domingo, março 10, 2019

Can you ever forgive me?

Não sei sequer se este filme vai estrear em Portugal, mas é certo que a Melissa McCarthy mereceu totalmente a sua nomeação para óscar pela personificação da escritora Lee Israel que sobreviveu à decadência da sua carreira através de um esquema de falsificações de cartas de atores e atrizes famosas. O filme em si é um biopic fiel à autobiografia da escritora. Não é um filme vistoso porque é uma história feia sobre factos feios, mas está muito bem filmado e representado. A ver.

16/20

Crazy Rich Asians

É mais uma versão da história da Cinderella, ou seja, menina pobre conhece e apaixona-se por menino rico sem saber e a família do menino rico não aceita a menina pobre. Onde o filme ganha ponto é no facto de a história se basear no universo/estereótipos dos chineses milionários em Singapura. Merece, em algumas situações, gargalhadas sentidas e ainda tem o mérito de piscar o olho à alta costura e ao mundo do luxo. É uma história com nada de novo no seu âmago, mas contada de forma original graças ao universo de referência.

14/20

sábado, março 09, 2019

A Possessão de Hannah Grace

Diria que a montanha pariu um rato. É tão assustador como um açucareiro...vá, um açucareiro cheio de formigas. Talvez seja bom para apreciadores do género, mas nunca na realidade arrancou como deve de ser. E o argumento tem tantos buracos como um queijo suíço.

10/20


Smallfoot - Uma aventura gelada

Um mimo de filme. Às vezes penso que estes "feel good movies" não terão muito a acrescentar para lá de entretenimento familiar, não obstante, este filme teve alguns contornos bastante profundos e filosóficos sobre os instintos de sobrevivência e os efeitos das "não verdades" que não têm de necessariamente ser uma mentira e que por essa mesma razão são"branqueadas". Há aspectos muito enternecedores e outros bastante realistas e extrapoláveis para a nossa vida de todos os dias. Por isso mesmo foi uma alegria ver este filme. Acrescentou-me mais do que um simples entretenimento numa viagem de avião (já mencionei que detesto andar de avião?).

16/20

Beautiful Boy

Com tanto "hype" à volta deste filme, aproveitei uma viagem de avião para o ver. Para ser sincero não fiquei deslumbrado. Não que os atores até não estejam bem, mas a história (que ainda por cima é verídica) não me cativou. Talvez o problema seja meu, uma vez que tenho alguns anticorpos a histórias de dependência passadas ao cinema. Depois de um Trainspotting, tudo parece meio meh... Para quem gosta de este tipo de drama familiar valerá a pena.

Não obstante temos de dar um "high five" ao Steve Carell que esteve muito confortável num papel dramático, o que à partida não seria a sua praia. 

13/20

quarta-feira, fevereiro 27, 2019

A minha última descoberta musical (gosto tanto delaaaaa)



Jorja Smith - Don't watch me cry

(Pedi ao Torres o CD dela e já o tenho)

Tanto para actualizar neste blog e tão pouco tempo

Silvestreeeeeeeeeeeeeeeeeeeee que te tenho abandonado meu querido. Voltarei (não como a Dora, mas quase).

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Vingança a Sangue frio

Pelo trailer achei que iria ver um filme dramático com um forte pendor de acção e não um filme  de acção que é um drama na execução. A história tem tudo para dar certo, mas depois um conjunto de personagens muito secundárias sem nexo, cenas de acção que nunca chegam a "rebentar", algumas justificações de argumento só porque sim, tornam o filme um bocadinho insosso. Nem doce nem salgado, nem quente nem frio, etc. É tudo um pouco em lume brando e sem grande sabor.

Há algumas tentativas de humor negro (ao estilo de Tarantino) que também nunca concretizam muito bem, mas a cena final sim. 1 minuto antes do filme acabar. Riso. 


12/20


quarta-feira, janeiro 30, 2019

Green Book - Um guia para a vida

Este filme é uma dramatização da relação acidental entre o músico Don Shirley e Tony "Lip" Vallelonga, um guarda-costas de ascendência italiana que trabalhava no Copacabana Club. Estamos na época alta do segregação nos EUA e o primeiro contrata o segundo para ser seu motorista e guarda-costas na digressão que vai fazer pelos estados do sul. É uma biopic feito com cuidado e legítimo - de acordo com biógrafos oficiais.

A história é isso mesmo, passada e documentada, mas para nós expectadores creio que é uma lição de vida sobre humanização, sobre estabelecer pontes, sobre fazer do impossível possível quando ousamos pisar em território desconhecido. É uma bonita história de amizade, um triste (mas necessário) testemunho do racismo e uma visão positiva e bem disposta do que um homem pode ser quando se ultrapassa. Gostei muito.


17/20

Um homem já não pode mexer na braguilha?

Tenho uma colega que é, no mínimo, inconveniente. É daquelas pessoas que aparece sempre para se meter na conversa alheia porque está a ouvir tudo ou então a fazer reparos tontos sobre um aspectro físico. Hoje a sair da casa de banho ainda a apertar as braguilha, fui brindado com a pergunta «Então? O que é que se passa aí?» Desnecessário, no mínimo. 

sexta-feira, janeiro 25, 2019

Festival da Canção 2019

Estive a ouvir de manhã as músicas que estão a concurso e achei tudo um bocadinho mais do mesmo. Há uma falta de espetacularidade por parte dos portugueses que me deixa incomodado. Uma enorme falta e esforço para atingir um objectivo. O festival é o cliente, então a pergunta devia ser "que ritmos fariam uma música de qualidade que tem oportunidade de ganhar o festival com as suas condicionantes?". 

No ano do Salvador tivemos muita sorte. A Luísa a fazer o que faz sempre produziu uma coisa bonita, um acto de pop intemporal (português suave adaptado ao século XXI). Este ano há umas quantas música que se destacam na minha opinião e o resto podiam ser encaixotado na categoria "música portuguesa do costume", as vozes do costume e as melodias do costume da música ligeira contemporânea em Portugal. 

Aquelas que me encheram o ouvido foram: A dois (dos Calema), Telemóveis (Conan Osíris), Igual a Ti (NBC) e Pugna (Surma). 

A música dos Calema e do NBC são orelhudas, comerciais, pop regular contemporâneo, do que se vê nas tabelas de vendas. é pelo menos actual e cosmopolita (estrangeiros conseguem relacionar-se com as melodias porque estão habituados a elas). Já o Conan Osíris e a Surma oferecem dois objectos diferentes e intrigantes. São sem dúvida os meus favoritos porque são originais. Contudo, o primeiro faz-me sentir a Portugalidade tal como ela é (não aquela coisa fadista ou de alma que fica bem para nos vender lá fora como tranquilos e/ou deprimidos), mas sim a diversidade, o "melting pot" de culturas que desenbocarm neste canto ocidental da Europa desde os descobrimentos. O Conan Osíris, faz-me sentir Portugal na sua canção e uma nova geração muito metafórica nas palavras, que usa o curriqueiro (telemóveis) para expressar um sentimento não corriqueiro. O Andy Warhol fez também isto no passado, mas com a arte visual. 

Conan Osíris é estranho, mas pelo menos é fresco e original. Ah, e é português. Português contemporâneo e real. Ele é tão 2020. 


quinta-feira, janeiro 24, 2019

Nesta altura é que o muro americano deveria ter sido construído


Maria, Rainha dos Escoceses

Este filme é amargo, é claustrofóbico e não há nada a fazer quanto a um final infeliz. É o problema dos dramas históricos (também já sabíamos que o Titanic ia ao fundo no final). Creio que hoje tendemos a esquecer que em séculos passados a vida das mulheres era ainda mais complicada do que hoje. E em países com monarquias instáveis (por via das legitimidades de parentesco) como era o caso da Inglaterra e da Escócia, o poder era mantido com base na força, na intriga e na conspiração. Maria, foi uma vítima de circusntâncias infelizes e de uma corte dominada por homens, sem nenhuma que fosse seu protetor. Se a isto juntarmos movimentos religiosos da época entre prostestantes e católicos, temos a permanência de uma espada sobre a cabeça desta infeliz Rainha que finalmente acabou por cair. Enquanto Elizabeth foi tida como a Rainha Virgem, Maria foi tida como a Rainha Meretriz, um título que foi injusto. Entre a manipulação e as más decisões, Maria perdeu-se para sempre.

À parte da história e aqui com recurso a alguns artifícios narrativos, o filme procura trazer à tona o que significava ser mulher, e os eventuais sentimentos de fraternidade que poderiam existir entre mulheres na época. Apenas uma rainha solitário pderia compreender outra rainha na mesma situação. Se fosse protestante. Talvez o destino da Rainha dos escoceses pudesse ter sido diferente.  

16/20
 

Glass

O último filme da trilogia de M. Night Shyamalan começada com o protegido não é um mau final e deixa em aberto a possibilidade de poder haver uma sequela. De certa forma sinto que o realizador se tornou numa espécie de "Paulo Coelho do cinema", com histórias sobre superação pessoa, sobre o potencial humano e da vontade humana: A crítica não tem sido estupenda, mas não acho que esteja mal. Vê-se bem e levanta algumas questões engraçadas do ponto de vista existencial.  


14/20

segunda-feira, janeiro 14, 2019

Ou nadas ou afundas

«Ou nadas ou afundas» é uma comédia dramática que tem um título bastante feliz em português. É quase como uma metáfora para a vida. Um grupo de homens de meia idade com problemas diversos encontram o seu momento "divã de psicanálise" num grupo de natação sincronizada masculina. O filme é bastante previsível, mas não deixa por isso de ser um "feelgood movie" e há momentos que surpreendem na apresentação das diferentes camadas dos personagens. Às vezes uma pessoa só precisa de se sentir importante para alguém que importa. 

14/20

quarta-feira, janeiro 09, 2019

Chamem-me popular, mas...

Prefiro ter um Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, do que 100 Presidentes Aníbal Cavaco Silva. O mal dos portugueses é serem (em geral) pessoas pequeninas e cinzentas. Um "certo colorido" não é sinónimo de falta de competência. Politicamente e juridicamnete temos o Presidente mais bem preparado da nossa história. 

O Mistério de Silver Lake

O primeiro filme do ano foi um enorme BLHAC. Detesto filmes em que não fazem absolutamente sentido nenhum (no mau sentido). Alguém quis escrever um filme "neo noir" e falhou redondamente. Dizme que é uma comédia de suspense. O supense ok, aceito que esteja lá. A comédia, nem por sombras. Lembrar-me que vi este filme é daquelas alturas em que o arrependimento atinge. 

8/20

terça-feira, janeiro 08, 2019

Luis Filipe Vieira e Cristina Ferreira

Apesar de ser benfiquista nunca simpatizei com o Luís Filipe Vieira. Graças à curiosidade de ver o primeiro programa da Cristina Ferreira (culpem o hype à volta do assunto), acabei por ver uma grande entrevista (por parte dela) e ainda ter uma imagem bem diferente do Presidente do Benfica. Não há dúvida de que as pessoas são como cebolas e apenas temos a percepção social de algumas. Gostei de o conhecer e se isto continua a assim, todos os dias quando chegar a casa volto para trás com a Box para ver quem foi o grande entrevistado. 

Gosto da Cristina Ferreira (tenho vindo a gostar porque aprecio gente trabalhadora e que fala sem tabus) e gosto bem mais do Luís Filipe Vieira. E é isto. Que me façam gostar de muita gente. :) 




quarta-feira, janeiro 02, 2019

Frases que mais gostei em 2018

- Podia embrulhar milhares de presentes no teu papel de vítima.

- O sexo é como a comida. Todos a podem fazer, mas nem todos a sabem fazer saborosa.