sexta-feira, março 15, 2024

A quem é, de facto, bom.


As pessoas realmente boas nunca são condicionais ou estratégicas, não usam a "bondade" como compensação, como elemento de troca ou exercício de charme. É isto.

 

quinta-feira, março 14, 2024

Adorava

Adorava, um dia, ver o Benjamin Netanyahu a apodrecer na prisão. 

quarta-feira, março 13, 2024

Duna: Parte 2

O filme Duna de1984 tem, desde sempre, sido uma das minhas referências em ficção científica. Isso porque a densidade da narrativa era muito contrastante com outras obras do género. Muito filosófico, sem descurar alguma ação. Claro que os meios técnicos da altura não permitiram elevar os efeitos especiais ao patamar da nova versão de Denis Villeneuve.

A qualidade literária da obra original de Frank Herbert encontra na arte poética visual de Denis Villeneuve o encaixe perfeito. É curioso como ele consegue levar a profundidade filosófica ao seu limite com sugestões imagéticas ou simplesmente com luz. Não tenho dúvida de que - visualmente - o que vi foi arte. 

Precisava contudo de algo mais forte para o final, o final deste filme deixou-me um pouco aquela sensação de anticlimax por ser o compasso intermédio de uma trilogia. Normalmente nunca gosto do segundo filme das trilogias porque me deixam frustrado na espera pelo final. Tenho a certeza de que a Parte 3 vai ser extraordinária. 

16/20

Nomadland – Sobreviver na América

Logo à cabeça tenho de realçar a delicadeza com que a realizadora abordou o tema dos "nómadas" sem teto que seguem o fluxo da oferta de trabalho temporário porque estão fora do sistema.  De certa forma, este filme é um docudrama. A história de cada pessoa com quem a atriz principal se cruza (ela própria com os seus motivos e sentimentos escondidos) é uma peça de um puzzle que se vai constituindo numa imagem complexa e muito humana. É uma bonita homenagem aos precários e aos "houseless" que é diferente de " homeless". Como a personagem principal aponta, eles têm um lar não têm é uma casa. 

O filme foi-me conquistando porque tem o ritmo de um documentário narrativo. É introspetivo e lento e no início eu não estava a entrar na "vibe". É uma peça delicada mas árida, tão árida como a vida e os mecanismos de sobrevivência que retrata.

16/20
 

Perseguição Escaldante

Para quem acha graça a ver a Sofia Vergara a fazer o tipo de papel cómico que lhe deu fama na televisão, então este é o filme certo. O filme recorre a piadas muito básicas e a prestação da Reese Witherspoon é sofrível, não convencendo grande coisa. Não obstante a Sofia Vergara consegue levar o filme nos saltos altos. Para mim os momentos altos do filme são todos onde o Robert Kazinsky aparece porque o acho giro como o caraças. E é isto.

11/20

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan

A "enésima" versão cinematográfica da obra de Alexandre Dumas chegou com o desejo de conferir um maior realismo social e de época à narrativa. Não há nada de novo relativo ao enredo, mas houve definitivamente uma aposta visual na contextualização histórica. Curiosamente o filme ganha e perde com esse cunho mais cru dos personagens. Alguma da mística heroica desaparece no seio daqueles homens crus e sujos e. por outro lado, apesar de serem menos apaixonantes há uma maior credibilidade no perfil de cada um.  É um bom esforço neste sentido. 

14/20


A noite do jogo

Quando se faz uma viagem longa de avião aproveita-se para olhar para a oferta de filmes e ver o que se puder, a verdade é que nem sempre corre da melhor maneira. Este 'A noite do Jogo' tinha tudo para ser uma comédia extraordinária se fosse realizada no "estilo Deadpool", mas não foi e embora o argumento tenha imenso potencial, cheira a comédia americana para a classe média por todos os prismas (não é um elogio).


11/20

segunda-feira, março 11, 2024

Sobre os cancelamentos que estou a ver online

Acho que não se devia ser rápido a condenar quem votou no CHEGA, porque esse grupo é muito heterogéneo: uma parte é fascista ok, mas a maior fatia são pessoas mal informadas, pessoas vítimas da sua frustração com os erros dos "partidos de sempre", pessoas com capacidade de análise limitada e pessoas que nem sequer lêem os programas dos partidos e não fazem ideia do que eles defendem e/ou do que era a vida antes de 1974. Além do mais as pessoas ouvem as palavras fascismo e democracia e nem sabem bem o que isso significa.

A raiva é uma inimiga na hora de decidir e mesmo muita gente caiu refém da sua raiva nestas eleições. O populismo é isto mesmo, líderes bem falantes e manipuladores que sabem mexer com as emoções das pessoas mais vulneráveis no momento da decisão. Em Portugal, jovens, idosos, pessoas com baixo rendimento são vítimas fáceis.  Conheço pessoas de bem que votaram CHEGA, e sinto de coração que não fazem ideia do que significaria um governo CHEGA. Eu que como homossexual seria uma das primeiras vítimas da nova ordem (e sei o que é ser estigmatizado e odiado), não vou ser igual ao ódio que o CHEGA propaga (contra etnias, contra raças, contra estrangeiros, contra gays, contra mulheres, contra quem aborta, etc). Eu não vou ser igual ao CHEGA ou ser vítima da mesma raiva ou ignorância que fez muitos milhares de portugueses votar nesse partido. Somos todos livres de agir, todos. 

Portanto uma certa compaixão e tentar compreender, sem preconceito, o porquê desse voto parece-me mais sensato. E de caminho fornecer informação pertinente. Formar em vez de julgar. Tenho a certeza absoluta (tal como aconteceu com o voto Bolsonaro) que com informação completa muita gente não voltará a votar uma segunda vez. Temos de saber separar o trigo do joio.

E um pouco de Blue Eyed Soul...


You are the best thing - Sophie Faith

Legislativas 2024

Os resultados das legislativas é um retrato muito interessante da sociedade que temos, da desinformação, da falta de capacidade crítica da população, da preguiça intelectual dos principais partidos e do analfabetismo funcional de que tão pouco se fala (caso AD/ADN é simplesmente delicioso). 

Considero que até sou um pessoa informada e, por conseguinte, acabo por pensar o mesmo do meu círculo de amigos e conhecidos. Mas escavando um bocadinho mais, percebo que vão atrás das notícias flash que aparecem nos média, que não vão aos websites dos partidos para ler os programas dos mesmos (na realidade nem sabem bem o que estes defendem). 

Quem está zangado, encontra maior facilidade em votar num CHEGA do que fazer crescer as outras opções partidárias que podem trazer uma lufada de ar fresco (o CHEGA traz apenas o que já vivemos na ditadura, nada de novo). Fiquei muito contente por ter visto o LIVRE a constituir um grupo parlamentar e por ter ajudado e tive alguma pena de não ver o PAN expandir e ver alguns partidos de direita progressista a ganharem espaço. 

Este ano vai ser muito complicado e suponho que o governo vai cair quando chegar a votação do orçamento para 2025. Ou o PSD procura um orçamento muito próximo dos valores do PS ou nada. O CHEGA não ajuda por estar confiante de que pode ser governo e tem interesse em ir para eleições de novo. Eu tenho zero interesse em eleições e por viver num regime de duodécimos. 

Mais um ano de atraso para Portugal e mais um ano de atraso na execução do PRR - algo fundamental para o país e que as pessoas nem fazem ideia do que é (mas sabem que a Cristina Ferreira dançou descalça no Dança com as Estrelas).

Falo com desapego. A fé que perdi no trabalho, também perdi no nosso povo, nas instituições. etc. Limito-me a viver a minha pequena vida e a ser observador. Faço juízos, mas mantenho-me calado e lamento apenas. Não obstante, também não perco muito tempo com isso.  Há muito pelo qual viver.

 

 

quarta-feira, março 06, 2024

Não consigo

Não consigo lidar com as notícias sobre a faixa de Gaza e sobre os atos criminosos de Israel. É tudo muito mau, muito triste, muito dececionante. Dou por mim a pensar que deveria existir justiça divina, mas não há. Não haverá punição, não haverá nada para lá da barbárie. O mundo é bárbaro, nunca deixou de o ser, e eu sinto-me inseguro quando penso no precário equilíbrio da civilização. A hipocrisia, o fingimento, a mentira e a alienação são as varas de sustentação do modo de vida atual. Creio que por isso escolho não ler e não obter informação sobre certos assuntos (prefiro estar alienado de certas temáticas). Pensar é bom bom, mas pensar o mundo em que vivemos, perceber as forças em ação é como um pontapé na cabeça. Nada mais há do que impotência face ao 'macro'. Vivo assim, a minha vida em 'micro', com aquilo que é possível assimilar e transformar em contentamento e satisfação. 

segunda-feira, março 04, 2024

Nem sempre

Nem sempre a nossa maior paixão é quem nos trata melhor ou o melhor para nós. A grande paixão pode não encontrar mais tarde correspondência nas ações e nos valores, convertendo-se em dor apenas, aumentada pelo facto de não nos conseguirmos desligar do que aquela pessoa nos fez sentir. Mas a paixão é nossa, não é do outro. A agenda do outro não tem de corresponder à nossa. E sabendo o que amamos, temos apenas de sair, porque o outro nunca vai perceber a dimensão do que arde em nós, porque os seus códigos não são os nossos. Tranca-se essa paixão e espera-se que a falta de oxigénio apague a chama eventualmente. 

Outras vezes o amor nasce de uma amizade com respeito mútuo e confiança, que de forma tranquila e passo a passo vai sendo cada vez mais especial. Não vem com a excitação e a inquietude da paixão ardente. Vem suave, confortável, discreto. Um dia percebemos que está ali e que o caminho é nutrir o sentimento, porque temos confiança e respeito pelo outro, já sabemos quem o outro é, sabemos o que esperar. É um amor pequenino que vai ganhado peso e dimensão e que é uma criação dos dois. É um amor com responsabilidade partilhada, maduro, perene. Nunca se irá interromper, mesmo admitindo que um dia possa mudar de forma. 

Já vivi as duas coisas.

Descobri hoje esta canção



Easy  - James TW


Enquanto estou a trabalhar, às vezes, vou ao Spotify buscar alguma playlist de baladas soft e meto a tocar como pano de fundo. Gostei muito da sonoridade desta canção quando ela passou e gravei-a nas preferidas. do Spotify. Só há pouco é que fui ver a letra e encaixa que nem uma luva... 


"Look what you done - you just crashed in, you changed my whole life.
Found a way to my heart, now it's like you've been here the whole time.
'Cause you girl make it oh so easy
Oh, so easy to love you
'Cause girl you make it oh so easy
Oh, so easy to love you..."

Futuro

Não faço puto ideia do que será o futuro. De há um ano a esta parte, limito-me a viver o presente porque ele está bom assim.

Coisas que caem bem no ouvido

"Se ainda existia alguma dúvida, esta viagem veio mostrar que és mesmo o amor da minha vida".

Férias em São Tomé e Príncipe

                         

Não estava nos meus planos mais próximos visitar São Tomé e Príncipe. Era uma daquelas viagens que eu dizia "um dia vou lá quando não estiver muito caro". Mas fui "apanhado na curva" pelo facto de ser a viagem de sonho do Beto e em novembro, a ver bilhetes para viagens, vi que os bilhetes estavam mais baratos que o normal e comprei.
 
Nunca tinha visitado um país da África negra e posso dizer que adorei. Foi uma experiência daquelas que nos tornam mais humildes diria. O país em si é um paraíso da natureza, em especial a ilha do Príncipe. As praias são de tirar o fôlego, as cascatas no meio da selva também. Toda a natureza em estado bruto é uma delícia para os olhos. 

O resto é um espetáculo entre o sociologicamente belo e o emocionalmente duro. As pessoas, na sua maioria, vivem numa pobreza considerável, não obstante, a comida não falta porque a natureza dá e tudo o resto será também para ser visto de acordo com outro prisma cultural que não aquele a que estamos habituados. Ali estamos totalmente fora da nossa zona de conforto enquanto europeus e dos nossos hábitos. 

O que me fez alguma confusão a princípio, para aquelas pessoas já foi adaptado e estruturalmente integrado. Não há grandes queixumes, lida-se com o que se tem e faz-se o melhor com o que se tem. Estar ali com as pessoas da terra, é perceber que se calhar vivemos aqui na Europa com coisas a mais, que nos queixamos demais, que não já não estamos em ligação com a nossa terra, para além de sermos totalmente insustentáveis, ao contrário deles, que por necessidade e por ideologia acabam por não agredir a natureza como nós.

O Beto esteve sempre maravilhado desde o início e foi muito bonito de ver como ele se dava às pessoas, como falava a toda a gente, como brincava com as crianças, como fazia perguntas interessado no que eles tinham para contar - de pessoa genuína para pessoa genuína. 

Para nós os dois a viagem funcionou também como um forma de vermos como lidamos um com o outro num clima bastante diferente e, por vezes, stressante devido às diferenças culturais e ao cansaço de muitas horas a conduzir por estradas que de estrada só têm o nome, com o corpo dorido. 

Um dia esqueci-me de trazer um lanche e estava cheio de fome quase a ficar rabugento, mas um guia tinha-nos ensinado que crescem amendoeiras na praia e lá fui eu catar amêndoas na areia e parti-las com uma pedra. A natureza de facto dá o que é preciso.

Esta viagem deu-nos bastante, para além de estupendas fotos. Deu-nos um novo enfoque e perspetiva cultural para olhar a vida, deu-nos a certeza de que nos respeitamos muito como casal e de que a nossa comunicação é mesmo boa. É fácil acompanhar o Beto seja no que for, porque ele é uma pessoa feliz e grata pelo que tem. Espero poder acompanhá-lo em muitas mais viagens porque me sabe bem mostrar-lhe coisas novas, ele recebe sempre tudo com interesse e alegria. Mas nesta viagem em particular foi ele que me deu bastante. 

Alexandre: o Homem, o Deus.

Foi com prazer que assisti a esta série documental, com entrevistas a especialistas e com dramatização de eventos recorrendo à utilização de atores. Do ponto de vista do espetáculo, está feito à boa maneira "americana", o que quer dizer que entretém. Pelo caminho há muitas pontas soltas e informações que são contraditórias com outras disponíveis online. Não obstante, traz ao conhecimento geral a vida de um dos maiores estrategas militares de todos os tempos. Para quem se quer aventurar no conhecimento da história deste rei Macedónio, que espalhou a cultura grega no mundo e destruiu o império Persa, é uma forma leve de entrar. 

sábado, fevereiro 24, 2024

Dois questionários online depois..

Parece que ideologicamente sou mesmo alinhado com o PAN e o LIVRE e oponho-me ao CHEGA. Dois surveys diferentes, o mesmo resultado.

quinta-feira, fevereiro 22, 2024

Não há fome que não dê em fartura

Tenho trabalho como um condenado esta semana. Mas encontrei uma rede que me deu alento. Finalmente um trabalho que me faz sentir vontade de contribuir. 

terça-feira, fevereiro 20, 2024

Só para chatear

Depois de eu ter falado que o tipo era uma desgraça,  o Pedro Nuno Santos sai-se bem num debate. Só mesmo para chatear... mas a minha opinião não mudou muito. Calado e a sensualizar com o olhar é o seu melhor look.

segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Pedro Nuno Santos

É uma escolha demasiado má para ser verdade, o que estaria a pensar o PS? Quieto e calado é bonito, enfeita e fica bem em qualquer lado. Quando abre a boca, acredito tanto nele enquanto político competente, como acredito no André Ventura a dizer que vai oferecer um chá das cinco à comunidade cigana. 

Coisas tristes

Cada vez que leio uma notícia sobre Gaza, parece que me arranham a pele bem fundo. Como é possível? A minha indignação só é mais pequena que a minha impotência. 

Isto é um caso de supremacia branca sem precedentes, racismo na mais pura forma. Um processo de colonização duríssimo da Palestina por Israel, que toma contornos absolutamente trágicos. Nunca pensei que algo assim, pudesse acontecer em pleno século XXI. Legitimar isto é legitimar que a humanidade se aniquile, que a soberania dos Estados seja ridicularizada. Não fossem brancos, também os ucranianos já estariam aniquilados. Bendita a sua raça pelo menos. 

sexta-feira, fevereiro 16, 2024

Ubuntu

«Eu sou porque tu és».

Do meu lado digo, a tua felicidade é a minha. 

Panquecas

Nunca pensei que panquecas à americana fossem uma das coisas que mais gosto de cozinhar. O Beto disse-me que gostava muito e eu experimentei fazer uma receita que encontrei na net. Ele gostou tanto que agora o recebo sempre com panquecas quando ele vem da ilha. As de hoje já estão feitas. Em cada semana que faço experimento um acompanhamento diferente (nutella, doce de laranja, manteiga de amendoim, mel, doce de frutos vermelhos, etc.). O grande vencedor até agora é o doce de castanha, mas hoje experimentei comprar um de caramelo salgado e palpita-me que vai ser ali taco a taco. Quando ele prova alguma coisa de que gosta muito faz um som delicioso de ouvir. Vamos ver se será hoje que ouço de novo. 

quarta-feira, fevereiro 14, 2024

Não se mete a colher...

Tenho zero tolerância para pessoas que apostam na chantagem emocional e na manipulação de informação para conseguir simpatia e atenção do outro. A vitimização sobre terceiros pode ser uma coisa tramada. Quando estou perante situações assim e estas não têm diretamente a ver comigo, fico "possuído" mas não posso/devo fazer nada. 

Já usaram esses artifícios comigo, ainda não há muito tempo, e foi uma escola. Ajudou-me a ver muito melhor a verdadeira cara das pessoas. Quem muito acusa, acusa pelo que é capaz de fazer. Tem medo daquilo que faz parte do seu repertório, não tendo noção de que temem aquilo que são. A sorte destas pessoas é que, regra geral, se sabem fazer rodear de pessoas com melhor carácter e sentimentos e que as vão aguentando, ora fazendo as vontades ora desvalorizando e não conferindo muita credibilidade sem que elas saibam. No meio também aparecem as que podem ganhar com isso, fornecendo uma ideia de segurança a alguém que é estruturalmente inseguro.

A mim parece-me triste aquela conversa "A gente finge que sim, já sabes como a pessoa é. lá no fundo não é má pessoa. Se fizermos o que a pessoa quer está sempre bem disposto". A questão é que eu acho que não é boa pessoa, é má. As más pessoas são todas aquelas que lesam terceiros (vingança, más palavras, mesquinhez, etc) quando as coisas não são exatamente como querem, ou quando não correm de acordo com a sua perceção pessoal de correto (e estas pessoas acham que estão sempre certas e que a sua verdade é mais válida que qualquer outra).

A grande ironia é que graças a este tipo de comportamento, estas pessoas vivem com uma grande dose de mentira nas suas vidas, porque amigos/colegas/familiares não têm coragem de lhes dizer a verdade para que eles nunca arranjem problemas e/ou porque outros amigos/colegas/familiares sabem que estas pessoas (de ego frágil) bem engraxadas são bem generosas e podem ganhar bastante com elas. 

No caso que me dizia respeito e que já passou, quando fiquei psicologicamente sóbrio e segui com a vida, fui até capaz de me rir com a ironia de saber quem faz a pessoa de totó sem que ela saiba, mesmo ali debaixo das suas barbas. Mas no outro que não me diz respeito, é como ter uma laranja atravessada na garganta. Custa-me horrores engolir o que vejo. Custa-me horrores ver fazerem mal a alguém decente, mesmo que esta pessoa desvalorize porque não se pode deixar que a outra pessoa descompense e ela até tem bom fundo. E vai aguentado más palavras e desconsiderações, porque aquilo é a voz da frustração e da insegurança. 

Eu acho, ou quero acreditar, que as pessoas podem ser inseguras, mas podem ser verdadeiramente boas, de bom coração e expressar a sua insegurança com educação, com gentileza e não culpando as pessoas que as deixam inseguras por problemas que são seus e por não as estarem a validar constantemente. 

Como vivi isso, agora causa-me arrepios ver seja quem for a ser vítima desse tipo de pessoa insegura. Pior ainda, se for alguém por quem eu tenha genuíno afeto. Mas não tenho nada a ver com isso, a única coisa que faço, é validar as vítimas deste tipo de gente, quando está ao meu alcance. Dizendo-lhes que não fizeram nada de mal, que são humanas e gentis e decentes, e que são apenas um dado colateral.

segunda-feira, fevereiro 12, 2024

Desistências

Começo a perder o vapor para fazer a mega festa dos 50 anos, como fiz a mega feta dos 40 anos. O trabalho que tenho pela frente está a deixar-me "morno" e também poderia fazer a festa dos 51 (argumento que serve de desculpa, até ao momento em que vai ser substituído por 'podia fazer a festa dos 52').

Carnaval na Madeira


Não costumo ligar nada ao Carnaval, mas o Beto ia desfilar e acabei por viver a quadra de uma maneira muito gira, estar ali nos bastidores do desfile foi muito engraçado, pessoas de muitas idades, pessoas com deficiência. Muito inclusivo e todos com uma boa energia. Gostei imenso de tudo e para o ano, podendo, também quero desfilar. Há que aprender as coreografias à distância e vir ensaiar apenas uma vez. Mas com vontade tudo se consegue. Depois foi sair com os amigos e beber muitas ponchas e apanhar uma bebedeira de meia noite hehehe. Há anos que não me acontecia uma daquelas em que ficamos mesmo zonzos. Estava entre amigos e sei que (aconteça o que acontecer) o Beto vai sempre estar por perto para o que for preciso. 

quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Sob o Big Brother e ter imbecis como ídolos


É isto que nos dá a televisão e as redes sociais em barda. As pessoas, jovens em particular, seguem estes imbecis como os novos heróis nacionais. Quando isto é o programa de topo nos consumos dos portugueses creio que não há muito mais a ser dito. Lá está, chamem-me antidemocrata, mas como é que o povo (tendo este nível e menos) pode ser chamado a tomar decisões importantes para o país. Devia, sem sombra de qualquer dúvida. Mas em Portugal, como em muitos outros países de nível cultural deficiente, é receita para a desgraça. Eu podia rir disto, mas não consigo é demasiado triste. Fico apenas muito triste por perceber que hoje em dia "somos" isto.

Desenterrar os anos 90 - 29


Cornflake Girl - Tori Amos

terça-feira, fevereiro 06, 2024

Notícias positivas

Quando coloco notícias positivas no Facebook ou no Instagram o resultado é que acabo triste e frustrado. Ainda compreendo que as pessoas não queiram ver posts sobre os problemas do mundo (guerras, genocídios, fome, refugiados, ambiente, etc.), mas notícias sobre feitos inspiradores, pessoas com compaixão também não fazem nada por ninguém.

Resumindo as pessoas reagem a fotos de festas, viagens, namorado da Cristina Ferreira, corpo despido, Big brother. Quanto ao Big brother confesso que me dá quase vontade de chorar quando penso que isto enche o quotidiano de grande parte das pessoas e que ninguém quer saber dos problemas gravíssimos prestes a cair-nos em cima em 70-100 anos. Os filhos e netos dessas pessoas vão cá estar e o problema é deles. É a sociedade que nos tornamos. É mesmo mentira que a ignorância e a burrice são sinónimo de falta de acesso à informação. 

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

Desenterrar os anos 80 - 28


The Lovecats - The Cure

Convite

Um estilista da nossa praça abordou-me pelo IG e perguntou-me se eu gostaria de desfilar para ele (mesmo depois de eu ter dito que tenho 1.77m). A minha parte crédula ficou contente, a minha parte cética ficou a pensar se isto é a sério ou se é apenas uma cantada to "get laid". O tempo o dirá.

Anda aí outro

Hoje mandaram-me um TiK ToK  de um gato que toca piano e como se chama ele? Limón, ou seja, Limão como o meu. O meu não toca piano, mas é capaz de pedir comida 24h - não sei se isto qualifica como talento.