sexta-feira, dezembro 29, 2017

Reflexão para 2018 - Um bom ano a todos

A minha reflexão para 2018 não é minha. Exponho-a, talvez por pensar que existem demasiados equívocos sobre o que é ser feliz, em função da racionalização excessiva da ideia de "bem" para nós mesmos e para os outros. Esquecemos, no nosso desejo de transcendência, que somos parte integrante de um equilíbrio natural e da maravilhosa realidade das coisas, interiorizada cada vez mais por via dos conceitos "das coisas" e cada vez menos pelo sentir das coisas. Assim, o meu (humilde) contributo para a vivência tranquila de 2018 é relembrar um texto de Fernando Pessoa/Alberto Caeiro. 

Se eu pudesse trincar a terra toda
e sentir-lhe um paladar,
e se a terra fosse uma coisa para trincar,
seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade,
naturalmente, como quem não estranha
que haja montanhas e planícies
e que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
na felicidade ou na infelicidade,
sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
e quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
e que o poente é belo e é bela a noite que fica...
E que se assim é, é porque é assim.

Alberto Caeiro

Bolas, bolas, bolas...

Chegou aquele fato de banho estupendo que encomendei pela Internet e ao vesti-lo descobri que me fica mal como o caraças. Ainda bem que foi uma promoção.

Piada Seca LXIV

Porque é que se um astronauta matar outro no espaço não vai preso?
Porque é um crime sem gravidade.

Piada Seca LXIII

Quando é que uma indiana tem uma pinta vermelha na testa?
Quando está em "Stand by".

E só da minha cabeça...

Ou este ano passou brutalmente rápido?

sexta-feira, dezembro 22, 2017

Ritmo Perfeito 3

O último capítulo do franchise não é mau, mas o clímax foi atingido no capítulo dois (que é melhor que o capítulo um, o que é raro nas sequelas). A Fat Amy acaba por ser a heroína improvável (literalmente) deste filme e essa parte resulta, mas as piadas são menos interessantes que no passado. Sinto que há agora uma corrente nos EUA de piadas simples para as massas americanas (conhecidas pelo seu pouco brilhantismo mental, como indica a eleição do Trump) que rouba a sofisticação da comédia, mesmo a mais física ou mais mainstream. Diverte e faz-nos rir q.b..

14/20

quarta-feira, dezembro 20, 2017

O segredo do emagrecimento.


Pergunta...

Não fazer a mínima ideia do que é um kit de distribuição de um automóvel faz de mim muito gay?

The Voice

Adoro quando ganha uma pessoa que não berra. Porque é que tem de ser tudo acerca de decibéis? Infelizmente confunde-se grandes vozes com gritos e/ou notas agudas. Nos EUA acabou de ganhar uma pessoa bastante interessante. Era bom que em Portugal também acontecesse o mesmo. #diversidade

Estado de espírito hoje no trabalho...


terça-feira, dezembro 19, 2017

Star Wars: Os Últimos Jedi

O novo capítulo da saga Star Wars não encantou, mas também não desiludiu. Nota-se claramente que é um filme de transição a preparar a apoteose final, mas mesmo assim a essência clássica dos capítulos dos anos 80 está presente e a modernização q.b. de decores e ângulos cinematográficos também. Há algumas boas metáforas visuais e de acção, mas merecíamos que fosse pelo menos introduzida alguma novidade (que não o cada vez mais cabotino hábito de meter personagens cómicos só porque sim. Apesar de tudo os passarinhos são fofinhos). Para quem cresceu com a saga, ir ao cinema ver mais um capítulo é como receber a vista de um velho amigo em casa. 

15/20



quinta-feira, dezembro 14, 2017

Coco

O último filme da Pixar prima essencialmente pelo universo cultural de referência. Já sabemos que são exímios na animação que fazem e nos guiões que constroem. A esta altura do campeonato será difícil inventar algo de novo ou fazer-nos sentir o que os três filmes do seu período áureo nos fizeram sentir; falo do Ratatuille, do Wall-E e do Up!. Os primeiros 10 minutos do Up! serão algo de irrepetível (creio), mas mesmo assim o Coco tem uma competência e uma fluidez incríveis. Ressalvo apenas uma cena quase no final do filme que faz valer a pena. Por 4/5 minutos sentimos aquela magia que só os filmes da Pixar nos conseguiram fazer sentir. De resto, o filme é muito divertido e também introspectivo a momentos. Há uma certa aura de mistério cuja resolução não nos é dada de bandeja apesar de pensarmos que sim durante uma boa parte do filme. Não sendo extraordinário é muito bom.

16/20

120 Batimentos por Minuto

Tenho alguma dificuldade em falar sobre este filme porque o assunto é muito duro. Digamos que pensei que iria ver um documentário e na realidade é um drama, que está muito bem feito, não obstante alguma ou outra cena para provocar deliberadamente o expectador, por exemplo as cenas de sexo gay, que  não deixam de ser corajosas ali no limiar do explicito, mas mantendo o bom gosto. O estigma social de viver com HIV e implicação pessoal e psicológica da doença está muito bem retratada e os dilemas do activismo político (neste caso em favor dos doentes de HIV) também. A direcção está bem executada e a direcção de actores (não sei se por mérito do realizador ou por mérito dos actores que conseguiram oferecer uma tipificação bastante diversa) também. Aconselho a ver.


16/20

quarta-feira, dezembro 13, 2017

19 anos

O meu pai morreu há 19 anos, 12 dias antes do Natal. Este ano, também antes do Natal está a morrer o homem que criou o meu namorado, ou seja, o avô. É uma coincidência pouco agradável. 

quinta-feira, dezembro 07, 2017

Promiscuidade no ginásio

Antes que pensem que este post é sobre sexo... não é. Hoje no ginásio apercebi-me de que um senhor médico de profissão que andava ali em cuecas era o médico de uma quantidade de pessoas no ginásio. Vários homens se aproximavam dele e diziam «ò doutor, está cá?» ouvia-se outros de longe, «também é meu médico» e o senhor, dos seus 65 anos, meio à nora porque não conhecia ou lembrava a maioria das pessoas (pelo menos sem roupa). A isto se chama promiscuidade de contextos. 


quarta-feira, dezembro 06, 2017

Liga da Justiça

Gostei muito do filme Mulher-Maravilha, mas convenhamos que a Liga da Justiça em vez de ir beber ao sucesso do outro, foi apenas uma seca de primeira. Acho que o filme poderia chamar-se a Liga do Valium. O vilão é uma seca, o renascimento do Super Homem é uma seca, etc. etc. A honrosa excepção vem na personagem do Flash que embora não corresponda minimamente ao original, é divertida e minimamente interessante.

10/20

Um Crime no Expresso do Oriente

Gostei da nova versão do filme, não sendo, contudo, tão boa como a versão original. Mas parece que isso é um facto costumeiro.  Não gostei da forma como o Poirot está retratado, mas foi bom ver o retorno da Michelle Pfeiffer num papel adequado. A Judi Dench é sempre um prazer e todo o resto foi normal. A história em si, para quem não conhece, é mesmo muito boa. A vertente humana da mesma e como um simples facto pode estar interligado com tantos outros que provoca uma hecatombe.

14/20

terça-feira, dezembro 05, 2017

Trás-os-Montes II

















Trás-os-Montes I













Piada Seca LXII

Uma feminista perguntou-me de que forma eu via as relações lésbicas.
Parece que «Em HD» não era a resposta correcta.

Piada Seca LXI

Porque é que o Pai Natal não tem DSTs?
Porque embrulha sempre o presente antes de o enfiar na chaminé.

segunda-feira, dezembro 04, 2017

Ilusões ópticas

Como é que eu transformo o nome de Mariana Peneda em Marina Peida. Acho que tenho mesmo de ir rever os óculos.