sexta-feira, setembro 25, 2009

Aniversários.

Hoje a minha mãe faz 67 anos. Não ligo muito ao meu aniversário, acho um dia como os outros, mas dou importância ao aniversário das pessoas que gosto e que me são próximas. Significa mais um ano em que tive a oportunidade de privar com elas. Embora pareça ter 55 anos, a minha mãe tem quase 70. Queria não me esquecer nunca de a mimar como ela merece. Muitas vezes, há tanta coisa a acontecer nas nossas vidas que guardamos apenas aquele dia do fim-de-semana para a mãe, para o irmão, para a sobrinha e para o afilhado. De repente, o melhor presente que poderia dar à minha mãe seria eu viver mais devagar. Uma mãe da qualidade da minha, merece muitos dias exclusivos só para ela. Que eu tenha esse bom senso e a sabedoria para lhe dar tudo aquilo que ela merece. Merece muito e eu devo estar à altura.

A Leonor continua a adorar sopa

E o tio continua a adorar, cada vez mais, a Leonor.

quinta-feira, setembro 24, 2009

O Papa em Portugal

O Papa Bento XVI vem a Portugal em 2010 a convite do Presidente da República. Será que Cavaco se quer confessar às mais altas instâncias? Tomara que seja só para isso. E se tiver de visitar alguma região que seja assim um local onde não implique muito com o trânsito.

Like it.

Might like you better - Amanda Blank

Partido Pró-Vida

Ontem vinha no carro a ouvir rádio e apanhei uma publicidade do Partido Pró-Vida. Fiquei com náuseas. Lá estavam eles a vender a "família natural" frisando «um pai, uma mãe e filhos» (como se nunca tivessem existido famílias extendidas ou monoparentais, basta estudar a história de Portugal) . Também disseram que qualquer vida é uma vida. Tem de ser salva. Portanto aborto nem pensar. Isto ainda me dá mais náuseas, este argumento de «salvar uma vida». Até agora 98% das pessoas que são contra o aborto e a favor de salvar vidas, não acham mal que em caso de má formação do feto ou doença genética se aborte. Ora bem, vamos ver então se percebemos. Uma criança que vai nascer com paralesia cerebral não é uma vida, uma criança que não vai ter pernas ou braços também não é uma vida. Se o argumento é esse, vida é vida. Por isso, estes senhores podiam-me poupar a hipocrisia, das "famílias Walt Disney" e de uma perfeição que não passa de uma higienização encapotada.

Quemar las naves

Belo, belo filme mexicano. Helena e Sebastian são dois irmãos a viver numa enorme casa com a mãe moribunda. A rapariga mais velha assume para si a responsabilidade de tratar da família e de cuidá-la. O irmão mais frágil deixa-se ser cuidado, até ao dia em que conhece um jovem com um passado de delinquência. Apaixona-se e altera as suas percepções da vida. Ñão consegue partir com ele porque está preso à memória da mãe e ao vínculo coma irmã. A irmã também não é capaz de abanadona a promessa que fez à mãe de cuidar do irmão. Numa casa que se vai degradando lentamente, os dois perdem o seu equilíbrio. «Quemar las naves» é uma expressão metafórica que significa, renascer de costas para o passado, agarrar o futuro não importa as consequências. Os dois irmãos vão ter de o fazer.
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A cenografia do filme é maravilhosa. A história poderosa e a interpretação de Irene Azuela como Helena é de uma beleza avassaladora na sua força e fragilidade contida. Ela é quase o filme.
18/20

quarta-feira, setembro 23, 2009

Coisas que acontecem...

Resolve um tipo ir ao Feira Nova em vez do Pingo Doce e tem direito a "fogo de artifício" causado por um camião em chamas, chamas essas que causaram diversas explosões. Eu ouvi/senti três. O mais estranho disto tudo foi a minha determinação em continuar a comprar fruta e vegetais. Ando a comer muitas porcarias e já tinha saudades de uma boa salada.

Be creative...


Os pais de hoje?


A Festa da Menina Morta

Até agora o filme que mais gostei no festival. Gostei do registo quase antropológico e o argumento está muito bem estruturado no objectivo de demonstrar a criação de um santo, numa mistura de rituais pagãos e cristãos. A última profecia da menina morta é «a palavra é dor». E creio que isto pode resumir aquilo que deu origem a toda a história, a dor. Numa povoação na Amazónia, um miúdo que acaba de perder a mãe (suicídio) encontra o vestido de uma menina morta. Forma-se o mito. A família da menina dá-lhe o estatuto de santo, a menina passa a falar todos os anos pela boca do rapaz, o «Santinho». O rapaz torna-se prisioneiro do mito, mas é também uma forma de aplacar a sua própria relação incestuosa com o pai. O «Santo» ganha cada vez mais importância e no vigésimo aniversário do aparecimento do vestido, o ritual sagrado já é uma festa com patrocínios e show musical. Tanto para o Santo como para o irmão da menina morta, o peso começa a ser demasiado. Um quer acabar com a fanfarra sobre a morte da irmã que dura há 20 anos. O outro não pode perder o que o faz especial, mas ao mesmo tempo o esforço é demasiado. E a festa pagã/cristã, numa terra de gente pouco escolarizada e simples, continua...
17/20

terça-feira, setembro 22, 2009

Brilhante campanha da World Wildlife Fund (WWF)




Em particular, a imagem das sardinhas deixa-me bastante pensativo. É que estamos mesmo a caminho disto. E são mais as caras a olhar para o lado assobiando, do que as pessoas que efectivamente fazem algo para impedir as mudanças climáticas e a exaustão do nosso planeta. Cada um vive de acordo com a sua consciência (ou inconsciência) e o "chamamento" terá de ser individual.

O que de estranho se passa com Carolina Patrocínio?


Relações virtuais

Ander


Ontem, quando saí do cinema achei que tinha gostado alguma coisa deste filme. Hoje percebo que gostei bastante do filme. «Ander» é um filme quieto, calmo passado no meio rural basco e relata a vida de um homem simples de 40 anos, agricultor, que é confrontado com a sua homossexualidade. Sempre teve sexo com prostitutas, sempre viveu assim até conhecer um outro homem (seu ajudante na quinta) com quem estabelece uma forte intimidade e com quem se relaciona sexualmente no meio de uma bebedeira. Posteriormente, ele entra numa luta interna profunda. Não consegue mais ter sexo com mulheres, não sabe quem é nem porque isto lhe aconteceu a ele. Todo o processo é feito de um modo muito doloroso e quieto. O actor principal foi brilhante na demonstração dessa tensão interna de um homem com medo de aceitar aquilo que percebe ser. Esta luta dura até ao fim do filme. Pelo caminho outras vidas se cruzam com as destes dois homens, para um final de grande amplitude e alcance emocional. Mas tudo sempre passado na quietude .


16/20

segunda-feira, setembro 21, 2009

Fãs a celebrar...cool.

Pergunta.

Será que também é a empregada da Carolina Patrocínio que lhe roi as unhas?

Conversa. XVIII

P.: Não posso com a Paris Hilton
S.: Mas tens de concordar que ela é incontornável...
Batata: É incontornável porque estão sempre a falar dela...
S.: Porque é incontornável...
Batata: Qualquer dia abre-se a tampa da sanita e está lá a Paris Hilton.
P.: A Paris dentro da sanita? Que porreiro, eu senta-me e fazia-lhe em cima.

Coisas libertadoras

Este fim-de-semana estive sábado e domingo sem mexer no PC. Soube muito bem. Foi um fim-de-semana muito mais feliz. Muito cinema, almoços e jantares com amigos, passeio de veleiro pela baía de Cascais. O melhor de tudo ainda foi o tempão enorme com tive com a minha sobrinha Leonor numa das melhores reuniões de família que tivemos em meses, Batata incluído claro.

Greek Pete

A vida de um prostituto em Londres. Mais um documentário. De alguma forma senti que as fronteiras dos meus juízos de valor foram abaladas. Pete é um escort determinado que quer ganhar muito dinheiro para ter a casa onde nunca viveu. Quer ser o melhor na sua área e ganhar o prémio de melhor escort do mundo, na cerimónia que se realiza em Los Angeles para premiar os melhores do mundo. Não achei que o documentário estivesse muito bem feito. Acho que o realizador deve ter tido uma fixação sexual pelo Pete que lhe fez incluir mais "cenas de trabalho" do que seria necessário. De qualquer forma olhei para um outro lado da vida que não conhecia e que agora percebo um pouco melhor. Não acho que seja uma vida fácil e parece-me até bastante solitária. O objecto do filme tinha grande potencial, poderia ter sido um grande documentário.

14/20

The Amazing Truth About Queen Raquela


Sei pouco sobre transsexualidade. E isso fez-me ir ver este filme. Não deixei de sentir tristeza. De facto, às pessoas transsexuais são dadas muito poucas hipóteses de viver uma vida sã. Tratados como "freaks", renegados pela sociedade e pelas famílias, resta-lhes poucas alternativas para lá de empregos muito mal remunerados ou a prostituição. Raquela é uma transsexual das Filipinas que quer conhecer Paris e que espera por alguém que se apaixone por ela e a leve para a Paris. A cidade dos seus sonhos. Os sonhos mesmo quando realizados podem ficar por isso mesmo e de repente, está-se de novo no ponto de partida.


13/20

City of Borders

Entrei com o pé direito no Queer 13. O documentário City of Borders é muito elucidativo do que é ser gay em Jerusalém, mas não se esgota nesse aspecto. De forma muito contundente liga esse aspecto às questões étnica e religiosa.
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Temos, não só, um retrato da cidade em todas as suas fracturas sociais e políticas, como a sua influência nas unidades domésticas e familiares de casais ou indivíduos gay.
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No meio de todas as clivagens e ódios. O bar Shushan é um local onde judeus e palestinianos, lésbicas e gays e simpatizantes, pobres e ricos têm a oportunidade de se conhecer pela primeira vez e perceber que somos todos humanos e não tão diferentes como isso.
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Achei algumas pessoas admiráveis neste documentário: o rapaz que foi esfaqueado por um judeu ortodoxo enquanto desfilava na marcha Gay de Jerusalem, a mãe de um activista gay e uma palestiniana a viver em casal com uma judia que questionada sobre a validade e demonstração da sua orientação sexual respondeu «prefiro morrer a minha vida do que viver a minha morte».
16/20

sexta-feira, setembro 18, 2009

Que gaita!

"Just when I thought I was out, they pull me back in." Esta frase é de «O Padrinho III». Mas bem que posso aplicá-la aos meus vizinhos e aos problemas que me colocam na administração do prédio. Conseguiram-se fazer as obras ao telhado, mas pessoas que assinaram a acta para a realização das obras agora dizem que não pagam. Fogo, ninguém sabe o significado de bom senso, cordialidade e boa vizinhança? Irra! Eu gostava de saber porque é que as pessoas adoram criar problemas. Eu não gosto nada de guerras, de confronto gratuito e lá tenho eu de estar de novo neste papel. A mesquinhez, sempre a maldita mesquinhez.

Conversa. XXVII

Magda: Andas a comer muitas porcarias.
Silvestre: Não tive tempo de trazer comida de casa.
Magda: Prova lá a minha sopa...
Silvestre: Não me apetece sopa...
Magda: Vá lá come lá a sopa! Esta sopa está orgásmica... deve ser das ervilhas.

Perspectivas

O universo dos mal-entendidos

É espantoso como, por vezes, as palavras se metem no meio de qualquer coisa que se quer transmitir. As experiências e a expressão de cada um pode ser suficiente para que duas pessoas passem 15 minutos a defender a mesma coisa pensando estar em desacordo. A linguagem verbal é (pode ser) um grande impecilho, seja ela escrita ou oral. Mesmo quando duas pessoas falam a mesma língua, há muito que pode ficar perdido na tradução dos códigos. E é pena. Continuo a achar que a melhor linguagem é a corporal. A linguagem do gesto. Diga-se o que se disser, e possamos nós ter que dúvida for, os trejeitos faciais, os gestos de mão, a postura do corpo podem dizer tudo sem que as palavras sejam necessárias, ou confirmar para lá das dúvidas. O corpo dá segurança. O corpo não se perde na tradução.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Festa do Cinema Francês - 10ª edição





Entre Outubro e Novembro de 2009 celebra-se a 10ª Festa do Cinema Francês. São 150 sessões de cinema a ocorrer em 6 cidades do país, promovidas pelo Institut Franco-Portugais, pela Embaixada de França e pela Alliance Française.
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Para mais informação ver aqui.

Conversa. XXVI

Magda: O meu xixi já é branco.
Amigos: (ao mesmo tempo) Isso é bom! É do chá.
Magda: Já me sinto dois ou três kilos mais magra.

Nota: Ela começou a tomar o chá hoje. O poder da sugestão é fantástico :-)

Madonna MTV Awards (tributo a Michael Jackson)

Achei, so far, o melhor tributo de todos. Se me perguntarem como vive um presidente, um guru espiritual, posso apenas descrever aquilo que imagino, aquilo que penso que sei. Uma mega-celebridade sabe o que é sê-lo e como vivem os restantes membros do seu grupo. Quanto maior é a estrela, mais restrito é o grupo e mais pequena será a nossa compreensão do mesmo. Gostei muito deste discurso, de igual para igual.

Queer Lisboa 13 (2009)



Começa amanhã o festival de cinema Queer Lisboa. O último ano teve muita qualidade. Ainda não vi bem a programação deste ano, mas espero que esteja ao nível da do ano passado em que vi 9 sessões. Nada como ver para crer.
Mais informação aqui.

Abraços Desfeitos


Gostei bastante. Não é delirante ou trágico como alguns dos filmes de Almodovar, mas a estética estava brilhante. Muito bem filmado, dirigido. Planos muito bonitos. A história poderia ser o ponto fraco mas, ao mesmo tempo, a ideia de ter um filme dentro do filme deu-lhe contornos deliciosos e de forma inteligente meteu comédia onde ela nunca poderia existir. É também inetressante a "piscadela de olho" a outros filmes. Parece que o Pedro Almodovar, através de diversas referências cénicas e mesmo de personagens quis revisitar a sua obra.


15/20


quarta-feira, setembro 16, 2009

Dualidade de critérios

Porque será que existem pessoas que esperam dos outros um comportamento que não tiveram? E ainda lhes atiram isso à cara como se tivessem autoridade para o fazer?

Dias do caraças...

Desde ontem que ando a ser perseguido por uma má onda de energia. Dizem que Mercúrio está retrógado e que quando isso acontece é uma altura complicada para comunicações, para manutenção de aparelhos, para fazer coisas novas, etc. O dia de ontem não foi grande coisa para mim e o de hoje está a ser um pouco pior. Logo, tenho um cinema marcado com amigos o que é bom, estar rodeado de pessoas de quem gostamos e que gostam de nós é sempre um bálsamo para qualquer perda de energia maluca. A ver se consigo fazer alguns exercícios de meditação para expulsar "a onda". Lá vou eu ter de me fechar na casa de banho para meditar. Não é o melhor sítio, mas no emprego é o único onde consigo estar verdadeiramente sozinho.
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A Magda disse-me «tu andas a atrair, mas quando acontecem várias coisas desagradáveis é porque alguma muito boa está para acontecer». Esperemos. Há muitos anos atrás, por uma situação em particular, a minha mãe disse ao meu pai «depois da tempestade vem a bonança». E não é que veio mesmo?

terça-feira, setembro 15, 2009

Cartão Vermelho

Aceitando o desafio virtual do C.Cruz, de lançar um cartão vermelho a quem e ao que me apetecer cá vão 10 para:
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1-a classe política portuguesa que teima em manter-se ineficaz e incompetente.
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2-o Papa Bento XVI que continua a contribuir para a morte de milhares de pessoas quando apela, em países africanos com elevadas taxas de contaminação de HIV, à não utilização do preservativo.
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3-a qualidade dos noticiários televisivos. O que é feito do telejornal de 30 minutos que informava e não "sensacionalizava" sobre factos?
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4-a mentalidade pequenina que teima em não deixar o nosso país da mão.
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5-a cada vez maior falta de honestidade. No tempo do meu pai um aperto de mão bastava para selar um compromisso e garantir a honra do mesmo.
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6-a falta de capacidade crítica. Porque é que as pessoas se preocupam cada vez menos em analisar criticamente aquilo com que se deparam?
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7-a celebração da mediocridade. Há cada vez mais gente célebre por razão nenhuma. Pessoas sem um único talento, sem dois dedos de testa e que simplesmente apareceram num lugar qualquer à hora certa ou porque eram namorad@ de alguém.
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8-a rapidez do tempo. Já não sabemos viver devagar.
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9-ao consumo exacerbado. É uma pena que cada vez mais, mais gente se deixe manipular na construção das suas necessidades.
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10-a falta de amor pelo próximo. Não sendo católico (até tendo alguma coisa contra a instituição) sempre achei que «amar o próximo» é uma frase com muito alcance. Tão simples como isto, gostar da pessoa ao nosso lado, pelo menos ter respeito por ela.
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Como sempre, não faço nomeados, mas deixo o desafio a quem o quiser agarrar.

be yourself...

Be yourself - Morcheeba

Patrick Sayze R.I.P. (1952-2009)

Dirty Dancing é um filme icónico, causou um impacto brutal na maioria das pessoas que foram adolescentes nos anos 80. Descobri um actor que na sua vida privada tinha uma enorme paixão pela dança. Temos isso em comum. Dançar mantêm-nos no lado "certo" da vida quando as frustrações apertam, expulsa a energia negativa no suor que se liberta. Graças a este filme perdi o medo de usar o corpo a dançar, de me expressar com toda a liberdade do momento. O Patrick Swayze foi uma inspiração nesse sentido. Sinto-me triste quando morrem pessoas que sabem ser livres a dançar.

Wise.


Sacanas sem lei


Tarantino "baralha a história e dá de novo" podia ser o mote de «Sacanas sem lei». Não fui atrás do hype todo acerca do filme. Compreendo a reinvenção, compreendo a piscadela de olhos ao diversos géneros clássicos do cinema, mas não me prendeu como o Kill Bill que continua a ser, dele, o meu filme favorito. O «Sacanas» é demasiado sério para ser levado a brincar, e demasiado fantasioso para ser levado a sério. Este é, para mim, o grande problema. Não me consigo divertir totalmente ou emocionar totalmente. Não obstante, o argumento não deixa de ter momentos deliciosos (apesar de outros quase desnecessários) e um desempenho de actor notável por parte do Christopher Waltz na composição do seu Coronel Hans Landa, oficial das SS. Só por ele vale a pena ir ver o filme.


15/20

Por amor

Ora cá está um filme que fui ver apenas porque não havia outra sessão aquela hora. Quando vi que o Ashton Kutcher e a Michelle Pfeiffer estavam no mesmo filme, não achei que seria uma boa ideia vê-lo, ainda para mais com aquele título (tradução à portuguesa) que fazia soar a drama de meia tigela com uma paixonite entre uma senhora mais velha e um rapazola. Enganei-me redondamente. Fiquei a achar que o Ashton Kutcher não é só um monumento de homem, mas também sabe actuar para lá das comédias para retardados e o filme é uma bela história sobre perda e as implicações da mesma nas nossas vidas. É um filme melancólico, frio, mas cheio. A paixão entre as duas personagens que se encontram num grupo de auto-ajuda para familiares de pessoas assassinadas, acaba por ser pouco central num filme onde a incapacidade de expressar/comunicar a dor e o amor é, efectivamente, o fio condutor. Todos queremos sentir. Todos queremos esquecer que sentimos. Todos queremos seguir com as nossas vidas, mesmo que não se saiba como. O filme trata desse processo de descoberta. Contido, contundente e, por vezes, delicado.

16/20

segunda-feira, setembro 14, 2009

Preciso de ajuda com camisas brancas

A situação é a seguinte, tenho algumas camisas brancas que já não são tão brancas como quando as comprei. nos colarinhos parece que insiste em colar-se, não importa quantas lavagens são feitas na máquina, um certo tom amarelado. A minha mãe sabe como meter a roupa branca impecável, mas não queria ter de lhe pedir porque lá vem a frase «tão autónomo para umas coisas, mas ainda precisa da mãe» ou «vives sozinho há 7 anos ainda não sabes lavar a roupa como deve de ser?». Portanto, dicas eficazes para tirar o encardido da roupa branca são muito bem vindas.

Curiosidades

Fiz um post sobre o Paulo Portas e tive visitas que nunca mais acabam. Weird...

domingo, setembro 13, 2009

Esperando chuvas boas.

Rain - Madonna

Conversa. XXV

S.: Olhe eu queria um chá de camomila.
Empregado: Traz-me um chá de camila para esta mesa.

Conversa. XXIV

Silvestre: O pudim flan é de fatia?
Empregado: O pudim é flan.
Silvestre: Sim, mas o pudim é de fatia?
Empregado: O pudim é flan, pudim flan.
Silvestre: Mas é servido à fatia?
Empregado: São fatias.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Carolina Patrocínio volta a fazer das suas...

A menina que não come cerejas e uvas sem que a empregada lhe tire os caroços, que não gosta de passar despercebida e que prefere fazer batota a perder, ou é muito burra ou já começa a treinar-se na arte da mentira (quererá fazer carreira política?). Na entrevista publicada hoje no Jornal i, foi-lhe perguntado se ela sempre votou PS. Carolina respondeu que nas legislativas votou sempre PS. O único problema é que quando as últimas legislativas se realizaram ela tinha apenas 17 anos. Ninguém vota, em Portugal, com menos de 18 anos. Será que ela queria tanto votar que fez batota? Hum... é uma questão que se coloca. Será que também temos uma Carolina falsificadora de cartões de eleitor? Ou é apenas a Carolina um bocado tontinha do costume? Eu voto na segunda.

Musiquinha da tarde...

We are the People - Empire of the Sun

Pásion (casino de Lisboa)

Gosto muito de tango. Das danças de salão clássicas é talvez a que mais me fascina. Há muitos anos atrás cheguei a ser praticante e por isso a oportunidade de ver o espetáculo foi recebida com muita excitação (obrigado Beto). Saí contente do espectáculo, mas não maravilhado. Houve, contudo, momentos de verdadeiro brilhantismo (dois dos pares eram soberbos). O primeiro acto (chamemos-lhe assim) foi muito bom também. Consegui ser remetido para os cabarets dos anos 40/50 com ambiente marialva. No restante do espetáculo foi dos solos que se retirou maior prazer. Tenho de dar a mão à palmatória ao Batata que insistia em que o gurada-roupa em dadas alturas fazia mesmo lembrar que estavamos a ver um espectáculo de casino e não um espectáculo per se. Foi bom ver, recordar e ter vontade de estar no meio deles a dançar também.

Frases

Life sucks... but it doesn't swallow!

quinta-feira, setembro 10, 2009

Que grandes compinchas que são todos...

Interpretações

Pessoas com um grande "à vontade"

No meu trabalho existe um senhor que quando se senta na sua secretária, se coloca "à vontade". E quando digo à vontade, é mesmo como se estivesse num espaço reservado e privado e não num local de passagem de colegas. Assim sendo, o dito senhor ora está aos berros com familiares pelo telefone, ora está descalço (literalmente) a sentir a carpete com os dedinhos dos pés ou, a última, a ver filmes porno no PC de forma bastante audível (os gemidos ouvem-se na máquina de café). A isto é que se chama apropriação do local de trabalho.

Personal Top 10s - INXS

1. Need you tonight
2. Elegantly wasted
3. Never tear us apart
4. Mistify
5. Taste it
6. Disapear
7. Suicide blonde
8. Not enough time
9. By my side
10. Beautiful girl

Sinto-me grato #1

Pela possibilidade de continuar a ter almoços com a Ju.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Ser-se assumido vs. Ser-se alvo de espectáculo

Hoje perguntaram-me se eu já tinha sabido que o José Carlos Malato se tinha assumido como gay na capa da TV 7Dias e que a imagem era esquisita. Fui ver a capa e deparei-me com a imagem publicada. Fiquei triste. O destaque é do mais sensacionalista que se poderia imaginar. Parece que se está anunciar mais um programa qualquer de variedades. A vida pessoal de uma pessoa resume-se a isto? À sensação da última fofoca? É que a páginas tantas, a dimensão humana não está presente. E estamos a falar da vida de uma pessoa. É uma personagem pública, eu sei, mas não deixa de ser uma pessoa que aparece exposta no "talho dos média".
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É claro que a entrevista acontece com o consentimento do visado, mas se a capa e o destaque também têm o seu consentimento, isto deixa-me preocupado. Apesar de achar que a transparência e a verdade sobre a opção sexual compensam (quando se sabe a verdade sobre nós dificilmente se sustentam mentiras a nosso respeito), custa-me ver a questão reduzida ao valor "espectáculo".

Feeling dancey today :-)

Let me think about it - Fedde Le Grand ft. Ida Corr (club mix)

Dia de sorte

Dizem os chineses que o 9 é um número de sorte. Hoje dia 09-09-09 é um dia especial, por si só um sortilégio. Quem quiser fazer coisas que se peçam duradouras e votadas ao sucesso, hoje é o dia. Os chineses dizem que é um bom dia para casar, mas devem haver exemplos melhores ;-)

terça-feira, setembro 08, 2009

Se eu tivesse um cão...









... ele seria certamente como este.

Teaser da reportagem «Paulo Portas em casa»

Hoje às 19h na SIC. Não sei porquê, mas acho que vai ser muito divertido. Ele diz que queria ser arquitecto, mas o que se mostra da sua casa dá um certo ar de bordel à la Georges Pompidou. Também por lá anda o Corto Maltese (para bom entendedor um ícone gay basta). Paulo Portas gosta de sushi e sabe utilizar os pauzinhos.... isto promete.

Baú de (boas) memórias - XV

Unbelievable - EMF

Frases

«Há pouca gente treinada na arte da gratidão».

A arte de Paul Russo - monocromáticos em negro.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Relationships

«Relationships sink. That's why they are called relation+ships»

Banda Sonora da tarde


The great escape - Patrick Watson

Manuela Ferreira Leite e as drogas duras

Manuela Ferreira Leite veio dizer que não existe asfixia democrática na Madeira. Humm... pois. Ou de repente descobriu a sua veia cómica ou anda mesmo a tomar drogas duras.

Como se livrar de uma dor de cabeça

Uma colega minha é diplomada em medicina chinesa. Quando lhe disse que estava cheio de dor de cabeça. Ela mandou-me sentar e agarrou-me na mão e pressionou um ponto de tal maneira que deixei de me lembrar da dor de cabeça, tal era a dor que estava a sentir na mão. Já foi quase há uma hora e ainda me arde a mão. Mas de facto, a dor de cabeça desapareceu.

Twilight zone/David Lynch

Este fim de semana foi no mínimo estranho. Já tiveram a sensação que estão na Twilight Zone ou num filme do David Lynch? A minha odisseia começou na sexta feira com a ida a uma feira onde as pessoas eram no mínimo "originais". No fim de noite decidiu-se entrar numa casa de chá que era um portal para "outro mundo". Não sabia se havia de rir se havia de ficar preocupado. As pessoas eram também estranhas e comportavam-se de modo estranho.
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No sábado tinha um casamento, fui d eboleia com uma amiga que chegou esbaforida porque estava a ter um dia de terror. Demorámos 3 horas para chegar a Évora. Andamos perdido no meio das vacas e chegámos à conclusão de que o interior está mesmo desertificado, não se via uma pessoa. Quando pedimos informações ao primeiro senhor que vimos, ele fugiu a correr monte acima.
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No casamento, comecei a sentir-me mal disposto e acabei a vomitar no WC. Antes de vir embora ainda tive uma daquelas cólicas brutais que não se desajm a ninguém. Chegado a casa pensei que estava tudo ok. Entretanto era domingo e fui com um amigo ao AKI onde uma lata de tinta azul caiu da prateleira, rebentando e estragando-me as calças e os ténis preferidos.
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Ainda bem que hoje é segunda feira e que estou a trabalhar.

sexta-feira, setembro 04, 2009

A verdadeira ressureição

A minha empregada voltou, cheguei a casa e estava tudo limpo. Sou um homem renascido!!!!!!

Sandra - A Madonna argentina (ou o novo Ken Lee)

A Bisavó Beatriz

Hoje voltei a ver o mesmo rapaz, nos seus vintes, a pedir na Praça e Espanha. Tem um corpo porreiro, definido e só hoje reparei que tem um braço amputado pelo meio do antebraço. Só hoje percebi que estava a pedir esmola. Não consegui deixar de me lembrar da minha bisavó Beatriz, que também tinha um braço amputado da mesma maneira.
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A bisavó Beatriz teve um tétano aos 14 anos e teve de amputar parte do braço. Casou aos 20 e aos 28 tinha 4 filhos e ficou viúva. O meu bisavô morreu de pneumonia. A bisavó Beatriz, sem apoio familiar e sem nunca ter trabalhado, começou a lavar roupa nos chafarizes públicos e a fazer limpezas em casa de gente rica. Para isso, por vezes, tinha de deixar a filha de 7 anos a tomar conta dos irmãos mais novos. Por duas vezes, quando chegou a casa, viu os filhos a serem enfiados na carrinha da Mitra. Vivia numa casa em que o chão era de terra batida, as condições eram as possíveis para o dinheiro que ganhava. Um homem que queria casar com ela usava a ameaça de lhe colocar os filhos num orfanato para a fazer ceder. Ela não cedeu. Dizia que só teve um amor e não voltou a casar. Porque era muito bonita (intensos olhos azuis e cabelo negro), pretendentes não faltaram nesses anos em que o trabalho ainda não lhe tinha roubado o viço. A resposta dela foi sempre a mesma. Não.
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Criou os 4 filhos e não deixou de trabalhar até morrer. Quando o corpo já não dava para trabalhos fortes passou a vender caramelos, chocolates, amendoins e outros, numa bancada em frente à porta dela. Os míúdos conheciam-na pela «maneta». Morreu aos 87 anos com vários orgulhos: foi fiel ao amor pelo marido, os filhos viviam bem e o seu cabelo atado num carrapito continuava negro e forte. Para ela não ter parte de um braço nunca foi uma questão.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Original.


Homem renascentista

Alguém me disse há uns dias que eu era "o homem renascentista", o que ainda faz mais sentido por eu não gostar de falar ao telemóvel. Achei engraçado. Foi a primeira vez que alguém usou esta definição.

Beat divertido...

Jungle Drum - Emiliana Torrini

Sabiam que...

...a caixa de recepção da TVCabo gasta tanta energia como um frigorífico? Quando desligo a televisão e a box, desligo também na tomada.

PS. ver Proteste para mais informação.

quarta-feira, setembro 02, 2009

ABC da Sedução


Por alguma razão alguns filmes têm a designação de 'filmes de domingo', porque são levezinhos e açucarados e podem ser vistos em momentos de ociosidade mental...total. O filme em questão é um exemplo acabado disto. Uma comédia previsível, sem grandes artifícios, que percorre o ABC dos truques de filmes de comédias românticas dos últimos 60 anos, sem piadas novas ou inovadoras que nos façam esboçar mais do que um sorriso. No meu caso ainda consegui rir duas vezes. Não foi mau.


11/20

Romance na terceira idade...


It's a mad, mad world...

Numa aldeia em Coruche, homem com deficiência profunda - mais a mãe reformada - foi raptado pelo irmão e pela cunhada com o próposito de ficar com o dinheiro da pensão de sobrevivência. Estiveram meses em cativeiro, num quarto fechado sem janelas e sem higiene. O homem já comia a própria roupa e mãe encontrava-se num estado de subnutrição extremo.
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Em que raio de mundo é que vivemos quando os familiares que deviam proporcionar a nossa segurança são aqueles que nos colocam em risco? Em que raio de mundo é que vivemos hoje quando ninguém dá por nossa falta no sítio onde moramos, mesmo que estejamos desaparecidos há meses? Isto deixa-me mal disposto.

Frases

«I am invariably late for appointments ... sometimes, as much as two hours. I've tried to change my ways but the things that make me late are too strong, and too pleasing.» by Marilyn Monroe

terça-feira, setembro 01, 2009

Marisa para a noite

Queria ter dúvidas.

Em menos de um mês serão as eleições legislativas. A pré-campanha começou agora, mas a minha decisão já está tomada há algum tempo. Gostava de ser obrigado a pensar a quem gostaria pela primeira vez na vida. Para mim é frustrante saber com tanta anticipação. Não voto movido por uma convicção extraordinária, voto naquilo que considero ser um mal pior. A mediocridade da classe política é gritante e quase que nem posso expressar isto porque já é tão do conhecimento de toda a gente que se torna um cliché dizê-lo. A leitura dos programas eleitorais é, também, de pouca ajuda dado o teor sempre muito "amplo" dos mesmos. Os partidos são também bastantes mercantilistas e querem adeptos não podendo, por isso, oferecer a especificidade desejável para uma compreensão efectiva do plano de governo. Por outro lado, acho que os próprios partidos não têm uma ideia muito concreta do que vão fazer e querem margem de manobra para poder retroceder, se assim for necessário, e passar entre as gotas da chuva. Mais uma vez lá acabo eu por votar numa ideia e não num projecto concreto, simplesmente para garantir que o meu direito/dever de cidadão foi cumprido e que contribui para a minimização de um mal maior. Não deixo com isso de ter a sensação de que estou a participar numa fantochada. Queria tanto não saber em quem vou votar, era tão bom que a qualidade dos programas eleitorais me deixasse na dúvida. Queria tanto esta dúvida.

Afinal em que ficamos?

Uma das coisas a que eu acho alguma piada é discutir parecenças. Acho que até tenho um certo jeito para isso, encontrar traços de outras pessoas no rosto de alguém. Gostava que alguém me conseguisse tirar as parecenças da mesma forma. Dizem-me, pessoas diferentes, que sou parecido com o Brian Austin Green, com o Paulo Rocha, com o George Michael e agora acrescentou-se o Carlos Alberto Ricelli.








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Assim de repente quando olho para todos, nenhum se parece com nenhum. E portanto dá vontade de dizer... afinal em que ficamos? A parte boa é que ninguém me comparou ao Fernando Mendes ou ao Ramalho Eanes.

Frases

«Tenho uma mala nova que o meu amor me deu. O meu amor-próprio claro!» by J. Azevedo

Casa

Aquilo que às vezes parece um sinal no rosto é a casa do mundo,
é um armário poderoso com tecidos sanguíneos guardados
e a sua tribo de portas sensíveis.

by Luiza Neto Jorge