sexta-feira, abril 06, 2018

A propósito do post anterior


Um dos momentos altos do álbum é esta música. 

Kylie Minogue - Golden



Um amigo fã da Kylie (como eu, em certa medida) tinha acabado de ouvir o novo CD dela e disse que não estava nada impressionado, antes pelo contrário e que pelo menos 4 músicas deveriam desaparecer, assim como o tom country do álbum. Tive de ir ouvir o CD também, até porque não tinha ficado muito impressionado com os dois primeiros singles, para poder expressar uma opinião que, pensava, viria a ser muito idêntica à dele.

Foi exactamente o contrário. De repente é o álbum que mais gosto da Kylie. Nunca consegui ouvir um álbum inteiro dela, gosto muito das canções, mas levar com pop pastilha elástica feliz durante uma hora é excessivo.

Pela primeira vez vejo a Kylie a ser pessoal e a ter algo de íntimo para dizer e não creio que isso fosse compatível com o estilo de disco pop que faz. Não é negligenciável que ela seja uma mulher que mesmo quando teve cancro, voltou com um álbum todo feliz sempre sobre dançar e namorados. Zero sobre sentimentos pessoais.

Não obstante, ela agora é uma mulher de 50 anos agora que teve um esgotamento depois de ter visto a sua última hipótese de se tornar uma mãe num relacionamento estável a ir pelos ares. Nitidamente este álbum é sobre uma mulher que se sente no "fim de tarde" da sua vida. Ela precisa de “ruminar” sobre o assunto e foi o que fez. O tom country do álbum, para mim, é natural (e eu odeio country) porque é pessoal, porque representa aqueles momentos musicais em torno de uma fogueira no meio do nada onde se compartilha a vida, memórias, vulnerabilidades, etc.

Os críticos dizem que está a tentar demasiado ser algo diferente, ter conteúdo, o contrário diria eu, pela primeira vez ela não está a tentar nada. Está apenas a mostrar outra camada (ou a camada) dos seus sentimentos. E por isso, faz também sentido que as faixas mais " tipicamente Kylie” sejam bónus na versão deluxe.

O álbum é incrivelmente coeso e fico feliz ao ver que ela também tem uma alma para partilhar. Eu adoro a Kylie pastilha elástica, nada de equívocos quanto a isso. Mas ela nunca nos deu introspecção ou sentimentos pessoais e ninguém passa pela vida sem se deixar tocar por nada, sempre feliz e romântica. Isso é que é falso (não o tema country do álbum). Este álbum torna-a completa aos meus olhos. Finalmente ela faz sentido, como um todo, como mulher. Ela não tem 19 anos, tem 50. E é sexy e está no controle da sua vida e está a reagrupar-se e está a revelar introspecção e maturidade e está a reencontrar o seu "eu" e, usando as palavras do primeiro single «when she goes out, she will go out dancing». Vou ouvir este álbum muitas vezes.

quinta-feira, abril 05, 2018

terça-feira, abril 03, 2018

O primeiro êxito a solo da Sia



Estávamos em 2000 e este single chegou a número 10 na tabela inglesa. Depois disto, o mais próximo que esteve de um êxito foi com a (estupenda) canção «Breathe Me» que ficou conhecida pela série Sete Palmos de Terra (ainda mais estupenda). Em 2011 graças a uma colaboração ad hoc com o DJ David Guetta (Titanium) ficou internacionalmente conhecida e o resto é história. 

Acho que vale a pena ver o que ela andou a fazer antes da fama. Tem canções mesmo muito boa, em especial a fase acústica-electrónica. 

Li algures

O mundo devia ter mais loucos... uns pelos outros.

segunda-feira, abril 02, 2018

Um dos melhores vídeos musicais que vi nos últimos tempos.



O título «tu embelezas-me a vida» diz tudo. O facto de ter actores/casais mais velhos acrescenta esta ideia de que o amor não é privilégio da juventude física, mas sim dos jovens de coração. E por falar em coração, esta canção aquece-me o meu. 

Ready Player One: Jogador 1

Não sei se estamos a assistir, de novo, a um Steven Spielberg na sua melhor forma, mas pelos menos o realizador volta a ser relevante, ao oferecer um filme tecnologicamente muito avançado e sem perder a noção de drama. O grande problema das grandes produções de estúdio é que são feitas segundo as mesmas receitas para um entretenimento fácil e de curta memória. Emoções fast food. É aqui que entra toda a sua experiência na direcção de histórias. Nada acontece sem um propósito e sem que esteja ancorado num contexto dramático, com um fio condutor credível (dentro do género). Há emoção, há acção, há humor e o filme não pesa. É leve para os arejados de espírito, mas também semeia ideias provocadoras para os mais densos de pensamento. Equilibrado, portanto.

16/20

Wonderstruck: O Museu das Maravilhas

Este filme deixou-me muito confuso quanto à minha opinião. a razão que me levou a ir vê-lo foi o realizador  Todd Haynes e a actriz Julianne Moore. Para mim seriam suficientes para uma receita vencedora. Não obstante, chego ao final do filme e posso dizer que gostei da história (de certa forma enternece o coração), mas não gostei de como o filme foi filmado. A opção para contar a história foi é um exemplo de como a criatividade pode também ser a mais. Percebo os jogos de época e as filmagens que se confundem com a própria história do cinema em  termos imagéticos e sonoros, mas distrai da história. Muito mesmo. Sendo assim, fico sem saber muito bem o que dizer. 

12/20

sexta-feira, março 23, 2018

Não é por nada, mas tenho pouco jeito para a poesia.


Amo-te nesta ideia lucífuga de abandono,
Perdido nas tuas diagonais velozes e esquivas. 
Não há avenidas sem destino no teu corpo.
Nada é anterior aos meus dedos cosidos à tua pele,
O mapa de todos os caminhos do mundo.
Provocas-me. Obrigas-me a restituição de sorrisos 
No memorial subterrâneo das nossas vidas.
Amo-te nesta ideia lucífuga de abandono,
Com a força dos homens não iniciados.

quinta-feira, março 22, 2018

Verdades

You will know your path by the fun of it.
by Abraham Hicks

quarta-feira, março 21, 2018

E a parva voltou a fazer das dela...

Acho que já aqui referi o quanto embirro com a Taylor Swift e quando gosto de uma música dela embirro mais ainda porque isto não devia acontecer. Pois bem, o novo atentado à minha coerência chama-se Delicate e é o que se segue.





segunda-feira, março 19, 2018

Dia do Pai e da mãe que também é pai.

Quando o meu pai morreu, a minha mãe disse «agora também serei vosso pai, vão continuar a ter amor pelos dois». O meu pai foi um pai fantástico, já falei disso várias vezes, mas hoje, ao lembrar-me desta conversa, não posso deixar de celebrar o pai que tive, mas também o pai que nunca deixei de ter através da minha mãe. A minha mãe é pequenina, mas tem muito espaço para afectos. Thumbs up!

sexta-feira, março 16, 2018

Um bom plágio de «O jardim»




Adorei em a emoção no final :)

Chamem-me preconceituoso...

Mas se duas colegas minhas ficam 6 minutos à espera do elevador para descer do 1º piso para o R/C, não podem ser boas funcionárias. Não sei se me faço entender...

quinta-feira, março 15, 2018

Festival da Canção: Uma esperança

Ainda tenho a esperança de um dia ver algo entradas como a canção abaixo a serem apresentadas no Festival da Canção em Portugal. Este é um single do Loic Nottet, que para mim levou uma das músicas mais interessantes dos últimos 20 anos à Eurovisão. Além de ser um excelente cantor, tem um universo musical bem interessante.


Para quem o perdeu na Eurovisão fica o vídeo abaixo, para ver pela primeira vez (ou para os que viram recordarem).


Citações fofinhas do Stephen Hawking

On the universe

    "It would not be much of a universe if it wasn't home to the people you love."

    On scientific discoveries

    "I wouldn't compare it to sex, but it lasts longer."

    On curiosity

    "So remember, look at the stars and not at your feet."

    On women 

    "My [physician assistant] reminds me that although I have a PhD in physics, women should remain a mystery." 
    On mankind
    “We are just an advanced breed of monkeys on a minor planet of a very average star. But we can understand the Universe. That makes us something very special.”

    quarta-feira, março 14, 2018

    segunda-feira, março 12, 2018

    Perspectivas


    Melhores tempos virão

    Como já referi aqui, a minha instituição profissional está a passar momentos conturbados. Hoje numa conversa tentei terminar com uma nota positiva e disse «neste contexto, melhores tempos virão». Ao que uma colega respondeu, «sim, sábados e domingos». E realmente ela tem razão, neste contexto só mesmo sábados e domingos.

    Eu, Tonya

    Este filme é antes de mais um veículo para  as brilhantes interpretações de Margot Robbie e Allison Janney. Está muito bem feito como objecto que pretende levantar hipóteses sobre o que realmente aconteceu durante a vida de Tonya Harding e o seu suposto (ou não) envolvimento com o ataque a Nancy Kerrigan. Existe uma elevada ironia que brinca com as diferentes versões da história que, de uma maneira ou outra, estão presentes ao mesmo tempo no filme. Há também uma espécie de levantamento sociológico sobre uma América pobre e feia que a restante América classe média tenta evitar. O filme de proporções dramáticas resulta bastante cómico, exactamente para manter a qualidade de neutralidade, que mesmo assim confere alguma absolvição a Tonya Harding, de quem a a América continua a querer distância, por não querer ver nela um retrato de si mesma.

    16/20