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quarta-feira, agosto 25, 2021

A roda gira

Hoje vou fotografar um rapaz que me disse gostar muito do tipo de fotos que apresento no Instagram. Estou contente porque ele tem tido problemas de autoestima e eu acho que todas as pessoas podem ficar bonitas em fotografia. Este primeiro dia será mais um reconhecimento, aprender os ângulos dele, perder as inibições. espero conseguir produzir um efeito positivo e no final tirar grandes fotos.

terça-feira, dezembro 29, 2020

Psicoterapia da baixa autoestima

1. Autoaceitação: uma postura positiva com relação a si mesmo como pessoa. Inclui elementos como estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, respeito a si próprio, ser "um consigo mesmo" e se sentir em casa no próprio corpo; 

2. Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho. Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, de fazê-lo bem, de conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de algo;
 
3. Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contatos. Inclui saber lidar com outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reações flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos, saber regular a distância-proximidade com outras pessoas;
 
4. Rede social: estar ligado a uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma relação satisfatória com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.
 
É logico que o exercício consciente sobre as emoções, sentimentos, sensações, necessidades corporais e psíquicas, o cuidar de e o respeito por si mesmo, não são processos rasos. É um diálogo de discussão e ajustamento do próprio consigo mesmo. Nesse diálogo, o questionamento do positivo e do negativo, a duvida e a resposta à dúvida, são elementos salutares. 

sexta-feira, novembro 23, 2018

Direito à Opinião?

Li um no Facebook de um amigo uma partilha de um post de um jornalista gay que falava sobre a tirania do corpo no mundo gay, e que isso era ainda mais terrível nas apps de encontros. O argumento era de que era terrível para um gay que já é discriminado na sociedade ainda ser discriminado por causa do corpo. E invocava exemplos como o de lhe dizerem que até era bonito, mas era muito gordo e por isso não era atraente o suficiente. 

Na realidade, por muito duro que seja, acho que toda a gente tem direito à sua opinião. E se pessoas musculosas só querem pessoas idênticas a si, estão no seu direito. Se pessoas magras só querem pessoas magras e pessoas gordas só querem pessoas gordas, estão no seu direito.

Por outro lado, acho que quem se submete a este tipo de exposição (em apps) tem de estar preparado para o facto de ser avaliado e da avaliação (sempre subjetiva) não ser positiva e ir de encontro às suas expectativas. 

Todas as pessoas têm a sua zona de gosto. Acho que é um facto que deve de ser aceite sem drama. Eu gosto de carros com cor, agora mesmo comprei um no mínimo "vistoso", com uma cor que a maioria das pessoas detesta. Isso não me demove minimamente. Não é porque falamos de pessoas que temos de fingir que os gostos existem. Quando se fala de sexo a avaliação é puramente imagética. Logo, é natural que a pessoa seja julgada com base nisso. Não há que fazer drama sobre o assunto. 

Lembro-me de um caso de há anos trás (cerca de 2003) em que uma miúda muito gira se apaixonou por um rapaz que achava muito feio. A questão é que ela o conheceu, e adorou tudo no que ele era como pessoa. Muitos anos de casados e dois filhos depois. Ela continua a ter a mesma opinião. Fisicamente acha-o feio. Mas tudo o resto é o melhor que já conheceu. E ele aceita perfeitamente que a mulher o ache feio. Ele não se esgota na aparência física. 

Fechando o círculo, tudo me leva a crer que quem arranja um drama enorme porque alguém o acha feio ou pouco desejável fisicamente, ainda não percebeu que não se esgota no físico e provavelmente tem pouca autoestima. No final, ninguém é responsável pela autoestima dos outros, é uma dimensão pessoal que tem de ser alicerçada no próprio. Se ela é construída pela validação externa é falsa e frágil. A autoconfiança também não pode ser construída na validação externa.

Não existem vítimas. Se decidirmos que não somos vítimas. E se aceitarmos quem somos com um sorriso rasgado e a “cagar” para a opinião dos demais, somos eminentemente felizes. Eu determino-me a mim próprio. Não deixo que uma opinião externa me determine, para mim é apenas uma opinião. Para mim resulta.