terça-feira, maio 25, 2010

Fogo cruzado...

Era uma vez três amigos. Um faz bastante mal ao segundo e o terceiro fica dividido entre a amizade que tem pelos dois. Como posicionar-se? Para mim as coisas são, às vezes, demasiado radicais. Não consigo ser amigo de pessoas que fazem mal a outras, sem manifestar qualquer remorso ou respeito. Não teria problema neste caso, se as coisas fossem claras. Fez muito mal e é claro o modo como o fez? Ficamos conhecidos. Amigos não. Nem toda a gente pensa desta forma e até acho bem que assim seja. A cada um o que é próprio de si. Também me é próprio uma certa tendência parva para me desvincular de quem continua a amigo de pessoas que nem sempre se "portam bem".

7 comentários:

*** disse...

Pessoas como nós são muitas vezes mal interpretadas. Eu cá sou assim também, nao me venham com a treta de querer ficar de bem com Deus e com o diabo. E tomo as dores dos meus amigos sim senhor.e nas costas dos outros ves as tuas. E jacará que nada de costas vira carteira.Ah, pois é.

silvestre disse...

Tomo as dores de amigos, mesmo que tenha de ser contra outros amigos que se portaram de forma indecente. Há quem se esteja a borrifar, porque não foi a si que fizeram mal. Até um dia... eventualmente.

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Nunca me aconteceu assim nada em que tivesse de rever a minha posição entre dois, mas imagino por exemplo que dificilmente abandonaria um amigo mesmo que ele fizesse muita asneira e se quisesse redimir. Acredito no arrependimento, mas nunca conseguiria manter-me caso ele admitisse ter feito asneira e mantivesse arrogância -isso não. Mas na situação que referiste tentaria sempre entender bem a situação e fazer ver as coisas a quem asneirou, caso desistisse dela, dir-lhe-ia claramente os porquês.

silvestre disse...

@provocação: acredito no bom senso e a vontade de redenção equilibra tudo. O problema é quando alguém faz muito mal a outra pessoa e está-se a borrifar. Há pessoas que fazem o papel de «ah, eu sei que ele foi horrendo, mas foi sempre muito meu amigo». Eu não consigo.

*** disse...

Ção, essa do "desistir das pessoas" descobri recentemente...sem pena.
Nao é so questão da receprocidade (q ja sei q nao concordas), mas tambem esta, da maldade. Nao se trata de um amigo fazer algo q nao farias, ou contrario ao que pensas (Se assim fosse, poucos quereriam estar ao meu lado...lol)mas da maldade pura e dura, sem medir de consequencias.Aí salto fora. E nem explico porquê. Pode levar o seu tempo, nao digo q seja imediato, mas salto, ai salto, salto...;)

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Bom, acho que entendo onde queres chegar MAS a tua veia de astrólogo devia-te deixar saber que há percursos pelos quais devemos passar, percursos de sombras, percursos que nem sempre ão entendidos pela maioria mas que nem por isso a pessoa tenha de ser largada ao abandono. Para mim a amizade é como se aquela pessoa fosse meu filho, adopto-a e passa a ser minha, e nestas condições quanto a mim, nunca abandonaria um filho tal como não abandonaria um amigo ainda que procedesse a uma atitude inompreensível para mim, mas há momentos na vida em que não se sabe o porquê nem o como de certos actos, quando demos por nós já foram, e lá está, desde que a tal atitude de arrependimento existisse eu permaneceria ao lado a puxar a corda para cima. É isso que os amigos fazem.

*** disse...

Provavelmente...eu ainda não sou "good enough" para pensar assim. Quem sabe um dia...;)