quinta-feira, outubro 11, 2012

Coisas que se pensam

Depois de um duro processo de trabalho em prol de um projecto, cumpri o meu objectivo e recebi elogios ao trabalho executado (das avaliadoras e da instituição financiadora, da minha instituição zero). Tem sido extenuante porque as instituições parceiras não cumprem o seu trabalho como deveriam o que deixa muito mais nos ombros do coordenador que não pode dizer "ah, as coisas não estão termminadas porque os parceiros não realizaram o trabalho que deveriam". Tenho de fazer o que os outros não cumprem e comer noites, fazer directas, etc. O meu predecessor no projecto quando se foi embora disse-me "bem vindo ao Inferno". Já percebi o que ele queria dizer. Tenho as pessoas que amo ao abandono porque o trabalho ocupa tudo quando há picos e eles são quase constantes. Nove meses depois penso se isto vai ser sempre assim. Se as instituições fizerem o seu trabalho, não tenho de fazer directas ou trabalhar noites a fio. Mas será que sim? Não sei se quero isto para a minha vida. Assim que se me afigura a ideia de mandar o projecto por muito giro que seja para os cucos e pedir para rodar dentro da minha instituição, mesmo que isso signifique um trabalho rotineiro. Tenho de pensar bem. O trabalho põe comida na mesa, mas só trabalho desnutre a alma.

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso que a tua frase de remate remata a questão com a resposta à mesma.

Se eventualmente o periódo de exigência se prolongar e mantiver, o teu lado social (familiar e de amigos) sabota-lo-á por si.

Parabéns pelo que alcançaste.