Dia 15 será o primeiro dia do resto da minha vida profissional. Diz-se que não devemos voltar onde não fomos felizes, mas eu volto. Volto porque já não sou a pessoa que era quando saí de lá há 3 anos. As minhas prioridades alteraram e a forma de ver o mundo também. Com esta história da Isabel percebi que ali tenho uma "família" e que não deixei de fazer parte dela.
Volto a um sítio onde já sei quais são os problemas e, entretanto, descobri um modo de lidar com eles de forma estável. Não ganho mais nem menos e ainda vou poder ter tempo livre para trabalhar para organizações internacionais em regime de voluntariado. Percebi que também não almejo a ser rico, o que tenho é muito confortável e não preciso de voltar a esganar-me mais para ter mais ordenado ou subir na carreira. O efeito aproximação dos 50 anos começa a fazer-se sentir.
2 comentários:
Como dizia alguém algures: "a idade é um posto". E serve todos os significados: 1) graduação (autoridade, leia-se), 2) lugar de "atendimento" (ou dito de outro modo, situação de "aconselhamento", seja lá sobre o que for), e não menos importante, 3) um pacto com a própria vida, ou melhor com o que já passou (nada de retornar os esqueletos à vida) e, por outro lado, melhorar as peripécias do presente. Excelentíssimo Silvestre, saiba que a idade pode ser um posto, mas um posto nunca pode ter uma idade. Quiçá a idade não seja um posto mas uma aglomeração de idades (imagine-se: 18 anos de perspetiva mental, 300 anos de experiência relacional, 1.000 anos de teoria política e mester quotidiano, 40 anos de saúde física, 2 semanas e 3 dias de paciência para ignominosas "fontes" de estupidez, e podia continuar...)
Gostei muito desta ideia "Quiçá a idade não seja um posto mas uma aglomeração de idades"
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