quinta-feira, dezembro 31, 2009

Contagem decrescente...

A cerca de 6h do fim do ano de 2009, vou cortar o cabelo, aparar e acertar a barba e tomar um belo banho. Este ano que passou foi vivido dia-a-dia, assim farei no próximo com a mesma disposição e serenidade de aceitar o que acontece alegrando-me com o bom e integrando o menos bom para fazer diferente numa próxima vez.

Álbuns mais ouvidos/gostados em 2009


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Celebration -Madonna, XX - The XX, Abnormaly Attracted To Sin - Tori Amos, The Wooden Arms - Patrick Watson, Sort Of Revolution - Fink, Tree Of Life - Yodelice, In Love And War - Amerie, At War With Walls And MAzes - Son Lux, Hands - Little Boots, Still Night, Still Light - Au Revoir Simone, Vs. Children - Casiotone For The Painfully Aware, The Fame Monster - Lady Gaga, Fever Ray - Fever Ray, Lily Perdida - Clue To Kalo, Noble Beast - Andrew Bird, Hobo - Charlie Winston, La Superbe - Benjamin Biolay, Love&War - Daniel Merryweather, Hunting My Dress - Jeska Hoop, Reality Killed The Video Star - Robbie Williams, Seek Magic - Memory Tapes, BLACKSummer'snight - Maxwell, Ay Ay Ay - Matias Aguayo, Love Tatoo - Imelda May, Tonight - Franz Ferdinand, Midnight At The Movies - Justin Townes Earle, The Ermit Sessions - Kyteman, Milow - Milow, Junior - Royksopp, Never Going Back - Shemekia Copeland, Actor - St. Vincent
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Dia da caca...

Acordei de manhã pelas 8.30h para ir fazer a revisão do carro. Chovia. Deixei o carro. Resolvi ir a pé a casa da mãe - pela via rápida são 10/15 min. O vento destruiu o meu terceiro chapéu neste inverno. Fui 10 minutos debaixo de chuva sem ter onde me abrigar. Fiquei um pinto. Em casa da mãe adormeci com o ventilador apontado para mim. Às 12.15h fui buscar o carro, os cartões multibanco não funcionavam. Não pude pagar. Vim para Lisboa. Fui ao ginásio. O treino correu bem. À saída mais chuva. Fiquei mais molhado. Fui trocar umas prendas de Natal, não chovia. Cool. Passei por debaixo do toldo de um café, a água que lá estava caiu-me em cima. Perfeito. Fui ao multibanco, os cartões continuam sem funcionar. Tudo bem. Fui a outra loja, já não têm tamanhos para a troca. Boa. Saí da loja, novamente chuva. O nariz começa a ficar entupido. Meto-me no carro. Saio, apanho chuva. Vou comprar o 4ºchapéu de chuva da temporada. Deixa de chover. Chego a casa. Vou à Net ao site do banco, os cartões activados não têm o número dos cartões que tenho dentro da carteira. É a segunda vez em 4 meses que isto acontece. O sistema tem um bug que manda emitir cartões que nunca vêem a luz do dia, mas cancelam os que estão emitidos. Doi-me a cabeça. Odeio a chuva e o céu cinzento. Ando rabugento, pareço um velho ranzingão. Estou agressivo. Alguém me devolve o azul do céu? Daqui a uma semana ninguém me aguenta.

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Cinema em 2009

Este ano vi 68 filmes no cinema. O balanço poderia ter sido melhor, mas foi o que se pode fazer com o tempo disponível. Os meus favoritos foram, por ordem de preferência:
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Gran Torino, Milk, Up, Quemar Las Naves, Avatar, Quem Quer ser Bilionário?, O Casamento de Rachel, District 9, Frost/Nixon e A Festa da Menina Morta.
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Mensagem de Ano Novo (simples não é?)

Toca a fazer o que nunca fizeram!! Bom 2010 para todos.

Conversas. XXXVI

Gli: Tou? Sou eu, o meu futuro está nas tuas mãos.
Silvestre: Ai sim? A que propósito?
Gli: Disseste, para 2010, para eu fazer o que nunca fiz se quero ter o que nunca tive.
Silvestre: Sim, vale a pena mudar de estratégia...
Gli: Eu lembrei-me que nunca beijei um amigo gay na boca, por isso vais ter de me beijar para que eu tenha um ano maravilhoso.
Silvestre: Podes sempre comer uma osga, aposto que também nunca fizeste isso.

Sherlock Holmes

Filme agradável é a primeira expressão que me vem à mente. Está bem contado, bem filmado para o que se pede. É um bom filme de domingo, uma boa dose de acção, de humor, de romance q.b. e mais que se pode exigir a um filme para ser o blockbuster da season.
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De extraordinário tenho a assinalar o talento do Robert Downey Jr. O tipo é mesmo fabuloso. O Sherlock dele é deveras interessante, nada sofisticado como o de Jeremy Brett, mas definitivamente complexo e texturado. Uma abordagem inteligente sobre os efeitos da posse de uma intiligência fora da normalidade. Não tarda nada temos sequela, ah pois...

14/20

Olhar à volta.

What it's like - Everlast

«God forbid you ever had to walk a mile in his/her shoes, 'Cause then you really might know what it's like to sing the blues/to have to choose/to hae to lose...»

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Ágora


Foi um post publicado no blog A Terceira Via que me fez ter vontade de ir ver o filme. Filosoficamente sabia que ia gostar bastante do filme. A imagem é bonita, a montagem deixou algo a desejar na medida em que senti que a acção era cortada, por vezes, com os planos macro do planeta. Mas contas feitas, acaba por ser irrelevante perante o poder da mensagem: os perigos da verdade religiosa. As escrituras sagradas do cristianismo podem ser usadas ao belo prazer de quem tiver carisma para controlar hordas de gente necessitada e sequiosa de encontrar relevância e sentido. A fundação da religião cristã está assente sobre sangue e crimes hediondos, assim como a religião judaica. O filme mostra como a verdade religiosa resultou na progressiva aniquilação de qualquer outra verdade. Na religião ganha o número. Havia demasiado escravos e gente faminta em Alexandria, gente que a troco da "caridade de pão" rapidamente se tornava cristã e disposta a agir com a maior barbárie em nome daqueles que lhes matavam a fome. A verdadeira razão, o humanismo, pouco pode contra o fanatismo religioso. Séculos depois, reza-se a santos que foram verdadeiros carrascos em vida, mas branqueados por cometerem os seus crimes "ao serviço do Deus verdadeiro". O mundo construi-se de forma estranha, e pouca gente que saber como foi. O filme tenta mostrar parte da história e deixa-nos no mínimo curiosos por mais.


15/20


sábado, dezembro 26, 2009

Ana Malhoa, Rihanna e o sinal

No blog oficial da Ana Malhoa, foi publicada a opinião de um fã da cantora que diz:
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«A cantora Americana Rihanna tem aparecido nestes últimos dias com um sinal muito ao estilo "Ana Malhoa". Já não é a primeira vez que isso acontece, pois Rihanna no último Ano tem optado por um visual em tudo idêntico ao da Cantora Portuguesa, desde as luvas, botas e poses sensuais, agora até o sinal tão característico de Ana Malhoa, foi copiado por aquela que é uma das artistas mais consagradas a nível mundial. Caso para perguntar: Será Ana Malhoa uma referência para Rihanna?»
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É de facto uma questão pertinente, eu próprio já tinha reparado que o Stevie Wonder anda sempre de óculos escuros, terá como referência o Pedro Abrunhosa?

Coisas de Natal

Lista de prendas deste ano:

- casaco comprido
- kit de cozinheiro
- livro de fotografia do Andreas Bitesnich
- tecido para fazer lençois
- chocolates e mais chocolates
- lençois
- decantador
- camisola
- pijama

O pijama foi algo de extraordinário. Dado pela prima que me oferecia coisas com o meu nome gravado ou bordado (chinelos, aventais, toalhas, canetas, etc.) este pijama dá para fazer uma tenda. Se eu tivesse 2.10 e 115kg assentaria como uma luva. Eu sei que a gente não se vê desde Junho, mas seria demasiado optimismo eu ter crescido 30cm desde então e engordado 40kg. O Natal também é isto, sentido de humor. Claro que ou ficar com o pijama e usá-lo.

Papa brinca aos empurrões na missa do galo...

Uma mulher atacou o Papa atirando-o ao chão no missa do Galo deste ano. A história que corre é que ela tem perturbações mentais em resultado de ter sido violada por um padre. Se assim é sinto muita pena por ela, assim como por todas as vítimas de padres que acabam sempre protegidos pelo Vaticano, a não ser quando pegos em flagrante. Por outro lado, não me admiraria muito que o ataque fosse encomendado pelo Vaticano, uma vez que o ataque ao Berlusconi fez subir a popularidade do primeiro ministro em 10%. O Papa bem precisa de ver subir a dele... é claro que estou a brincar...

quinta-feira, dezembro 24, 2009

FELIZ NATAL E TAL...

A todos os que passam por este canto, quero desejar um Natal Feliz. Aliás, quero que se sintam mesmo felizes hoje porque é o mínimo que podemos fazer para mostrar gratidão pelo que temos. Em particular este ano, há muita gente por aí que está a viver com muito pouco e com muitas dificuldades. Nem sempre podemos ajudar, mas podemos sentir que é de facto um privilégio termos comida na mesa, doces nas mesa e uma família reunida à nossa volta. Abraço a todos e não se esqueçam de ser felizes.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Próximo da perfeição

This woman's work - Kate Bush

Renas S&M

Para quem se portou mal em 2009

Conjugalidades

Frases

«Christmas is a holiday that persecutes the lonely, the frayed, and the rejected.» by Jimmy Cannon

terça-feira, dezembro 22, 2009

E se de repente...

...cortassem o nosso barato?

Just Fink...

See it all - Fink

Questões pertinentes.

Roma III



Dormi a manhã e às 12.30 lá estava à porta do MACRO (museu de arte contemporânea de Roma). O museu é dedicado a artistas italianos e é preciso ter sorte com o que está exposto. Eu tive azar. Era tudo muito fraquinho (ou pelo menos pouco apelativo para mim). Havia esperança no Palácio das Exposições e lá fui eu a pé, passando pela Porta Pia, Piazza Vittorio Emanuele e mais umas ruas que não me lembro agora. Mais uma vez azar, a maior exposição era sobre astronomia, a outra era de trabalhos do Calder. Não estava na «mood» para nenhuma das duas. Resolvi ir ver as Basílicas. Santa Maria Maggiore, San Giovanni in Laterano, San Pietro in Vincoli. Lá vi o Moisés do Miguel Ângelo (que me impressionou menos do que na última vez).
Como ainda havia claridade, fiz-me ao Coliseu que é dos monumentos que mais gosto em Roma. O arco de Constantino também. Ainda pensei em dar um volta maior, mas um pássaro cagou-me em cima do mapa (que grande cagada) e achei que era um sinal para dar por finalizado o passeio. Com os pés em muito mau estado (derivado a uns sapatos para fazer penitências), mas teimoso como um burro lá segui até à Stazione Termini passando pela Piazza della Republica. Acabei o dia com os pés de molho em água quente e a comer uma belíssima salada de rúcula, salmão e um crostini qualquer delicioso.

Texto sem a letra «O»

Quiseste dizer-me, repetidamente, que me amavas. Lembrei-me de rir nesse instante. Há alturas em que nada mais existe na vida, para lá de uma gargalhada. Ri uma maré de decibéis. Ficaste sem pinga de sangue, qual vítima de uma mulher sem deferência pelas tuas ternuras. As tuas palavras ficaram esquecidas na minha rigidez. Se pudesse agarrava as entranhas para acalmar esta ardência arrebatada, mas sabes bem que é inviável nesta cama a que fui submetida em vinte e três punhaladas, na cama a que me submeteste. Direita. Estanque. Paraplégica para a vida, disseram eles. Pedir-me desculpa? Amas-me? Fazer-me rir é única vantagem que me une a ti.

Ponto de vista...

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Desempacotar sucks, mas está a valer a pena

Mais uma manhã dedicada a arrumações no novo local de trabalho. Desempacotar e arrumar é a maior seca desta vida. Pergunto-me o porquê de não ter deitado mais coisas fora antes de fazer os caixotes. Contudo, o que interessa é que o gabinete é enorme, tenho um lugar de janela com luz natural, não existe alcatifa, é silencioso e vou poder colocar um puff no chão para descontração vespertina naquela meia hora que me sobra do almoço. Talking about upgrading, yeeeiiiii...

domingo, dezembro 20, 2009

Avatar


Fui ver sem grande expectativa, talvez por culpa de toda a publicidade sobre como este filme vai mudar a história e o futuro do cinema. Não fui ver a versão 3D e fico muito feliz por isso, porque me pude concentrar na história. Gostei muito do filme. Muito mesmo. A maior parte do tempo esqueci-me de que estava a ver animação. Claro que os efeitos especiais ajudam à espectacularidade das cenas, mas é um forte manifesto político, cultural, humanista e ambientalista. A história é clássica. Um variação dos filmes de heróis messiânicos da antiga hollywood. Nada de novo, mas não obstante, brilhantemente contado, filmado e cheio de subtilezas - as quais não estou certo de serem apreendidas por todos os espectadores do filmes.
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Em certa medida, este filme pode ser dar "pérolas a porcos" porque muita gente nunca irá apreciar a exposição das questões políticas e citações que são incluídas nas frases dos personagens assim como quem não quer a coisa. Os americanos da era Bush (se não fossem tão estúpidos) ficariam a ranger os dentes pela crítica a que «metaforicamente» são submetidos no filme. É meu desejo que muita gente saia inspirada da sala de cinema. Não sei se isso vai acontecer. Mas se assim fosse, talvez este filme fizesse mais pelo planeta Terra do que aquilo a que a cimeira de Copenhaga alguma vez se propôs.


18/20

Finalmente...

A árvore de Natal está feita. Este ano foi um parto difícil. Todos os anos me surpreendo com ela depois de feita. Estou feliz.

Coisas que se fazem...

Uma amiga no trabalho teve um filho há cerca de 5 meses e como tem muito leite tem de estar a bombar ao longo do dia para não ter dores. Resultado, o frigorífico tem uma boa dose de saquinhos de leite congelado. Eu, nas brincadeiras do costume, perguntei-lhe durante o almoço se o sabor era bom, porque assim podia comer flocos de manhã sem gastar dinheiro em leite.
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Ela levantou-se e foi buscar uma chávena de café com leite dela. Disse-me «aí tens, prova e já ficas a saber como é» Eu que raramente fico envergonhado, corei. E o resto da malta que está habituada a nunca me ver embaraçado mais gozou pelo facto de eu ter corado. Bom, se ajoelhei tinha de rezar. E lá provei. Posso dizer que não pensei que fosse doce e baunilhado. De qualquer forma vou contnuar a comer os meus flocos com leite da Mimosa.

Natal que fica na história...

Este Natal recebi umas das prendas mais originais de sempre numa troca de presentes, uma ratinha. É branca e é de corda e corre pelo chão como um ratinha normal. Também ofereci uma trança de alhos. As velinhas e afins já eram...

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Nirvana em micaelense ?

Não sei se alguém já reparou, mas a primeira frase desta música é «não há pão quente» cantado com a pronúncia da ilha de S. Miguel. Terá o Grunge nascido nos Açores? :-p

Quando uma tipa é cabra, nem a maternidade a muda

O espírito natalício por vezes é o espírito do cão. Tenho a certeza disto, em especial, quando ou a lojas de brinquedos e roupa para crianças. Há muitas mães que só me apetece dar-lhes uma bolachada e perguntar-lhes porque é que são tão mal-educadas. Confesso que isto me deixa doente. Continuo a achar que há pessoas que vão criar os filhos à sua imagem e, como tal, vão criar seres tão desrespeitadores e mal-educados como elas.
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Hoje na Chicco, uma mãe que pensou que eu lhe estava a passar à frente, fez um escândalo com as senhoras da loja, porque pediram as minhas coisas para embrulhar em vez de pedir as dela. Podia ter dito simplesmente «eu estou primeiro». A empregada diria «desculpe» e estava o caso arrumado. Depois de eu ser atendido uma das empregadas disse «esta caixa vai fechar». A senhora que estava a seguir a mim disse «eu acho muito mal, já viu que temos estado à espera aqui na fila?», a empregada respondeu «mas eu tenho de jantar porque vou ficar a fazer turno até às 24h e demoro pouco», a senhora (ou melhor, cabra snob) atrás de mim continuou «pois fique a saber que eu acho muito mal, daqui a pouco tenho de ir buscar o meu filho à escola e é uma falta de respeito». Parece que o facto de ser mãe lhe dá algum direito especial e que as empregadas de uma loja não são pessoas.
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Que as pessoas estão cada vez mais egoistas e rudes, é um facto. De qualquer forma, sempre pensei que a maternidade pudesse amaciar a "aspereza" de algumas gentes. Às vezes dou por mim a desejar que algumas pessoas fossem estéreis e isto também não é bonito. Há que respirar fundo e pensar que faz parte da diversidade da espécie.

Dia de mudanças

Diz-se que «ano novo vida nova». Tomara que seja assim. Hoje toca a empacotar tudo, porque na segunda feira vamos trabalhar em novas instalações. Arrumar ainda é mais chato do que empacotar, mas vamos para um edifício bem melhor. Que seja o início de boas e grandes mudanças.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Marcar ponto.

Hoje foi o almoço de Natal da instituição. Foi um pouco estranho. No ano passado fiquei num canto da mesa com um grupo que já se foi embora. Foi muito divertido. Este ano fomos menos e a malta divertida ficou toda em linha, estando de frente para os «menos divertidos» (eufemismo de cortesia). Comi que me fartei, porque a conversa fluia como cimento para lá de apontamentos circunstanciais. Numa zona da mesa, em que os «menos divertidos» estavam de frente para outros igualmente divertidos, não se trocava uma única palavra. Nem um «hoje está calor» ou «o mar está revolto». Nada. Viva as confraternizações institucionais!

O tremor de terra hoje...

Pode bem ter sido a natureza a dizer que se a Conferência de Copenhaga não vai a lado nenhum, mais década menos década está a mandar-nos todos à merda. E como (penso eu que por este andar) não vai mesmo a lado nenhum, o melhor é habituarmo-nos ao castanho.

O Natal dá...

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Coco & Igor

O filme que relata a breve affair entre Coco Chanel e Igor Stravinsky em 1920, ano da criação do famoso Chanel nº5, não é uma obra cinematográfica, mas é uma obra cenográfica. A cenografia e o guarda-roupa são belíssimos e o filme é filmado com mestria, ajudando para isso uma actriz que fica bem em qualquer ângulo e que dá uma dimensão quase estatuesca a todos os planos em que aparece.
É um filme lento que pretende ser poético e tenso. A tensão está lá: a força da Coco, a religiosidade e o temperamento másculo de Igor, a revolução estética e artística do início do século XX. As personagens estão lá. O desenho está lá. Talvez esperasse eu, um pouco mais de argumento, não obstante reconhecendo que o filme era para ser simplesmente o que é. Um exercício estético e poético.
15/20

Bom vídeo

Bad romance - Lady GaGa

terça-feira, dezembro 15, 2009

Eventualmente...

...numa próxima vida podemos estar a desejar ser aquilo que somos hoje, por isso, toca a viver muito bem com o que temos e fazer o máximo disso.

Perspectivas.

Roma II

Era sábado e dormi muito bem. Já não havia dor de costas. Em conversa com a B. disse que andava a tirar um curso de história de arte e que na última aula tinha falado de art noveau e art déco. Isso ditou os planos da tarde. Levou-me a ver um bairro com arquitectura art noveau e de seguida iriamos à Villa Torlonia para almoçar e ver uma espantosa casa em art déco. Fiquei contentíssimo porque não é o tipo de coisa que se saiba que existe em Roma. Na Villa Torlonia comi um Calzone insano. Realmente anda a malta aqui em Portugal a pensar que come italiano e depois bem vistas as coisas, puft...
À noite fomos para a «Música no Museu», uma iniciativa que promove a abertura dos museus durante a noite para receber actividades como música, dança e canto. Gratuito. Fomos surpreendidos (positivamente) por uma banda de homenagem à Gianna Nanini. A miúda tinha uma voz brutal mais potente que a própria Gianna. E para acabar a noite fomos ver outra banda que cantava música soul. WOW... foi só o que me veio à cabeça. Outra miúda, que se fosse preta podia candidatar-se a ser a próxima Aretha.

Roma I

Primeira lição, nunca levar uma mala gigante sem trolley. Muitos encontrões e uma incrível dor de costas depois cheguei a casa da B. Foi excelente reencontra-la depois de 6 anos. Eu constatei que ela continuava a mesma pessoa calma e doce do costume e ela constatou que eu continuava o mesmo tagarela do costume. Já havia planos para a noite e, depois de um jantar leve, fomos para o Livraria do F. e da L. onde ia haver um concerto de uma banda alternativa com ideais New Age. A livraria é um espaço muito giro onde servem refeições, dão cursos de provas de vinho, fazem clubes de leitura, recitais, etc. Um espaço muito vivo e agradável. Ah, vendem lá «o verdadeiro pastel de nata português» que na realidade é uma queijada enorme. Tive muita dificuldade em explicar-lhes o que era um pastel de nata, mas como sou português eles lá acreditaram em mim. Ficaram de reclamar com o fabricante. Eu simplesmente lhes disse para dizerem que vendem «a verdadeira queijada portuguesa» e pronto.