terça-feira, abril 26, 2011

Road to Nowhere - Sem Destino



Ora bem. Estava desejoso de ver este filme. Todos os críticos a darem pontuações estraordinárias e a dizer que era cinema no seu estado mais puro. Sim, de facto é um belo exercício intelectual de cinema. Como tal, os intelectuais não podiam outra coisa senão adorar o objecto. Eu não adorei. Vi todo este exercício técnico e experimental com uma enorme frieza porque o filme não me emocionou. Não me prendi às personagens, nada. Que seja um brilhante ensaio sobre cinema, acho bem. Que com isso perca velocidade e capacidade de nos prender na história, acho mal. Assim, o filme que pela sua história já é um filme dentro de um filme, sem nunca se saber onde residem as fronteiras entre os dois é, no final, ainda um terceiro filme. Muito engenhoso, mas nessa altura já não apetece ir atrás, já se está cansado do esforço de perceber em que filme é que se está. Seria um bom exemplo para a discussão sobre se o cinema arte deverá ser hermético. Os críticos que vivem na sua bolha diriam que sim e que quem não percebe esta forma de arte não é intelectual. O que eu lhes responderia seria uma coisa feia...






13/20

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