segunda-feira, janeiro 11, 2016

A Rapariga Dinamarquesa

Tinha muita expectativa em ver o filme. Acho o desempenho dos actores excelente e a cenografia é magnífica é como se o filme em si fosse uma pintura e há ali uma evidente inspiração no Ingmar Bergman. Não esperava não gostar da Lili. Não consegui simpatizar com o personagem que era algo egoísta relativamente à pessoa que lhe dava tudo. Apaixonei-me, por isso, pela personagem da esposa ou talvez pelo amor que a esposa nutria por ele.  Penso que isso é o mais bonito do filme, no fim de contas. Também o facto de lutarmos por aquilo que sonhamos para nós não importa o custo, mas a abnegação em nome daqueles que amamos (talvez por ser uma qualidade que tende a desaparecer) acaba por destacar-se.

16/20





Ps. O filme é, não obstante, uma versão romanceada do caso real. O caso real é mais estranho e não tão belo. 

6 comentários:

Superfunky disse...

Também adorei o filme e o papel da esposa :)

O Anfitrião de Lisboa disse...

Mas não achas que os trans "têm" razões para ser egoístas e cagar para o mundpo que lhes nega a felicidade?
Conheço pessoas trans que se tornam muito auto-centricas e exageradas, porque quando finalmente são eles, são exagerados nas poses masculinas, ou quando já são uma mulher se tornem "numas putas finas, que nem a loiça lavam" como me disse a mãe de uma. Sofreram tanto, que agora hiperbolizam tudo o que antes desejavam.

silvestre disse...

@anfitriao: sinceramente não acho. ainda para mais quando é junto de alguém que te apoia. não concordo com ninguém que faz a vida de alguém difícil só porque a teve. No caso dele, ele só teve amor. A hiperbole na acção é compreensível. A falta de generosidade e/ou empatia não. Pelo menos na minha cabeça. :)

O Anfitrião de Lisboa disse...

Por tua causa ;) fui ver ontem o filme.
Engraçado, não o achei egoísta. Aliás à Gerda também lhe convinha quando pedia ao marido para se "mascarar" - finalmente ela estava a sentir o sabor do sucesso.

silvestre disse...

@anfitriao: não concordo. o início da coisa foi mais um "fruto do momento". mas falo do filme. na vida real as coisas foram bem diferentes.

Lobo disse...

Saí de lá com um murro no estômago que ainda não passou (fui no sábado). E quero escrever sobre isso, mas ainda não tive coragem.