segunda-feira, janeiro 25, 2016

Rescaldo das Presidenciais

Equívocos:

- A candidatura do Marcelo não é de direita, é uma candidatura cidadã. O PSD e o CDS declararam apoio só para aparecer na fotografia (que já se sabia vencedora) vencedora;

- O PS não perdeu as eleições. O partido não apoiou nenhuma candidatura. Apenas personalidades individuais se juntaram ou à candidatura do Nóvoa ou à candidatura da Belém;

- A Maria de Belém é, em si mesma, um equívoco. E não foi vítima de uma campanha contra si (quando foi denunciado que ela é uma das signatárias das retribuições vitalícias para os políticos) ela é em si mesmo uma formiga que julga ser elefante. Se o Cavaco tivesse disto em campanha que 10000 quase não chegam para as despesas básicas, suponho que muita gente também não teria votado nele. A sorte é que o disse depois;

- A Catarina Martins não falhou, como disse, o objectivo de levar à segunda volta o candidato da direita. O candidato existiu sem partidos e a direita apenas tentou capitalizar sobre o passado partidário do mesmo;

- A campanha do Marcelo não foi a custou menos, bem pelo contrário. Ele foi desonesto ao dizê-lo. Façam as contas ao preço da publicidade por minuto em horário nobre da televisão e multipliquem pelo número de anos em que o Marcelo é comentador. Ele esteve anos em campanha a construir uma imagem junto do cidadão; 

- Não era necessário um candidato do PCP às eleições, como disse Jerónimo, só existiram duas candidaturas partidárias e isso não mudou o facto de serem as eleições com mais candidatos de iniciativa própria;

- Tino de Rans não representa uma nova forma de fazer política. O voto no candidato foi essencialmente um voto de protesto. Se fosse no contexto de eleições legislativas não teria este resultado. Mas não deixo de o aplaudir; 

- A abstenção não foi puramente desinteresse por parte dos cidadãos. Há que ter em conta que, por um lado, Cavaco Silva esvaziou a importância e a visibilidade do cargo aos olhos dos Portugueses (foi sem dúvida o pior Presidente de sempre) e, por outro lado, a vitória de Marcelo construída ao longo dos anos na televisão era tão certa que muitos resolveram não votar (mas se votassem teriam votado Marcelo na sua maioria, uma vez que quem o quis combater foi às urnas tentar uma segunda volta). 

2 comentários:

Lobo disse...

Não votei Marcelo.

silvestre disse...

@namorado: votei Tino. o meu voto de protesto.