sexta-feira, março 09, 2018

Estarei a ser muito mesquinho?

Não gosto de ver as pessoas a pentearem-se no metro e a cortar as unhas das mãos no autocarro. No ginásio também não gosto de ver a cortar as unhas dos pés, e elas a saltar. Mas se há pessoas que fazem a barba e rapam a cabeça no balneário do ginásio porque não cortar também as unhas dos pés. Mas acho um bocado nojento pronto (em especial aquela parte em que com a ponta da tesoura, tiram material acumulado debaixo da unha). 

2 meses antes dos 44 anos

Aprendi finalmente como se escova os dentes. O meu odontologista com um molde e uma escova sentou-me a mim e ao namorado e explicou como se faz.  É difícil, já percebi porque é que a maioria da gente escova os dentes mal. 

Tristes verdades...


Lady Bird

A ler a sinopse pensei que o filme era bastante diferente, mas a realidade é que foi bastante bom. Gostei muito da personagem da mãe da jovem protagonista (uma adolescente sensível e emocionalmente intensa) que nos faz dar mais valor às nossas mães chatas e exigentes. Há sempre um outro lado de cada história.  O que mais gostei neste filme sobre um «coming of age» (parece que está na moda o tema) é a realismo dos personagens. Um classe média baixa americana, de pessoas com formação, mas com fracos recursos económicos e o desejo que conseguir mais e o esmagamento da vida de todos os dias. E no final de contas aquilo que pensamos querer pode não ser bem aquilo que mais valorizamos.

16/20

quinta-feira, março 08, 2018

Situações insólitas

A vir do ginásio, tendo aberto o sinal verde para peões, avancei pela passadeira. Um carro que já tinha passado com o sinal vermelho ficou de repente imobilizado no meio da passadeira. Olhei com um olhar de reprovação para o condutor (entre 25-30 anos) que fez contacto visual comigo, e sem desviar os olhos dos meus... tirou dois macacos do nariz. Comecei a rir-me. Se o que ele fez foi um quebra-gelo, resultou. 

quarta-feira, março 07, 2018

Socorro...

Como é possível alguém sentir-se tão esgotado apenas depois de três dias  após as ferias. Quero o fim de semana.

As pessoas conseguem ser tão pequenas

Neste preciso momento, a minha instituição está a passar por uma situação de tensão laboral complicada, por culpa de um decreto-lei que permite que 23 pessoas da instituição possam ser integradas com um vencimento superior (entre 60 a 80%) aos colegas que desempenham as mesmas funções. Em vez de atacarem a direcção e o Gabinete do Ministro (que é uma besta e não admite os seus erros) atacam os que agarraram a oportunidade de poder ganhar mais por  um período de 3 a 6 anos. É injusto? É. Mas baseado no que tenho ouvido das bocas de colegas acho que conseguia meter umas 100 pessoas pessoas no bolso de pequenas que estão a revelar-se.  

Estado de graça pós-férias

Durou 2 dias. Já tenho vontade de matar.

segunda-feira, março 05, 2018

O Jardim ser plágio de To Build A Home... tenho algo sério a dizer!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...


Eu gosto da canção O Jardim, mas adoro To Build a Home que até já mereceu um post aqui no blogue. Pode ser um bom sinal para a participação portuguesa, uma vez que o Salvador Sobral também foi vilipendiado da pior maneira antes de ganhar. Contudo, a canção da Cláudia Pascoal e Isaura (apesar de ser do melhor deste ano) não é tão maravilhosa como Amar Pelos Dois.

Já agora, se O Voo das Cegonhas tivesse sido cantada por uma voz forte como a da Sónia Tavares ou a da Manuela Azevedo seria a minha escolha para vencedora. Acho a Lili muito interessante, mas a voz totalmente errada para a música em que questão. Como música era a minha preferida, mas como canção já tive de ir para a opção O Jardim, uma vez que a canção Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada, se lhe tirarmos a Catarina Miranda, é morna e monótona. 

O Jardim venceu bem, dadas as insuficiências globais, ou seja:

O voo das cegonhas: grande música, intérprete errado
Para sorrir eu não preciso de nada: grande intérprete, música monótona
Só por ela: lindíssimo timbre do Peu Madureira, mas canção a sofrer de Sobral V2.0
Anda estragar-me os planos: poema/música/intérprete bons, mas desadequada ao certame
(sem título): linda letra e suavidade, mas a sofrer brutalmente de Sobral V2.0

Do resto do festival tenho a dizer que a Anabela, a Dora Fidalgo e o Diogo Piçarra foram as pessoas mais afinadas e profissionais de todo o festival em termos de interpretação. Um grande aplauso para a sua prestação vocal. 

Erros ortográficos

Escrevo no blogue em momentos rápidos de pausa no trabalho e na maioria das vezes não leio duas vezes o que escrevi. Logo, às vezes, há umas grandes patadas no português (porque a minha mente quando estou a escrever rápido é comandada basicamente pela fonética) e fico roxo de vergonha quando mais tarde vejo o que escrevi e passaram semanas. Assim agradeço que quem detecte me diga logo :)

quarta-feira, fevereiro 28, 2018

Eu acredito no Diogo Piçarra

Em primeiro lugar devo começar por dizer que não sou um fã. Gosto de duas músicas dele e já está (e não gosto mesmo nada do cabelo azeiteiro). Posto isto, quero prestar-lhe total solidariedade. Para mim, junto com a Dora Fidalgo e a Anabela, foi o mais profissional e afinado das semi. Achei a música que ele defendeu batida, mas ele foi irrepreensível na sua defesa. Tive a sensação de que já tinha ouvido aquela melodia milhares de vezes em outras canções. Às vezes é assim que somos traídos. Ouvimos algo que nos inspira e ao fazer diferente vamos colar-nos a um original que previamente serviu de inspiração.  Já vi acontecer com músicos com quem trabalhei. Há exemplos como o "mmmmmm" da canção Frozen da Madonna e uma canção belga, ou uma canção da Tanita Tikaram que é igual em acordes a uma música do Pedro Abrunhosa (duvido que ela saiba quem ele é). Também tive de dizer a um amigo artista plástico que o trabalho que ele estava a desenvolver era quase igual à arte da  capa de um álbum de uma cantora francesa de que gosto muito. Não chegamos a saber quem é o autor, mas no caso achamos extraordinário como duas pessoas a milhares de kms de distância podem ter tido uma ideia idêntica.

Agora factos. O Diogo Piçarra é um músico altamente popular a concorrer a um certame nacional que ficou debaixo do olho dos portugueses depois de uma vitória Internacional na eurovisão nunca antes obtida. Ninguém no auge da sua fama se arriscaria a perder a face e o momento com um plágio.

O que tenho lido online de jornalistas e comentadores de sofá e demais moralistas que, a meu ver, representam o pior da pseudo intelectualidade portuguesa fez-me interromper as férias  para escrever este texto. A cobardia adora uma presa fácil e o Diogo Piçarra é a presa fácil do momento. Tenho sentido muita vergonha alheia e garanto que não é por ele. Acrescento que acho aviltante compará-lo ao Tony Carreira. É intelectualmente desonesto fazê-lo. Mas fácil.

Para finalizar, espero que o Diogo siga com a sua vida, com a sua carreira e tenha estrutura para ultrapassar este incidente. Foi miúdo e ingénuo no tratamento do assunto, mas revelou muita classe ao retirar-se, da forma como o fez.  Volto a dizer que acredito que não plagiou e comigo nesta opinião estarão certamente pessoas com histórias de vida felizes,  jornalistas que não têm necessidade de protagonismo moralista, espectadores interessados sem instintos predadores e/ou justiceiros (e claro fãs "die hard" que acreditam só porque o adoram).

O Diogo Piçarra nunca irá ler este texto (se sim... Diogo, esse cabelo tem de ir tá bem?), mas fi-lo por mim, para daqui a uns anos olhar para trás e poder lembrar-me que me expressei contra os "linchadores snifadores de sangue de presas fáceis".

E agora de volta às ferias :)






quarta-feira, fevereiro 21, 2018

Linha Fantasma

Este filme brincou comigo até quase ao final. É um filme lento e quase tortuoso de se ver. Tive uma antipatia natural pelo personagem principal. E nos 10 minutos finais eis que é revelado o jogo mental a que fomos sujeitos. A capacidade e a incapacidade de sentir amor e as diferentes formas e manifestações do amor são o tema deste filme. Admiro a capacidade do Daniel Day Lewis de vestir personagens tão distintos. No filme o seu personagem é quase um não personagem, na medida em que é um dentro do outro. Parece confuso ao ser lido. O melhor é ver o filme. Confesso que tive momentos de grande antipatia pelo que estava a ver, mas os minutos finais alteram a perspectiva. Quase não gostei do filme e depois percebi que estava errado. 


15/20

Mais Pedro Paixão

O cigarro é a mais perfeita metáfora da vida, uma breve combustão consumida em cinzas.

Pedro paixão, «A Rapariga Errada»

terça-feira, fevereiro 20, 2018

Assino por baixo

by Wasted Rita

Nunca me tinham definido assim

«O Silvestre é um electrão livre». Assim me define o meu colega de física (tenho de ir ler uns livros para compreender a metáfora).

segunda-feira, fevereiro 19, 2018

A Hora mais Negra

Este filme biográfico pode quase ser reduzido, no interesse, à magistral interpretação de Gary Oldman que se transfigura graças a uma brilhante equipa de caracterização, mas fundamentalmente a um cuidadoso trabalho de pesquisa sobre postura e maneirismos. No que respeita a filmes políticos, já vi outros que me conseguiram fazer sentir a tensão de uma melhor forma, como se não soubesse o final da história. Não obstante, é um filme competente e uma boa ilustração da quente Primavera de 1940 quando o Reino Unido era ainda a única oposição credível a Hitler na Europa.

14/20

Once he was hot, now he is not...

Lembrei-me do Pedro Paixão que foi um triunfo literário nos anos 90. Nunca deixou de escrever, mas por alguma razão saiu do radar das pessoas, não porque ele tivesse mudado, mas porque talvez as pessoas sim (ou os críticos ou as editoras). Nunca tendo sido o meu escritor fetiche (como o Afonso Cruz), ele tinha frases verdadeiramente brilhantes. 

"Já não se pode fumar em nenhum lado. O desamor é bem mais devastador, e no entanto não é proibido."

Pedro Paixão

Paloma Faith

Paloma is back! Não exactamente por ter editado o álbum The Architect em Novembro de 2017, mas porque existe uma coerência sonora arquitectada em torno de estilos diferentes que constituem um produto homogéneo que é quase gráfico (o que pode ser comprovado nos vídeos dos dois primeiros singles do CD). Eu andava preguiçoso para ouvir o álbum, mas recebi um "empurrãozinho" do Adolescente Gay que me chamou a atenção para o terceiro single. Em baixo podem ouvir as três canções lançadas na rádio e que sabe desenvolver curiosidade para ouvir o álbum.  







O festival da canção 2018 foi..

Meh...


ps. chateou-me ser tudo pseudo brasileiro-jazz-delicado. a ver se a segunda meia final traz diversidade. Não queiramos ser o Sobral v2.0.