Sinceramente silvestre, aqui a lavandaria também é comunitária. Tenho a ideia que a sala redonda onde eles decidem com chupar os pobres é a lavandaria, a julgar pela quantidade de roupa suja que lá lavam...
Percebo porque isto impressione tanto no imediato mas na verdade, os deputados portugueses não têm casas pagas ou disponibilizadas e o salário dos nossos é comparativamente mais baixo (e é bem baixo na minha opinião para alguém que se deveria dedicar exclusivamente a fazer progredir o país - compara com o que aufere um consultor senior na administração pública). Também não têm secretária, nem motorista e ok talvez tenham uma máquina própria de lavar a roupa nas suas casas próprias...
O que se pode questionar ou comparar na minha opinião não é isto, mas antes o que fazem no seu tempo como deputados...são atentos? são assíduos? têm coisas por fora? são eficazes? Isso sim é de questionar.
Não consigo alinhar pela bitola de "os deputados são todos malandros e privilegiados." Não são e não acho que o nosso sistema seja terceiro mundista à conta do estilo de vida dos deputados. Como disse, acho que temos é de questionar a qualidade das pessoas que levam a nossa política e não tanto as condições que têm (e que não são assim tão atraentes...).
A reportagem é de uma repórter brasileira - os deputados/ senadores brasileiros sim têm privilegios como os que ela refere que os suecos não têm...
Sorry Silvestre mas não quereria nada que os nossos deputados aprendessem com isto. Podes ter a certeza que os deputados suecos custam bem mais do que os nossos... Agora lá que aprendessem outras coisas, a lista seria infindável!! :-)
Jo, estou consciente de que este vídeo é brasileiro e de que existem diferenças entre os deputados/parlamentares dos 3 países. De facto, há coisas que não se aplicam cá. Mas a minha abordagem não foi literal.
Acho que este vídeo funciona a título de exemplo de conduta. Embora os nossos deputados não tenham casa paga e motorista, têm alguns previlégios sob a forma de subsídio (não se te lembras de uma reportagem sobre subsídios de transporte recebidos indevidamente, que deu há uns tempos atrás).
Tens razão ao falar no questionamento da qualidade. Sob essa perspectiva acho que os nossos deputados são demasiado bem pagos para o que executam, lembremo-nos que já houve casos de leis que não puderam ser votadas porque não haviam deputados suficientes no plenário e outras vezes em que leis passaram porque os partidos estavam desfalcados e não podiam opor-se.
Não me choca que um gestor público receba muito se o seu retorno do seu trabalho for muito maior (lembro-me do caso do administrador da TAP que poupou milhões ao Estado em troca de alguns milhares na altura muito contestados). É claro que isto não é linear. E cada caso é um caso. Muitos dos administradores de empresas públicas são colocados para pagar favores políticos e/ou pessoais. Isso já me choca.
Na Suécia o Estado fica com 55% do ordenado do cidadão em impostos. Mas a educação (verdadeiramente) é gratuita, a saúde também e por aí fora.
O Mariano Gago em 2000 ou 2001 esteve na Dinamarca com uma comitiva. Uma amiga minha dinamarquesa diz que causou furor na Dinamarca, porque usou uma quatidade de carros e lá os ministros usam muitas vezes transportes públicos.
Os nossos políticos têm um gosto especial por viaturas. A frota do Estado é imensa e gostamos de fingir que somos mais ou temos mais do que realmente temos. Se calhar em vez de termos Mercedes e BMW podíamos ter Peujeot que tem carros da mesma linha e mais baratos e de igual conforto.
Também acredito que existem pessoas extremamente qualificadas para trabalharem como deputados (que não cresceram nas Js dos partidos à procura do seu lugar ao sol quando subirem na hierarquia) e que considerariam o salário justo e a sua motivação principal nem seria este, mas o trabalho em prol de melhorar o país.
Para terminar gostava apenas de acrescentar que não pretendi ser demagógico. Mais uma vez acho refiro que o vídeo (a meu ver) nos pode fazer pensar de um modo amplo sobre condutas. As dos nossos deputados (de uma forma geral) são deficientes. Mas isto daria ainda uma outra conversa longa.
5 comentários:
Fiquei deprimido ao ver este vídeo. É que agora tenho AINDA MAIS vontade de emigrar.
Verdade. Tão dolorosamente verdade.
Sinceramente silvestre, aqui a lavandaria também é comunitária. Tenho a ideia que a sala redonda onde eles decidem com chupar os pobres é a lavandaria, a julgar pela quantidade de roupa suja que lá lavam...
Percebo porque isto impressione tanto no imediato mas na verdade, os deputados portugueses não têm casas pagas ou disponibilizadas e o salário dos nossos é comparativamente mais baixo (e é bem baixo na minha opinião para alguém que se deveria dedicar exclusivamente a fazer progredir o país - compara com o que aufere um consultor senior na administração pública).
Também não têm secretária, nem motorista e ok talvez tenham uma máquina própria de lavar a roupa nas suas casas próprias...
O que se pode questionar ou comparar na minha opinião não é isto,
mas antes o que fazem no seu tempo como deputados...são atentos? são assíduos? têm coisas por fora? são eficazes? Isso sim é de questionar.
Não consigo alinhar pela bitola de "os deputados são todos malandros e privilegiados." Não são e não acho que o nosso sistema seja terceiro mundista à conta do estilo de vida dos deputados. Como disse, acho que temos é de questionar a qualidade das pessoas que levam a nossa política e não tanto as condições que têm (e que não são assim tão atraentes...).
A reportagem é de uma repórter brasileira - os deputados/ senadores brasileiros sim têm privilegios como os que ela refere que os suecos não têm...
Sorry Silvestre mas não quereria nada que os nossos deputados aprendessem com isto. Podes ter a certeza que os deputados suecos custam bem mais do que os nossos... Agora lá que aprendessem outras coisas, a lista seria infindável!! :-)
Jo, estou consciente de que este vídeo é brasileiro e de que existem diferenças entre os deputados/parlamentares dos 3 países. De facto, há coisas que não se aplicam cá. Mas a minha abordagem não foi literal.
Acho que este vídeo funciona a título de exemplo de conduta. Embora os nossos deputados não tenham casa paga e motorista, têm alguns previlégios sob a forma de subsídio (não se te lembras de uma reportagem sobre subsídios de transporte recebidos indevidamente, que deu há uns tempos atrás).
Tens razão ao falar no questionamento da qualidade. Sob essa perspectiva acho que os nossos deputados são demasiado bem pagos para o que executam, lembremo-nos que já houve casos de leis que não puderam ser votadas porque não haviam deputados suficientes no plenário e outras vezes em que leis passaram porque os partidos estavam desfalcados e não podiam opor-se.
Não me choca que um gestor público receba muito se o seu retorno do seu trabalho for muito maior (lembro-me do caso do administrador da TAP que poupou milhões ao Estado em troca de alguns milhares na altura muito contestados). É claro que isto não é linear. E cada caso é um caso. Muitos dos administradores de empresas públicas são colocados para pagar favores políticos e/ou pessoais. Isso já me choca.
Na Suécia o Estado fica com 55% do ordenado do cidadão em impostos. Mas a educação (verdadeiramente) é gratuita, a saúde também e por aí fora.
O Mariano Gago em 2000 ou 2001 esteve na Dinamarca com uma comitiva. Uma amiga minha dinamarquesa diz que causou furor na Dinamarca, porque usou uma quatidade de carros e lá os ministros usam muitas vezes transportes públicos.
Os nossos políticos têm um gosto especial por viaturas. A frota do Estado é imensa e gostamos de fingir que somos mais ou temos mais do que realmente temos. Se calhar em vez de termos Mercedes e BMW podíamos ter Peujeot que tem carros da mesma linha e mais baratos e de igual conforto.
Também acredito que existem pessoas extremamente qualificadas para trabalharem como deputados (que não cresceram nas Js dos partidos à procura do seu lugar ao sol quando subirem na hierarquia) e que considerariam o salário justo e a sua motivação principal nem seria este, mas o trabalho em prol de melhorar o país.
Para terminar gostava apenas de acrescentar que não pretendi ser demagógico. Mais uma vez acho refiro que o vídeo (a meu ver) nos pode fazer pensar de um modo amplo sobre condutas. As dos nossos deputados (de uma forma geral) são deficientes. Mas isto daria ainda uma outra conversa longa.
Que tal um almoço para discutirmos isto? :-)
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