domingo, setembro 30, 2007

Há pessoas

Há pessoas que não fazem distinções. Há pessoas que comem qualquer coisa. Há pessoas que comem o que lhes fica bem. Há pessoas que não comem o que lhes faz bem. Há pessoas pouco saudáveis porque não tomam atenção ao que comem. Há pessoas que só comem pelo sabor e não pelo valor do alimento. Há pessoas que passam a comer melhor. Há pessoas que são fiéis à sua alimentação. Há pessoas que não.

sábado, setembro 29, 2007

Músicas e outras coisas

Há músicas que nos tocam de uma forma brutal. Algumas porque nos identificamos com elas, outras porque soam terrivelmente belas aos nossos ouvidos, outras porque nos lembram alguém que muito amamos, outras porque nos lembram momentos particularmente felizes da nossa vida (mesmo quando a música é a Macarena). Não há nada como ter uma banda sonora das nossas vidas.

Porque é que eu estou a escrever isto no blog? Será para quem me visita (aquele grupo de amigos queridos, alguns anónimos e um ou dois indesejáveis)? Aliás, para que escrevo eu no blog? A resposta é fácil. Para mim. Estou a construir um diário de bordo. Uma manta de retalhos, que ao contrário de um diário bem guardado no word, tem imagens, tem uma vida quase própria e pode receber input externos. Tenho a certeza de que vou gostar de ver onde estava hoje, daqui a 15 anos. A net possibilita isto. E nem gasto espaço a armazenar. Mas tudo tem os seus custos. Não posso escrever coisas que queira só para mim. Mas o que é meu é meu.
E as músicas da minha banda sonora? Muitas... ficam algumas.

Breathe Me - Sia
Nature Boy - David Bowie
Song for Guy - Elton John
Wind beneath my wings - Bette Midler
Together Again - Janet Jackson
LIve to tell - Madonna
Food for thought - Dionne Farris
Stronger - Sugababes
This life - Mandalay
Assisse - Camille
All is full of love - Bjork
Wise up - Aimée Man
Love at first sight - Kylie Minogue
Somebody - Depeche Mode
Sandalwood - Lisa Loeb
Hot gets a little cold - Cindy Lauper
Tudo o que eu te dou - Pedro Abrunhosa
Balancê - Sara Tavares
Jesus to a Child - George Michael
Greatest Love of All - Whitney Houston
Can't make you love me - Bonnie Raitt

Wild Tigers I Have Known

Este filme produzido pelo Gus Van Sant e parte da selecção oficial do festival de Sundance não me cativou. O princípio é interessante, a descoberta sexual de um rapaz de 13 anos, filmado sobre o prisma do plano de sensações inerentes à adolescência. Contudo, acho que o filme se tornou demasiado conceptual. A busca pela intelectualização e estilização do sujeito do filme acabou por tornar tudo demasiado etéreo. Acho que acabamos por perder o contacto com o filme a dada altura. Apenas o relaizador deve saber do que está a falar.

13/20

sexta-feira, setembro 28, 2007

Não é?

Se temos de fazer as coisas porque não fazê-las bem feitas? E podemos sempre começar pelas coisas mais simples. O átomo é a base da matéria. Tão pequeno é o átomo que nem sempre lhe damos o valor exacto na composição da matéria. Quem consegue ver um átomo?

quarta-feira, setembro 26, 2007

Hoje fiz um desejo a olhar para a Estrela Polar

Não tenho receio de dizer que fiz um desejo egoista. Pedi para continuar a sonhar um sonho (ou concretizar um sonho) que comecei a sonhar há quase 1 ano.

O cão e o lobo

Um grupo de cientistas domesticou uma matilha de lobos. Criou-os de nascençae comparou com uma matilha de cães. Chegaram à conclusão de que o cão é tem capacidades de comunicação que já estão inscritas nos seus genes. O cão procura indicações no comportamento humano e segue as indicações dos humanos para resolver problemas. O lobo não liga às indicações dos humanos e tenta resolver o problema sozinho. Quando o problema não é solucionável por si mesmo o lobo fica agitado. O cão depois de algumas tentativas, tenta apoio junto do humano para que ele lhe resolva o problema.

Percebeu-se que a natureza selvagem do cão foi apagada dos seus genes, e mesmo quando o cão é deixado em estado selvagem, ele procura sempre uma mão amiga ou um humano em que possa confiar.

Para além disto o cão comunica. Embora sejamos incapazes de perceber o que ele diz. Foram gravadas as vozes dos cães de múltiplas raças e eles reproduzem os mesmos sons para a mesma situação.

O cão, se bem educado e acarinhado é mesmo o melhor amigo do homem. E até a minha tia de 83 anos que já está com esclerose avançada me disse um dia destes «gostava tanto de ter um cãozinho». No fundo acho que ela sabe que teria sempre alguém para amá-la e fazer-lhe companhia

Bull Terrier

Sabiam que os Bull Terrier têm numa tendência para o distúrbio obsessivo-compulsivo? Os Bull Terrier são um cruzamento entre um Bulldog e Terrier Inglês, a que anos mais tarde foi juntada a raça Pointer. A sua origem data de 1830. Pretendia-se um cão que tivesse uma tendência predatória acima do normal da verificada nas duas primeiras raças que o originaram. Contudo, o bicharoco desenvolveu uma deficiência nos genes que orientam a capacidade predatória. Muitos deles tornam-se obsessivos compulsivos e passam horas a perseguir a cauda até que se vomitam ou caem inconscientes no chão (ou as duas coisas). Estes cães têm de tomar medicação para conseguir ter uma existência normal. Normalmente os cães que sofrem da doença são muito meigos. Os humanos fartam-se de criar coisas e nem sempre controlam a qualidade das suas criações.

A grande prenda

A grande prenda que se pode dar a alguém é fazê-la feliz. Ontem fiz uma pessoa incrivelmente feliz. No caminho também me tornei feliz. Fiquei a sentir-me vivo. A pessoa a bem dizer foi a mamãe. Ela merece. Afinal não é todos os dias que se fazem 65 anos, com um enorme sorriso na cara. E se ela está de arrasar, oh lá se está. Uma quebra corações, no seu segmento logicamente. longa vida à mamãe.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Waterfalls - TLC

I seen a rainbow yesterday
But too many storms have come and gone
Leaving a trace of not one God-given ray
Is it because my life is ten shades of grey
I pray all ten fade away
Seldem praise Him for the sunny days
And like His promise is true
Only my faith can undo
The many chances I blew
To bring my life to a new
Clear blue and unconditional skies
Have dried the tears from my eyes
No more lonely cries
My only bleedin' hope is for the folk who can't cope
With such an endurin' pain that it keeps 'em in the pouring rain
Who's to blame for shootin'caine into you're own vein
What a shame you shoot and aim for someone else's brain
You claim the insane and name this day in time
For fallin' prey to crime I say the system got you victim to your own mind
Dreams are hopeless aspirations
In hopes of comin' true
Believe in yourself
The rest is up to me and you.

domingo, setembro 23, 2007

Today...

«Today is the last day that I am using words, they've gone out, lost their meaning, don't function anymore» by Nelle Hooper

sexta-feira, setembro 21, 2007

Tenho os olhos em bico

Estou cansado de estudar. Ainda tenho 6 meses pela frente e os mais stressantes de todos. É preciso ter calma, não dar o corpo pela alma (já dizia o outro). Tenho saudades de algumas pessoas. Eles sabem quem são: a gaja que ginga a anca como ninguém, a gaja que sempre que se junta a mim temos de fazer um esforço para não chorar como madalenas, o gajo pequenino que não é dançarino, o princípezinho e a sua princesa, a gaja tagarela, o casal maravilha e a sua ervilha, e tantos outros. Um beijo a todos.

Dos Patrias: Cuba y la noche

Cuba de Castro, Cuba dos turista, o que é Cuba afinal? Que país é esse, quem são essas gentes e o que se esconde na noite? Este filme mostra uma Cuba desconhecida, uma Cuba a que poucos têm (ou querem ter acesso). Este documentário mostra (com recurso a textos de Reinaldo Arenas, o que dá uma dimensão poética muito bonita) a vida de alguns homossexuais em Cuba e paralelamente o que é a realidade desse povo, a sua vida quotidiana. Não tenho muito para dizer. A não ser que teria um enorme gosto em visitar Cuba. Esta Cuba suja, má, pontilhada a pérolas.

17/20

Bob and Jack's 52 - year old adventure

Estar 52 anos numa relação é obra num casal heterossexual. Então o que dizer do casal Bob and Jack, 52 anos juntos contra todas as adversidades da sociedade dos anos 50. Ambos no exército, quando se conheceram, abandonaram as vidas que conheciam em nome de um amor que ainda hoje dura. Um deles deixou a mulher e os filhos e ainda hoje sobrevive com essa culpa, não se arrependendo contudo do caminho que tomou. Não é um documentário de conto de fadas. Não é uma receita para uma relação feliz. É uma história real sobre as dificuldades de viver a dois, os ajustamentos, as zangas, a infidelidade, mas no final um enorme amor que impediu a desmembramento do casal. E engraçado vê-los dizer que o casamento é para o melhor e para o pior. Para eles foi e é mesmo isso. Um deles está bastante doente agora e o outro cuida dele com muita dedicação. Dizem que agora é o pior, com a velhice, mas que tiveram uma vida boa. Muitas vezes me pergunto se as pessoas fazem alguma ideia do que estão a dizer quando se juntam a alguém para o melhor e para o pior. Ninguém se junta para o pior e quando o pior acontece, há a separação. Acho que talvez seja essa a receita. Estes casal sem o reconhecimento social e das famílias juntou-se para o melhor e para o pior. Resultado 52 anos juntos e a somar.

17/20

Singularidades

Infelizmente não consegui arranjar uma foto do cartaz promo desta curta metragem. Estou a escrever sobre um filme, mais exactamente um documentário. O tema? A vida e aspirações de homossexuais (homens e mulheres) entre os 40 e os 50. Os retratos são muito bem feitos e fiquei agradavelmente surpreendido com a candura e precisão dos mesmos. O documentário é tão honesto, como as pessoas retratadas. É curioso ver como, de uma forma ou de outra, se procuram experiências de sedimentação. A procura da estabilidade familiar, constituir um lar, os filhos. Um casal de lésbicas já tinha 4 filhos (3 adoptados e um biológico por inseminação artificial). Esta família era a mais surpreendente, pela estabilidade, pela alegria, pelo quadro de amigos e familiares. O filme acaba com o aniversário do menino mais novo, que não podia ser mais feliz. Acho que nos deixa a todos a pensar. A mim, porque talvez siga em busca de um destino assim. Aos demais porque desconhecem esta realidade.

17/20

terça-feira, setembro 18, 2007

Aquele pouco

Há pessoas que precisam de pouco para ser felizes, mas precisam muito desse pouco. Às vezes é tão pouco que nos esquecemos. É tão simples, e de repente tudo se pode tornar muito complicado. Meninos e meninas... Precisa-se muito do pouco, quando de pouco se precisa.

Frase do Dia?

Li esta frase:

« Não faças backups à tua vida, apenas updates».

segunda-feira, setembro 17, 2007

Era uma vez...

Era uma vez a Sara. A Sara cresceu no meio de muita gente. Tanta gente à sua volta. Tanta gente e a Sara sempre sozinha. A Sara tinha uma sensibilidade diferente. Não conseguia comunicar, não conseguiam compreendê-la porque ela era diferente. Era muito sensível e ninguém conhecia a sensibilidade dela e isso tornava as coisas mais difíceis. A Sara cresceu sozinha e a sentir-se culpada. Sozinha porque ninguém percebia o que ia na sua cabeça e no seu coração. Culpada, porque a sua família a amava muito. Ela sentia-se culpada pela sua família não saber amá-la como ela precisava. A culpa era da Sara, pensava ela. A Sara sentia-se cada vez mais sozinha e mais culpada. Tão culpada que fazia tudo para agradar às pessoas que a rodeavam, mas cada vez mais sozinha e mais revoltada. Quanto mais revoltada, mais culpada e tornou-se vítima de um ciclo vicioso. A Sara deixou de gostar de si. A Sara deixou de se amar. A Sara deixou-se para trás. Uma vez apareceu alguém que quis amá-la, mas a Sara vive alienada. A Sara não vive cá. A Sara não quer pensar. A Sara não aguenta pensar. Quando é obrigada a pensar a sua cabeça vaza. O seu espírito fica vazio e os seus olhos vidrados. A Sara não tem paz. A Sara é da guerra, a Sara vive uma guerra dentro de si e deixou escapar esse amor. Cansada de tanta guerra a Sara baixou as armas e deixou-se embalar por mãos que a magoaram. A Sara ficou com mais raiva dentro de si, fruto de um desespero contundente. Ela tornou-se cada vez mais um cacto, pronta a picar sem dó quem lhe tenta chegar à polpa doce e macia. Como é que alguém com tanto amor, alguém que é matéria viva de amor, alguém que só pensa em amor, tem tanta raiva. A Sara é perigosa. É perigosa porque é honesta. Não esconde que quer amar, não esconde que foi feita para amar. Ela não sabe ser amada. A Sara foge, a Sara foge dela. Habituou-se a pensar que a culpa é toda sua. A Sara não se aguenta. A Sara não aguenta tanta culpa. Há quem lhe tente ensinar a gostar de si. Se eu a visse dava-lhe um grande abraço e dizia que está tudo bem. Só isso. Se a virem tentem ensiná-la a gostar de si. Ela não sabe pedir ajuda. É muito desajeitada. Está cansada e a raiva vem com muita facilidade. A Sara tem um sorriso bonito. A Sara faz 30 anos. É muito tempo, muitos anos a sentir culpa, muitos anos a acreditar que ninguém a consegue ver realmente. Se a virem não a deixem fugir. O mundo era um bocadinho melhor se um dia a Sara vivesse entre nós. Todos os dias. Plena. Ouvi dizer que alguém ama muito a Sara e que parece tem realmente uma ideia dela. Ela é terrivelmente desconfiada. Da minha parte, se a vir, dou-lhe um grande abraço e digo que está tudo bem que desta vez ela pode baixar as armas. Ninguém a vai magoar. Está tudo bem Sara, está tudo bem. Descansa e sê feliz.

A casa de Alice

A casa de Alice é um filme realista. Um olhar de perto a uma família de classe baixa no seu dia a dia em S. Paulo. As pequenas mentiras e traições, o afecto e a falta dele. É também um ensaio sobre a amargura e a desilusão. Somos todos velhos e de vez em quando queremos ser crianças. Somos humanos e somos sórdidos. Somos humanos. Humanos e pequenos. Temos medo. Temos nada e muito que perder.

16/20

Glue

O que acontece quando se vive no meio do nada (o deserto da Patagónia) e se é adolescente. Lucas, Nacho e Andrea são três amigos que vivem uma existência ambígua pautada por um grande existencialismo. Onde não há nada existem muitas perguntas. O filme é tocante, é divertido. É um descobrir da vida e, mais que tudo, é a resistência pela força de uma amizade sólida. Em que os afectos, o amor e a sexualidade se misturam sem ordem nem preconceito.


17/20

Hamelin

Não sei como posso descrever esta peça. Mas acho que é de ver. Quem gostou do Dogville de Lars Von Trier, creio que gostará da encenação desta peça tão despojada e, por isso, concentrada na palavra. O texto fala sobre a investigação de um caso de pedofilia. A busca cega pela justiça por parte das instituições competentes muitas vezes esquece quem devia ter em conta: as vítimas. De repente é todo um emaranhado de procedimentos legais, palavreado técnico, teorias psicológicas e outros arsenais que se sobrepõem à humanidade necessária para o tratamento destes casos. O que mais importa é a condenação. E a destruição de uma família? E a criança?

17/20

XI Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa

Começou no dia 14 e prolonga-se até ao dia 22 o 11º festival de cinema gay e lésbico. Ao contrário do que se possa pensar não é um festival de "ghetto". É com muita satrisfação que reparo que o público se torna cada vez mais abrangente, assim como as problemáticas tratadas. A homossexualidade está presente no quotidiano e pode ser normalizada. Em muitos aspectos já o está, de tal maneira que se torna invisível na sua presença.

A qualidade do festival disparou também. Decorrem ao mesmo tempo três competições, de longas, de curtas e de documentários. Alguns dos filmes apresentados são belissímos. Vejamos pois este festival como um qualquer festival independente. Visitem, vejam por vocês.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Hairspray

Já não se via um filme deste desde... O Chicago? Bem, fui ver este filme hoje porque me queria dvertir. O último que vi tinha sido bastante pesado e apetecia-me algo leve. O filme é leve demais. Não porque não tem uma boa história, porque não tem bons actores, porque não tem um bom conjunto de canções. O filme peca porque foi higienizado. Esta é uma remake do original subversivo do John Waters. Aqui nada é subversivo. Tudo muito limpinho e americano. A grande arma de arremesso do filme? A Michelle Pfeiffer, que por este andar se vai especializar em filmes onde destila veneno...e arte de bem representar.

13/20

domingo, setembro 09, 2007

Mysterious Skin

Este é um daqueles filmes em que eu não sei muito bem o que dizer. O filme é óptimo, se pensarmos cinematograficamente. O argumento está bem construído. Podemos dizer que desde o início se percebe o desfecho, mas isso não estraga em nada o filme na medida em que é um filme sobre emoções. Todavia, é um filme que perturba. O tema é pesado, pedofilia e abuso sexual e a incapacidade de sentir. O filme mostra-nos o percurso de 2 rapazes que foram abusados sexualmente quando tinham 8 anos e o que esse facto fez das suas vidas.
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Acho que nunca tinha visto algum de tão perturbador no sentido da forma como se exerce manipulação. É chocante. Houve ali qualquer coisa do sentimento que se tem ao ver o "A Lista de Schindler ". O filme é bom, mas saímos com um urso sentado em cima do peito. Gostava de deixar uma nota aos belos retartos de solidão que são expostos. O mundo é bem mais infeliz do que pensamos, porque não se vê e às vezes é mesmo ali ao lado.

17/20

E acabaram as férias

Não sei se as férias de este ano foram umas férias merecidas. Se calhar não me esforcei o que devia ter esforçado para considerar as férias uma recompensa celestial pelos meus esforços. Contudo não posso deixar de dizer que estas férias foram umas férias especiais. Há aquela frase que diz que «we'll always have Paris», no meu caso posso dizer que «sempre terei S.Miguel». A ilha mais verde dos Açores recebeu-me de braços abertos (ou deveria dizer de 'arvoredo aberto') e mais do que a ilha em si foram as gentes. Sim, as pessoas foram excepcionais. Fui de viagem romântica ou perto disso. E é sempre bom quando conhecemos pessoas que se dão com pessoas de quem gostamos muito. Se aquela máxima «diz-me com quem andas e eu dir-te-ei quem és» for verdade. Alguém que trago muito perto no coração é das melhores pessoas dos mundo. Conheci os amigos dele e posso dizer que são do melhor que há. Gostei disso. Gostei de me poder libertar, de poder estar à vontade, de ouvir os outros, sei lá... tanta coisa. Senti-me literalmente em casa. Há muito amor por aquelas bandas. É sempre bom deixar um bocadinho de nós e trazer um bocadinho de alguém em todos os sítios por onde passamos. Se eu fosse um bocadinho mais exibicionista do que sou, acho que colocava aqui mil e vinte fotografias desses 15 dias, passados na praia, a passear, em jantaradas e almoçaradas, a fazer rapel, a rir, a tomar banhos noturnos em caldeiras, etc., etc. Fui muito feliz lá. Vim com a certeza de que quero formar uma família com a pessoa com quem estou. Uma família alternativa, mas mesmo assim uma família. Se não vou formar não importa. O que interessa é que eu quero. O que interessa é que a felicidade está-me na ponta dos dedos. Pode escorregar ou posso agarrá-la com toda a força. Quero agarrá-la. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena, já dizia o outro. Tudo vale a pena quando emoção não é pequena. E hoje quero esse amanhã.