Sempre liguei pouco ao Bruno Carvalho porque o futebol e a idiotice clubística não são muito apelativos para mim. O Big Brother sempre achei um experiência interessante, desde que bem feita, mas as última edições não cheguei a ver por achar que eram apenas "carne para canhão" ou seja, para audiências. As escolhas da TVI têm, no mínimo lamentáveis, e neste Big brother famosos fui sabendo notícias pela minha mãe. Quando soube o que se passava com o par Bruno e Liliana, comecei a acompanhar online apenas o casal por achar que era uma situação estranha, mas de estranho passou a perigoso. Perigoso porque passou de uma relação intensa para uma relação abusiva (com laivos de manipulação e violência psicológica gritante) que todos os dias estava na TV a normalizar este tipo de comportamentos, dos quais temos de nos afastar.
É chocante que existam mulheres a achar que o que se passa ali é normal. Não é por ser o Bruno de Carvalho ou Liliana Almeida que aquila situação é grave - este tipo de comportamento é grave em qualquer relação - mas é muito grave que duas figuras públicas legitimem este tipo de comportamento abusivo, como normal.
A pressão psicológica, a manipulação, não são admissíveis e a violência doméstica (que não significa apenas homens a bater em senhoras) é - felizmente - um crime público, que permite que uma vítima assustada ou manipulada possa ser defendida por terceiros que percepcionam a relação como abusiva.. No caso, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género apresentou queixa ao Ministérios Público. Em boa hora! É preciso sinalizar que o que se passa ali é errado, a evolução civilizacional é todo o contrário do que se passa neste casal. É que as mulheres e homens que vivem situações idênticas à Liliana Almeida percebam que estão a ser vítimas de violência na relação.
PS. O desespero por bons resultados nas audiências não justificam tudo (talvez para a TVI e para Cristina Ferreira e afins de outras estações).
6 comentários:
Tens assim tanta certeza que os violência doméstica? Não sei. Acho que ainda está ali na fronteira. Não sou profissional da matéria para dizer taxativamente que sim ou não. Embora ele seja um idiota, como sempre o foi. Não quis escrever sobre isso, porque além de ser um assunto que me incomoda (porque há coisas que não consigo perceber), tenho dificuldade em saber se é violência doméstica ou não. Há ali, nitidamente duas situações de abuso de confiança, mas não sei catalogar a cena.
Irrita-me igualmente que a senhora Pipoca mais doce, faça juízos sobre o relacionamento dos outros, quando ela própria não é exemplo para ninguém. Desde que os filhos nasceram, que os utiliza nas suas redes sociais para ganhar dinheiro, e nem aí, a CPCJ abriu um qualquer inquérito, e se calhar até devia.
@Lobo: Tenho certeza absoluta de que é violência doméstica, profissionalmente falando. Violência doméstica é física, psicológica, emocional e assédio/perseguição. Ali tens um caso flagrante de tortura psicológica e assédio, que roçou o físico. Como a TVI não fez nada perante isto e sendo a Violência doméstica um crime público, a CIG fez.
Não tenho nada a ver com a Pipoca e com as opiniões dela. Tenho a ver com o facto da violência namoro ter subido brutalmente em Portugal, de existirem milhares de raparigas, mulheres, homens e rapazes vítimas a achar que este comportamento é normal. Não é. É tudo menos saudável para a vítima.
Lamentável é a TVI e a Sra. Cristina Ferreira que, certamente, não teria a mesma posição fosse a Liliana uma amiga próxima. O dinheiro fala mais alto e o Bruno Carvalho e o voyeurismo português ganham audiências.
A Cristina Ferreira, e a TVI, já há muito tempo que acham que sabe tudo. Mais. Acham que são os únicos que sabem. Por isso é que sempre que fazem um BB, a qualidade e a inovação vem por ai baixo. Culpa também da Endemol, que já teve o seus tempos áureos. E tudo isto misturado com falta de faltas de respeito, com preconceitos e outras tantas coisas, que roçam já a parte de algo mais criminal.
É tudo um bocado para o badalhoco, mas a populaça adora esta TV "badalhoco chic".
Foi tudo muito perturbador. A normalização do "domínio masculino" deu-me a volta ao estômago. E continua fora do jogo... O tipo é mesmo uma besta.
@shoes: o tipo é uma besta e grande parte da população portuguesa.
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