e ao mundo do luxo. É uma história com nada de novo no seu âmago, mas contada de forma original graças ao universo de referência.

14/20

sábado, março 09, 2019

A Possessão de Hannah Grace

Diria que a montanha pariu um rato. É tão assustador como um açucareiro...vá, um açucareiro cheio de formigas. Talvez seja bom para apreciadores do género, mas nunca na realidade arrancou como deve de ser. E o argumento tem tantos buracos como um queijo suíço.

10/20


Smallfoot - Uma aventura gelada

Um mimo de filme. Às vezes penso que estes "feel good movies" não terão muito a acrescentar para lá de entretenimento familiar, não obstante, este filme teve alguns contornos bastante profundos e filosóficos sobre os instintos de sobrevivência e os efeitos das "não verdades" que não têm de necessariamente ser uma mentira e que por essa mesma razão são"branqueadas". Há aspectos muito enternecedores e outros bastante realistas e extrapoláveis para a nossa vida de todos os dias. Por isso mesmo foi uma alegria ver este filme. Acrescentou-me mais do que um simples entretenimento numa viagem de avião (já mencionei que detesto andar de avião?).

16/20

Beautiful Boy

Com tanto "hype" à volta deste filme, aproveitei uma viagem de avião para o ver. Para ser sincero não fiquei deslumbrado. Não que os atores até não estejam bem, mas a história (que ainda por cima é verídica) não me cativou. Talvez o problema seja meu, uma vez que tenho alguns anticorpos a histórias de dependência passadas ao cinema. Depois de um Trainspotting, tudo parece meio meh... Para quem gosta de este tipo de drama familiar valerá a pena.

Não obstante temos de dar um "high five" ao Steve Carell que esteve muito confortável num papel dramático, o que à partida não seria a sua praia. 

13/20