segunda-feira, junho 10, 2013

Quarteto

Fui ver este filme por acaso. Não estava particularmente interessado na estreia de Dustin Hoffman como realizador. Contudo o filme exerceu um estranho efeito sobre mim. Comecei a chorar aos 5/10 minutos de filme e não parei até ao final, felizmente com interrupções. Não há nada a dizer da realização parece-me normal, comum. Mas o filme apresenta uma riqueza grande no que respeita os personagens e no que respeita a reflexão sobre a vida, o envelhecimento e o corpo como veículo da arte. Todos os antigos músicos, cantores, que estão naquele Lar para Artistas foram pessoas que dedicaram a sua vida a emocionar outros, a transportar outros para mundos imaginários e certamente melhores. Acho que há uma tristeza muito grande inerente á incapcidade de continuar a poder ser veículo desses dons artísticos quando o corpo deixa de corresponder. Mesmo assim, em alguns aspectos o filme é um exemplo de que não existem impossíveis se houver ainda uma réstia de chama e de força.
 
15/20

1 comentário:

Marco disse...

Também vi ontem e gostei bastante. Mais que aquilo que esperava!