sexta-feira, janeiro 29, 2010

Acidente.

O meu chefe escorregou no passeio e bateu com a cabeça num monte de merda. Levando a mão à cabeça que é que ele disse? «Bolas, estou com um derrame cerebral».

Lutas.

Eu luto contra o sistema, mas o sistema ganha sempre... (suspiro)

4ª Revelação de Fátima?

Um amigo de um amigo ao ver-me de barba disse «eu não vejo filmes pornográficos nem consumo porn de alguma espécie, mas tu és a cara de um actor porno gay». Que eu seja a cara de um actor, ok. Há muita gente paracida com muita gente. Mas se ele não consome porn como é que ele conhece? Terá sido a nossa senhora que lhe disse em sonhos?

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Saber ser esperto...

O meu está...

Quão honesto pode alguém ser?

Há uma nova brincadeira no Facebook que consiste em dizer a verdade durante 24 horas e responder a todas as perguntas que forem colocadas com a mais absoluta das verdades, não interessa quão íntima, louca, despropositada, fait-divers seja a pergunta. As perguntas são colocadas via Inbox, portanto não são públicas. Fico a pensar no verdadeiro alcance desta acção. É a adrenalina de responder a perguntas difíceis? É querer que os amigos os conheçam melhor? É querer ser mais transparente nos seus sentimentos para o outro? Outra coisa qualquer? O mais curioso é que colocado perante o dilema de perguntar, eu não saberia o quê. E eu até sou incrivelmente perguntador, mas quando as coisas me são colocadas de bandeja é como a comida num casamento. Não obstante, hands up para quem o faz. A diversão, aparentemente, é garantida. Divertir-se via exposição honesta é tão bom como outra coisa qualquer. Ninguém faz mal a ninguém e todos ficam felizes. O que eu gosto é de gente feliz.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Conversa. XXXVIII

Silvestre: Ela adorava ser da margem sul.
B.: Mas tu também não és da margem sul?
Silvestre: Eu sou uma espécie de transsexual geográfico. Vivia na margem sul, mas por dentro sempre me senti de Lisboa.

Sentimentos grupais ou falta deles

Cada vez chego mais à conclusão de que apesar de ser muito gregário e táctil, não sou nada grupal. Não me sinto português, não me sinto europeu e por aí fora. Tenho dificuldade em assumir rótulos e "vestir camisolas" que me façam parte de um grupo bem identificado com características definidas. Perante a sugestão de ter uma camisola igual a todos os membros de um dos grupos onde pertenço, recusei a ideia de imediato. Eu faço parto daquele grupo, mas eu não sou idêntico aos membros do grupo. Tenho compatibilidades com alguns dos elementos, simpatias com outros, mas a coisa que nos une ali não justifica a minha fusão. Não consigo dar o passo no sentido da irmandadade. Sou parecido com uns, mas tão diferente de outros que não consigo aceitar a ideia de ser visto como «um deles». Ser um dos «boys» indiferenciados não faz o meu género por muito que eu (às vezes) possa tentar. É claro que exteriormente serei visto, em muitos casos, como membro dos grupos a que pertenço de forma formal ou informal. Mas do ponto de vista pessoal não consigo dar passos que signifiquem uma perda da minha individualidade pelo assumir da imagem do todo e, por conseguinte, das características a ela associada.

Metáforas

As novas e maravilhosas instalações do meu trabalho têm 4 casas de banho. Em apenas 1 mês já entupiram 3. Parece que, por dentro, o edifício está todo entupido e cheio de trampa. No outro dia ouvi o director dizer «estas novas instalações tem muito mais nobreza, condizem com o que nossa instituição deve ser». Adoro o poder metafórico da vida quotidiana.

E porque não?

Sou um homem que não passa sem sopa. Também sou um homem que detesta desperdício. Ontem, na eminência de fazer uma panela de sopa e reparando que tinha 5 pêras maduras pensei «porque não?». Como só gosto de fruta verde (daquela que serve de martelo) as pêras acabariam por ir parar ao lixo. Assim acabaram na sopa. Ficou bem boa. E já sei o que fazer à fruta quando fica madura.

terça-feira, janeiro 26, 2010

Ouvi num filme

The slower you move, the faster you die. Assim de repente parece-me ser verdade. Também ouvi que a vida é fluxo. Eu quando estou parado sinto-me morto, assim das 10-18h em especial. Talvez porque existem horas para tudo e as coisas devem acontecer nas horas a si associadas.

Nas nuvens


Gostei muito do filme. É daqueles de que não me apetece falar muito, antes ficar a pensar em algumas cenas e no que elas me fizeram sentir. Diz-se por aí que é um filme sobre solidão, não sei se será assim. É sem dúvida um filme sobre fragilidades. Sobre ser humano. O argumento é bastante inteligente e é divertido, ao ponto de conseguirmos lidar com o peso de várias coisas desumanas próprias dos tempos modernos. Vejam.


17/20

Música a ter em conta

Doubt - Delphic

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Pontos de vista

Lufada de ar fresco

Este fim-de-semana foi comprido. Tinha ainda um dia de férias e rumei ao Porto. O Porto foi uma cidade de que nunca gostei até que fiz amigos lá. Passei a ter uma disponibilidade que não tinha para conhecer e viver a cidade. Em 3 anos estou completamente rendido aos restaurantes, às ruas e à noite do Porto. Lá existem ambientes verdadeiramente alternativos que dá gosto frequentar e alternativo não quer dizer "chunga", quer dizer diferente. Ultimamente tem sido uma frustração dançar em Lisboa. Não há quase nada de jeito, está tudo a normalizar-se a seguir as tendências de moda. Nas pistas avolumam-se as pessoas que mal mexem o corpo e estão ali a ocupar espaço e a apanhar bebedeiras. Depois a malta da minha idade está em casa ocupada a cuidar dos filhos ou a jogar Playstation. No Porto os trintões andam na rua e dançam e riem e divertem-se e têm um ar cool. É bom olhar para o lado e ver a malta a dançar alimentados pela dose certa de álcool e não puto completamente janados ou bêbados a vomitarem-se todos. No Porto encontro um certo Bairro Alto que já passou há uns anos. Se eu o pudesse importar para Lisboa não hesitava. É pena o Porto estar tão longe, mas talvez seja bom assim porque sempre que lá vou é uma lufada de ar fresco.

Exoterismos

Se um gato preto se atravessa à tua frente quer dizer apenas que o bicho está a ir para qualquer lado.

sábado, janeiro 23, 2010

Adivinha

Sabem o que são sapatos sexuais?
São sapatos que fodem os pés.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

You go Girl!!


Depois de Sandra Bullock (que doou 1 milhão de dólares para ajudar o Haiti por altura dos globos de ouro) foi a vez de Bette Midler puxar pelos fãs. Desde o seu concerto de sábado passado em Las Vegas (onde tem um show residente) que está a pedir donativos aos fãs com a promessa de ela própria igualar o valor doado. No primeiro dia foram angariados 39600 dólares. Será assim até 31 de Janeiro. O meio milhão está no objectivo.

A necessidade faz o engenho...



Parecenças entre futebol e política

Não acham curioso que o balneário do Sporting e os bastidores do PSD sejam em tudo semelhantes. Nunca tinha pensado nisto até o Sá Pinto me ter conferido alguma iluminação sobre o assunto. Há falta de autoridade, confusão de valores, as bases "à chapada" com a direcção e todo um conjunto de afins... Gosto mais de futebol do que de política, mas bem vistas as coisas o podre não é muito diferente.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Piada Seca XVII

Como é que se chama um cão paraplégico? Não chama. Vai-se buscá-lo onde ele estiver.

Not weird if you're at the right place...

No Rain - Blind Melon

Comoção

Já aconteceu a alguém ficar comovido com as suas próprias palavras? A mim já me aconteceu no contexto de uma relação de amizade ou de amor. Estar a ouvir-me falar e perceber o quanto gosto de alguém comove-me. Acho maravilhoso o ser capaz de gostar muito de alguém sem esperar rigorosamente nada em troca. Para mim, metade do significado de estar vivo é isto mesmo «brotar afecto». Que gostem de nós é bom, mas gostar dos outros é espantoso. Comove-me, também, pensar que mais pessoas podem sentir o mesmo. Lamechices...

terça-feira, janeiro 19, 2010

Food for thought...

Muito bom!

The king and all of his men - Wolf Gang

A Estrada


Estava à espera de um filme mais chocante. Pelo que li o romance é totalmente claustrofóbico. Não senti essa claustrofobia no filme. Não me perdi totalmente nas personagens, fiquei a pensar como seria se fosse a Dakota Fanning a fazer o papel do miúdo. No meio do filme existiu também um erro de cenografia que me distraiu. Para além do mais foi tudo filmado de um modo muito "americano" A história é belíssima contudo, podendo ser enquadrada no mesmo lote do «Ensaio sobre a cegueira». Falamos da humanidade quando se perde a humanidade e da sobrevivência. No final somos apenas animais, ou talvez não. O amor neste filme aparece como o exemplo redentor e força primordial para qualquer ser humano. O amor de um pai pelo filho. Gostaria de ler o livro, não ser distraído pelos pormenores de realização.


15/20

Santana Lopes condecorado?


Pedro Santana Lopes recebe hoje, da Presidência da República, a Grã Cruz da Ordem de Cristo que visa distinguir “personalidades que serviram o país no exercício de funções públicas de alto relevo”. Mas anda tudo parvo? Estará o Presidente com Alzheimer? Assim de repente não consigo lembrar-me de grande serviço ao país por parte de Pedro Santana Lopes. Se calhar sou eu que estou com Alzheimer e não me lembro dos feitos deste grande português e Primeiro-ministro e Presidente da Câmara de Lisboa e Presidente do Sporting e Presidente e Presidente do que ele puder ser, nem que seja do Clube de Tricot de Gafanha da Nazaré.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Pessoas boazinhas...

«Ela é super boa pessoa. Só quando as coisas não são como ela quer é que age mal». Na minha ideia as pessoas, ou o carácter das pessoas não se mede quando está tudo bem. É claro que se estamos felizes e contentes, é natural que sejamos todos doçura. Quando há discórdia é que se vê a categoria que se tem ou não. E algumas pessoas não têm mesmo categoria nenhuma, na medida em que recorrem a qualquer truque ou manipulação para levar a sua avante e se isso não resultar podem mesmo passar à agressão verbal e física. Bonzinhos destes não me interessam para nada. Quer dizer, interessam... a léguas de distância.

POST IMPORTANTE

Estava cá eu na minha vida, quando fui lembrado pelo Batata que 1 euro pode fazer uma diferença enorme. Se 10% da população da Europa doasse 1 euro. Angariavam-se 76 milhões de euros para o Haiti. O que é um 1 ou 2 euros para vocês/nós? Menos 1 bolo e 1 café? Para mim é isso. Não é preciso dar 20 euros. Os 2 euros de um, somados a 2 euros de outro, multiplicados por 100000. Grande ajuda, hein?
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Há o grupo do Batata e há o grupo dos que não têm 1 ou 2 euros para o Haiti, mas têm 5 euros para aquela t-shirt dos saldos que até nem se precisa, mas está barata. Gosto mais do grupo do Batata. Se alguém ler isto e quiser fazer parte, deixo algumas sugestões em baixo.
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Cruz Vermelha Portuguesa
As formas de donativo para o "Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa – Apelo às Vítimas do Haiti" são as seguintes:
1. Nas caixas multibanco ou por netbanking, optando por “pagamento de serviços” e marcando entidade 20999 e referência 999 999 999.
2. Efectuando um depósito ou transferência bancária para as contas “CVP – Fundo de Emergência”, disponíveis aqui.3. Enviando um Cheque ou Vale Postal pagável à CVP – Fundo de Emergência para o Departamento Financeiro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa.
AMI
Campanha de Emergência Haiti«A melhor maneira de contribuir, neste momento, é fazendo donativos em dinheiro pois a equipa fará a aquisição dos bens necessários nos países vizinhos.
Contribua para esta missão:
NIB: 0007 001 500 400 000 00672
IBAN: PT 50 0007 001 500 400 000 00672
Multibanco: Entidade 20909 Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços».
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Oikos
Campanha "Emergência no Haiti"NIB: 0035 0355 00029529630 85Número de conta: 0355 029 529 630 (Caixa Geral de Depósitos)
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Cáritas Portuguesa
Campanha “Cáritas Ajuda Haiti
NIB 003506970063000753053 (conta Cáritas Ajuda Haiti, da Caixa Geral de Depósitos).

domingo, janeiro 17, 2010

Vai-se andando


Um grande espectáculo no Casino de Lisboa. Vi hoje (obrigado Beto) e adorei. O texto está escrito de uma forma muito inteligente e está representado com mais inteligência ainda. O José Pedro Gomes faz um verdadeiro show de representação, mimetismos, stand up comedy. Faz-me ter vontade de dizer «errr... Marco Horácio, Bruno Nogueira, Nilton, escrevam só, tá?».
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A peça fala sobre a portugalidade, o que é ser português. É hilário e por vezes embaraçoso perceber que aquele português de que ele está a dar o exemplo somos nós. Mas não há nada como rir de nós mesmos. Quem sabe/consegue rir de si mesmo pode rir do mundo. O único amargo será saber que os portugueses que estão a assistir ao espectáculo ão continuar a ser os portugueses de quem se fala no mesmo.
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A não perder.

O sítio das coisas selvagens


Um filme muito interessante, com pormenores muito ternos. Gostei de todos os personagens menos o personagem principal, um miúdo a quem gostaria de "encher de tabefes". Contudo, o filme vive disso mesmo da viagem ao nosso interior (cheios de coisas selvagens, egoistas, cansadas, destrutivas, ternas, melancólicas, etc.) para descobrir as nossas falhas e construir uma forma melhor de estar e de ser. Acaba por ser uma fábula interessante sobre a família e, nunca esquecer, nada é como sempre queremos.


15/20

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Maldito facebook...

É oficial. Sou Bejeweled Blitz addicted. Estou completamente viciado no jogo. É a modos que o 5º jogo em que me viciei desde que aderi. Podia viver sem os jogos do Facebook? Podia. Mas não era a mesma coisa.

Momento fútil do dia.

Pois que estava a coçar o ouvido e descobri um pêlo enorme. Está instalado o processo de decadência. Eu Silvestre, vou começar a ter pêlos nas orelhas como aqueles senhores que parecem ter moscas a relaxar sobre o tímpano. Já não bastava ter de depilar as costas?

Caleidoscópio

Às vezes sinto-me como um caleidoscópio, para reorganizar os pedacinhos de vidro colorido e obter novos padrões tenho de andar a chocalhar. Acho que preferia sentir-me um slide. Bastaria carregar num botão para obter uma nova imagem, prático, rápido e sem grandes flutuações. Mas contas feitas antes viver a chocalhar do que ser uma tela em branco arrumada a amarelecer lentamente... hum, bem, já que falo nisto, no emprego é mesmo assim que me sinto.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Neuras...

Há pessoas que se sentem mal porque estão com uma neura. Será possível alguém estar com duas neuras?

Miss...

Killer/Papa Was a Rolling Stone - George Michael

Poesia

Ellas no te abandonarán.
El tiempo pasará, se borrará el deseo
-esa flecha de sombra
-y los sensuales rostros, bellos e inteligentes,
se ocultarán en ti, al fondo de un espejo.
Transcurrirán los años. Te cansarás de libros.
Descenderás aún más
y perderás, también, la poesía.
El ruido de ciudad en los cristales
acabará por ser tu única música,
y las cartas de amor que hayas guardado
serán tu última literatura.

by Joan Margarit

quarta-feira, janeiro 13, 2010

É tudo uma questão de enquadramento...

Dias

Hoje é um daqueles dias em que me sinto diagonal. Parece ser um conceito demasiado arriscado para descrever um sentimento, mas imaginem que que são uma diagonal e que tem têm de viver o vosso dia nessa diagonalidade. Hoje é assim.

Estrela Cintilante


O último filme da Jane Campion foi uma agradável surpresa. Porque o «O Piano» é um filme tão fascinante, tudo o que ela fez depois pareceu menor. Este «Estrela Cintilante» sobre a relação do poeta John Keats com a musa inspiradora do poema que dá nome ao filme é de uma sensibilidade e força (subtil) que nos conquista do princípio ao fim.
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A realizadora filmou não apenas um filme de época, filmou o tempo dessa época. A velocidade do quotidiano, das acções, dos pensamentos não é a nossa. É a velocidade da vida campestre do início do século XIX. A pouco e pouco somos tomados por essa tranquilidade. O amor é filmado como no século XIX, os beijos são tímidos, um leve encostar de lábios, mas com uma força e intensidade que arrepiam. O simples encostar da cabeça no peito da pessoa amada tinha todo um outro significado, era uma vertigem. E há amor, o amor eterno, puro e firme. Foi um mergulho numa realidade alternativa. Uma realidade que já foi, que já não é, mas com a qual o filme consegue relacionar-nos intimamente.
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Um último comentário para a actriz principal. Soberba. E para a fotografia do filme.
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16/20

terça-feira, janeiro 12, 2010

Como evitar que uma pessoa leia um blog?

Basta escrever um texto opinativo enorme :-p

O amor é para sempre/ Nada é para sempre...

O amor é para sempre? Eu digo que nada é para sempre, mas, ao mesmo tempo, tudo pode ser para sempre. Penso que choquei alguns românticos (e eu até acho que o sou) com esta ideia de um amor não ser para sempre. Quero eu dizer com isto que nada é em absoluto. O ambiente em que vivemos é caracterizado por um grande relativismo.
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Toda a gente tem a capacidade de sentir amor? Potencialmente sim. Todos sentem? Em absoluto diria que não. Por exemplo, dizer que o amor de mãe é o amor mais forte. Acredito que sim, quando as mães amam os filhos. Mas basta olhar à nossa volta para perceber que não é uma condição universal. Há muitas mães que não amam os filhos.
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Se pensarmos nas relações amorosas. Quando se inicia uma relação, ela é para sempre para a vida (para a grande maioria das pessoas), mas potencialmente. Nada a garante a não ser os envolvidos e a vontade dos mesmos. Uma relação amorosa é, em grande medida, um acto de vontade. Vontade de estar com o outro significativo. Até porque não existe uma alma gémea para nós, existem 500. Não é exequível, contudo, passar a vida a trocar de pessoa compatível.
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A melhor forma de manter uma relação para sempre é estar consciente da força e fragilidade do sentimento amoroso. Ou seja, perceber que uma relação amorosa «em si» não é o para sempre. É se as duas pessoas envolvidas trabalharem nesse sentido. Usarem o sentimento que as une na construção de uma história comum e de um universo partilhado de compatibilidades. Eu acredito que uma relação pode durar a vida toda. Sou fruto de um exemplo disso mesmo. Não obstante, os tempos são outros há mais estímulos e os olhos estão muito mais abertos para os "outros compatíveis". Entra aqui o acto da vontade e da consciência.
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A consciência da fragilidade do sentimento amoroso é o que o salva. Existe um trabalho de concentração no seu forte. Creio que poucas pessoas vivem o presente e projectam demasiado o futuro com a pessoa com quem estão. Vivem a ideia do futuro almejado no presente, vivem o projecto de futuro. A mim parece-me melhor projectar que um presente sólido pode dar um futuro brilhante.
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Concentro-me no presente. Concentro-me no facto de olhar, sentir e viver a pessoa ao meu lado. É um processo de dia-a-dia para nos lembrarmos o porquê do outro e quem somos. Para que não nos afastemos, no essencial, da pessoa que éramos quando nos conhecemos. As pessoas mudam, por isso o sentimento amoroso também. Mas quem só pensa no futuro que vai ter com essa pessoas brilhante e fantástica a que se uniu, um dia, pode olhar para o lado e a pessoa é outra. O próprio também já não é o mesmo. E não há nada entre eles. O amor morreu (por parte de um ou de ambos)
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O amor não é para sempre, mas pode ser para sempre. Não se tome nada por certo, as garantias tornam as pessoas acomodadas e preguiçosas. Viva-se o presente e o outro. Cuidemos desse amor que ele cuidará de nós.

Spoiler Alert...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Novo projecto

Estou muito inspirado para me lançar como fotógrafo de nu. Há ideia a brotar, só falta convencer os modelos à mão. Creio ter 3 pessoas e meia (uma ainda vai pensar melhor)...

Cool Music...

No You Don't - Islands

Sons...

Estava eu sentado ao computador e começo a ouvir uns sons caprinos. Poderia ser a Shakira a cantar, mas não. Era mesmo o meu estômago a improvisar (como faz sempre quando comeu e não gostou). Já me deram a ideia de por o estômago a gravar um disco (se a Shakira grava, porque não o meu estômago?) e assim, usar o estômago para encher a barriguinha. É uma ideia muito auto-sustentável diria eu.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Música para o FDS

Wonderful Life - Hurts

Pensamento...

Conversas. XXXVII

P1: Então vamos ter casório?
P2: Vai haver anel de noivado?
P3: Tens intenção de fazer boda?
Silvestre: Talvez um dia quem sabe...
P4: Vês? Agora também já sabes o que é a pressão da sociedade para que uma pessoa se case.

Casamento Homossexual - O início

E começou o processo. Hoje o Parlamento aprovou. Agora serão uns bons 8 meses até que a lei esteja pronta para ser aplicada. Não creio que vá ser fácil a transição. Mas alguém terá de sofrer os primeiros impactos. Digo isto porque não me esqueço nunca dos «brandos costumes». O português é alguém que não se importa muito abertamente com uma questão até que ela lhe bata a porta. Antes disso pode fazer comentários em ambientes protegidos, fruto de alguma cobardia ou deixa andar. Depois também não somos, no geral, particularmente instruídos, inovadores ou progressistas. Tenho receio da tacanhice e do medo. Percebo que há pessoas que têm efectivamente medo da homossexualidade, e por isso reagem com agressividade ou violência ou apenas estupidez natural.
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Como será quando os casais homossexuais expressarem livremente o seu afecto em público? Estão casados. Reconhecidos pelo Estado. É legítimo. Não creio que a resposta vá ser animadora nos primeiros anos. Tem de se ter coragem. Muita gente nos séculos anteriores ao nosso tiveram a coragem de se expor para que hoje os seus semelhantes podessem usufruir de direitos fundamentais. É o mínimo que se pode fazer. Ter coragem.

Piada Seca XVI

Uma mulher surpreende o marido no duche a masturbar-se e diz:
- Evaristo, o que é que tu estás a fazer?!
Ele responde:
- Mas um homem já não pode lavar o pénis à velocidade que quer?

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Emoções

Estou apalermado (gosto deste adjectivo). Não me irrito, não me alegro, não me chateio, não me iludo, não tenho expectativas. Rien... Parece que levei uma injecção de botox no cérebro. Pelo menos devo estar com um cérebro lisinho.

As vidas privadas de Pippa Lee


Um filme independente recheado de estrelas. Penso que Rebecca Miller queria ter conseguido o mesmo resultado do filme «O Casamento de Rachel», mas falhou. A ideia de partida é interessante, uma pessoa à procura de si mesma revisita o seu passado. Não obstante, não se consegue mais do que uma narração flat sobre a vida de Pippa Lee, sem nunca se sentir o conflito interior ou a densidade da personagem. As personagens que enquadram Pippa Lee, também parecem coladas a saliva. Estão lá porque se precisa de contar a história e pronto. O problema é mesmo o argumento e a forma como está construído, uma vez que a realização não é nada má. Proavelmente, a Rebecca Miller filma melhor do que escreve. Salvam-se algumas frases soltas e alguns momentos de comédia. Mas pouco sumo para um filme com tanta gente de valor.


13/20

Inveja?

quarta-feira, janeiro 06, 2010

LOL...

Gosto da arte que me provoca...

Desconhecia por completo a pintora Monica Cook, mas confesso que fiquei apanhado por este hiper-realismo. Gosto da forma como desafia as convenções do belo. Estas imagens são belíssimas e muito inteligentes na integração (subentendida) de várias disciplinas artísticas: pintura, fotografia e moda.

Mãos cheias de nada

Director chama para discutir a nossa progressão na carreira e avaliação anual. A avaliação não foi realizada uma única ez em 4 anos. O Governo publica decretos para permitir que os Gestores de Instituições Públicas possam avaliar administrativamente toda gente. Apenas 1 ponto. Graças a este ponto precisamos de mais 4 anos para progredir na carreira. O Governo manda suspender a avaliação dos dirigentes de forma a tapar o "buraco" da má gestão. O Director pede desculpa, diz que a responsabilidade é toda dele e que está muito aliviado por o Governo ter suspendido a aaliação dos dirigentes porque fez muitas asneiras. A pergunta dos funcionários é «e agora? que medidas é que ão ser tomadas?». A resposta é «para o ano vamos tentar fazer tudo como deve de ser». Curiosamente esta é a resposta de todos os anos. Lá ficamos nós com as mãos cheias de nada. «Desculpem lá qualquer coisa». Não desculpamos, mas também não podemos fazer nada. Mais um ano de mesmice.

terça-feira, janeiro 05, 2010

David Lindsey Wade - Fotógrafo


Há dias...

Há dias em que tenho a sensação que a minha vida está escrita num enorme conjunto de post-its espalhados por todo o lado.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

A adopção internacional reportagem, no jornal TVI 24h

Acabei de ouvir a responsável pelos serviços de adopção em Portugal dizer que os (futuros) pais portugueses que querem adoptar não são racistas. Não adoptam crianças de outra raça que não a caucasiana porque é perfeitamente natural que, não podendo cumprir a parentalidade por via biológica, procurem uma criança que corresponda ao máximo a uma reprodução de si mesmos e dos seus traços. Custa-me ouvir uma coisa deste teor à responsável pelos serviços. Quem acha natural que futuros pais escolham uma criança por estes critérios, devia fazer as malas.
Vendo bem, quando os futuros pais também têm de preencher um formulário de adopção que pede idade, raça e sexo da criança que vêem integrado no seu projecto de vida, informação essa que será tratada do modo mais burocrático possível «ai estes queriam uma menina de 4 anos e só temos um menino de 5, fica em espera». Viva a burocracia! Não me admira que se adopte no estrangeiro. O especial interesse das crianças my ass.

Ídolos e o júri cretino

Voltei a lembrar-me da vontade de mandar o júri do Ídolos à merda. Nâo colocando em causa o conhecimento que eles têm de um tipo específico de música, irrita-me o facto de não comentarem quase nada a prestação dos concorrentes e ficarem a dissertar sobre a qualidade da música, se a banda/cantor é boa ou má se é moderno, bonito ou feio. Ontem chateou-me, em particular, a idiotice do Manuel Moura dos Santos (ele tem toda a liberdade de exprimir a sua opinião e eu tenho toda a liberdade de achar que ele exprime um grande conjunto de palermices) em relação à música dos Boitezuleika e às escolhas de um dos concorrentes. Também acho o miúdo um bocado pimba, mas canta bem e sobre isso pouco foi dito. Se o miúdo ganhar o Ídolos certamente vão produzi-lo ao gosto das massas. Não acho que o MMS tenha o direito de ser ofensivo (muitas vezes é, porque ser frontal é outra coisa), e quem fala como quer ouve o que não quer, mesmo que seja uma reacção igualmente palerma do público, mas ele estava a pedi-las pelo seu histórico.

Uma questão de olhar...

Um Profeta


Depois do soberbo «De tanto bater o meu coração parou» não podia perder o novo filme do Jacques Audiard. Segue a mesma linha de cinema realista embora não tenha a dimensão poética do primeiro. A história é por isso mais brutal. Mais desencantada. O filme conta o processo de evolução de um jovem delinquente de 19 anos, quase analfabeto, numa prisão. Por outras palavras, como um jovem condenado por delitos menores pode tornar-se um efectivo criminoso apenas porque tem de sobreviver. Ao fim de seis anos sai da cadeia "reabilitado", mas sem antes de tornar mestre na manipulação de favores e associações criminosas. As fronteiras entre o bem e o mal são esbatidas neste filme, onde o protagonista consegue a nossa simpatia não obstante a sua conduta. Uma instituição de correcção não corrige se os seus operacionais (polícias, assistentes, advogados e outros) não forem moralmente correctos. Na maioria dos casos não são.


16/20

Lhasa de Sela (1972-2010)

Detesto más notícias logo pela manhã. E esta deixou-me mesmo triste, a morte da Lhasa de Sela. Cantora brilhante, com uma sensibilidade extraordinária, introduziu-me a um novo universo musical. Tive a sorte de a ver ao vivo na Aula Magna. Foi um experiência não só musical e poética, mas também espiritual pela serenidade que inspirava. Fica a música, para sempre.

Música para a nova década...

Undisclosed Desires - Muse

domingo, janeiro 03, 2010

A nova TV...

... não me deu a satisfação que eu pensava que iria dar. Estava à espera de um melhor resultado. Expectativas are a bitch!

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Primeiro dia do ano...

Faz hoje 5 anos que me mudei para a minha casa. Ganhei a primeira constipação deste Inverno (depois da molha de ontem de manhã era de esperar). Entrei o ano a comer num restaurante tailandês sentado à mesa com o prato cheio. Fartei-me de dançar, no Bedroom, música de dança dos 90 e 80. Estragou-se há pouco a minha televisão de 9 anos, posso finalmente comprar o LCD. Deitei-me cedo 6h e dormi 10 horitas. Not bad...