Lá vou eu votar em branco

Gosto imenso do nosso país, não gosto assim tanto de portugueses e não gosto nada da nossa classe política. A nossa classe política não passa de um conjunto de "tugas" de elite. Escolarizados sim, mas com todos os vícios de "chico-espertice" e pequenez de espírito que reconhecemos na versão massificada com que temos de conviver todos os dias.

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Quando penso que já não há muito para piorar a minha imagem da classe política aparece uma coisa nova; a lei de financiamento dos partidos, as manobras pouco honestas do PS com as cotas de mulheres, a ausência de condenação a actos de violência sobre políticos em campanha por parte do PCP, enfim é uma desilusão pegada. E eu que gosto de exercer o direito de voto e que até tenho alguma consciência cívica, sinto-me de mãos atadas.

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Este ano apareceram dois novos partidos ou movimentos, mas depois sobre obrigados a lidar com a falta de qualidade dos candidatos em matérias centrais como a economia (falo da Laurinda Alves, na sua candidatura ao Parlamento Europeu pelo MEP). O BE que eu até prezo também alinhou com a lei de financiamento dos partidos. No melhor pano cai a nódoa, diriam alguns.

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Portanto, o nosso espectro político é formado por oportunistas, chico-espertos, reaccionários, puritanos, incompetentes, arruaceiros e caridosos de 2ª classe. Com estas alternativas em quem voto? Em branco claro. Ao menos mostro o meu descontentamento, mas tenho a impressão que a classe política está-se a lixar para isso.