Se a dança da Pina Bausch pode ser considerada visceral e decomposta, a de Akram Khan será muscular, cheia e de uma beleza fluida.E se de repente um determinado lugar no mundo fosse uma Torre de Babel? Nada melhor que um aeroporto para servir de metáfora, um lugar onde ninguém pertence, onde quase toda a gente é estrangeira. E nessa situação? Quem somos? No limite o que transportamos connosco? A importância da nossa origem torna-se mais premente que qualquer outra coisa.
A ideia de um lar, as nossas memórias e o corpo que as transporta é a base desta incrível peça de nome Bahok, que também é filosófica. Muito provavelmente tem o melhor primeiro terço de espetáculo que já vi nos últimos anos. Acaba muito bem. Venha o próximo espetáculo. Não o conhecia, por isso, muito prazer Sr. Akram Khan.
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