terça-feira, outubro 11, 2016

A rapariga no comboio

Já tinha lido o livro e não fiquei nada impressionado nem com a escrita nem com a forma como a história fluía. Na altura achei que o livro tinha sucesso porque há muita gente coscuvilheira no mundo e ele apela a isso mesmo: coscuvilhice. As personagens irritavam-me profundamente. Não consegui estabelecer empatia com nenhuma e há medida que o tempo passou só me ficou a memória da história e das personagens que não me agradavam.

O filme veio trazer um enorme twist. Deu outro ritmo à acção e a escrita deixou de ser de "gaja" para passar a ser interessante, livre de gorduras e de coscuvilhice. O que faltou no livro em termos de linguagem aparece agora no filme, graças a um bom argumentista e a uma realização muito competente. Agora até consegui ter simpatia pela personagem principal.  Porque no filme as dores internas de cada um estão à flor da pele. Até sinto empatia com a dor da assassinada o que também nunca aconteceu antes. A história do livro é muito boa, mas a escrita do filme deu à história o que não teve antes. Muito bem. 


16/20 

Sem comentários: