Cada vez mais acredito na expressão «o corpo é o templo da espírito». O mês em que estive lesionado e proibido de fazer exercício foi difícil. E quebrado o corpo quebrei o espírito também. Nunca pensei que me pudesse afectar psicologicamente uma lesão. No passado já andei com um braço ao peito e não me causou mossa. O que foi diferente desta vez? As pernas. Sempre tive umas pernas muito musculadas o que, para mim, era quase a representação da minha força. Era a única parte do meu corpo que eu pensava que nunca iria falhar. De repente, foi um músculo da perna que eu rasguei. Rasguei um símbolo de invulnerabilidade. De repente comecei a ter pensamentos sobre a possibilidade da minha falência física, sobre a minha finitude. O templo do espírito tornou-se instável. Instalou-se a instabilidade a todos os níveis. De certa forma, o "templo do meu espírito" parecia inviolável também. Não é. Pode ser minado a partir de dentro.
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Recuperei, percebi que estou funcional (ou a caminho disso) e o importante é que se façam aprendizagens. O corpo tem limites que têm de ser respeitados. E tem de ser mantido. Nada deve ser tomado por certo.
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