Faz hoje 25 anos que o meu pai morreu. Lembrei-me porque se estava a falar da morte do pai de um colega e de repente percebi que hoje é dia 12 de dezembro. Quando fez 7 anos sobre a morte dele fiquei muito afetado, porque achei que tinha passado demasiado tempo sem o ter por perto. Depois a sabedoria da idade instalou-se, é quando percebemos que a pessoa vive, literalmente, em nós. E que tanto de nós é parte viva da pessoa que perdemos. O meu pai vive comigo e através de mim todos os dias. Não são apenas as memórias, é também a personalidade, as pequenas coisas que fui ganhando à sua semelhança. Quando era mais pequeno, nunca imaginei que acabaria tão parecido a ele em tantas coisas. Fisicamente temos zero parecenças (sou igual à minha mãe, com cabelo rapado e barba), mas já o feitio é cada dia mais o Zé António. A única coisa que me apraz dizer 25 anos depois é "Pai, continuamos todos bem. A mãe está feliz comigo e com o mano e há muito amor entre todos."
1 comentário:
Deixo te um abraço com amizade
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