quinta-feira, janeiro 24, 2019

Maria, Rainha dos Escoceses

Este filme é amargo, é claustrofóbico e não há nada a fazer quanto a um final infeliz. É o problema dos dramas históricos (também já sabíamos que o Titanic ia ao fundo no final). Creio que hoje tendemos a esquecer que em séculos passados a vida das mulheres era ainda mais complicada do que hoje. E em países com monarquias instáveis (por via das legitimidades de parentesco) como era o caso da Inglaterra e da Escócia, o poder era mantido com base na força, na intriga e na conspiração. Maria, foi uma vítima de circusntâncias infelizes e de uma corte dominada por homens, sem nenhuma que fosse seu protetor. Se a isto juntarmos movimentos religiosos da época entre prostestantes e católicos, temos a permanência de uma espada sobre a cabeça desta infeliz Rainha que finalmente acabou por cair. Enquanto Elizabeth foi tida como a Rainha Virgem, Maria foi tida como a Rainha Meretriz, um título que foi injusto. Entre a manipulação e as más decisões, Maria perdeu-se para sempre.

À parte da história e aqui com recurso a alguns artifícios narrativos, o filme procura trazer à tona o que significava ser mulher, e os eventuais sentimentos de fraternidade que poderiam existir entre mulheres na época. Apenas uma rainha solitário pderia compreender outra rainha na mesma situação. Se fosse protestante. Talvez o destino da Rainha dos escoceses pudesse ter sido diferente.  

16/20
 

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