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sexta-feira, dezembro 15, 2023

The Hunger Games - A balada dos pássaros e das serpentes

Tenho uma relação com a saga The Hunger Games em tudo idêntica à saga Star Wars. Mesmo que não me apetece muito tenho de ir ver o filme para saber que vi todos e poder dizer que os primeiros foram, de facto, melhores. 

Este filme é assim uma espécie de "mais do mesmo", mas sem a surpresa inicial e sem os afetos (familiares e outros) tão bem retratados nos dois primeiros filmes (antes de tudo se tornar muito grande). Observamos como se fabrica um ditador, mas nem por isso. O filme é fraco em respostas e, dúbio em muitos momentos. O que se retira no final é apenas 2 coisas: nada sobrevive à quebra de confiança e o bem e o mal coabitam em nós e não são visíveis numa primeira análise. Assim podemos dizer que nada do que parece pode ser realmente. Não sei se é pela expectativa do fim, o filme entretém as 3h que dura.

14/20

segunda-feira, outubro 23, 2023

MEG 2: O regresso do Tubarão Gigante


Mega fiasco. Gigante desperdício de meios.

8/20

segunda-feira, outubro 16, 2023

Mistério em Veneza

Apesar de não ter achado estupendo o último tomo deste franchise (Morte no Nilo), acabei por ir ver este «Mistério em Veneza» e fui surpreendido pela positiva. Onde o último foi apenas "agradável" de ver, este foi eficiente e bastante interessante. 

O filme não se ficou pelo simples mistério policial, elevou-se pela introdução de uma componente sobrenatural que lhe confere uma aura gótica e nos confunde durante o processo de dedução de Hercule Poirot sobre os crimes em investigação. ter Veneza decadente como cenário resulta maravilhas para incutir no expectador uma certa subjetividade quando ao que está a observar.

Apesar de ter percebido quem era o/a assassino/a perto do final, não retiro nenhum mérito ao filme que soube manter várias possibilidades em aberto sem que isso pesasse no argumento ou na direção dos atores. As personagens são sólidas e consistentes, a história também. O filme não sendo uma maravilha da Sétima Arte entretém bastante. 

15/20

sexta-feira, julho 21, 2023

Barbie

Gostei bastante do filme. Não obstante ser pouco direto, tem um subtexto bastante interessante e é muito irónico. Mas penso que se fosse mais direto não poderia ter a crítica velada que tem às relações de género e aos engodos lançados pelo patriarcado para fazer as mulheres sentirem que têm oportunidade se que são iguais. Ao mesmo tempo consegue levar para o terreno a ideia de que as mulheres são igualmente cruéis tendo a oportunidade através de regras pré-estabelecidas e não questionadas. Talvez o final não seja o que desejei, porque é demasiado metafórico. Creio que mais de metade das mensagens do filme vão cair em saco roto por serem muito inteligentes ou metafóricas. Mas de outra forma nenhum estúdio daria ok ao filme, penso.

A Margot Robbie é sempre maravilhosa, mas o que faz o Ryan Gosling seria merecedor de nomeações para melhor ator, espero que isso aconteça.

15/20

quinta-feira, julho 20, 2023

Asteroid City

O último filme do Wes Anderson está recheado de estrelas e é uma carta de amor aos filmes de Sci-Fi dos anos 50. O filme é bastante conceptual, tem 3 linhas de ação a correr ao mesmo tempo, ao estilo Matrioska. Esta comédia (por assim dizer) que se processa a um ritmo teatral (quase que me parece uma encenação ao estilo Dogville, mas ao contrário) acaba por ser um exercício sobre luto, sobre exorcizar diferentes tipos de dor. Temos esse elemento espalhado por quase todos os personagens principais. 

O filme é complexo, tem momentos bastante bonitos e outros verdadeiramente surreais. Mas acho que cedo aceitamos que estamos a ver um projeto conceptual e não há mal nenhum nisso.

15/20

Indiana Jones e o Marcador do Destino

Este último Indiana Jones foi bom de ver, tal como é bom irmos visitar uma tia mais velha de quem gostamos muito. A história é bem engraçada, apesar das cenas de ação serem tremendamente inverosímeis - a vários níveis.

Pode dizer-se que o filme entretém bastante e se sair um sexto filme ainda vou ver, porque já vi os outros todos. Agora, não é um Indiana Jones e o Templo Perdido.

14/20

 

Triângulo da Tristeza

O filme vencedor do Festival de Cannes de 2022 é uma comédia do estilo "eat the rich" em que as hierarquias de poder e o estilo de vida associado às grandes fortunas é questionado de forma sarcástica. Outras hierarquias de poder são também discutidas, como a beleza e o género, mostrando que muito facilmente, por eventos acidentais, as hierarquias podem mudar e com elas as próprias motivações e personalidade dos indivíduos. 

O ritmo do filme foi talvez um pouco lento para aquilo a que se propõe, mas é bem eficaz na mensagem. Acho contudo que o final devia ser mais explícito apesar de não ficar mal como uma narrativa aberta.

15/20

segunda-feira, maio 15, 2023

Guardiões da Galáxia 3

Fui ver o que "supostamente" será o último capítulo da série. Gostei bastante do primeiro filme, o segundo gostei porque era do género (embora mais fraco). O terceiro surpreendeu-me muito. Ri bastante, mas nunca pensei chorar a ver um filme destes. Acho que o James Gunn subiu imenso a fasquia ao centrar o filme na amizade e na lealdade. É um argumento muito inteligente porque tem uma crítica velada mas muito forte à humanidade e fundamentalmente ao modo como tratamos as outras espécies ditas inferiores (higienização, vivissecção, mutação, etc.). 

A parte cómica voltou a estar ao nível do primeiro filme (que bom), mas a parte dramática deu um salto quântico e foi um dos filmes mais completos que vi nos últimos tempos. Quem conseguir ler as metáforas, penso que vai gostar tanto do filme como eu. 

18/20

segunda-feira, abril 10, 2023

Os Rapazes do Grupo

Ontem perdi tempo (literalmente perdi 2h) a ver o filme em epígrafe. Tinha tudo para ser um bom filme, mas contas feitas foi apenas mais um exercício pretencioso sobre o que significa ser gay no final dos anos 60 e da vivência e experiência que cada um faz da sua própria homossexualidade. 

Em primeiro lugar achei o argumento demasiado racional, como que a querer provar um ponto de vista e a levar-nos obrigatoriamente a ele, sem que as nossas emoções sejam "acordadas" pelo que realmente se está a passar na ação. 

Depois, apesar de saber que o filme é inspirado numa peça da Broadway, o cinema deve ser... cinema, e não teatro. A sensação que tenho é que os atores estão a declamar como se estivessem num palco, mesmo as movimentações são demasiado marcadas num formalismo cénico que o cinema não deve ter (a menos que seja conceptual como, por exemplo, o filme Dogville de Lars Von Trier). 

Para finalizar, creio que não estabeleci empatia com nenhum dos personagens. Bom, talvez o Emory e mais nada. 

9/20

segunda-feira, abril 03, 2023

Murder Mystery 2

Então, é um filme do Adam Sandler, onde ele faz as coisas que costuma fazer em comédias. A Jeniffer Aniston participa e faz as coisas que costuma fazer em comédia. A história é inverosímil, as piadas não são novas e vá... tem Paris (o melhor do filme).

10/20

segunda-feira, fevereiro 27, 2023

7 Mulheres e um Mistério

Tinha tudo para ser uma bela homenagem à arte de Agatha Christie, mas a filme torna-se um pouco confuso e pouco credível. Pareceu-me um bocado amador nas transições de pretensa culpa entre os personagens, ou seja, no explorar das razões que cada um teria para matar a vítima. Talvez também seja um pouco atabalhoada a maneira como prendem os personagens à casa, para que o mistério seja desvendado. O fim pode entender-se como original, mas não deixa de ser, de alguma forma, um anticlímax. Tinha muito para correr bem, em especial pela tradição humorística italiana. Pena, foi apenas meh.

10/20

segunda-feira, fevereiro 20, 2023

Stars at Noon - Paixão Misteriosa

Ora bem, depois de um maravilhoso jantar de sushi resolvemos ir ver este filme que ganhou o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes. É a segunda vez que vou ver um filme ganhador em Cannes e que quase me vomito de mau que é. Pretensão e água benta. Acho que nunca vi nada de tão pretensioso e pseudo-cool, na tradição dos filmes franceses pseudo-cool dos anos 70. As personagens não se aguentam, primeiro ao nível da construção cinematográfica estando mal estruturadas no propósito (se é suposto ser um thriller e ter mistério) e depois como conteúdo e enquanto elementos da narrativa (eu tive vontade de estrangular a  personagem principal de tão absurda que era). Bom, foi uma bela perda de tempo. Acho que a realizadora leu umas coisas sobre a Nicarágua e pensou "e se eu fizesse um filme com americanos na Nicarágua, porque sim?". Fujam!

7/20

segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Os espíritos de Inisherin

Se fosse há 15 anos atrás talvez eu não tivesse gostado nada deste filme. É cinema puro. Não há ali nada senão trabalho 
de ator. É tudo muito espartano, desde o número de personagens aos cenários. Mas há um propósito, o filme relata um evento numa ilha isolada na costa da Irlanda onde não se passa nada. O filme é quase sobre uma não coisa em termos de argumento, mas é muito forte em significado e em termos da análise à insularidade e ao efeito do isolamento de comunidades e das pessoas que as constituem. É uma comédia pelo trágico. É um filme cómico, mas pesado, duro e desconfortável. Não gostei do desconforto, mas gostei bastante. 

17/20

quarta-feira, janeiro 25, 2023

Babylon

Um filme com a Margot Robbie tem sempre um atrativo para mim. Não sabia muito bem o que ia ver, mas achei que merecia a pena. Tinha ar de comédia, passava-se nos loucos anos 20, tudo para correr bem. Na realidade correu. Gostei bastante do filme que é uma ode à história do cinema, mas também um relato da crueldade que é Hollywood desde o seu início, quando os filmes nem som tinham. A máquina de triturar pessoas esteve sempre presente desde o início. Os diferentes atores representam, de certa forma, estereótipos que já conhecemos e que vamos esquecendo. A esperança, o abuso, o preconceito, a recompensa, a miséria, a decepção, o êxtase. Essencialmente lembra-nos como a realidade é frágil e mutável. Nada é o que parece. 

16/20

terça-feira, janeiro 17, 2023

Os Fabelmans

Este filme é uma carta de amor do Steven Spielberg à sua família, como ele explica em viva voz no início do filme (ao jeito de nota introdutória). Penso que esse simples passo nos leva imediatamente para um estado de empatia para com o filme.

É um bom filme, é clássico. A Michelle Williams está estupenda como sempre (e o Paul Dano não fica atrás), mas não deixo de pensar que há algumas pontas mal resolvidas - como se necessitássemos de mais informação. A história do amor e desamor dentro da família é o mais importante (para mim) do filme o que deixa a paixão cinematográfica do personagem principal um pouco abandonada (pelo menos a meu ver).

Não amei o filme. Não acho que seja uma obra prima e talvez eu estivesse à espera disso. Mexe bastante conosco em momentos, é cómico de certa maneira, é trágico de certa maneira. Vale a pena ver não obstante. 

PS. Acho que usar um ator de olhos azuis (em criança) e outro de olhos castanhos (em adolescente) para o mesmo personagem é algo que podia ser evitado. Na minha cabeça retira realismo, distrai-me do filme. 

15/20

Glass Onion: Um Mistério Knives Out

Tendo adorado o filme Knives Out, estava com natural expectativa em ver o novo tomo. Ocorre que o novo tomo, apesar do brilhante elenco e do luxuoso cenário, não teve metade do mistério do primeiro e não teve propriamente reviravoltas surpreendentes - atrevo-me até a dizer que passamos dois terços do filme a encher chouriços. O final lá nos dá um certo ar de graça, mas mesmo assim não chega para fazer UAU, é mais um meh...

13/20