Era mais o menos o que esperava. Ficar sem 13º e 14º meses de vencimento. Parece que é a exigência do FMI. Tudo bem. Não temos dinheiro, estamos dependentes do exterior, toca a fazer o que é pedido. O meu grande problema é que continuo com o mesmo problema de antes. Não confio minimamente nas pessoas que vão gerir o país depois do FMI ir embora. Nada mesmo. Então que tenho de pensar bem a minha vida. Começo a pensar se não tranformo Portugal num destino de férias e vou trabalhar para outro país. É muito complicado, quando temos coisas a prender-nos cá, mas acho que o tempo de ficar à espera do D. Sebastião passou.
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As alturas de aperto são alturas de mudança para todos. Ao mesmo tempo são oportunidades de aventura. De fazer uma coisa diferente, de melhorar de vida. Há que pensar no que fazer, num plano de acção.
2 comentários:
Emigrar faz bem, mas não creio que seja objectivamente por culpa de Portugal que as pessoas se vão embora. Há muita gente que imigra para Portugal para se realizar aqui, apesar da desqualificação social que a barreira da língua e outras barreiras ocasionam. Mas a migração põe as pessoas face a um dilema muito claro: ou nadas ou te afogas. Em muitos casos as pessoas acabam por "nadar" e, depois de muito esforço, chegar a estar melhor que estariam se se tivessem deixado ficar na sua terra natal. Mas se tivessem feito esse esforço em vez de emigrarem, não teriam chegado pelo menos ao mesmo resultado?
Sabes que eu também sempre fui muito preso a este país mas cada vez mais dou por mim a pensar será que não deveria tentar ir para outro país? Ainda agora estive uns dias em Londres e encontrei imensos portugueses a trabalhar. Eles disseram que não fazem a vida que fazem cá mas não têm problemas de dinheiro. Dizem inclusivé que lá os empregos são mais exigentes. Cá é a desbunda total... mas isso nós já sabemos não é.
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