segunda-feira, dezembro 22, 2025

O outro blogue

O tempo foi passando, a vida acontecendo, e nem reparei na falta de amor que tenho dado ao outro blogue onde não faço posts desde julho de 2024. Tenho de mudar isto. primeiro foi por causa daquilo, depois foi por causa de aqueloutro e assim passou mais de um ano. 

Richard Siken

You want a better story. Who wouldn’t?
Someone has to leave first.
This is a very old story.
There is no other version of this story.
We are all going forward. None of us are going back.
Are you there, sweetheart? Do you know me?
This time everyone has the best intentions. You have cancer.
And then the question behind every question: What happens next?
Leave the gun on the table, this has nothing to do with happiness.
There is no way to make this story interesting.
Knot the tie and go to work. Unknot the tie and go to sleep.
I know history. There are many names in history
but none of them are ours.
In a word, in a phrase, it's a movie, you're the star,
So smile for the camera, it's your big scene,
you know your lines.
Let's just get going, let's just get gone.

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O’Neill, 
Há palavras que nos beijam (excerto)

Tatuagens

Foi uma experiência muito gratificante a tarde de ontem e não me arrependo nada de ter feito as quatro tatuagens ao mesmo tempo. A tatuadora foi muito empática com a história por trás de cada uma delas e foi muito focada para dar-me exatamente o que pretendia desde que as imaginei. Estou muito feliz com o resultado. 

domingo, dezembro 21, 2025

Dopamina lenta

Acordar às 9.30 e ficar no sofá até às 12.30 a ler o meu livro - com o gato sobre o peito. Ir ao gym depois, de seguida para casa da mãe, passar a tarde com ela, ir fazer umas compras de Natal e voltar para casa. Jantar e voltar a ler o meu livro com o Limão sobre o peito. Ver uma sitcom. Ir dormir em paz, sentindo como isto é bom. 

O facebook está out, mas...

Como rede social stricto sensu é provável que o Facebook esteja out... mas… a rede é usada por muitas mulheres 40+ com interesses culinários diversos e eu estou a seguir uns 20 grupos de receitas desde os pratos mais pecaminosos da cozinha tradicional portuguesa às refeições proteicas low carb mais fit do mercado. Viva o Facebook e o seu universo gastronómico. 

Primeira nota

17. 

sexta-feira, dezembro 19, 2025

Esta canção é um hino para mim

 

Constant Craving - k.d. Lang

 Even through the darkest phase
Be it thick or thin
Always someone marches brave
Here beneath my skin

And constant craving
Has always been

Maybe a great magnet pulls
All souls to what's true
Or maybe it is life itself
That feeds wisdom to its youth

Constant craving
Has always been

Prenda

Um amigo da Sicília ofereceu-me um limão que ele mesmo fez em cerâmica - por causa do meu gato. Meti na árvore de Natal. Foi um detalhe fofo. O Pandoro Cioccolato é que não era preciso, mas vai saber-me muito bem. 

quarta-feira, dezembro 17, 2025

Best gift ever

Se querem receber um bom presente de Natal do trabalho dos empregadores, façam com que o instituto público onde trabalham seja extinto. A fasquia estava muito baixa, mas receber um saco premium com um vinho, um queijo, biscoitos e ainda um pote de doce, é mesmo algo que não estava à espera. Fui surpreendido. Foi mesmo o canto do cisne.

Já dizia o George Michael

Strange baby, don't you think I'm looking older? But something good has happened to me. These are wasted days without affection, I'm not that foolish anymore.

Já dizia a Annie lennox

Every day I write the list of reasons why I still believe they do exist - a thousand beautiful things.

terça-feira, dezembro 16, 2025

Já dizia o Rui Veloso

Contigo aprendi uma grande lição, não se ama alguém que não ouve a mesma canção.

Zero

Ainda não comprei um único presente. Este ano estou potente.

domingo, dezembro 14, 2025

Paz

Passei todo o dia com a família da Irantzu. Visitei o lugar na montanha, um sítio pacífico, onde está a maioria das suas cinzas. Fiquei a saber onde estão as restantes e encheu-me o coração. Eu sabia que a vinda a Bilbao ia ser importante, contudo nunca pensei que acabasse por ser desta forma. A mãe da Irantzu é uma mulher extraordinária, que tem feito um caminho extraordinário após a morte da filha (o maior ser de luz que conheci). O que ouvi aqui hoje, o que partilhamos, só espero conseguir assimilar tudo e integrar na minha vida. Há pessoas que são lições completas e eu sou um aprendiz. As pessoas que me fazem sentir verdadeiramente humilde, pessoas que são amor na sua matriz, que procuram o saber sem ter medo da sua ignorância, que não têm medo de olhar para dentro de si e descobrir o que têm de enfrentar sobre si, que têm a vida a viver através de si. Hoje fui um menino pequeno em admiração profunda por pessoas que são realmente especiais. Saio de Bilbao cheio de paz.

sábado, dezembro 13, 2025

Bilbao

Hoje o dia começou um pouco estranho, cheguei cedo, almocei, vim para o hotel e dormi um bocadinho. Depois estava-me a custar arrancar para sair sozinho, não viajava sozinho para fora de PT há mais de 2 anos e estava meio sem saber como me organizar. Depois decidi sair e ir direto ao Guggenheim (que é um lugar que adoro). Lá, percebi que não estava confortável a tirar fotografias a mim mesmo. Senti-me parvo a tirar selfies e desisti à terceira. Mas comecei a tirar fotos muito bonitas do museu e animei-me. Depois andei pela cidade a pé, pelo centro antigo, e aí comecei a sentir-me realmente feliz. Tirei os phones e comecei a cantar músicas memorizadas de que gosto. Ao entardecer o rio estava muito bonito - com as luzes da cidade refletidas na água - e eu estava de peito cheio. Aí sim, a cruzar um praça com uma árvore de natal rosa escuro tirei uma selfie de que gostei mesmo muito e que podia ser a imagem da frase "a melhor maneira de viajar é sentir" de Fernando Pessoa. Vim jantar e meti-me a trabalhar para o PhD. Amanhã vai ser o dia passado com a família da minha amiga e vou visitar o local onde ela jaz. Vai ser muito emocionante, mas foi isto que vim cá fazer e vou poder tatuar a frase que ela me disse em 2006 - sobre mim - com a caligrafia dela. Vai ser muito especial. 

Bilbao fez-me ver hoje - longe do meu ambiente natural - como o que mudou desde julho está sólido e como isso acabou por puxar ainda mais mudanças que me fazem ter uma abordagem diferente face à vida de todos os dias. O que não mudou foi o meu gosto por Polvorones (um doce espanhol de natal), comi logo quatro de seguida. 

Coisas boas II

Passaram 15 anos. O dia deu-me mais um reencontro. A alegria que sinto depois destas horas juntos é enorme porque me lembro perfeitamente de onde esta pessoa estava emocionalmente quando nos distanciamos. Foi através de caminhos tortuosos que encontrou um sentido de propósito, mas o que me interessa é que o vejo num lugar bom, com um grande potencial de ser feliz. Tem finalmente uma família inteira, aquela que eu sempre achei que tinha, mas a descoberta precisava de ser no tempo dele. 15 anos depois ali estivemos os dois, com muito trabalho realizado por ambos em psicoterapia, a falar do que aprendemos do passado, do que é o nosso presente, e do que esperamos do futuro. Foi brilhante.

sexta-feira, dezembro 12, 2025

Coisas boas

Tenho uma amiga que estar com ela é como ser tocado por dias solarengos de Primavera. Hoje almoçamos e vim cheio de sol para o trabalho. 

Perdi o medo

Perdi o medo de rapar a cabeça com a Gillette. Já não era sem tempo.

Sociedade líquida

Zygmunt Bauman foi um sociólogo polaco (considerado um pessimista há 40 anos atrás) que no âmbito dos seus estudos sobre a pós-modernidade, cunhou em 2000 o conceito de "Modernidade líquida" que designa o estádio das sociedades desenvolvidas na transição do século XX para o XXI. 

As sociedades líquidas são a configuração social da nossa época, caracterizadas pelo vitória da fluidez (como os líquidos). Assim, tudo tem um carácter precário, transitório, permeável e pouco seguro. Esta condição atravessa todas as dimensões da nossa sociedade, tanto estruturais como superestruturais, tanto no plano material e económico, como no plano da vida afetiva e intelectual.

As relações humanas, neste modelo, são frágeis. Bauman usa o termo “conexão” por oposição a relacionamento, deseja-se o que pode ser acumulado em maior número, mas com superficialidade suficiente para se desligar a qualquer momento. Conexões de amizade e amor podem a qualquer momento ser desfeitas. 

As redes sociais amplificaram este processo, propiciam a  relação pseudoamorosa e a pseudoamizade. Procuram-se relações que resultam em prazer para o indivíduo (a qualquer custo) as pessoas passam a ter valor de "objeto". O número de conexões é motivo de ostentação e de satisfação pessoal.

O sexo também se reduziu a mero objeto de prazer. Nas "sociedades sólidas" o sexo tinha transitado para uma forma de partilha de emoções, de amor, símbolo de confiança entre duas pessoas. Na modernidade líquida, o sexo é mero instrumento de prazer e não deve ser medido qualitativamente, mas quantitativamente, pela quantidade de pessoas "bem cotadas" nas redes (objeto de desejo de consumo por corresponderem a modelos valorizados socialmente) com que um indivíduo consegue relacionar-se. 

Outro aspeto importante (talvez o mais importante) é o consumo. Existe todo um aparelho para que o capitalismo consiga progredir desenfreadamente por meio do consumo irracional. Há um fetiche pelo consumo, criou-se um fetiche pelas marcas, por estilos de vida "cool", por ideias e corpos modelo (que na realidade são modelos de marketing estudados para nos "enganchar"). 

O consumo e o status na sociedade líquida têm uma carga simbólica muito mais forte do que alguma vez existiu em outro modelo social. O sujeito torna-se naquilo que consome e a sua identidade depende da ostentação desse consumo. A mercantilização é total, não só dos produtos, mas das pessoas e dos afetos. É a modernidade liquida a acontecer. O que era pessimismo há 40 anos atrás, aconteceu. E nós fazemos parte.

quarta-feira, dezembro 10, 2025

Joy Crookes


Brave - Joy Crookes

terça-feira, dezembro 09, 2025

Rumi

"Try not to resist the changes that come your way. Instead, let life live through you».

O Phill

O Phill é um amigo escocês, conheci-o através do meu extinto perfil do Instagram (o tal onde eu me expunha bastante fisicamente). Ele começou a comentar as minhas stories não pelo corpo, mas pelo humor e passou a seguir-me. Ele comentava as stories que envolviam graças, trocadilhos, escárnios e, de facto, temos sentidos de humor muito parecidos. Isto aconteceu há cerca de 8 anos. 

O Phill é uma pessoa diferente, o tipo de diferente que eu gosto. Mora nas montanhas escocesas, um pouco isolado e a família tem um negócio de criação de ovelhas. Quando o pai morreu, o Phill teve de colocar vários sonhos de lado - esquecer a sua existência enquanto homem gay -  e assumir um negócio duro, que nem a mãe ou a irmã poderiam sustentar. Às vezes pergunto-me se é isso que torna o Phill tão especial, essa simplicidade campestre, a ausência de pessoas que contaminam. 

Tem uma vida dura, mas está sempre bem disposto e tem sempre uma palavra carinhosa. Eu digo ao Phill que ele é "my pill of joy". Não há uma única conversa ou situação menos boa em que ele não esteja lá a reforçar-me positivamente e a mostrar o que de bom há para alcançar nesta vida e que ele tem fé em mim. A amizade (e até o amor) trata-se disto de fé, de nós acreditarmos no outro com o corpo inteiro. Eu nunca conheci o Phill ao vivo, mas partilhamos um carinho mútuo muito grande, partilhamos coisas importantes ou fazemos piadas politicamente incorretas (como as que fizemos hoje com o funeral da tia do pai dele que morreu aos 103 anos e bebia muito whisky). 

Nas dificuldades de há bem pouco tempo lá esteve o Phill com a sua fé em mim "You got this Sports, remember you are amazing. I am always here for you to remind you. Message me anytime ok?". E claro que não lhe mando mensagens a qualquer hora, porque acho que quem se deita às 22h para começar a trabalhar às 4h da manhã e (seguir até às 19/20h) tem mais que fazer. Mas fico a admirar todas as maravilhosas fotos que ele posta das paisagens onde vive (em especial agora, no rigoroso inverno escocês) e as maravilhosas fotos das ovelhas. Se lhe pergunto como ele está, já sei que a resposta vai ser que está tudo bem (mesmo quando ele e o cão foram atacados por um exame de vespas, disse que a dor passava em 3 ou 4 dias). 

O Phill é um homem das montanhas, um bom homem, rústico, doce e divertido. Eu gosto muito dele, ele inspira-me e faz-me querer ser melhor. É disto que precisamos, boas referências. 

PS. Rosseau dizia que o ser humano é invariavelmente puro, assim nasce e depois é corrompido pela sociedade (em graus diferentes) mediante as suas interações. Acho que grande parte da boa índole do Phill vem daí, do relativo isolamento em que vive. Ou se calhar não, mas seja como for nada muda o que escrevi antes. 

Nightingale



The nightingale - Julee Cruise

Conquistas alheias

Sou o tipo de pessoa que fica muito feliz pelas conquistas dos outros. Primeiro porque acho que pessoas felizes não fazem mal a ninguém e depois porque a felicidade alheia, funciona um pouco como o nosso farol de esperança; cria precedentes, probabilidades e faz-nos acreditar que também pode acontecer connosco, porque existe e acontece a alguém.  

Quanto a mim, percebo que a felicidade e as coisas tranquilas andam de mãos dadas, não é uma vida de êxtase e de excitação que a transporta. Os momentos simples, a paz de espírito, a gratidão pelas coisas perenes e quotidianas, o foco no presente, a conexão com os outros (pessoas de bem consigo mesmos que inspiram) e a leveza de se apreciar o que já se tem.

Li num blogue que sigo, que o autor tinha encontrado uma pessoa e ele, que normalmente tem um discurso pessimista/defensivo, tinha outro tom na escrita: esperançado, vulnerável. Achei aquilo tão bonito, a transformação pelo ato de sermos alvos de amor por um terceiro. E dei por mim a torcer por ele, como se fosse por mim. Quero muito que a história dele seja de sucesso porque o que precisamos para bem suceder são bons exemplos.

Amigos

Hoje cozinhei o jantar para duas amigas. Acho que há algo de verdadeiramente bonito no ato de alimentar alguém. Fiz uma rosca de presunto e queijo para entrada e um arroz de atum com canela para prato principal, elas trouxeram um cheesecake basco maravilhoso para sobremesa. Voaram 4h de conversa sem se dar por isso. Nada há como amizades tranquilas e lugares seguros. 

domingo, dezembro 07, 2025

O que faz um homem solteiro num domingo?


Este homem solteiro faz pão de mistura à mão (e aproveita para ler um livro que não seja de estudo).

Do quintal do meu irmão

 Adoro romãs e estas são especiais. 

sábado, dezembro 06, 2025

Diziam escritores e poetas

"A melhor maneira de viajar é sentir (...) As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos." Fernando Pessoa

"É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com Sol onde primeiramente a chuva caía." José Saramago

"Muda de vida se há vida em ti a latejar" António Variações

Viajar é também a melhor maneira de sentir e de mudar de vida; por conseguinte,  começo o ano com duas viagens à bela Madeira e à bela Roma. 

sexta-feira, dezembro 05, 2025

quinta-feira, dezembro 04, 2025

Desde as 7am

Desde as 7am a estudar para o PhD com o gato no colo a ronronar, o que sempre ajuda. Começou oficialmente a época das avaliações e só quero "sobreviver" ao semestre. Não estou preocupado com grandes notas, estou preocupado com ter positiva e bastará por agora. Não obstante o tempo necessário para estudo, acho que este fds começo a ler 'O fio da navalha'.

Run



Mer girl - Madonna

quarta-feira, dezembro 03, 2025

Família

Esta semana, a minha mãe ficou semiautónoma, o que me me permitiu voltar à minha casa, voltar ao escritório, retomar algumas das minhas rotinas. O início deste processo foi "tirado a ferros", na primeira semana eu e o meu irmão estávamos constantemente a apontar à jugular um do outro. Foi pesado para todos, em especial para a minha mãe, mas devido a acontecimentos na vida pessoal estava (ele) muito cansado e eu mentalmente fragilizado. Mas o objetivo era cuidar da nossa "raiz" (a mãe) e no final da primeira semana começamos a trabalhar em conjunto. Há muito tempo que não tínhamos - todos - convívio diário, mais precisamente desde 2002 - ano em que ambos saímos de casa dos pais. 

Este processo de cura da nossa mãe foi também um processo de cura para nós. Ao fim de um mês, eu sinto-me visto pelo meu irmão, ele sente-se visto por mim, a minha mãe sente-se vista por nós e nós sentimos que ela nos vê. Construímo-nos de volta em conjunto, como família, do mais raso que estivemos em muitos anos, cada um pelos seus motivos.

Estamos unidos como já não estávamos há muito tempo, ou talvez mais do que alguma vez estivemos. Estou em crer que isto só é possível porque a minha mãe nos mostrou ao longo da vida o que é amor saudável, temos exemplo, e quando tudo corre mal só temos de pensar nesses exemplos e fazer um "reset ao sistema". E acreditamos de volta. Dizer que a minha família é unida, que nos amamos, não são palavras da boca para fora. Não é performance, como vejo em tantos 'amo-te' e 'adoro-te'. E isso dá uma enorme estabilidade.

Numa altura em que felizmente "as nuvens aliviam", o balanço a fazer é o de que lutamos uns pelos outros. Contudo, para mim o mais impressionante foi ter o meu irmão a lutar por mim, a agarrar-me ativamente. Ocorre-me que estivemos assim, os três, quando o meu pai morreu em 1998, mais gentis, mais pacientes, mais cuidadores, a fazer com tudo conte.  Mas no cerne, está sempre a senhora de 1.52m, que se faz gigante quando se trata de amar os seus e de lhes ensinar o amor. 

Vibração

Algo mudou. 

Um dia bom

Ontem o clima esteve feio, mas foi um dia bom apesar de chuva. Tive boas interações, produzi e abri novos horizontes. Além disso senti-me confiante. Fazia muito tempo que não me sentia confiante, claro que tudo é um processo, ainda para mais depois de um período longo de negatividade. Mas de novo sinto-me com altura.

segunda-feira, dezembro 01, 2025

Árvore de Natal feita

A minha "monstra" está finalmente montada. Quis tanto ter esta árvore e este ano não lhe dei o que ela precisa para estar no seu maior esplendor. Eu sei o que faltou, mas quem sabe para o ano.

De qualquer forma, já é natal aqui em casa.

O agente secreto

Estava desejoso de ver este filme desde que estreou, mas a montanha acabou por parir uma capivara - não foi assim tão mau para parir um rato, mas deixou um bocado a desejar. Claro que depois do sucesso do 'Ainda estou aqui' e com a proliferação da extrema direita um pouco por todo o mundo, filmes que relatem o fascismo e a crueldade das ditaduras acabam por ser favorecidos (mesmo que inconscientemente).

O Wagner Moura esteve muito bem e Tânia Maria (essa late bloomer na atuação) também comandou as tropas como uma campeã. A fotografia do filme é muito bonita e a história poderia ser muito boa, mas o filme perdeu (a meu ver) o sentido narrativo a dada altura. Acho que a história tem alguns pontos descosidos e há um "gore" desnecessário a dada altura.

Acho que o filme é uma peça muito interessante para se perceber o ADN da cultura brasileira e de uma certa "brasilidade" no seu melhor e no seu pior. Do filme retirei mais o sumo da maldade e da bondade que pode existir no brasileiro do que o sumo da historia em si. É quase como que os personagens fossem 'ideais tipo' (no sentido Weberiano do tempo) que passam a essência do grupo que representam mais do que a coerência da narrativa. 

14/20