Causa mortis:
Traumatismo craniano
Fruto de mergulhos profundos
Em pessoas rasas.
Zack Magiezi
Ps. perfeito para o nosso tempo.
Causa mortis:
Traumatismo craniano
Fruto de mergulhos profundos
Em pessoas rasas.
Zack Magiezi
Ps. perfeito para o nosso tempo.
O estudo de Michel Desmurget é bastante compreensivo quanto aos efeitos dos meios digitais no desenvolvimento dos mecanismos inteligentes do cérebro. Mais informação aqui (está em espanhol, mas foi a entrevista mais extensa com autor que encontrei).
Hoje apareceu-me uma vídeo da Kim Wilde nas sugestões do Youtube e eu lembrei-me de que gostava muito de algumas músicas. Então, resolvi criar uma série com músicas dos anos 80 que eu sempre gostei. Se calhar vou fazer o mesmo para os anos 60, 70 e 90. Quem sabe alguém que não conhecia passa a conhecer uma músico que lhe interesse.
As minhas tão desejadas férias não irão acontecer porque vai haver confinamento (ou uma espécie de). Quer isto dizer que vou ter de desmarcar o hotel e adeus Minho. Fico mesmo chateado com as pessoas em geral por estarem dar um tiro na sua própria liberdade. Na Noruega, na Finlândia anda tudo na rua a respeitar as medidas de higiene e com níveis de contágios baixo. Nos países "chico-espertos" é o que se vê e a culpa é sempre alheia (os outros, o Governo, ou até que não existe pandemia).
Conheci a existência da Colleen através do maravilhoso álbum instrumental «Les Ondes Silencieuses». Durante muito tempo esqueci-me dela e hoje voltei a reencontrá-la num dos poucos registos em que usa a voz.
Morreu ao 90 anos aquele que foi considerado o homem mais sexy dos século XX, e eu sou forçado a concordar com o título. A masculinidade não tem de ser tóxica. Um homem seguro de si e acessível é a receita, muitos tentam praticam, mas poucos logram conseguir o melhor resultado. RIP Sean.
pessoa sincera: tu és igual à madonna
silvestre: canto e sou liberal nos costumes?
pessoa sincera: não, és velho e pareces novo.
Há 1 ano atrás estava a meio de uma maravilhosa de férias no País Basco. Nunca pensei que apenas um ano depois o mundo estivesse configurado da maneira que está.
Eu sou dos que usam máscara e tenho zero medo de apanhar COVID19. Muitas vezes até fico a pensar se não era bom eu apanhar e ficar logo imune a 80% das mutações conhecidas do vírus. Este pensamento vem de um certo otimismo em pensar que apanharia uma versão mais levezinha. Contudo, considero que fui bem educado pelos meus pais e há aqui uma questão de civismo. Sei que na sociedade há pessoas que não apanham versões levezinhas do vírus e que morrem, algumas até de forma surpreendente porque não estão associadas a grupos de risco. Pois se eu puder baixar a probabilidade dessas pessoas morrerem, pelo uso da máscara, faço-o sem pensar. É uma questão cívica e de solidariedade. Só as pessoas desprovidas de empatia pelos outros é que se recusarão a fazê-lo. Sim, falta de empatia por terceiros que não sejam emocionalmente significativos para quem tem de decidir se usa ou não. Mesmo que a minha família estivesse toda imune, eu usaria máscara na mesma porque não quero colocar em risco a mãe, filho, irmã, marido de quem for.
Há também as pessoas tolinhas que acham que é tudo uma conspiração e que o COVID é uma mentira global e é tudo uma estratégia de controlo das massas pelos Governos (porque os Governos têm mesmo todo o interesse em ter economias destruídas, desemprego, subida dos níveis de criminalidade, sistemas de saúde incapazes de responder aos problemas de saúde genéricos da população, etc.), mas burrice tem limites quando é estruturalmente perigosa.
Aqui há dias li uma coisa no Facebook com a qual me identifico na totalidade e que deixo aqui, para mais tarde recordar. Um momento Kodak (portanto).
A sério, eu não entendo esta revolta sobre a obrigação de usar uma máscara. Cada um tem a sua opinião e esta é a minha:Eu acho que sim (e acho que os meus "quarentas" são o equivalente aos lugares contraditórios de classe. Ao simplismo da teoria Marxista, Erik Olin Wright contrapôs que as classes médias são uma mistura (assimétrica e diversa) das características burguesas e proletárias (dito de forma muito básica).
Assim me sinto eu. Uma mistura de jovem com maduro, assimétrica no tempo e nos contextos, às vezes harmónica, às contraditória. Não pertenço nem a um grupo nem a outro e há alturas em que queremos tanto pertencer a algo. Encontrar o conforto do grupo referencial.
Uffff... Há dias em que se tem mesmo de respirar fundo para poder aguentar algumas pessoas sem dizer sequer o que nos vai na alma a seu respeito.
É um bocado assim que caracterizo a minha atual realidade. Inspirei e ainda não tive ordem de soltura. É este aguentar do ar internamente, a resignação de que tão cedo não vou expirar.
"Loneliness is a sign you are in desperate need of yourself."
Rupi Kaur, Milk and Honey
Com um bocadinho de sorte estou a 1 mês das minhas últimas férias deste ano e talvez as primeiras sem problemas de saúde, uma vez que os outros 3 períodos foram marcados por isso mesmo. Portanto, pessoal do mau-olhado dêem-me umas férias (literalmente).
Quando conseguimos controlar o caos do nosso pensamento, as experiências menos positivas são o melhor veículo para a consciencialização de onde devemos estar ou de onde não devemos estar. Ter sempre presente que todas as experiências delimitam o nosso mapa de ação é meio caminho andado para aceitar o caminho em que nos encontramos ou nos perdemos. Fundamental é compreender e perceber qual dos processos se está a dar, se nos estamos a perder procurar o porquê, o que foi embora, que parte de nós não está ali. Depois disso perceber até que ponto estamos presos aquele trilho, até quando vamos ter de permanecer nessas redondezas. Personalizando, há um sítio onde eu não quero estar, mas sei que terei de permanecer ali mais tempo. Sei o que não me faz feliz e graças a isso concretizei o que me faz feliz e um ponto de fuga. A fuga não é para já, mas a contagem decrescente e a certeza de que o ponto de fuga está mapeado, deixam-me tranquilo para trilhar o que falta.
O inimaginável aconteceu. A Miley Cyrus cantora "bué de radical" para os putos, cresceu e tornou-se (provavelmente) a coisa mais interessante do mundo pop em 2020. Estou a adorar este revivalismo que mistura rock e new wave do início dos anos 80. Para além da estética milimetricamente pensada, as versões dos Blondie, Pearl Jam, Britney Spears, The Cure, etc., mostram uma refrescante direção e um fabuloso conhecimento e amor pela música. É caso para dizer "she is rocking!" e não apenas em sentido literal.
Ora bem. embora não tenha sido muito dramático a esse respeito a verdade é que fui operado ao coração. Porque acho que não tenho de andar atrás das pessoas para o informar, muita gente (a grande maioria) dos meus conhecimentos não soube o que se passou. Claro que isto mostra que o célebre "longe da vista longe do coração", tão típico deste tempo de pandemia, é uma realidade. Mas o que me pareceu fascinante foi a falta de cuidado de quem soube a dias do evento (não pode dizer que se esqueceu) e até ao dia de hoje não perguntou nada. Vivemos tempos extraordinários, de facto.
Não sei porque chamaram a esta edição Revolução quando é muito mais semelhante aos modelos de reality show passados. O BB2020 na realidade foi mais revolucionário e com pessoas mais de longe mais interessantes fosse no aspeto negativo ou positivo. Nunca vi tanta gente desinteressante junta num mesmo programa. É tão mas tão aborrecido o programa. E até o mais egocêntrico e autocentrado dos concorrentes (o Rui Pedro) é tão repetitivo e tão aborrecido na sua ladainha. Não creio que haja volta a dar, não se saca nada dali.
Posso trabalhar num sítio caótico, por vezes disléxico e até disfórico, mas no meio disto tudo a atenção da Sra. A (os chás quentinhos, a frutinha descascada e outros mimos) dão-me a energia para mais umas horitas de trabalho. Que bem me está a saber este melão.
Este fim de semana emprestei dois livros. A ideia que eles podem continuar a iluminar novas mentes é maravilhosa. São eles «O estranho caso do cão morto» e «As coisas que te caem dos olhos». No caso do segundo livro ,que li faz tanto tempo, já me tinha esquecido da beleza que lá vai dentro. As analogias maravilhosas, a textura emocional (dois exemplos abaixo)
“O matrimónio é como um loft: com as janelas a olhar o mundo e que nos deixam boquiabertos, sem fôlego. E depois o pó invisível dos dias, dos anos, irreprimível, que se deposita preguiçosamente nos móveis, nos pavimentos, e mastiga tudo, até as divisões do amor.”
Os segredos são peles que se formam nos lábios gretados das pessoas, retirados com pequenas mordidelas, com cuidado para não sangrar.”
Infelizmente (e felizmente) não somos todos iguais e há pessoas que se desorientam com muita facilidade ou que não têm capacidade de olhar para um problema holísticamente. Porque não ser humilde e deixar liderar quem tem competência para isso? Há tanta gente e meter-se em bicos de pés. Não é sustentável passar uma vida em bicos de pé. A altura ou é estrutural ou não é.
Talvez seja por estar doente que acabo por me focar no que é mais essencial. Percebo que há muita coisa de que não preciso (ou precisamos, em geral). O mais triste é perceber que também não preciso assim tanto de muitas pessoas. Conheço muita gente, mas não preciso delas neste momento. Quando a vida se resume ao que realmente importa penso no meu namorado, na minha mãe e ao meu gato.
Quantas pessoas sabem que estou doente? Na realidade, as duas que me mandam a mensagem a saber como estou. Quando não temos apetite para contactar com os outros, apercebemo-nos de que somos mais nós quem procura o outro. E mais uma vez parece que nada importa. Se nada importa, então tenho um bom namorado que me acaba por suprir todas as necessidades de afeto. Seja, ou não, por esta razão ele é mesmo estupendo no capítulo de estar lá para o outro - no caso eu, lucky me.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Martha Medeiros
Assim sendo o horror ao conteúdo de algumas moções só me chegou hoje. E a lista única lá passou à terceira senão ninguém comia o bitoque prometido (:p).
Sou eu a única pessoa a detestar visceralmente o novo backoffice do blogger? No meio dicionário, mas mudanças servem para tornam as coisas mais eficientes e inteligíveis. Não creio que nenhuma destas condições tenha sido conseguida. O tempo que demoro a editar é muito maior. Grrrrrrrr...
O efeito férias e o facto de não ir ao cinema desde Março acabou por me fazer ver 4 filmes durante a primeira semana, porque eram os que estavam disponíveis no cinema mais próximo. Foi por isso que vi «O Segredo». Achei que era fixe de ver com a minha mãe. Ela adorou e eu não achei muito mau se pensar que é um filme sem grandes pretensões. Para um filme de segunda linha até se vê bem e há apenas ali uma ou outra coisa mais "xaropenta" e uma ou outra coisa pouco plausível. Mas as atuações, por exemplo, estão bem.
12/20
Os meus 15 dias de férias foram atípicos. A saúde andou a fazer das suas, em grande, mas deu para voltar ao cinema e ainda deu para continuar a dieta (ainda faltam 3kg para dar conta do recado).
Ontem fui orador convidado num webinar sobre Economia Circular. É tão bom quando podemos falar e trabalhar sobre coisas em que acreditamos e que nos falam ao coração. Aparentemente o meu espanhol não está assim tão mal, porque o webinar foi para o Equador e Argentina e toda a gente compreendeu bastante bem. Ao terminar senti aquele tipo de satisfação que há muito não sentia.
259. Nem tinha reparado nas partições. Fiquei impressionado com o 90. Há uma ligeira melhoria este ano, mas é uma loucura (no mínimo).
A busca por uma casa de campo para comprar começou este fim de semana. O Ribatejo é o sítio de eleição, mas pode ser que apareça outra coisa, desde que seja a 1h de Lisboa, está-se bem.
O dia de ontem trouxe-me um surpresa muita agradável. Um almoço excelente com pessoas que têm o coração no sítio certo. Aqueles lugares onde não temos de estar a medir as nossas palavras, onde não temos de nos defender são tão bons de estar. Cada vez mais raros. O meu obrigado ao João.
258. É uma batalha. A compulsão é uma coisa lixada. Reduzir e reciclar. O objectivo é ficar com o essencial.
E passaram os primeiros 10 dias sem comer doces, sem comer manteiga, sem comer pão e a comer sopa à noite. O objectivo é perder 7kg. Nunca tive o bonito peso de 86kg e quero voltar aos 79kg que tinha antes do isolamento social. Se ao menos pudesse fazer exercício, a coisa resolvia-se rápido, assim tem mesmo de ser a fazer dieta.
Acho que nenhum de nós tem a ideia precisa do quanto somos observados. Há sempre alguém a espreitar de onde menos possamos esperar. Na realidade ao longo da nossa vida vamos deixando pequenas brechas abertas, aqui e ali, que a dada altura até faziam sentido como ponto de abertura. Mas esquecemo-nos dessas aberturas e o escrutínio continua, quando já não faz sentido. Se a nossa liberdade já é relativa, diria que a nossa privacidade é ainda mais relativa. E a vida pode ser muito cansativa com a constante preocupação de que temos de tapar todos os buracos. Não há nada como ser brutalmente desinteressante para ser verdadeiramente privado.