segunda-feira, setembro 30, 2019

Globos de Ouro da SIC

Nunca achei muita graça aos Globos de Ouro e prémios em versão poucochinha, mas os de ontem merecem-me um comentário.  A Cristina Ferreira disse que «quis receber o prémio porque é justo» e a Portugalidade ofendeu-se. Se há coisa que eu gosto são pessoas que sabem o seu valor e sem falsas modéstias. Ela tem um valor brutal (tanto que até dá para o Cláudio Ramos andar a reboque) e merece a distinção que recebeu e cada cêntimo do seu enorme ordenado (e até dá bem mais que isso a ganhar à SIC). 

Dito isto e achando que Cristina Ferreira foi mesmo a personalidade deste ano (ela mudou o panorama da televisão portuguesa em 6 meses). Não gostei muito da apresentação dela. O que eu mais prezo na Cristina é a espontaneidade e isso não se coaduna com a leitura de telepontos e encenação. Logo, foi uma apresentação com um brilho contido. Outra pessoa mais solene, seria mais adequada a este papel. 

Dizia o António Variações

«Muda de vida, não podes viver contrafeito». É uma verdade, mas a realidade não é tão linear, mesmo estando constantemente a criar oportunidades. Às vezes era tão bom que a vida mudasse apenas com uma canção. 

Downton Abbey

Para os fãs da série, este filme vem trazer alguma luz a diferentes personagens que tinham ficado "menos bem" servidos no final da série. A visita dos reis de Inglaterra a Downton Abbey serve de pano de fundo a mais uma dose de intriga e de elegância (bafejados de bom humor) bem ao estilo do que estavamos habituados, sendo que a personagem da Maggie Smith sobe ainda mais um nível na sua irreverência. É adorável.

16/20 

Ousadas e Golpistas

O filme é melhor do que teoricamente pensei que fosse. É um excelente veículo para a Jennifer Lopez  mostrar "star power" e que os 50 são os novos 30.  É uma narrativa interessante, baseada numa história verídica, que vale a pena ver enquanto narrativa de sobrevivência que dá para o torto. Acho que precisava apenas de mais atenção à ligação entre as duas personagens principais. Não é mau, o que é muito bom.

15/20

sexta-feira, setembro 27, 2019

Dor e Glória

Pedro Almodovar é para mim um realizador fetiche. Tenho de ver tudo tudo o que ele produz e faço-o sempre com o maior prazer porque o universo dele é fascinante, contudo, não considero que nos últimos 10 anos ele tenha estado no seu melhor com a expecção do excelente «A pele que habito» (que é aliás uns dos meus filmes favoritos da sua filmografia).

Este Dor e Glória, tem uma certa poesia, uma certa nostalgia e uma certa dose de auto-reflexão, em que o realizador se pensa a si mesmo. Não posso dizer que tenha sentido que alguma das personagens do filme fosse marcante com a excepção da mãe do personagem principal. Há um reviravolta no final que faz com que um filme, até ali, mediano, ganhe outra cor. O tal filme dentro do filme. Mas mesmo assim pedia mais. Não obstante, há momentos muito bonitos e a Penélope Cruz é sempre maravilhosa em espanhol.

14/20 

segunda-feira, setembro 23, 2019

Bingo!


Anna - Assassina Profissional

Não achei o «Lucy» nada de especial, mas gosto do universo do Luc Besson, o que me leva a ver os seus filmes invariavelmente.  Este Anna é bastante interessante porque remete para os velhos filmes de espionagem tentando, contudo, ter um certo ar Pop. Talvez já estejam um pouco vistas, as narrativas que  assentam em analepses para dar estrutura e resolver o argumento, mas no caso gostei e não se tornou aborrecido. Há sempre um elemento de surpresa, quando vem uma analepse. Não sei se temos na Sasha Luss uma actriz em ascenção, mas no global temos um filme competente que distrai e que ainda toca ao de leve na complexidade humana. Ah, tem a Helen Mirren que é sempre um prazer ver.

15/20

terça-feira, setembro 17, 2019

Recomeços

As relações não são lineares e com duas pessoas que são bastante diferentes no seu modo de ser e de estar sentem-se ainda mais as curvas, contracurvas e, às vezes até, os 'loopings'. Não obstante, as relações são uma escolha e, por isso mesmo, há que as fazer funcionar, para isso necessitando de respirar, encerrar a narrativa de um capítulo, reorganizar e começar um novo. Quando reorganizarmos, optimizamos. É quase como fazer uma desfragmentação do Disco Rígido do nosso PC. A comunicação fica fluida, os processos rápidos e, de repente, tudo volta a parecer promissor. E ficamos felizes com a escolha de estar dentro e de fazer funcionar. 

Finalmente

Comprei um fato de banho que não é liso. Vamos ver como me saio com palmeiras por todo o lado.

Ma

Supostamente é um filme de terror. Tem a Octavia Spencer, tem o Luke Evans, tem a Allison Janney e tem a Juliette Lewis. Assim de repente tudo deveria correr bem, mas não percebo como estes actores acabarm num filme que acaba por ser uma espécie de comédia, porque o argumento faz pouco sentido e muitas das cenas são inacreditáveis. Se eu soubesse que era um filme a gozar com algo como o Sharknado que é suposto ser mau, talvez desse uma nota melhor.

10/20


segunda-feira, setembro 16, 2019

Assembleia nas Nações Unidas

Faço parte da comitiva Portuguesa de uma Assembleia Geral de uma instituição das Nações Unidas. Foi a minha primeira vez e, realmente, o que tenho a dizer é que o povo vive estúpido na sua ignorância (opcional) de não saber sobre o que se passa no mundo. Portugal é um país pequeno que pouco interessa, mas todos esses pequenos países que não interessam, juntos, são o mercado de todos os grandes e poderosos países. Juntos podíamos fazer algo. Eu estou estupefacto entre a troca e galhardetes entre o Irão e os Estados Unidos, e os apoios de "compadrio" entre países que para manter poder em determinadas situações se aliam ao pior, sem pestanejar. O mundo é feito de pessoas e somos mais nas sociedades civis que nos Governos. Apenas isto.
  

Blinded by the Light - O Poder da Música

Onde o filme Yesterday (inspirado na música dos Beatles) falhou redondamente, este filme triunfou brilhantemente numa homenagem à música de Bruce Springsteen enquanto pano de fundo para o "coming of age" de um rapaz paquistanês a crescer nos difíceis anos 80 em Inglaterra. Um filme cheio de significado, com um belo aproveitamento da música para estruturar a narrativa e a emoção do espectador. Não esperava sair tão contente do filme, que é inspirado na biografia de Sarfaz Manzoor. Aconselho


16/20

Rei Leão

Não consegui deixar de ir ver o Rei Leão, pois a ideia pareceu-me interessante e os cenários magníficos.  No fim de contas pode dizer-se que o filme cumpre. Claro que a magia do filme animado não pode ser reproduzida porque a obra já é sobejamente conhecida e quase que estamos à procura do Simba animado. Tive na realidade um grande problema - que encaro como um erro de casting, ou talvez não - a Beyoncé a fazer de Nala, não era a Nala, era a Beyoncé. Não havia personagem. Era a Beyoncé a falar por uma leoa. Acho que o trabalho de ator é fazer-nos ver apenas o personagem e ela não o conseguiu. em nenhum momento. Não obstante, é um filme agradável de se ver e, lógico, descontanto algumas incongruências que perdoamos nos filmes de animação, mas que num filme que pretende ser real, não se podem descurar. 

14/20


Variações

O filme é uma digan homenagem ao António Variações, esse visionário rapaz que teve o azar de nascer antes do tempo num (ainda mais) provinciano Portugal. Lembro-me muito bem de ser miúdo e de o ver aparecer nos programas do Júlio Isidro. Dou um bravo a tudo, mas não incluir o Júlio Isidro pareceu-me um erro incrível. O Sérgio Praia esteve estupendo e para além do seu desempenho, a época do início dos 80 está brilhantemente retratada.

16/20 (porque nã
o perdoo a falta do Júlio)

Assalto ao Poder

A primeira parte desta sequela, passada em Londres, conseguiu ser um bocadinho mais convincente. Não achei que o filme fosse grande coisa apesar da tecnologia que aplicou às cenas de acção. Diria que vi um Gerard Butler a envelhecer mal e até um Morgan Freeman que não gostei. Quando até o Morgan Freeman parece mal, está tudo dito.

11/20