A realidade é que, no que respeita os escândalos de pedofilia na igreja católica, toda a gente cai em cima do Papa Bento XVI, mas o maior responsável pela omissão de factos e perdões incompreensíveis a padres criminosos foi o Papa João Paulo II. Fico a pensar se isto não tem a ver pura e simplesmente com o valor da imagem.
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O Papa João Paulo II era carismático e tinha ar de avô gordinho e rosado (o tipo de avô que gostamos de ver na publicidade). O Papa Bento XVI tem o ar maléfico do Imperador do Star Wars e tem o carisma de um tupperware da loja do chinês. O Papa João Paulo II sai branqueado da história porque corresponde à imagética positivamente valorizada na nossa sociedade.
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Antes sê-lo que parecê-lo ou antes parecê-lo do que sê-lo? Eis a questão. Não obstante com a excepção do Papa João XXIII (que foi revolucionário na remodelação da igreja e uma mente jovem e progressita) os Papa deixaram sempre muito a desejar.
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