Tenho estado a detestar o meu trabalho, mais do que alguma vez detestei os anteriores. Ao fim de 45 dias decidi ir embora. Hoje a Vice-Presidente soube que eu queria sair e quis perceber porquê, quando eu expliquei tudo fez uma contraproposta - colocar-me a trabalhar com ela acima das minhas atuais chefias e reformular todo o serviço. Fiquei abananado. Já tinha decidido voltar ao lugar onde sou quadro, porque ali (e ainda mais devido à história da Isabel) sei que somos uma família, há amigos a sério. E com tanta confusão na minha vida neste momento, acho que não tenho energia para comprar a luta de renovar o equivalente a uma direção-geral e mudar a cultura organizacional da instituição onde estou. Preciso de sossego. Acho que vou dizer que não.
1 comentário:
Por vezes a única forma de melhorar é reformulando todo de novo. A energia pode estar em baixo, mas pense lá Francisco se não vale a pena resolver a sua vida e dar o salto seguinte. A vida é madrasta e dá-nos oportunidades únicas quando menos temos disponibilidade para elas.
Fala-se muito do mau timing nesta vida. Mas tenho em crer que o timing é sempre certo. A nossa disposição é que pode não ser. Entendo que é mais fácil fazermos essa gestão de culpar o timing do que assumir que somos nós o problema por não termos essa capacidade.
Falando de cor, porque que não sei as circunstâncias da sua vida, quem sabe uma oportunidade essas não o ajuda a resolver a vida.
Desejo-lhe coragem para uma decisão tão importante. Mas não desista de nada, nunca, que considere que o pode fazer feliz! Li algures que a vida rende-se aos resilientes e é mais meiga com aqueles que têm a coragem de persistir nas adversidades que ela coloca no nosso caminho. E li também que cabe-nos a nós, e a nós apenas, fazermos por ser felizes.
Coragem meu caro!
P.S.: escrevo-lhe isto também pela partilha da sua amiga Isabel. Uma mulher vivaça como descreve e que o chamou de idealista deveria ficar orgulhosa de si ao conseguir mudar uma administração pública para melhorar a sua eficiência.
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