quinta-feira, janeiro 26, 2012

Uma vez a minha mãe disse-me...

«Ó filho, tu não tens mesmo sorte com os homens». Bom, estou a beirar os 38 e penso que não é bem assim e ao mesmo tempo é. Não é que no meu caminho não tenha encontrado pessoas boas, mas os que não me passaram a perna, passou-nos a vida a perna para não me ficar a rir.
Talvez porque vi muitos filmes da Disney, sempre tive a ideia de ter um companheiro para o resto da vida. Consegui ter várias relações de alguns anos, mas não esse tal que fica por 20+ anos. De repente até me parecia uma coisa fácil, mas não é.
Começo a aceitar que nunca vou ter isso. Pior que tudo é que acho que não faz mal. Há muita gente que nunca vai ter um monte de coisas e eu não vou ter o tal companheiro. Queria imenso acreditar que sim, mas não vale a pena. Não serei infeliz por causa disso. Aproveito sempre o presente, vivo o presente e por isso vivo satisfeito. Mas é essa mesma satisfação que me faz acreditar que posso ter ao meu lado o tal, e depois... a vida complica coisas e já não sei muito bem. Amor e uma cabana, não é suficiente. A idade fez-me realista e pouco dramático. Está tudo bem no fim de contas. Eu continuo cá.

6 comentários:

Anónimo disse...

38 anos é uma idade óptima para ser feliz, sozinho ou acompanhado. Ainda te vai aparecer "o tal"! Eu ainda acredito que o vou encontrar, lá está, filmes da Disney... :)

Pedro disse...

Não será preferível a qualidade à durabilidade (ainda que o ideal fossem ambas, claro está)? E nós próprios, não poderíamos ter feito mais e melhor? (que isto de culpar os outros e a vida também não leva a lado nenhum).

silvestre disse...

@Pedro: Sem dúvida que a qualidade é melhor que a quantidade e tenho vivido assim de há uns anos a esta parte. E o culpar a vida resume-se a situações complicadas de que nenhuma das pessoas na relação tem culpa e que acabam por afastar como parceiros, não como amigos.

silvestre disse...

@divagações: todas as idades são boas para se ser feliz, não posso dizer que não sou. E "o tal" já apareceu algumas vezes. Como disse o Pedro, qualidade vs. quantidade é apenas uma questão de ver as coisas.

Terra Brasilis disse...

Pensamentos melancólicos! Mas o que importa é viver bem e, como disse, viver o presente. As coisas vêm com o tempo! Tenho esperança disso! ;-)

Pinot disse...

Estou contigo, Silvestre. À minha maneira, claro, mas estou contigo. ;) Beijo.