Talvez o feto tenha de crescer um pouco mais, e perceber que só o alcançará quando cortar esse cordão umbilical (contra-intuitivo). Infelizmente, há quem nunca o corte, e se agarre demasiado à ideia de que tem de agradar aos pais, mãe ou pai, porque “lhes devo respeito”, ou porque “quero que se sintam orgulhosos de mim”, etc etc. Este síndroma de aprovação pelos progenitores condiciona vidas, relações, e é muitas vezes muito insinuante, como um bicho que vive em nós, condicionando como nos comportamos, as escolhas que fazemos, sem que nos apercebamos. Exercício: imaginar como seria a nossa vida se os nossos pais não nos aprovassem. Pois é difícil, mas não acabaria e encontrariamos maneira de continuar e até talvez de reconciliar. Claro que há pais que são altamente manipuladores, e outros que cortam o cordão e respeitam a independência dos filhos. Para mim, o cordão tem de ser cortado dos dois lados. Pais e filhos. Respeito de parte a parte, sem interferências mútuas. E ambos têm de aceitar que não o fazendo, truncam o crescimento dos filhos.
Por acaso tive pais assim, foram eles a cortar o cordão e a dizer que éramos adultos responsáveis pelas nossas escolhas, eles estariam aqui para nos aconselhar caso fossem chamados para isso ou se vissem que estávamos a ir por um caminho muito inquinado. O meu pai até costumava dizer "eu não quero que os meus filhos pensem como eu, eu quero é que os meus filhos pensem". Os meus pais sempre respeitaram a nossa individualidade e agora que só tenho mãe ela vive com naturalidade duas coisas pouco naturais para ela - o filho gótico e o filho gay. Nem sempre aprova tudo, mas respeita com amor.
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Talvez o feto tenha de crescer um pouco mais, e perceber que só o alcançará quando cortar esse cordão umbilical (contra-intuitivo). Infelizmente, há quem nunca o corte, e se agarre demasiado à ideia de que tem de agradar aos pais, mãe ou pai, porque “lhes devo respeito”, ou porque “quero que se sintam orgulhosos de mim”, etc etc. Este síndroma de aprovação pelos progenitores condiciona vidas, relações, e é muitas vezes muito insinuante, como um bicho que vive em nós, condicionando como nos comportamos, as escolhas que fazemos, sem que nos apercebamos. Exercício: imaginar como seria a nossa vida se os nossos pais não nos aprovassem. Pois é difícil, mas não acabaria e encontrariamos maneira de continuar e até talvez de reconciliar. Claro que há pais que são altamente manipuladores, e outros que cortam o cordão e respeitam a independência dos filhos. Para mim, o cordão tem de ser cortado dos dois lados. Pais e filhos. Respeito de parte a parte, sem interferências mútuas. E ambos têm de aceitar que não o fazendo, truncam o crescimento dos filhos.
Por acaso tive pais assim, foram eles a cortar o cordão e a dizer que éramos adultos responsáveis pelas nossas escolhas, eles estariam aqui para nos aconselhar caso fossem chamados para isso ou se vissem que estávamos a ir por um caminho muito inquinado. O meu pai até costumava dizer "eu não quero que os meus filhos pensem como eu, eu quero é que os meus filhos pensem". Os meus pais sempre respeitaram a nossa individualidade e agora que só tenho mãe ela vive com naturalidade duas coisas pouco naturais para ela - o filho gótico e o filho gay. Nem sempre aprova tudo, mas respeita com amor.
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