quarta-feira, junho 18, 2025

Vício piorou

Nestes últimos dois meses vi mais séries de renovação de imóveis no streaming que no ano passado inteiro.

Por mais que deteste o regime do Irão

O Irão foi sempre um país onde jurei não pousar os pés - assim como na grande maioria do mundo árabe por considerar que a maioria dos direitos fundamentais dos homens e das mulheres não são respeitados - e irei continuar a achar abjeto o regime dos Ayatollahs. Não obstante, Israel, um país governado por um governo também abjeto que não respeita nada a não ser a sua agenda e cria nada mais que propaganda enganosa, fez o impossível. Fazer-me ter empatia com o Irão, se não por mais porque temos uma coisa chamado direito internacional que tenta gerir as relações entre os países do mundo de forma a que não volte a acontecer uma guerra mundial. Curiosamente são os países mais poderosos que mais colocam em risco esse equilíbrio precário: Estados Unidos, Rússia, Israel, China. O mundo é cada vez mais um lugar perigoso. Temos bullies e pessoas sem respeito por nada que não seja as suas crenças, sentados nos lugares de poder mais impactantes do mundo e não antevejo nada de bom. A mentira e a desinformação lideram em todos os fóruns e as pessoas que detêm a verdade ou são demasiado pedantes (uns) ou demasiado brandas/democráticas) para defender a verdade ou a razão. Por cada idade de luz há uma idade de trevas. A história repete-se. Nunca iremos aprender nada. Somos todos ainda e apenas animais. 

Uma análise bem lúcida sobre o ataque israelita ao Irão.

terça-feira, junho 17, 2025

Trolls

Trolling behavior online involves deliberately posting inflammatory, offensive, or disruptive content to provoke a reaction and cause distress, often for the troll's amusement. Trolls aim to disrupt conversations, humiliate others, and derail discussions, rather than engaging in genuine communication. Key characteristics of trolling behavior include:

Provocation and Disruption:

Trolls aim to provoke strong emotional responses, often anger or frustration, from others. They may post inflammatory or offensive comments, derail conversations with off-topic remarks, or engage in repetitive actions to disrupt the flow of discussion.

Intentional Malice:
Trolls often have malicious intent, seeking to cause harm or upset others for their own amusement. They may use personal attacks, derogatory language, or spread misinformation to achieve this.

Deception and Anonymity:
Trolls may hide behind fake profiles or use anonymity to conceal their true identities and evade consequences for their actions.

Lack of Empathy:
Trolls often demonstrate a lack of empathy, failing to recognize or care about the impact of their actions on others.

Personality Traits:
Some studies suggest that trolls may exhibit traits associated with the "dark triad" of personality (Machiavellianism, psychopathy, and narcissism) and sadism.

Responding to Trolling:
Ignore and Don't Engage: Resisting the urge to respond to a troll can be an effective strategy, as it prevents them from achieving their goal of eliciting a reaction.

Report and Block:
Most platforms have reporting mechanisms for abusive content and users. Blocking the troll can prevent further interaction.

Collect Evidence:
Documenting the trolling behavior, such as through screenshots, can be helpful for reporting purposes or for seeking support from others.

Decoração

Quando o B se mudou para minha casa, sempre lhe disse que era importante que a casa fosse dos dois. Para isso disse que estava disposto a mudar a decoração, a cor das paredes, para que os dois nos sentíssemos bem. Pois bem, o processo começou ontem com umas cadeiras 'art deco' para a sala, atrás disto virão mais algumas coisas para os quartos, para a sala e para o escritório. A casa de banho e cozinha serão as únicas divisões intocadas. Estou feliz com o processo. 

Não há pássaros aqui - Victor Vidal

Diz a Leya sobre o livro "Com personagens inesquecíveis e desconcertantes, Não Há Pássaros Aqui é uma reflexão madura sobre o modo como aquilo que vivemos na infância determina a nossa vida adulta e como tendemos a reproduzir comportamentos a que assistimos, mesmo quando friamente os condenamos".

Não podia concordar mais com o que foi descrito, o livro é bom, mas foi um dos que mais me custou ler porque ali não há nada de bonito. As personagens são invariavelmente pessoas quebradas. É uma história que começa com um mistério, uma interrogação e que volta ao passado para fazer sentido do presente. Ocorre que o passado é feio, vil, doente e pouco a pouco vamos percebendo como os personagens ficaram irremediavelmente contaminados pelas suas histórias. Podia ser uma história de redenção, mas não. Há doenças das quais pode não se querer a cura, mas será que é pela força da doença em si ou porque a pessoa prefere a doença que conhece?

Este livro está muito bem escrito, mas perturbou-me. Cheguei ao final com um gosto amargo na boca. Senti-me apenas mal ao terminar. 

15/20

Pessoas Normais - Sally Rooney

Ora bem. Falaram-me bem da série e eu achei que valia a pena ler o livro da Sally Rooney. A sinopse é a que segue:

Connell e Marianne cresceram na mesma pequena cidade da Irlanda, mas as semelhanças acabam aqui. Na escola, Connell é popular e bem-visto por todos, enquanto Marianne é uma solitária que aprendeu com dolorosas experiências a manter-se à margem dos colegas. Quando têm uma animada conversa na cozinha de Marianne — difícil, mas eletrizante —, as suas vidas começam a mudar. Pessoas Normais é uma história de fascínio, amizade e amor mútuos, que acompanha a vida de um casal que tenta separar-se mas que acaba por entender que não o consegue fazer. Mostra-nos como é complicado mudar o que somos. E, com uma sensibilidade espantosa, revela-nos o modo como aprendemos sobre sexo e poder, desejo de magoar e ser magoado, de amar e ser amado.

O que eu achei do livro... chato, chato, chato, chato, chato. Blhac!

9/20

A Natureza da Mordida - Carla Madeira

Li mais um livro da Carla Madeira 'A Natureza da Mordida', é bem diferente do 'Tudo é rio'. O livro trata do encontro entre duas pessoas: uma professora/psicanalista reformada e apaixonada por livros (Biá), e uma jovem jornalista (Olívia). O carinho e o interesse que desponta entre as duas mulheres, desencadeia uma sucessão de encontros marcados por uma crescente intimidade entre as duas mulheres, que aos poucos vão revelando as suas histórias, uma amizade que começa enquanto as duas se "afogavam na realidade". Este livro é sobretudo sobre sentimentos, perceções e significados. Sobre como a nossa identidade reage ao confronto com o outros e às perdas geradas no confronto com os outros. 

Uma coisa que achei brilhante é que a escritora consegue fazer uma homenagem à literatura e a muitos outros autores incorporando pequenas frases suas para construir a narrativa das personagens, em particular Biá (viciada em livros). O livro joga com a psicanálise, conseguindo ser muito terno e profundo.

16/20

Menorca

Esteve a semana passada de férias em Menorca. Que sítio maravilhoso. A simplicidade do local, as praias de águas azul turquesa e quentinha. Celebramos o aniversário do B e foi bastante bonito. Há muito tempo que eu não ia de férias a conseguir desligar de tudo. Não me lembrei de mais nada. Foi descanso e usufruir do aqui e agora em casal. Ficamos bem perto da Cidadela, que é uma cidade bem bonita, com um centro histórico muito bem conservado. Vim de lá bem feliz, a pensar que a vida presta (não que não pense assim no resto do tempo, mas o sentimento ainda veio mais forte). 

sexta-feira, junho 06, 2025

Saramago disse-o muito bem

"Não é pornografia que é obscena, a fome é que é obscena" - José Saramago

Há que rever muito sobre a moralidade quando se permite que outro ser humano morra de fome ou se tiram os meios de subsistência a outro ser humano. 

Finitude

Fiquei a saber que a mãe do O está com uma doença complexa, na mesma altura em que o pai do O já apresenta uns leves sinais de demência e tanto ele como a irmã emigraram há muito anos. Isto gera um sentimento de impotência e ansiedade acrescidas no meu amigo. Tenho bastante pena que as coisas tenham de ser assim pesadas para ele, tenho muita pena pelo sofrimento que acarreta uma coisa deste tipo. Claro que para o que for preciso estarei cá. Não poderei faltar nunca a um elemento do trio de amigos que se formou há 36 anos atrás e que para mim são uma espécie de irmãos.

É duro ter confirmações físicas de que a vida dos nossos pais está na sua fase final( a minha mãe incluída), quem sabe mais 10 ou 15 anos, ou num caso mau menos. É incerto. A única certeza que tenho é que os nossos pais se vão sentir amados até ao fim. 

Ser gay também terá compensações

Porque é o mês do Pride um restaurante da moda em Lisboa está a fazer uma ação publicitária em que convida casais gay para lá irem comer de graça, contando que eles depois façam publicidade no seu IG. E assim foi, a gerência viu uma foto do B comigo e convidaram para irmos lá inaugurar o mês. A comida estava simplesmente deliciosa e muito breve voltarei lá só para tomar um Aperol Spritz e repetir aquele crumble de maçã demoníaco. 

Num mundo em que ser-se gay não é exatamente o topo da cadeia das coisas recomendáveis, foi giro ter alguém, no caso uma marca, a querer destacar-se dando visibilidade a casais gay. Gostei muito da iniciativa, do ambiente e da comida. 

terça-feira, junho 03, 2025

Devil in the Family: the Fall of Ruby Franke

Este documentário sobre a ascensão e queda de uma "Mommy Vlogger" quem em tempos foi a querida da América é um documento poderoso sobre o os efeitos das redes sociais nas pessoas, sobre os problemas da religião e dos gurus do conhecimento (cinco cêntimos a dúzia); mas também sobre personalidades e fragilidades. 

Era uma família de oito pessoas (pai, mãe e seis filhos) onde a mãe foi tudo menos mãe, o pai foi completamente omisso no seu papel de guardião da família e os miúdos sofreram demasiado abuso - abuso esse que poderia ter matado as duas crianças mais novas. 

Foi completamente chocante para mim. Aconselho a visualização do mesmo que é um documento muito válido sobre a contemporaneidade social. 

Nunca pensei em citar

Nunca pensei em citar Félix a Bicha Má, mas cá vai:

"Tem gente que é igual a segunda-feira, ninguém gosta mas é obrigado a suportar."

segunda-feira, junho 02, 2025

Yeeiii

Finalmente o primeiro banho de mar completo. Pena ter sido nas praias da linha, mas em pouco tempo estarei a nadar em águas bem mais selvagens e quentinhas. Férias venham já!...

sexta-feira, maio 30, 2025

Sereias

Não sei  muito bem o que dizer desta série. Ver a Julianne Moore é sempre um prazer e uma lição sobre como ser bom ator. A série é bastante terra-a-terra, mas  sugere através da cenografia intencional uma (quase) realidade paralela e uma espécie de ambiente onírico/mitológico que nos impele a pensar que estamos a ver mais do que realmente estamos a ver. Creio ser nesse jogo de perceções que se joga com o "canto da sereia". O espectador é hipnotizado e levado a crer em aspetos que são apenas uma manipulação. Ficamos a perguntar-nos se a realidade é real. No final a resposta é muito simples, e ficamos (ou eu fiquei) com uma sensação de ter sido um pouco tolo e de ter sido "manipulado". Não sendo o que esperava, achei este jogo de manipulação muito interessante e as personagens bastante relevantes em toda a encenação psicológica. 

Está muito bem construído para brincar connosco, porém gostava de algo mais sumarento no final. Não obstante, creio que o que nos querem dizer é que a realidade é assim de seca e crua. Aconselho a ver. 

15/20
 


quarta-feira, maio 28, 2025

Irmãs Blue - Coco Mellors

Nunca tinha lido Coco Mellors e confesso que queria ter gostado muito deste livro, porque li muito boas críticas a respeito do mesmo, mas tal não aconteceu. A ponto de partida era bom. Três irmãs muito diferente vivem vidas complexas a lidar com luto da quarta irmã que - aparentemente - era quem mantinha todas as irmãs unidas. Ter de vender a casa onde essa irmã vivia e rever os seus pertences gera uma revolução interna que expõe os segredos de cada uma às restantes e a si próprias. Um banho de reflexão e de realidade toma conta de todas no encerrar deste luto e na descoberta da paixão pela vida sem o que - aparentemente - lhe dava sentido.

Pensei "uau que profundo, que existencial". Mas no final achei que a escrita da autora era um bocado "escrita de gaja". Deixem-me acrescentar que eu distingo gajas de mulheres. Adoro mulheres em geral, mas a "gaja" é assim um subtipo de mulher que me deixa cansado e nada em êxtase. Este livro poderia ser um dramalhão familiar pungente se tivesse sido escrito, sei lá, pela Isabel Allende. Assim, é apenas um livro sobre "gajas com problemas". Lê-se e não ficará na memória. 

13/20

Vidas frustradas

Por exemplo, acho que já referi aqui que não sou um fã da Cristina Ferreira, não acho as intenções dela sinceras e acho que existe um aproveitamento (inteligente, é certo) sobre as camadas mais populares da população, para quem ela é uma referência. 

A questão é, não é porque não gosto da "persona" Cristina Ferreira que vou às suas redes sociais procurar o que ela faz e ofendê-la ou criticá-la. Isto poderia ocorrer por duas razões:
  • ou porque tenho mau íntimo e gosto de ofender/perseguir todas as pessoas que eu não considero à altura do que estou convencido que é certo e correto;
  • ou porque tenho uma vida tão vazia que tenho de a ocupar com pessoas que não gosto, porque a alegria, a felicidade, a realização pessoal não ocupam muito espaço na minha vida e tenho de recorrer até às pessoas que não respeito para ter algo que fazer.
Em qualquer dos casos acho que haveria aqui uma frustração pessoal muito grande. As pessoas frustradas acabam sempre por ser perigosas para si mesmas ou para alguém, dependendo de quão patológica é essa frustração. 

Acho que é por isto que desejo bem a toda a gente e felicidade a toda a gente. Não porque sou um santo, mas sim porque acho que pessoas felizes não chateiam nem fazem mal a ninguém. Depois há aqueles casos, como já referi aqui, de alguns líderes políticos, pessoas muito perigosas, que não me suscitam nada para lá da indiferença e se algo mau ou bom lhes acontecesse, para mim seria igual. 

Mas falando apenas das pessoas comuns, tenho a dizer: procurem encontrar motivos para se sentirem felizes, ocupem-se com coisas positivas, procurem as pessoas que gostam e se não gostarem de ninguém, gostem de vocês mesmos. Percam tempo a mimar-se e não a chatear terceiros.

terça-feira, maio 27, 2025

Bem tentei

Estive na praia este fds e deu para aproveitar o sol, mas foi tudo. Bem tentei dar um mergulho, mas a água estava gelada. Completamente gelada. Ainda não foi desta o meu banho de mar.

segunda-feira, maio 26, 2025

Triste

Uma das coisas que aprendi na terapia foi deixar as emoções serem experienciadas no corpo e não as recusar, em especial as emoções desconfortáveis como a raiva, o medo, a tristeza. Não há mal nenhum dado o carácter impermanente de tudo, a constante mudança.

Estou triste. Nâo estava assim triste há bastante tempo, mas esta emoção não está aqui para ser "eternalizada", é um indicador apenas que que algo está mal. O meu trabalho é perceber o quê. Digamos que é uma espécie de detetor de fumo. 

Tenho agora de analisar, compreender o foco (ou focos), reagrupar e seguir caminho com o tipo de esperança e de otimismo que me é natural. 

sexta-feira, maio 23, 2025

Eu e as Jacarandás

Adoro Jacarandás na natureza, quando estão em flor é um espetáculo delicioso. Na cidade odeio Jacarandás nos passeios (nos jardins ok) porque as flores começam a cair e existe uma gosma que cobre absolutamente tudo e que se pega aos sapatos e que suja e que é o horror. A rua do meu trabalho é toda ladeada por Jacarandás e a minha mota já pede socorro de tanta cola em cima.

quinta-feira, maio 22, 2025

As 4 Estações

Esta série retrata a vida de seis velhos amigos (de mais de 25 anos) que se encontram para férias  - como de costume - descobrindo que um deles quer divorciar-se, o que não só faz como arranja também uma namorada 22 anos mais nova. Este abalo vai trazer muitos questionamentos e afetar a dinâmica do grupo como um todo e de cada um dos casais. 

É uma série que fala de relações duradouras sejam elas de casamento ou amizade, está feita de modo cómico, mas é em muitos momentos amarga diria. É pesada e dramática. Acho que os "maduros" como eu deveriam todos ver esta série e mesmo os mais "tenrinhos". Acho que vale bastante a pena. É sobretudo uma série sobre a vida de todos os dias. 

16/20

Quiet quitting

 Sou um quiet quitter.

Thunderbolts

Estava com muita expectativa relativamente a este filme porque lia em todo o lado que era o melhor filme da Marvel desde os Vingadores, que tinha um profundidade diferente, que era narrativamente inovador. Curiosamente acho que nunca um filme da Marvel me pareceu tão "desenho animado". Achei os personagens muito estereotipados e foi quase como se estivesse a ver uma história para adolescentes ou pré-adolescentes. Acho que funciona bem para jovens muito jovens. É quase uma história motivacional para pessoas de 13 anos.  Fiquei com uma sensação de falta de estímulo ao palato. Não obstante, é bom ver filmes baseados em heróis alternativos ou anti-heróis. Não fosse o ser aborrecido, até tinha potencial. 

12/20

É que não basta votar só porque se está zangado ou mal com a vida...


 

quarta-feira, maio 21, 2025

Cenas de Ninja

O B ofereceu-me uma Ninja CREAMi de presente de aniversário. Nestes 10 dias o limite tem sido a imaginação. É extraordinário como se consegue fazer gelados com todo o sabor e de forma 'fit'. Não foi uma aquisição barata, mas compensa bastante na saúde e no bolso ( a longo prazo). 

Finalmente

Finalmente vejo indignação de Chefes de Estado do mundo ocidental pela barbárie em Gaza. Já vai muito tarde, vamos ver se as cercas de 15000 crianças a necessitar de apoio urgente sobrevivem. 

segunda-feira, maio 19, 2025

Legislativas 2025

Creio que não consigo articular um texto sobre isto, mas algumas ideias soltas:

  • O LIVRE cresceu e é bom perceber que um partido que procura evolução e progresso, de forma limpa, ganhou mais expressão. É uma luminária de esperança, mas ténue.
  • O PS sofreu uma derrota pesada e o Pedro Nuno Santos demitiu-se. Quem bom. Já vai tarde. A arrogância nunca foi boa companheira de ninguém.
  • O PCP mantem-se vivo. Não sei como. 
  • O BE quase desapareceu. Não creio que esta formação faça alguma sentido ou acrescente valor como estão.
  • O PAN continuou vivo. Ainda bem, é o partido que mais leis propõe e que mais leis aprova. Uma pessoa sozinha que trabalha mais que grupos parlamentares inteiros. 
  • O JPP entra na assembleia. Que bom, um partido de origem popular, sangue novo.
  • A AD vence e ganha alguma expressão. Começa aqui o meu incómodo. Quando olho para a história, há grandes homens de direita espalhados pelo mundo. Mesmo no PSD existiram grande homens e mulheres, que não sendo ideologicamente parecidos a mim, eu respeito pela sua honestidade e retidão (Mário Sá Carneiro, Manuela Ferreira Leite, Fernando Nogueira, etc.). Mas este PSD é dos chico-espertos, dos incólumes e isso é dececionante. 
  • O CHEGA cresce e quase se torna a segunda força política. O Chega é um partido cheio de deputados a responder na justiça por crimes (15 casos). É um partido que incita o ódio e a desinformação (um pouco o que se fazia na ditadura criar ódios para desviar a atenção do que é importante). 
Porque é que eu fiquei mesmo desanimado e desistente com este resultado das eleições? Porque o votante do CHEGA é a pessoa que está de mal com a vida, amarga, infeliz, ressentida e que culpa de todas as suas misérias as pessoas/grupos de quem não gostam. Há demasiada gente amarga no meu país.

terça-feira, maio 13, 2025

White Lotus - Temporada 3

It sucked big time!
É tudo o que tenho para dizer.

A vida mentirosa dos adultos - Elena Ferrante

O B adora a escrita da Elena Ferrante e adorou 'A amiga genial'. Por causa disso decidi ler uma obra dela um pouco mais pequena chamada 'A vida mentirosa dos adultos'. É uma espécie de "coming of age" passado em Nápoles (que aliás consegue ganhar uma volumetria considerável neste livro) com uma adolescente a descobrir-se enquanto descobre todas as mentiras e contradições que existem dentro da sua família. 

A escrita é interessante, o enredo familiar e cénico é muito bem articulado, mas no final faltou-me qualquer coisa. Não sei se esperava que a personagem principal acabasse por se tornar uma coisa definida. Talvez a metáfora seja isso mesmo: os adultos não são nada para lá de uma imitação de conceitos e representações que têm de si mesmo, sendo que provavelmente é isso que a Giovanna terminará por ser. 

14/20

segunda-feira, maio 12, 2025

Uma das coisas mais bonitas que me dedicaram

“Os outros eu conheci por ocioso acaso. A ti vim encontrar porque era preciso”.
- João Guimarães Rosa

Lembrando-me que apesar da diferença cultural é o respeito, o carinho, o amor e as boas escolhas que fazem o caminhar da vida ser bom.

51

No dia 10 fiz 51 anos. Gosto muito de somar anos de vida. Estar mais velho quer dizer que vou somando tempo usado em aprendizagens, experiências de vida, troca de afetos, vivência de emoções. Basicamente estar vivo é bom quando se usufrui do leque de opções disponível. 

O dia de anos não poderia ter sido melhor, passado com o B e a minha família. O B diz que a minha família é tão funcional que parece estranha. Somos todos muito emocionais, mas gostamos todos muito uns dos outros e somos 6 novamente (o meu irmão encontrou alguém que eu espero que fique). Siga!

sexta-feira, maio 09, 2025

Metáfora: Hunger Games


Este pequeno vídeo é das metáforas mais poderosas e inteligentes que vi nos últimos tempos. Quem viu a trilogia Hunger Games, percebe à primeira. É claro que nós no mundo ocidental não temos de deixar de viver as nossas vidas por causa de guerras extra fronteiras, mas temos uma obrigação moral enquanto seres humanos de nos manifestarmos, de mostrarmos compaixão, de não deixar cair no esquecimento o genocídio na Palestina (e outros espalhados pelo mundo). O valor de uma criança é inestimável e é o mesmo, seja ela branca ou negra ou cristã ou muçulmana. Sinto muita vergonha pela nossa civilização calada perante a bestialidade que ocorre na Palestina e na Ásia e na Africa, mas a Palestina está "escancarada", aqui mesmo na porta da Europa a sofrer os mesmo horrores que os judeus sofreram durante a segunda guerra mundial. Sinto mesmo muita vergonha, pela falta de empatia que vejo na Europa, no meu país e até no meio de muitos conhecidos. Vivemos na suposta era "do conhecimento e da informação" todos conectados através das redes sociais e eu nunca vi tanto individualismo, tanta falta de empatia e de humanidade. Passando a expressão "Pimenta no cu dos outros não deve ser refresco no nosso". Continuemos agarrados a um falso sentimento de segurança, continuemos a pensar que as coisas não mudam, que não interessa o que se passa longe. Num mundo globalizado interessa cada vez mais. Mas mesmo que não interessasse ainda deveríamos ser orientados por um sentimento de justiça, de respeito, de bondade, de evolução. Sigamos a falar de espiritualidade, de energias, de evolução pessoal (temas da moda) e a ser ridículos. Digo ridículos, porque as pessoas tendem a esquecer que uma pessoa não é aquilo que diz, mas aquilo que faz. As nossas ações é que deixam rasto, aquilo que fazemos (na frente e fora da visão dos outros) é que diz quem somos - com as respetivas consequências boas ou más. No final vamos todos deitar-nos com uma consciência tranquila, uns porque têm a sua consciência mesmo tranquila e outros porque têm uma enorme falta de noção. Gostava de terminar com a referência a uma grande ironia. Vivemos na época da imagem, todos (em maior ou menor grau) querem ser bonitos, ter boa imagem e vê-se que a imagem global das pessoas está mais cuidada, mas há um outro tipo de beleza, subtil e interior e existencial, que tem desaparecido. A nossa sociedade está mais feia neste sentido. Quem é capaz de ver a beleza no seu todo, acaba por sofrer com isso. E aqui reside a ironia. Quem tem uma consciência expandida sofre pela degradação da beleza à sua volta, que por momentos também pode ser sua, porque todos podemos ser falhos, mas a sua consciência e sentido de responsabilidade ajudam a melhorar-se e a recuperar o "viço existencial". Quem não tem noção vive bem, porque não percebe (por incapacidade ou vontade) que por trás de todas as justificativas e desculpas arranjadas para não ser responsável pelas suas ações e pela parte coletiva que lhe compete, a falta de beleza da sociedade reside em si mesmo. A sociedade somos nós. É o nosso reflexo.

quarta-feira, maio 07, 2025

Tanta pena que tenho dos coitadinhos

Tanta gente a falar do que sofreu por causa do apagão. Em Portugal e Espanha... tantos sofridos. A Comissão Europeia saluda o estoicismo do povo ibérico. Talvez devêssemos ser todos um bocadinho mais humanos e pensar no que se passa em Gaza. É um trilião de vezes pior do que se passou aqui a 28 de Abril e dura há muito tempo, há demasiado tempo. Só sinto muita, mas mesmo muita vergonha alheia.  

terça-feira, maio 06, 2025

Os dias do ruído - David Machado

 

Gostei do universo do livro: as questões do mundo contemporâneo, as redes sociais, as contradições sociais e pessoais que vivemos. Não obstante, senti que a prosa era como um molho que não está apurado q.b., "sabia um pouco a água". Pode ser que a culpa tenha sido de ter lido dois livros antes com narrativas tão fortes e com personagens tão contundentes. Não é caso de dizer que não gostei, li o livro todo, houve partes que até me fizeram sentir algo, mas precisava de mais. Muitas vezes faltava-me caracterização emocional ou densidade emocional na narrativa e nas personagens. Mas pronto, são gostos.

13/20


A palavra que resta - Stênio Gardel

 

Mais um livro que li em PT-BR. A descrição um amor entre dois rapazes - passado na roça -violentamente interrompido pela família é comovente e muito dura de integrar. Foi isso que mais senti, a dureza da aceitação e do preconceito sentidos pela sociedade e pelo próprio personagem principal Raimundo. Do passado este Raimundo guarda apenas uma carta e 52 anos depois resolve aprender a ler para saber o que está na carta. Este livro é sobretudo sobre dor e solidão. Gostei bastante de ser uma espécie de "coming of age" tardio. Mas é bastante duro de ler, com tantos sofrimentos e medos. 

16/20

Tudo é Rio - Carla Madeira

Foi o segundo livro que li em PT-BR e os receios que tive no início com as expressões idiomáticas logo se esfumaram. Carla Madeira é uma narradora exímia, com um imaginário lindíssimo. As personagens são cada uma delas uma história dentro da história e o livro vai oferecendo surpresas numa malha que se vai tricotando de mansinho até tudo fazer sentido. Este livro fala sobre amor e perdão. A capacidade e incapacidade de sentir e oferecer. É muito muito bom.


19/20


Kobo a render

Fiz uma assinatura do Kobo Plus e finalmente meti-a  a render, depois de pagá-la 3 meses sem ler um livro. Estas férias consegui rentabilizar o investimento ao ler 3 livros e metade de outro. Que bem sabe ler e o leitor de ebooks estranha-se no início, mas depois é bastante prático.

Férias em Itália

A Itália é, sem sombra de dúvidas, o país preferido do B - para ir pelo menos uma vez por ano (no ano passado ele foi três vezes).  Apesar de ser o país onde eu conheço mais cidades, não me importei nada de visitar duas que já conhecia (Milão e Verona) e acrescentar Bérgamo. Gostei mesmo muito de estar nas três.

As viagens são sempre sobre a companhia, que tem de ser boa mesmo que seja a nossa própria. Correu tudo muito bem e fizemos - claro está - imenso turismo gastronómico ou não fosse ele um aficionado da comida italiana. 

Milão que não me tinha surpreendido da outra vez, desta vez foi bastante agradável de viver. Os bares, as pizzarias, as esplanadas. Fiquei atestado em Aperol Spritz para os próximos dois meses.

Verona continua linda, mas notou-se o peso turístico na fila de 200 pessoas para a Casa da Julieta, que a meu ver não é imprescindível. Os vistas, as igrejas, os castelos e palacetes são muito mais apetecíveis. E o gelado sempre delicioso.

Bérgamo é uma pequena cidade com uma arquitetura e uma história cheias de interesse para além de uma gastronomia estupenda. Comi a polenta mais fantástica que existe e ainda fui ao local onde inventaram o gelado de stracciatella. Soube bem aproveitar os cafés, os bares, as praças cheias de sombra fresca. Tivemos mesmo muita sorte com o tempo - que foi de verão o tempo todo - e chegamos a Lisboa com um belo friozinho, mas não há nada como chegar a casa. Agora é esperar mais um mês pelas próximas.

quinta-feira, abril 24, 2025

Coisas que não percebo

Eu sou fã do Papa Francisco (ara mim existiram até agora apenas dois papas de relevo João XXIII e Francisco I - se um dia houver um segundo), mas até ontem Portugal era um Estado laico. Portanto adiar o 25 de abril para o 1 de Maio por motivos religiosos, faz-me lembrar que estamos próximos da ditadura. Acho muito triste. 

Sarilhos

O desconhecimento fez com que eu me metesse num sarilho dos bons. Claro que no final tudo funciona e o ser humano arranja maneira de se adaptar a tudo, mas vão ser uns meses bem chatos. Adquiri conhecimentos para a próxima a não cair numa destas de novo. 

quarta-feira, abril 23, 2025

Companion

Um filme bem giro sobre a humanidade e a dela. Muito bem planeado, com vários plot twists e interessante do princípio ao fim. Está disponível no MAX e aconselho a quem gosta de ficção científica. Mais um argumento válido para o debate sobre a inteligência artificial, mesmo sendo ficção.

17/20

Eu até nem gramo a Mariana Mortágua

Adorei ver as cenas do debate entre o BE e o CHEGA. Adorei ver a Mariana usar legos para mostrar os dados reais sobre as importações e dizer ao André Ventura que a taxa de criminalidade na bancada do CHEGA é bem maior que a dos imigrantes, porque é mesmo verdade. O CHEGA tem uma taxa de criminalidade de quase 50% o que me dá muita vontade de rir, porque as pessoas votam num partido com criminosos para impedir a criminalidade (LOL). Também é giro ver que o André Ventura não percebe absolutamente nada de economia, mas percebe imenso de malabarismo político e de manobras de distração (tenho de lhe tirar o chapéu por isso).  

Coisas complexas

A gestão de expectativas nossas e do outro. Das coisas mais complexas que existe. A adaptabilidade deveria ser mais acariciada nos tempos que correm. 

quinta-feira, abril 17, 2025

O B

O B consegue surpreender-me com a sua capacidade analítica e a sua maturidade. Como bom gémeos que é, racionaliza e pensa em tudo baseado numa observação exaustiva e constante; isto que faz com que seja ponderado. Já o ascendente em Carneiro dá-lhe uma impulsividade e uma facilidade em irar-se que podem ser muito problemáticas. Ele tem de fazer malabarismo com estas características e nem sempre é fácil.

Tenho visto ao longo do nosso tempo juntos um esforço enorme para conter a sua impulsividade e para ser "macio" quando algo o deixa incomodado. Eu sou do género "macio" e aprecio a gentileza em todos os momentos. Num casal tem de se ser gentil com o outro sempre (no meu modo de ver as coisas) e não aceito que discórdias e desencontros não possam ser resolvidas com conversa gentil e educada. Tenho muito respeito pelo esforço que ele faz para construir e evoluir em conjunto. 

Até o próprio B está admirado com o que conseguiu neste contexto. Não obstante, fora do círculo íntimo de namoro e amigos, ele continua a dar "paulada" a quem o chatear. 

terça-feira, abril 15, 2025

Ando cheio de vontade de dançar

A última vez que saí para dançar foi em Novembro e "soube-me que nem ginjas".  O B não é nada dado a festas pois a bateria dele acaba entre as 2h/3h da manhã. Mas tenho a esperança de o arrastar para uma sítio qualquer onde se possa dançar até não muito tarde. Pena que não conheço nenhum sítio assim de momento com música pop ou house. Mas a esperança está viva.

Porque é tão difícil para mim?

Porque é tão difícil para mim viver apenas o momento? Será que é porque sou Touro? Tenho uma necessidade enorme de rotina, de consistência e estabilidade. Claro que sei que há muita coisa que é efémera e/ou com carácter único. Mas preocupo-me muito com tudo aquilo que pode ser permanente e que eu gostaria que assim fosse. Os meus investimentos são, sem querer, concomitantes à certeza que possuo sobre uma possível estabilidade. Isso indica que estou mais a viver o conceito da coisa longeva do que a coisa em si mesma, no seu aspeto quotidiano. Mas faz um certo sentido que não viver as efemérides de um processo, pode fazer com que os aspetos perenes nunca solidifiquem. Estou apenas a pensar...

Obras da vizinha

As obras da casa de banho da vizinha de cima já me renderam duas inundações na sala e um buraco no teto. Eles garantiram-me que iam arranjar tudo, mas até lá espero não ter a casa mais destruída. Dedinhos cruzados.

segunda-feira, abril 14, 2025

Aprovado por Bob Trevino

Este filme é uma bela estreia da realizadora Tracie Laymon, que romanceou a sua própria história, transformando-se em Lily Trevino, que abandonada pela família procura o pai online no Facebook e acaba por fazer uma amizade com uma homem com o mesmo nome, que se converte numa figura paterna bem mais forte que a do pai biológico.

É um filme sobre a ansiedade, a solidão, o abandono, mas fundamentalmente sobre o carinho, a empatia e a bondade. Acredito muito nisto, na possibilidade de encontrar pessoas boas. 

O mundo atualmente é um lugar lúgubre, a maior parte das pessoas vive isolada na sua bolha individualista, por isso estes encontros são ainda mais especiais. Vi o meu pai no Bob e vi-me a mim tanto na Lily (quando era mais miúdo e tentava agradar a todos para que gostassem de mim) como no Bob (nos dias de hoje em que falo com qualquer pessoa que sinto que precisa e felizmente fiz dois ou três amigos online porque às vezes o nosso coração e o de outra pessoa estão abertos).

17/20

sexta-feira, abril 11, 2025

Coisas que não pensei ver

O meu pai nasceu em 1934, oito anos depois da ditadura ser instaurada em Portugal. Passou 40 anos da vida dele a viver debaixo de um regime autoritário e fascista, em que o abuso do poder era constante e a liberdade dos cidadãos era nenhuma. Vivia-se no medo. 

Eu nasci 15 dias depois do 25 de abril.  Num país que não sabia muito bem o que fazer com a liberdade, e 51 anos depois ainda anda incerto. A questão é que o papão da ditadura era longínquo até para mim. Pensei que os direitos fundamentais eram já adquiridos e não são.

Em poucos meses de governo no país mais poderoso do mundo, Trump conseguiu fazer renascer o fascismo, o desrespeito pelo bem comum, o falta de desvelo pela lei nacional e internacional. 

Mesmo para mim que tenho 50 anos, a palavra "fascista" era uma coisa de velhos ou de comunistas. Não mais. O Fascismo faz-se sentir no mundo inteiro de uma forma assustadora por via da ação dos EUA. Gostava que continuasse a ser apenas o "bicho papão"  dos comunistas e das memórias de outros tempos, mas não é. São tempos muito perigosos. A Europa está desprotegida, terá de correr ao armamento, com tudo o que isso significa no resto do funcionamento das instituições e da economia. 

O presente é negro e o futuro incerto.

quarta-feira, abril 09, 2025

A reler

“Quando acordaram de manhã, na mesma cama, ela disse-lhe que queria ter um passado com ele. Não era um futuro, que é uma coisa incerta, mas um passado, que é isso que têm dois velhos depois de passarem uma vida juntos. Quando disse que queria ter um passado com alguém, queria dizer tudo. Não desejava uma incerteza, mas a História, a verdade.”

― Afonso Cruz, Jesus Cristo Bebia Cerveja

quinta-feira, abril 03, 2025

Hungria

Eu já corria era com a Hungria da União Europeia. Porquê manter numa aliança um país que não respeita as regras fundamentais dos tratados em que essa aliança se funda?  Não me sinto nada confortável com paz podre.

quarta-feira, abril 02, 2025

Ser assumido ajuda num relacionamento?

Eu acho que sim. Não sei o que pensa cada pessoa, mas definitivamente acho que quem quer fazer uma família com alguém de forma saudável, nunca irá querer fazê-lo com alguém que está dentro do armário. Eu por exemplo, seria um desses casos. Esconder coisas nunca é uma boa solução.

Hoje um amigo

Hoje um amigo perguntou-me o que acho de um relacionamento em que existe muita diferença de idade. A realidade é que tive muito preconceito até ter tido o primeiro. Hoje e depois de várias experiências, acho cada vez mais que a idade é uma variável importante na medida em que influencia diretamente os gostos, cultura e semelhanças. Em 15/20 anos muita coisa muda numa sociedade e as pessoas desenvolvem-se de acordo com o seu contexto. Não obstante o facto de ser potencialmente mais provável que assim seja, não quer dizer que se concretize. Uma pessoa de 30 anos pode ter tanta maturidade como uma de 50 ou até mais.  Quanto mais próximos forem os seus valores e atitude perante a vida, mais certo essa relação dará. E no fim é apenas uma relação entre duas pessoas. Quando alguém gosta realmente de nós e se sente em casa connosco, não importa se somos feios ou bonitos ou velhos ou novos ou altos ou baixo ou magros ou gordos ou etc. 

No fim somos sempre duas pessoas a construir algo. O que importa é querer exatamente a mesma coisa da vida e de um relacionamento. Não temos de ter a mesma idade para querer o mesmo. A felicidade a dois virá dessa comunhão de propósitos e (inter)alimentará os dois, porque o que um tira o outro dá em equilíbrio.

terça-feira, abril 01, 2025

Anjos vs Joana Marques

Até o momento tinha-me mantido bastante neutro sobre o "caso do momento" : Anjos vs Joana Marques. Independentemente de achar que a Joana Marques é do melhor que o humor tem em Portugal, são artistas que respeito bastante. Os Anjos serão dos grupos portugueses mais consistences e sérios na sua profissão. Cantam afinadamente, têm algumas músicas muito boas, não fazem playback, e um deles tem uma voz enorme (a roçar o excelente).

Este processo judicial poderia ser um movimento político sobre os limites do humor, que acho legítimo e até necessário. A Joana Marques nunca se pronunciou muito sobe o assunto usando-o apenas para algumas tiradas de humor e dos Anjos nunca tinha ouvido falar nada, até ao dia de hoje.

Depois de ouvir os anjos em entrevista no Dois às 10, é-me completamente impossível não ficar do lado da Joana Marques. Não é uma tomada de posição política ou reflexiva. É um processo fundamentado numa ladainha incrível de ressabiamento, pequenez e até alguma desonestidade intelectual. 

Eu vi o vídeo e trata-se apenas de um vídeo com problemas técnicos que estragaram a atuação de uma versão do hino (não muito elegante), mas que não põe a qualidade dos próprios em causa e nem é a produção deles que está por detrás do evento, mas sim a do Grande Prémio. Quem trabalha em música sabe o que aquilo foi e os Anjos têm 25 anos de carreira ao melhor nível, sempre com atuações fiáveis e de qualidade. Ninguém ia deixar de os contratar por isso. Nem com medo dos bullies online que falaram mal deles (então não se contratava ninguém e, por essa ordem de ideias, a pobre da Carolina Deslandes estava a morrer de fome - se há alguém permanentemente alvo de bullying é ela).

O que vi, da parte deles, foi um enorme ressabiamento e um apelo à "caridadezinha" e à "justiçazinha" portuguesas. O Cláudio Ramos até fez algumas perguntas pertinentes e a Cristina Ferreira tentou ser a boa polícia ou foi apenas passiva agressiva por ser uma visada com alguma regularidade da Joana Marques. Achei só triste, mas a minha opinião vale o que vale nisto, ou seja, zero.

Lembrei-me

Há qualquer coisa de Cristina Ferreira na minha chefe.  Aquela esperteza macaca. Mas gabo sempre o jogo de cintura que têm.

quinta-feira, março 27, 2025

Às vezes recebemos uma notícia

Às vezes recebemos uma notícia que nos puxa o tapete debaixo dos pés. Depois de várias notícias felizes, uma delas até relacionada com a minha saúde, eis que entra uma outra que leva tudo à frente (código 6). O que vale é que já começo a ter alguma pele calejada, próprio da idade e de muitas agruras. Respira-se fundo e continua-se a andar.

O segredo

O segredo vai mesmo passar a ser a alma do negócio. Começo a acreditar na minha mãe que diz que as forças negativas não gostam de ver a felicidade e o bem-estar alheios. Então o melhor é mesmo deixar tudo muito bem escondidinho.

terça-feira, março 25, 2025

Superfruit



GUY.EXE - Superfruit

Amelia Moore



Sweet and Sour - Amelia Moore

Adolescência

A minissérie do momento revelou um grande ator, o protagonista Owen Cooper, e diria que é um repositório de boas atuações em geral. A forma como foi filmada dá um ritmo rápido e, por vezes, trepidante às cenas. Não obstante, acho que a narrativa não foi bem desenvolvida. Há pontas soltas, há engodos e distrações demasiado óbvios para atingirem o seu objetivo. Como televisão per se não me prendeu. Já no que respeita a temática, penso que é meritória nas diferentes janelas que abre sobre a juventude de hoje e sobre a relação da mesma com as estruturas fixas da sociedade e com a parentalidade.

Limites

Qualquer pessoa que defende ou desculpa o Governo de Israel, neste momento, não é meu amigo e não é um ser humano como deve de ser. É imoral, antiético e indigno o que se passa em Gaza e na Cisjordânia. As pessoas que apoiam este estado de coisas deveriam ter vergonha de si mesmas. 

Coisas boas.

O B queria ver neve e foi muito fixe termos ido à Serra da Estrela, apesar de terem cortado as estradas para a torre por causa do nevão, mesmo assim, no Sabugueiro havia neve e já valeu por isso. O Piodão estava lindo como sempre e ainda bem que o Hotel tinha piscina interior, para tomar um banhinho quente. Foi um fim de semana muito feliz. 

Experiências extremas

Este fim de semana apanhei um dos maiores cagaços da minha vida. Fui com o B para o Piodão (aldeia da minha avó) e no caminho caiu um temporal de neve. Mesmo indo devagar, a fazer uma curva, apanhei gelo na estrada e o carro resvalou, mesmo a travar e eu a ver a borda da montanha a aproximar (sem proteções), lembrei-me de puxar o travão de mão e o carro ficou mesmo na beira a uns 25cm do precipício. O B saiu do carro, a pedir-me que saísse também, e chamávamos um reboque. Mas eu estava demasiado a tremer para sair do carro e meti a marcha atrás e o carro andou nos sulcos que já tinha feito no gelo. Depois não sabia bem o que fazer, porque tínhamos de descer a montanha e estava a sentir-me bem inseguro. Lá acabamos por descer a montanha a 20km, porque me apercebi que o carro travava mesmo com o gelo. É um susto que eu e o B não iremos esquecer.

sexta-feira, março 14, 2025

O Limão

Desde que perdeu os quilinhos a mais, o Limão anda impossível. Sobe sem medo para cima de móveis e bancadas e não há comida que esteja a salvo, isto porque ele está mais magro porque come 7x ao dia a mesma porção de comida que comia 2x ao dia e, por conseguinte,  isso faz com que ele esteja mais ativo e em modo caça. Apesar de mais chato, está saudável e é o que importa. A realidade é que ele chateia mais o B que a mim. Até a fazer flexões o B tem de levar com ele sentado nas costas. O que acho muito fofo - porque não sou eu :-p. 

Sugababes



Jungle - Sugababes

Que pena tenho destas miúdas terem perdido o tino no topo da sua fama. Faziam pop com classe e ainda hoje continuam a fazê-lo. Podiam ter sido a girl band mais famosa do pedaço e mandaram tudo ao ar, em nome de carreiras individuais e outras tricas. Nada de novo, mas sempre de lamentar. Gosto muito do som delas.

quarta-feira, março 12, 2025

Acho, não sei.

Acho que estou com COVID pelas 2.193.873.870ª vez. Ou estou só a ser dramático porque não gosto nada de estar constipado.

sexta-feira, março 07, 2025

Sempre serei fã da música deles



MS MR - Saturn Return

A volta

O retorno há cerca de ano e meio à instituição profissional de onde tinha saído há 4 anos deveu-se á minha desilusão com a função pública e ao menos aqui existia um ambiente familiar e de interajuda. A questão é que eu saí antes da pandemia e voltei depois da pandemia. Muita coisa mudou. O teletrabalho disseminou-se e o individualismo também (talvez fruto desta nova configuração), assim dei por mim cada vez mais desmotivado e a pensar no sentido de me manter no departamento onde estou. Vou esperar pelo resultado do concurso de bolsas e posteriormente a isso, tratarei de mudar de departamento. É mesmo o melhor a fazer. A minha relação com a chefia está insustentável, não gosto mesmo de trabalhar com eles. Não há mais nada a prender-me aqui a este departamento.

Diz que...

Diz o horóscopo que este mês de março vai servir para os touros tirarem da sua vida pessoas que já não fazem muito sentido, lugares que já não fazem sentido, contextos que já não fazem sentido. Parece que é um mês de depuração, o que é bom mesmo quando as depurações são difíceis ao organismo.

quinta-feira, março 06, 2025

Podia ter ciúmes, mas...

Nem eu nem o B percebemos o amor assolapado que o Limão tem por ele, ao ponto de até os estados de humor do B influenciarem o gato. O meu colo já não é o preferido, sou o segundo a ser cumprimentado ao chegarmos a casa e se poderia ficar sentido, não fico. Fico mesmo feliz que o gato tenha esta paixão por ele quando anteriormente, sem ser eu, o gato não tinha muito interesse por ninguém. Dizem que os gatos são intuitivos, então vou-me fiar nele. Há uma vantagem, agora como ele não se anda a meter no meio das minhas pernas a todo o momento, não tropeço tanto, já o B anda sempre a tentar não pisar o gato.

Mudanças

Realmente ter de mudar parte do conteúdo de uma casa para dentro de outra que já está cheia, não é pêra doce. Estamos cansados de andar a reorganizar as dispensas, as móveis, os guarda-fatos... mas está a compensar estupendamente. Mais uma semana e está tudo. Fazer um lar é isto mesmo. 

sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Jantar

Hoje é o jantar com os meus amigos do 9º ano. É um sentimento maravilhoso ter amizades que duram há 36 anos. Amizades a sério. 

Muita gente, mas bora lá...

Foram 450 as pessoas que submeteram candidaturas ao programa Doutor AP. São 80 as bolsas de apoio a serem atribuídas. Digamos que a competição está renhida. Haverá uma bolsa por cada 5 pessoas, tenho cerca de 20% de hipóteses de ganhar uma. Difícil sim, mas não é por isso que deixo de acreditar até à publicação dos resultados.

terça-feira, fevereiro 25, 2025

O mundo está muito estranho

O mundo está muito estranho. Só isso.
Acho que anda muita gente infeliz a precisar de um abraço, de mimo, não sei.
Se calhar, antes não existissem redes sociais, para não ter de perceber a amargura, a infelicidade, a feiura, o despeito, a falta de empatia e sei lá que mais que prolifera em tanto coração. 

Pobre Limão

O Limão passou um dia e meio fechado na varanda, sem comer e sem beber. O B fechou a porta da varanda antes de irmos para a aldeia e ele estava lá fora. Quando voltamos a casa e ele não nos veio receber ficamos com o coração aos pulos, vi que as portas da varanda estavam fechadas e temi pelo pior. Quando abri a porta ele nem se mexeu só começou a miar muito alto tipo queixume. Tive de agarrá-lo ao colo e ele não parava de miar e também não se mexia.  Não sei se pensou que o tinha abandonado, nunca sei bem o que vai na cabeça de um gato. Levei-o para a cozinha para lhe dar de comer e beber. Depois disso, passou o resto da tarde deitado nos meus pés, enquanto eu trabalhava. 

O curioso é que tenho o antigo WC dele na varanda (para deitar fora) e ele foi fazer xixi lá dentro, mesmo sem areia. E arrancou as almofadas das cadeiras para as meter por baixo e assim abrigar-se do frio e ter uma cama. Coitadinho do meu velhote. Apesar de ter sido um acontecimento infeliz, acho sempre fantástica a capacidade de sobrevivência dos gatos.    

Melissa Maria

A Melissa Maria é o aspirador inteligente do B. Confesso que tive algumas dúvidas quanto à eficiência do eletrodoméstico, mas estou rendido (Xiaomi rocks!). 

And Just like that...

Tenho uma família minha. Dois homens e um gato a viver oficialmente debaixo do mesmo teto. 

sexta-feira, fevereiro 21, 2025

Não sou fã do Shawn Mendes mas...



Heart of Gold - Shawn Mendes

Há algo de muito bonito na melodia desta música que me faz sentir bem, ao mesmo tempo que me traz um sentimento de nostalgia estranho. Mas é sobre lembrar alguém que já não está e que tivemos a sorte de conhecer. Isso acontece a todos acho, essa tomada de consciência dos "corações de ouro" no nosso passado. 


Estou a adorar a música e o vídeo



Abracadabra - Lady Gaga

Sapateira

Com a perspetiva de o B se mudar lá para casa tenho andado a reorganizar os armários e as dispensas. Como tenho muitos sapatos que antes estavam em caixas, vi-me na contingência de ter de fazer uma estante para meter os sapatos com espaço para 54. Fui ao Leroy e comprei madeira, parafusos e pregos e já está montada com os sapatos metidos. Menos um problema. 

quinta-feira, fevereiro 20, 2025

E os dados estão lançados

Acabei e submeti a candidatura à bolsa de PhD, agora é esperar pela avaliação. Dedinhos cruzados. Fazer este doutoramento pode ser totalmente uma mudança de vida, abrem-se novas possibilidades (tomara que este seja o plano universal para mim).

O privilégio de ser branco

Hoje um conhecido meu, que é deputado, fez um post no Facebook sobre  o sofrimento dos familiares dos reféns do Hamas e o que eles perderam. Eu fiquei perplexo. Eu tento que esta conversa não me incomode, mas incomoda muito. Há dezenas senão centenas de grupos terroristas a operar em todo o mundo e em especial na África e Ásia, e ninguém parece importar-se com o sofrimento das vítimas destes porque elas são de outra raça, etnia, religião.

Em resposta a post por ele publicado escrevi isto:


"Querido C., sou anti Hamas e anti todas as formas de terrorismo. Gostava de saber, porém, onde andam as vozes anti terrorismo quando as vítimas não são brancos. Repudio profundamente o Hamas, mas infelizmente Benjamin Netanyahu não fica atrás e tantos outros na África e na Ásia - mas claro, as vítimas destes são menos pessoas. O que se passa/passou no Uganda, na Nigéria (com 300 miúdas raptadas por terroristas do Boko Haram), enfim tantos casos de terrorismo. Os terroristas, nós sabemos que são perigosos à cabeça, mas anda muito Hitler disfarçado de chefe de estado por aí e nós a sorrir. Pena que as pessoas "comam" apenas o que a propaganda e as redes sociais lhes dizem, sem conhecimento profundo sobre nada. O mundo para mim é um lugar muito feio neste momento, e nós somos "treinadores de bancada". Somos muito bonzinhos sentados nos nossos sofás e no conforto das nossas casas. Se calhar, em África e na Ásia e até na América há muita gente a precisar de um abraço. Na Síria pessoas que lutaram contra o ditador tiveram a família toda assassinada (pais, filhos, conjuges, irmãos e sobrinhos). Mas talvez por serem muçulmanos, ninguém se importe muito com a sua dor. Ainda bem que sou branco, agnóstico e de um país ocidental/ocidentalizado. Sempre me dá vantagem na escala das comparações da dor."

terça-feira, fevereiro 18, 2025

Uma vez a minha sobrinha disse-me

Tinha 8 anos quando me disse " Tio, se me perguntares, pessoas bonitas são aquelas que têm amor no coração". E ela tinha razão. Assim, aos meus olhos e graças a ela, o que faz uma pessoa ser feia - mas mesmo feia - não é ser gorda ou baixa ou ter acne ou ser vesga, é mesmo o ressabiamento, azedume ou maldade que transporta no seu coração. Isso nota-se no olhar e ela fica feia. 

sexta-feira, fevereiro 14, 2025

Primeiro São Valentim

Apesar de termos combinado que não comprávamos nada no dia dos Namorados, eu e o B fomos os dois uns grande mentirosos e eu ofereci-lhe uma carteira e ele uma impressora de fotos Instax mini. Fomos ontem jantar fora (para evitar as enchentes de hoje) a um restaurante de almondegas artesanais que aconselho muito 'Polpetta'. 

Hoje recebi sem estar à espera um glovo com uma caixa de bolas de salame do Lisboeta e um ramo de girassóis (as minhas flores favoritas) e eu enviei-lhe um ramos de tulipas e um chocolate (os favoritos dele). E assim se fez um dia bonito.

Exigência

Acho que numa relação, quando as pessoas são muito exigentes com o outro, isso quer dizer que se importam. Se não existisse real interesse, tanto daria uma coisa como outra.

Nunca desejei tanto um fim de semana

Estou muito cansado. Esta semana deu cabo de mim. A próxima será muito importante, vamos ver se entrego a candidatura de doutoramento. 

quinta-feira, fevereiro 13, 2025

Prateleiras

Na nossa vida tudo tem uma escala de importância, as pessoas incluídas, e temos de arrumar aquilo com que nos relacionamos de acordo com a sua prioridade, ocupando a pessoa ou a coisa um lugar mais próximo da nossa atenção. 

Quando falamos de pessoas, em particular, acho que não há que ter medo de as recolocar em prateleiras diferentes. O que faz parte do nosso mundo pode perder a importância e prioridade ou ganhar. É um movimento constante, mas fundamental para nos manter sãos: deixar as coisas e as pessoas no lugar que lhes compete ocupar. 

terça-feira, fevereiro 11, 2025

Dia de veterinário para o Limão

O meu gato foi ontem ao veterinário e eu fico numa ansiedade desmedida porque sei que ele odeia ir lá e sinto sempre que estou a violentar o gato. Sempre que vai tenho de o sedar em casa e depois ainda leva uma segunda sedação para que deixe mexerem-lhe. Eu fico uma pilha de nervos porque vejo que o bicho fica muito perturbado e é apenas um animal sem capacidade de compreensão.

A parte boa é que ele está muito bem para os seus 11 anos. Perdeu 800g (estava com 7.6kg e precisa de ir para os 6.1kg que é o seu peso natural). Tem a tiroide em bom estado, a musculatura, os ossos, os dentes, falta saber a questão dos rins, uma vez que ele tem a doença renal crónica. Da última vez os valores estavam normais. Assim que aguardo, mas a esperar com bom feeling.

Ontem o pobre andou meio tonto depois de chegar a casa porque ainda tinha a sedação. Até foi algo cómico, vinha roçar-se nas pernas e falhava. Mas hoje já está normal. 

Não sei explicar o amor que tenho por este gato, mas acho que tem a ver com tê-lo criado desde recém-nascido. Era tão pequeno e indefeso e eu sem jeito nenhum para estas coisas, mas ele lá me ajudou e 11 anos depois aqui estamos os dois, a somar e a seguir. 

sexta-feira, fevereiro 07, 2025

Tatuagens

Tenho uma tatuagem no interior da perna esquerda (um símbolo Adinkra) e gostaria de fazer uma bússola na mesma zona da perna direita (a apontar o Norte) e para finalizar uma tatuagem de um gato a agarrar um limão - talvez no antebraço ou na parte posterior do braço direito. Quero muito fazer uma homenagem ao meu Limão, o gato que me mudou a vida. 

3º andar sem elevador

Moro num 3º andar sem elevador num prédio bem situado numa zona cara. A falar com o B cheguei à conclusão de que em 10 anos ou pouco mais, vendo a casa e compro uma vivenda num sítio fora da capital. Não muito longe, assim a uns 20/25 minutos de carro. É um plano. Enquanto o Limão for vivo não quero sair dali. Depois talvez arranje um cão, acho que a cota de gatos esgota com o meu gorducho lindo.

quinta-feira, fevereiro 06, 2025

Thomas Gouws

Acho o trabalho do Thomas Gouws extremamente elegante. Contextualizado por elementos arquiteturais e intemporais, o quadros deles mostram o poder da simplicidade e da criação de ambientes que nos levam a focalizar no que realmente importa refletir. 




As pessoas deixam cair a máscara

É realmente debaixo de tensão que as pessoas deixam cair a sua "máscara" e são mais autênticas. Hoje tive um exemplo disso. No caso, o exemplo não foi bonito. Vi a falta de humanidade e o egoísmo de uma pessoa que está sempre com sorrisinho fácil. Aquilo fazia-me pensar e quase achar que os olhos estavam vazios por trás dos sorrisos e que me parecia alguém com uma agenda pessoa forte (eu em primeiro lugar). O que hoje vi foi tão claro, que não há nada que a pessoa possa dizer ou fazer para voltar pelo menos a ganhar a minha dúvida sobre o seu carácter. E acho que nunca mais me sentirei bem na sua presença, mesmo que seja para facilitar a vida a terceiros. AL-e-F.

Eric

Esta série pertence ao género thriller psicológico e está na Netflix. Não é bem o que eu pensava que fosse. Mas acabei por gostar. Passa-se na perigosa Nova Iorque dos anos 80 e o desaparecimento misterioso de um rapaz de 10 anos lança o mote para uma busca infindável e para o exorcizar de demónios das personagens principais: o pai, a mãe, o detetive, etc. 

A constituição histórica está muito bem conseguida, os cenários, os ambientes, os personagens. Adicionalmente a história tem, também, um aspeto de fantasia (ou loucura) que a torna diferente e amacia de uma certa forma.

Deputados do Chega

Em menos de um mês:

- um deputado que rouba malas e roupas no aeroporto e vende através dos correios do Parlamento.
- deputado apanhado a conduzir com 2.25g/l de álcool no sangue
- um deputado a pagar a menores (15 anos) por sexo

Não podemos dizer que não é um partido diferente. Lá rasca é. 

Achava giro que houvesse uma polícia parlamentar secreta que durante um mês seguia 20 deputados de partidos distintos à vez. Acho que ia ser muito divertido o resultado. Os crimes de colarinho branco estariam concentrados no PSD, PS e CDS, o BE não cometeria crimes (só o da autoflagelação) e o PC e o Chega concentrariam em si os "crimes rasca". Mas pronto, isto nem é uma profecia, é apenas uma ideia engraçada. Ficção.

quarta-feira, fevereiro 05, 2025

Terceiro lote de férias

Aconteceu completamente por acaso e vai ser ainda antes do primeiro bloco de férias - passará, portanto, a ser o primeiro. Será ali mesmo antes do meu aniversário e ainda vai apanhar o nosso "mêsversário". 

O B adora o país dos seus antepassados e eu resolvi ver como estariam os bilhetes de avião para cidades que ele não conhece. Uma delas estava em conta, ficando bastante próxima de outras que eu quero muito conhecer. Estou entusiasmado. Temos de procurar a felicidade onde ela é passível de existir (o meu trabalho não é território fértil de momento). 

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Segundo lote de férias

Vou voltar a um país onde sou sempre muito feliz - pela quarta vez. 

Pensamentos intrusivos

“O pensamento intrusivo é toda ideia, palavra ou imagem mental que aparece de modo espontâneo e indesejado. São coisas que causam uma enorme estranheza, geralmente não correspondem aos valores da pessoa e exigem um enorme esforço para afastar da mente” (Dr. Luiz Scocca)

Tendencialmente causam angústia, desconforto ou ansiedade. É o cérebro a querer que fiquemos mais alerta. Mas até que ponto conseguimos lutar com a irracionalidade da maioria destes pensamentos? Como é que representações de uma possível realidade se convertem (no nosso cérebro) como a realidade plausível? 

O risco de não libertar estes pensamentos ou de não os resolver pode desembocar numa vivência irreal da realidade, com custos elevados. Por acaso, dá-me um pouco de medo, um dia não conseguir resolver um pensamento intrusivo que me faça perder algo de bom (e real), só porque eu estava com medo ou ansioso.

sexta-feira, janeiro 31, 2025

Mousse de chocolate fit

Aquela receita de mousse de chocolate fite que anda aí, resulta mesmo. Bastam 5 maçãs grandes, 250g de chocolate preto daquele 55% ou 60% e 1 pacote de folhas de gelatina. Cozer as maçãs sem casca e caroços, juntar o chocolate derretido e a gelatina demolhada. Bater tudo junto no liquidificador e deixar no frigorífico até estar sólido (umas 6h). Fica mesmo bom.

Desejar mal ou não

Muitas vezes digo aqui que não desejo mal a ninguém e é verdade. Não desejo mesmo. Também digo que toda a gente tem direito à sua opinião, até mesmo com esta a ser controversa, como não gostar de gays, ou de chineses, ou de judeus ou de cantores de música pimba, etc.

Toda a gente tem direito à sua opinião, eu sou gay e aceito que não gostem de mim por isso. Não é um problema meu. Não aceito é ser atacado por isso, ou que a minha liberdade seja reduzida por isso.

Todos têm as suas opiniões e eu faço parte do todo e, logicamente, tenho as minhas. Já escrevi aqui bastante sobre o que me provoca o conflito em Gaza - emocionalmente - e a opinião que tenho de Benjamin Netanyahu e de quem apoia a política do Estado de Israel. Não tenha nada contra Israel, ou contra israelitas, a menos que eles apoiem a política deste Estado. Aí essas pessoas passam a ser indiferentes para mim, e para expressar a minha indiferença digo que "não me iria importar se essas pessoas morressem de doença penosa". Não quer isto dizer que eu quero que eles morram de doença, apenas quero dizer que numa situação extrema como essa eu não iria querer saber do que se passava com eles (o mesmo aplica-se a Putin, Khamenei, Kim Jong-un, Bolsonaro e outros líderes e simpatizantes de líderes que infligem o sofrimento a terceiros sem o menor arrependimento).

Pessoas que praticam a maldade de forma aberta e revelam a maldade de forma aberta (sem respeito pelos valores mais fundamentais da vida/dignidade humana), não me importo minimamente com o que lhes possa acontecer. Claro que é mais fácil, expressar o meu desprezo dizendo que não me importa que lhes aconteça algo mau, do que dizer que não me importa que lhes saia o Euromilhões. Na realidade, as duas coisas não me importam. Não me interessa nem a felicidade, nem o sofrimento das mesmas. 

Isto não se aplica a anónimos ou pessoas públicas que até podem ser más, mas que não exercitam de forma pública a sua maldade. Agora qualquer um que manifeste ter verdadeiramente má índole, até pode ser anónimo ou com insignificância pública (por exemplo um leitor de blogues que destila ódio nos seus comentários e intervenções apenas porque sim), nesse caso aplica-se a minha máxima de sempre: não quero saber da infelicidade ou felicidade dessa pessoa. E tenho esse direito, tenho apenas o dever de não atacar, oprimir ou suprimir o seu espaço.  

quinta-feira, janeiro 30, 2025

Há dias

Há dias em que estou no trabalho e preferia estar bêbado à beira da inconsciência para não me lembrar de que aqui estou. Que dia mais seca e mais foleiro e mais tudo...

quarta-feira, janeiro 29, 2025

A Ana Garcia Martins disse tudo

A ler aqui  na totalidade.


"Que raio de pessoas é que andamos a formar? Entristecer-me-ia muito ver um filho nesta situação, a ser agredido desta forma, mas juro por Deus que me entristeceria muito mais ter um filho agressor ou um filho indiferente. Porque acho que era a confirmação de que teria falhado muito enquanto mãe, na educação de seres humanos empáticos, solidários, atentos, preocupados"

"Ninguém está livre, é um facto, mas que desgosto do c****** que deve ser. E as escolas? Onde é que ficam no meio disto? Demitem-se da função de manter as crianças seguras?" (...) "Que se punam os agressores, que se atue, que se previna, que se reforce o poder de atuação das escolas/professores/auxiliares, e que se acabe, de uma vez, com a m**** dos telemóveis nas escolas, que são só mais gasolina na fogueira. A vergonha e a angústia que tudo isto me dá".

Desativei a conta do IG

Porque quero estar mais concentrado no projeto de doutoramento (quero ver se ganho uma bolsa) e porque passo muito tempo com o B a fazer coisas reais, decidi desativar a minha conta de IG temporariamente, desde 15 de janeiro. A volta está marcada lá para 18 de Fevereiro. No entretanto, apenas 5 pessoas deram pela minha falta (3 amigos e 2 conhecidos). Chego à conclusão que a maioria dos meus amigos já não usa as redes sociais. E alguns já falam de desistir do WhatsApp. Acho que anda aí uma "trend".

segunda-feira, janeiro 27, 2025

É estranho

É estranho para mim o conceito de alguém não nos querer bem e ser ativo nesse mal querer. Há pessoas que eu não gosto nada ou até abomino, mas isso só me faz querer não saber delas ou tê-las por perto. Não procuro saber nada sobre pessoas de quem não gosto e não tenho o azedume de querer criticar só por não gostar delas. Daí não compreender que pessoas visitem e comentem a web de conhecidos para os atacar, deixar comentários desagradáveis. Pior um pouco quando isso se passa com desconhecidos. Eu não simpatizo com a personalidade da Cristina Ferreira ou da Luciana Abreu, mas jamais iria aos seus websites ou redes dizer algo desagradável. Posso achar que são bimbas? Sim. Mas daí a desejar-lhes mal, vai um grande passo. Apenas desejo saber o mínimo delas, se for possível. Não tenho de atacar ninguém, porque a minha opinião é pessoal e apenas a mim diz respeito. O mundo precisa de um abraço.

sexta-feira, janeiro 24, 2025

quinta-feira, janeiro 23, 2025

Geração Z

Li hoje mais um estudo preocupante sobre a Geração Z. Grande parte destes é incapaz de realizar tarefas básicas - como mudar uma lâmpada do teto - e um número considerável acha que subir a um escadote é uma tarefa perigosa. Cerca de metade dos Z paga a um profissional para, por exemplo, lhe encher os pneus do carro e quando não usam profissionais para realizar tarefas do dia-a-dia, usam os pais. 

Eu acho a Geração Z medonha, já achava os Millenials dos anos 90 preocupantes. Mas isto só vem provar que as pessoas da minha geração (Geração X) e os primeiros Millenials fizeram um trabalho péssimo a educar crianças. O que genericamente se conseguiu foi criar (falando genericamente claro) um grupo de pessoas frágeis, com pouca tolerância à frustração, e com uma noção de self exacerbada. É também a primeira geração em que o QI não subiu. 

Claro que uma discussão séria sobre este fenómeno não cabe em 3 parágrafos, mas em traços gerais, se uma geração ao falhar conta com os esforços da próxima para ver o mundo evoluir. Eu não conto com absolutamente nada. Conto apenas com a continuação da decadência do nosso processo civilizacional. A nossa civilização está a dar os últimos passos. 

Outra coisa virá a seguir quando nós implodirmos e sim, essa "nova ordem" é a que me gera curiosidade. mas já não estarei cá para ver.