domingo, outubro 31, 2010

Relativização

É curioso como algumas coisas que nos incomodavam bastante, de repente deixem de ter qualquer importância.

sábado, outubro 30, 2010

A vida acontece...

Estou numa excitação tremenda. Que noite estupenda. Alejandro, Roberto, Fernando...

sexta-feira, outubro 29, 2010

Dilema

Fazer a barba à lâmina ou não? Preciso de olhar ao espelho e ver uma cara diferente.

Gainsbourg (Vie Héroique)


Não lhe vou chamar o filme do ano para mim (até porque ainda não acabou), mas foi a surpresa do ano. Pensava que ia ver um biopic comum que valeria pela individualidade do retratado, mas não. Vi um filme feito por alguém que contou um conto sobre o retratado. Alguém que agarrou na essência de uma vida teatral, usando-a no seu extremo como um exercício onírico, mas sem que nunca se perdesse a força e o contínuo da história. Às vezes pantomina, às vezes teatro de marionetes, Gainsbourg não defrauda e encanta. Não é a vida do Serge, mas é o Serge que anda ali a contar essa vida, a brincar com o que foi e o que poderia ter sido. Os quadros de época são também bastante precisos e não vou esquecer a imagem da maravilhosa Juliette Gréco no filme. Não sei se há lugar a meios termos, ou se todos vão gostar ou não. Eu gostei. muito.


17/20

Ansiedade parental.

Olha a Natalinha a sair-me do Baú...

Want - Natalie Imbruglia

Uma imensa piscina...

Hoje o trajecto para o trabalho revelou-se uma aventura. Lisboa já estava alagada e ainda era só de manhã. Com a chuva que continua a cair faço ideia do estado em que certas ruas devem estar e mesmo os acessos para sair de Lisboa como o que vai dar à A5 pela Praça de Espanha.
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É no mínimo lamentável que ano após ano, as sistemas de escoamento continuem sem funcionar e que continuem a impermeabilizar os terrenos de Lisboa. Só se faz boa gestão pública em Portugal (NOOOOOT...).

quinta-feira, outubro 28, 2010

I'm no...

...Madonna, for instance.

Balanço

3 lâmpadas mudadas. Um casquilho desfeito para substituir. Uma porta com vidro partido já desaparafusada para ir a arranjar e um iPod Shuffle comprado (diz que não conta como iPod).

No meu mundo.

No meu mundo os gatos ensinam gaivotas a voar porque deram a sua palavra.

Cold.

Cold - Annie Lennox

Ignorância é felicidade

Tenho uma relação de amor/ódio com a minha intuição. Serve-me tão bem, que às vezes me faz mal. Abençoados os néscios.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Conjugalidades

Música nova

Stars - Warpaint

Novo passatempo

Escolher tintas para pintar a casa dos amigos. Gosto.

terça-feira, outubro 26, 2010

E se de repente...

...estiver no Pingo Doce cheio de compras para pagar e verificar que se esqueceu da carteira no trabalho? Isso é um grande galo!

Siiiiiiiiiiiiiiiiiim...

Magda instrui-se...

A partir desta manhã a Magda sabe mais sobre sexo homossexual. Silvestre responde a perguntas como se falasse com uma criança de 4 anos.

Um piropo como deve de ser

Ontem fui a um jantar (onde cheguei 45 minutos atrasado, o costume) e um colega de equipa disse-me «devia ter esperado por ti para escolher o prato porque as coisas que tu comes estão a fazer-te maravilhas ao corpo». Elegante.

segunda-feira, outubro 25, 2010

As idades e a música

Em 1998 comprei o segundo CD da Natalie Merchant, de nome Ophelia, que foi parar à prateleira em menos tempo do que aquele que leva uma piscadela de olhos. Não gostei nada. Tinha adorado o primeiro e este parecia-me claramente inferior. Este fim de semana, estava eu no Youtube a ver umas musiquitas, quando me cruzei com uma música da Natalie Merchant que adorei e depois outra e depois outra e fui ver a que álbum pertenciam... ao Ophelia pois claro. Saiu logo da prateleira para dentro da aparelhagem. Não consigo perceber porque não gostei do álbum. É poético, delicado, profundo. Enfim... antes tarde que nunca. Deixo a preferida para quem quiser ir dar uma espreita.


My skin - Natalie Merchant

O Trumps na sexta feira

Nunca fui um fiel cliente do Trumps. Comecei a ir há 3 verões atrás porque o Batata frequentava e gostava muito da música da pista comercial. Entretanto cansou-se (muitos anos de casa) e eu continuo. Este sexta feira estive lá e não consegui deixar de comparar com a primeiras duas vezes que lá fui (e únicas durante muitos anos). Em 1994, o Trumps era um sítio muito pouco agradável cheio de homens no engate. Não havia a Internet e as coisas passavam-se ali de foprma dura. Não se podia olhar para ninguém directamente porque podia ser interpretado como sinal de interesse e tinhamos logo, de repente, 3 mânfios a dançar para cima de nós. Não se via mais que duas ou 3 raparigas.
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Em 2010, o Trumps parece uma discoteca da moda entre os miúdos que vão lá com as suas amigas e também vejo muitos casais hetero espalhados pelas pistas. E gosto. Não gosto do facto da média de idade dos frequetadores ser muito baixa e da higiene deles não ser das melhores, os miúdos cheiram a pescoço mal lavado e a cera de orelha...blhác. Será que hoje em dia é cool ser porcalhão? Ou será que ninguém usa desodorizante para proteger o ambiente? Não sei.
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O que sei e o que mais gosto é que se vêem raparigas sozinhas, ou em grupos pequenos que vão lá para dançar com os rapazes. Miúdas que gostam mesmo de dançar e que devem sentir-se seguras por dançar com rapazes que são gays, sem que tenha de acontecer mais nada. Na sexta feira dancei com 3. Vou recordar particularmente a última que estava sozinha e que tinha uma boa onda extraordinária. Foi mesmo bom. Um sorriso cúmplice e aberto inicia o corpo a corpo e o mesmo sorriso sela a despedida.
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Esta sexta feira diverti-me muito. Havia espaço para dançar e a média de idade estava mais alta, devia ser aquele dia do mês em que os trintões saem à rua. Se a pista comercial estivesse mais vazia e se os miúdos se lavassem melhor ou usassem um perfumito, então tinha sido perfeito.

Ginásio Blues XVI - Mas porquê?

ACDC? Mas quem é que acha que ACDC é música para fazer exercício no ginásio? E logo hoje, que a porcaria do leitor de mp3 que comprei no sábado não funcionou (vai já recambiado de volta para a FNAC).

sexta-feira, outubro 22, 2010

Aviso à navegação

O próximo fim-de-semana

Ainda este fim-de-semana não entrou como deve de ser e já estou a pensar no próximo que irá incluir uma passeata a Montemor-o-Novo. O Batata gostava de ver os cromeleques e assim agarra-se na mãe e vai a família toda junta para um repasto alentejano e para ver as vistas. Sinto-me bem com esta coisa de planificar com avanço. Retira o stress. E sinto-me bem com as passeatas em família.

O melhor single do último álbum da Alicia Keys...

Unthinkable (i'm ready) - Alicia Keys

quinta-feira, outubro 21, 2010

Verdades

Na Suécia até os ladrões têm sentido cívico...


Um professor universitário a quem roubaram o Notebook com todos os seus ficheiros, recebeu dias mais tarde uma pen pelo correio com a cópia de todos os ficheiros. Não faltava nada e o ladrão deve ter passado imenso tempo a copiá-los. A história integral (aqui)

Comi quem nem um elefante ao almoço.

Hoje estou para aqui que não posso depois de uma visita ao buffet à hora de almoço. Eu sou um fã de buffets porque como como um desalmado por pouco dinheiro. Sim, sou um economicista (há quem lhe possa chamar outra coisa :-p). Valeu a pena a barrigada porque estive com amigos com quem agora já não tenho oportunidade de estar com frequência. Por amigos iria ao buffet todos os dias, mesmo quando, como hoje, só me apetecer comer a minha salada de vegetais vermelhos.

Mariana Rey Monteiro (1922-2010)

Foi uma actriz (sim com c) de quem eu gostei muito, em especial como matriarca dos Marques Vila (Vila Faia), como a sofrida Ofélia (Origens) ou como a deliciosa Emília (Gente Fina é outra coisa - uma série que deve ser vista por todas as gerações).
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A neta disse que ela morreu ontem, em família, «de velhice». Aposto que com o mesmo porte de sempre. Fica a obra.

Casamentos que não correm bem I


Dona Noiva é favor não dançar com bebidas a arder se tiver um vestido feito de materiais altamente inflamáveis (como quem diz poliester ou outro derivado de plástico)

quarta-feira, outubro 20, 2010

Arrependimentos


La folie, la folie... et les amoreux. Há pessoas que têm uma relação quase kármica (ou mesmo kármica). Há paixões/amores que nos ficam guardados no sangue para reagir como um vulcão ao catalizador que é a presença do outro.
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Este filme fala da incapacidade do tempo e das distâncias geográficas para dissuadir uma dessas paixões. Será que se consegue viver no raio enérgico de choques meteóricos?
15/20

Difuso/vedado

Apetecia-me chegar aqui e verter as entranhas, prolixo. Mas depois passo. Não quero arrogar-me desse predicado. Não vou reverberar convexamente. Quedo-me. Aguardo agnição.

Erotica

Foi há 18 anos que saiu um dos álbuns mais mal-amados da época. Inovador no ritmo, provocador nos temas, avant garde no conceito. Nunca a Madonna esteve tão à frente criativamente. Não obstante, o puritanismo da época condenou o álbum concentrando-se no sexo e muito pouco na música. Condenou também a carreira de Madonna que só viria a ser reabilitada com a participação no filme Evita.
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Em 1992 também não o compreendi na sua globalidade. E só 15 anos passados sobre a edição do álbum começou a haver reconhecimento da crítica pela influência que teve na definição da música de dança/pop nos anos 90. É um legado a consultar.

sensações.

Uma das sensações mais desagradáveis que posso ter é planear o meu futuro e ver o passado a acontecer.

terça-feira, outubro 19, 2010

Para bom entendedor...

Tenho saudades desta Janet...

70's Love Groove - Janet Jackson

O Silvestre

Foi oficialmente picado pela mosca Tse Tse (pela segunda vez em duas semanas).

Se a vida acontece ao nosso redor...

...temos outro remédio senão vivê-la?

segunda-feira, outubro 18, 2010

Sad... but true.

Porque é segunda feira...

Feeling Good - Adam Lambert

Há pessoas...

Há pessoas com problemas inexistenciais.

sábado, outubro 16, 2010

Tarde de sábado

Comecei a tarde com o A., o meu parceiro de patinagem em linha. Depois, visitas à mãe e à sobrinha. A sobrinha está liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinda de cair e fartei-me de brincar com ela (ou ela comigo). Depois de tanta ginástica vou acabar a tarde com uma aula privada de ioga na minha sala. O Batata que está a acabar o curso de professor vai começar a meter os conhecimentos em prática. Lucky me e das duas amigas que convidamos para uma sessão de ioga. Depois de uma bela jantarada na Maison Silvestre... Bairro? Wait for us...

Noite de sexta feira

Depois de um dia a dar o corpo ao manifesto (treino de ginásio de manhã e de equipa à noite), nada como ter ficado confortavelmente acoplado ao Batata no sofá da sala a ver os Anjos na América. Que fim de noite tranquilo e delicioso.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Porque o fim-de-semana está à porta: a pensar...

Proven facts:
In wine there is wisdom,
In beer there is freedom,
In water there is bacteria.

Ilusões

Mais uma lamentável do "Campus" da Igreja Católica.


Arcebispo de Bruxelas considera a sida "uma forma de justiça imanente". A notícia integral pode ser consultada aqui.
ps. Não percebo porque é que os padres que praticam/praticaram pedofilia escaparam à "justiça imanente". Só falta ele vir dizer que Jesus perdoa nesses casos.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Proteger o quê?... Republicanos da treta.

Fight Preposition 8 in California.

Sugestão para novos impostos

O Governo podia também taxar a depressão, a desilusão com a classe política, a falta de confiança no Estado e a incompetência dirigente. Faziam-se umas belas massas.

Viva o pop piroso e bem disposto...

Mercy Mercy - Le Kid

Nada é linear

Nada é linear na vida e as nossas verdades são mutáveis. O nosso discurso prende-se com aquilo que experienciamos. Há muita gente que fala do que imagina que é, eu próprio já estive incluído nesse lote. Sabemos pouco, imaginamos muito. Um dia passamos por situações que apenas imaginávamos e somos completamente diferentes na presença da experiência. Nessa experiência temos conhecimento sobre todos os elementos envolvidos e percebemos que não era como pensávamos. Que a vida, as coisas, os factos, podem ser de uma maneira completamente diferente. A vida não é sempre o que nós pensamos que ia ser. Existem variáveis espúrias, outras que aparecem na equação de mansinho, outras de rajada e, complementarmente, aquelas que efectivamente prevíamos. É preciso uma grande dose de humildade e perceber que somos muito pouco no quadro maior das coisas que existem. E ninguém é diferente. Basta conversar com a pessoa ao lado. Todos passamos pelo mesmo.

Frases

A realidade é o mais poderoso dos alucinogéneos.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Histórias Simples...

Imelda May tem um novo álbum

Imelda May - Mayhem

A Ana Malhoa estragou-me o imaginário

Hoje de manhã resolvi vestir uma camisa cor de beringela que tinha há quase 1 ano sem a estrear. Quando passei pelo espelho do corredor e me vi de corpo inteiro pensei «epá gosto mesmo da camisa, sinto-me sexy». E pimba, imediatamente veio-me à cabeça a imagem do CD «Sinto-me sexy»da Ana Malhoa e ela vestida de pele de leopardo cor-de-rosa. Bolas!
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Contei a história ao Batata e ele só me disse «tu pensaste sinto-me sexy?» E eu respondi que sim. Ele disse «Silvestre, ninguém pensa que se sente sexy, isso é muito fatela. No máximo as pessoas sentem-se giras». Bom além de ter a Ana Malhoa na cabeça, agora descobri que também sou fatela quando me sinto giro. A vida é difícil...

terça-feira, outubro 12, 2010

Só eles


Ontem calhou de ir novamente ao cinema e para não ver o «Lola» (que deve precisar de um estado de espírito mais aberto emocionalmente) resolvi ir ver o «Só eles». Pensava eu que ia ver uma história comovente e terna sobre um pai viúvo recentemente, que tem de descobrir como educar um filho de seis anos e ainda integrar o filho de 14 (de uma anterior relação) nesta equação. A história é verídica e... chata. Não sei se é a história original que é uma chatice, se foi o argumento que não foi bem escrito. Só sei que tive de passar quase duas horas a controlar um ataque de tosse para nada. Pareceu-me tudo demasiado irreal. E só pensava «se o puto de seis anos fosse meu filho já tinha levado umas palmadas bem assentes». Saí de lá como se tivesse estado a ver televisão numa sala de espera.
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10/20

Frases sábias

«Os doces não engordam. Nós é que engordamos.» by Magda

Conversa. LI

Silvestre: E estavas toda irritada...
Magda: Não quando ele veio já estava séria, é que eu sou assim uma pessoa que muda da noite para o vinho.
Silvestre: Da noite para o vinho?
Magda: Da noite para o dia.

segunda-feira, outubro 11, 2010

A ter em conta.

"People think a soul mate is our perfect fit, and that's what everyone wants. But a true soul mate is a mirror, the person who shows you everything that is holding you back, the person who brings you to your own attention so you can change your life" by Liz Gilbert

A minha avó materna

Ontem a minha avó materna faria 102 anos. Pensei muito nela e como ela foi tão diferente de outras mulheres da minha família pela negativa. Não obstante, tentei sempre compreendê-la ou dar-lhe um desconto pela vida difícil que teve. Não é fácil perder o pai com 7 anos e ter de ajudar a mãe a tratar dos irmãos de 5, 3 e 1 ano. Não é fácil largar a escola e ter de ir lavar roupa para o chafariz público. Não é fácil ver-se enfiada (mais os irmãos) dentro de uma camioneta para ser levada para um orfanato por chantagem de um homem rico que queria casar com a minha bisavó Beatriz (de quem já falei aqui).
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A minha avó materna cresceu ácida (foi sempre uma mulher muito magra, parece quase que foi por issso). Pensava apenas em si e quando estava aborrecida ninguém podia estar feliz à sua volta, o que ela tratava de garantir. Foi muito bonita (como aliás as mulheres todas desse ramo da família). Tinha uns olhos azuis da cor do céu de verão e uma pele muito branca e macia com uma penugem muito curtinha e incolor. Envelheceu muito cedo e castigou muito (mesmo muito) a minha mãe (ainda adolescente) por ser agora a mais bonita da família.
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Tento lembrar-me das coisas boas dela. E vem-me à cabeça que tinha muito jeito para miúdos. Gostava de brincar com crianças. É curioso que nunca tenha sido muito terna com os filhos, com a excepção da filha adoptiva. Era impecavelmente asseada. Cheirava sempre muito bem e na corda havia sempre um número enorme de cuecas estendidas porque sempre que ia à casa-de-banho, lavava-se e trocava de roupa interior. Bebia litros de chá preto e em casa andava sempre de bata.
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Podia ter morrido na nossa casa onde viveu depois da morte do meu avô, mas não. O meu pai tratava-a como se fosse mãe dele, até que descobriu as maldades que ela fazia à minha mãe e pediu-lhe que saísse. Acabou num lar, onde infernizou a vida às colegas, às directoras. Para ver se ainda conseguia castigar a minha mãe, quando partiu uma perna recusou-se a fazer fisio e depois teve de ser operada e a anestesia afectou-lhe o cérebro. Ficou desmemoriada. Sabia quem éramos, mas confundia a televisão com a realidade, pensava que a mãe dela ainda estava viva, o meu avô e outras personagens do passado.
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No lar foi quando começou a gostar de mim. Ela tinha deixado de gostar de mim quando comecei a perceber as maldades que fazia à minha mãe e a defendê-la (a minha mãe achava que não se deve responder mal a um pai ou a uma mãe, coisas da educação à antiga, e ficava sempre calada). Eu morria de pena da minha avó, alguém que estava sempre mal e que afastava toda a gente. Foi essa pena que fez com que eu e a minha mãe a visitássemos no lar com muita regularidade. Fomos aqueles que nunca a abandonaram, ou que tinham mais resistência. Os outros netos iam de vez em quando ou nunca.
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O meu tio dizia que não dava gosto falar com a mãe porque ela estava desmemoriada, não dava para conversar com ela, razão mais que suficiente para não aparecer no lar. Eu ficava 1 hora à conversa com ela. Era fácil. Eu dizia «ó vó, sabe que casou a filha do senhor do fim da rua?» e ela respondia «qual senhor o dono do supermercado?» e eu dizia que sim e deixava que as recordações do passado guiassem a conversa. Eu não fazia a mínima ideia do que estava a conversar ou quem eram aquelas pessoas, mas ela sim e passava um pedaço feliz a conversar. A directora do lar dizia que ela estava sempre de cabeça espevitada a olhar para a janela e dizia «o meu careca deve estar quase a chegar» (eu já rapava o cabelo na altura). E tenho saudades dos sorrisos sem dentes que ela me oferecia quando eu entrava a porta da sala de convívio.
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Morreu com 90 anos. Eu não me esqueço de quando a vi morta no caixão. Foi a primeira vez que a vi com um ar pacífico. Estava muito bonita. A paz dava-lhe um ar muito diferente. Pena que ninguém mais pudesse ver aqueles magníficos olhos azuis.
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Porque escrevo hoje sobre a minha avó? Porque tenho pena por ela e por todas as pessoas que têm ao seu lado gente que as ama, que as cuida e depois desperdiçam tudo isso. Podia ter tido uma vida magnífica, estava rodeada de gente boa, mas teve sempre de fazer a sua guerra. Há pessoas assim, que estão em guerra com os outros toda uma vida, ou estão em guerra consigo mesmas. Eu conheço algumas em guerra consigo mesmas que também desperdiçam o que têm de bom à sua volta. Gostava que a minha avó materna fosse cada vez mais um exemplo único e que a sua história não se repetisse e que todas as pessoas que desperdiçam afectos, acordassem para a vida.

Orar, comer, amar


Que difícil é falar deste filme. Em primeiro lugar aconselho toda a gente a ver, não porque é um bom filme, mas porque está cheio de bom material, de dúvidas e questões que podem fazer uma diferença enorme junto daqueles que sentem que estão à procura de algo nas suas vidas e não sabem bem o quê, ou junto daqueles que não se sentem muito felizes e têm medo de enfrentar a mudança. O filme começa bem, mas sensivelmente depois do meio envereda pelo caminho da "americanização" fica demasiado filme americano para donas de casa e mulheres de meia idade. E colocar o Javier Bardem a fazer de brasileiro quando ele não consegue atinar sequer com o português é um tiro no pé (para espectadores portugueses). No final, vim com muitas ideias e achar que o livro em que o filme se baseia deve ser extraordinário. A Júlia Roberts é sempre um gosto e a Viola Davis também. Comprem o livro e dispensem o filme, ou vejam o filme que sempre é mais barato e inspirem-se.


13/20

Uma família moderna


Um filme divertido, em momentos muito terno, em momentos triste. O que acontece quando numa família toscana abastada e tradicional o filho mais velho revela que é homossexual? O pai expulsa o filho de casa, tem um ataque cardíaco e o filho mais novo que ia anunciar que era homossexual no mesmo jantar, não tem coragem para fazê-lo, ainda para mais quando o pai deposita nele todas as esperanças. Penso que o realizador queria ter feito uma comédia dramática, ou uma comédia de enganos, ou um drama clássico. Os cenários são muito bonitos, há momentos sublimes, mas há outros que estragam o figurino da perfeição. O potencial era tanto que concretizar tornou-se o mais difícil. Não obstante, dei grandes gargalhadas e enterneci-me com a personagem da avó. É um filme onde se fala muito de amor, da presença, da ausência, da vivência e com riso pelo meio, sempre o riso (e o sorriso).


14/20

Solomon Burke (1940-2010)

Morreu um dos cantores de blues que eu mais gostava. Lamento porque acho que era daquelas pessoas que continuava a ter aquele brilho especial e a qualidade de sempre. Deixo aqui um dos temas dele de que mais gosto «Don't give up on me». I won't give up on him.

Life.

There is life in planet Silvestre.

sábado, outubro 09, 2010

Is it me?

Is it just me or is everyone hiding out between the lights? Where will we be when we come undone? Just a simple meeting of the minds...

sexta-feira, outubro 08, 2010

Medidas de contenção da treta (vai para o Car**** Sócrates)

A partir de 2011, na Função Pública, acaba-se a acumulação de reformas/pensões com o vencimento de cargos públicos. Até aqui eu achava bem, o que não sabia é que existe excepção para todos os casos que o Primeiro Ministro autorizar. Ou seja, ministros, amiguinhos de ministros, amiguinhos do primeiro ministro, pessoal que não convém chatear e pessoal a quem se devem favores políticos continuam a acumular tudo o que poderem. Viva o Condado do Portugalete.

Olfacto

A minha memória olfactiva está ao rubro.

Ontem

Ontem tirei os patins em linha da prateleira, onde estavam arrumados há 9 anos. Precisava de um parceiro para me fazer quebrar o enguiço e ele apareceu. Assim 7 de Outubro de 2010 fica como um dia memorável, mas mais para mim do que para o parceiro que caiu e esmurrou o lábio e bateu com a cara. Mas são ossos do ofício, quando estamos muito tempo sem andar estas coisas podem acontecer. Ontem voltou o "bichinho", o Silvestre atleta anda de novo a sair da casca. Estou ansioso pela próxima semana para tirar de novo os patins da prateleira.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Parecem mesmo os parlamentares portugueses... alguém devia aprender com isto.

Depois de ver isto não há dúvida que me sinto a viver na capital do Terceiro Mundo.

Aviso à navegação...

Yeeiiiiii...

Hoje inscrevi-me de novo no ginásio. O corpo já pedia e com o tempo que aí vem não dá para fazer o jogging costumeiro. Este ano o programa de festas tem (para já) RPM a substituir o Hip Hop. Continua a sala de cardiofitness, a natação, e acrescenta-se a Powerpool, HidroCycle e outras hidroginásticas. Yeeeiiiiii... vou ser um Silvestre ginasticado.

O Óscar é que sabe...

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe» by Oscar Wilde

quarta-feira, outubro 06, 2010

Coisas que acontecem

Dias como este enchem-me de neura. Acabei de atacar furiosamente um pacote de tostas integrais. Não resta nada para contar a história (suspiro)...

Economia para principiantes...

Uma boa notícia


Li hoje que um estudo da Universidade do Indiana revelou que, nos EUA, cerca de 80% dos rapazes e 70% das raparigas jovens (14-17) utiliza o preservativo em relações ocasionais. Talvez as campanhas de prevenção estejam mesmo a colher frutos. A parte menos boa é que nos adultos maiores de 40 anos, apenas 50% usam preservativo nas mesmas condições. E como a população até está a envelhecer acabam por ser mais os que não usam do que os que usam. Não obstante, está a dar-se uma mudança de comportamento e isso é óptimo.

terça-feira, outubro 05, 2010

Directamente de 1988.... Duran Duran

I don't want your love - Duran Duran

Partilhas

Posso considerar-me uma pessoa afortunada materialmente, mas o mais espetacular de tudo é ter a possibilidade de partilhar as minhas coisas com as pessoas de quem gosto.

Notas

nota nº1- adorooooooooooooooooo a minha amiga de S.Miguel
nota nº2- adorooooooooooooooooo os meus amigos do continente também.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Hummm...

Que belo dia de ócio. Dormir, almoço fora e mais logo o Babe e amigos para jantar.

Ora cá está um belo remix...

You got the love - Florence + Machine (XX remix)

sexta-feira, outubro 01, 2010

Ao meu pai

Hoje vinha para casa do treino e senti uma enorme saudade do meu pai, vai fazer 12 anos em Dezembro que o perdi. Lembro-me tão bem do dia em que senti uma saudade dolorosa pela primeira vez. Fui ao cinema ver o King Kong e estava a voltar para casa a pensar no filme e a pensar em como ele tinha feito tudo para proteger a rapariga, nas mãos pesadas dele que a tocavam sempre com gentileza. O meu pai tinha as mãos exactamente iguais às minhas, mas engrossadas por anos e anos de trabalho no ferro, umas mãos pesadas e quentes que nos tocavam sempre com muito carinho. Foi aí que me consciencializei do tempo que tinha passado e de que já não havia as mãos e o carinho e a protecção há 7 anos. Chorei o caminho todo até casa. Hoje vinha no carro e ouvi o «Tears in Heaven» do Eric Clapton e pensei no meu pai... «Would you know my name if i saw you in heaven? Would you hold my hand if i saw you in heaven». O amor continua e confesso que procuro viver a minha vida de acordo com os valores que o deixavam orgulhoso. Era uma daquelas pessoas que têm o coração no sítio certo e hoje tenho muitas, mas mesmo muitas saudades dele.

Desapontamento

Há uns dias falei com alguém que estava triste porque tinha desapontado um amigo. Há vezes em que os amigos podem fazer isso mesmo, desapontarem-se, mas quando se é mesmo amigo é mais forte a decepção connosco próprios por ter desapontado o outro, do que o desapontamento que ele sentiu.

Adoro-te... à distância


Fui ver ontem. Uma comédia romântica sabe bem, em fim de dia, quando é bem feita. Descontrai e prepara-nos para a noite e para o soninho. Confesso que me ri em alguns momentos. O filme está filmado de uma maneira muito "quotidiana", tenta-se que os diálogos sejam o mais realistas possível, mas é assustadoramente previsível. E este último facto faz algumas piadas perder a piada. Mas há partes deliciosas, nomeadamente o enamoramento e sintomas de paixão pós-enamoramento. Foi giro, em partes.


13/20

Até ao Inferno


Não sei muito bem porquê, mas decidi ir ver um filme de terror. Achei que ia ser engraçado. Sou fã do trabalho que o Sam Reimi fez com o Homem Aranha e pensei «porque não?». O filme está muito bem feito, os efeitos especiais bem aplicados, estou certo que dentro do género terror está muito bem. O filme não é nada moralista e até é imprevisível no final. O único problema foi que tanta baba, e vermes e líquidos viscosos e dentes podres e insectos diversos me deixaram mal-disposto. Lembrei-me porque é que não vejo filmes destes desde miúdo: as secreções, babas, pûs e todas aquelas coisas que escorrem, dão-me um nojo do caraças.


12/20

Robin Hood


O filme está compostinho. Gostei de ver apresentada uma história mais credível sobre a lenda, menos romanceada ao bom estilo dos anos 50 de Hollywood. A Cate Blanchett está óptima como sempre. Não deixo de pensar que o filme deveria ter ido mais longe. Não fui convencido pelo Príncipe João, nem pelo Xerife de Nottingham e nem sempre o filme é fluido (parece entrar de propósito a cena porque se precisa dela). Acho que se desperdiçaram alguns meios a meu ver.


12/20

New York 8 - Os animais (...ou quase)




New York 7 - Coisas que me chamaram a atenção





New York 6 - Fachadas





New York 5 - Vistas do rio





New York 4 - Vistas de cima





New York 3 - Viaturas