quarta-feira, maio 13, 2009

Homossexualidade é genética ou por condicionamento social?

Existem cada vez mais investigadores a conduzir investigações no sentido da homossexualidade ser genética. Este assunto chamou-me à atenção porque há dois dias num zapping parei no Tyra Banks Show onde estava um investigador, o Prof. Doutor Richard Lippa, que estuda todas as determinantes da orientação sexual nos dois géneros.
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O Dr. Lippa, nos seus estudos, chegou à conclusão que, em termos médios, há características físicas que se encontram presentes com maior preponderância nos homens homossexuais do que nos homens heterossexuais. E que são independentes dos ambientes em que os indivíduos se desenvolvem.
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A Tyra, muito céptica, deu-lhe 6 indivíduos para ele analisar de acordo com o método. Ele analisou: o sentido do remoinho do cabelo na nuca, o tamanho do dedo anelar em relação ao dedo indicador, o posicionamento do corpo no andar, características volumétricas da voz, modo de interacção e fotografias/filmes da infância.
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No final ficou com uma grelha onde para cada indivíduo, onde estava anotado se a característica em análise era gay ou não. Somou os elementos de forma ponderada e deu o veredicto. Acertou em toda a gente, ou seja, quem eram os 3 gays e os 3 heteros. Ele assevera que é um método que assenta em médias e disse em sua defesa que em média os homens são mais altos que as mulheres, mas que existem mulheres mais altas do que os homens. Li mais tarde que ele acredta que existe um gene gay e que está disposto a encontrá-lo.
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Embora eu acredite que a homossexualidade é algo que nasce connosco, a descoberta de um gene gay é algo que me assusta. Isto abre a possibilidade para, durante a gravidez, se descobrir que se vai ter uma criança homossexual. Para alguns pais isto não seria grave, mas acredito que muitos pais optariam por não ter a criança. Novamente um processo de higienização na história da humanidade.
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Há descobertas que não sei se são boas ou más.

13 comentários:

Provocação 'aka' Menina Ção disse...

Olha, eu descobri ontem que a Lussss com a sua capa no Festival da canção teve seguidores a nível europeu. O da républica checa então era um estrondo.
Deixa lá se deixarem de haver gays genéticos passam a haver os clonados ou os inventados ou os wannabes é que este mundo sem gays não é a mesma coisa....

Menino Das Pestanas disse...

E porque não ambas? Pode ser genética e encontrar um campo social/ cultural/ afectivo fértil onde se desenvolva. Ora a psicologia já provou há pelo menos 100 anos que nós, enquanto seres humanos somos a nossa herança genética+ o ambiente que nos rodeia... So....

Não me preocupa nada a existência de um gene gay. A existir e quando se provar que existe, já estará a Humanidade mais avançada em termos civilizacionais ;).

E já agora, frivolizando um pouco, eu tb sei quase sempre quando são hetero ou gays e não tenho necessariamente uma tabela à minha frente onde risco hípóteses... é genético, LOOOLL (embora às vezes preferisse enganar-me, quase nunca me engano....

Sandra Oliveira disse...

Não me faz diferença.

Nem sei distinguir os que são gays dos que não são. Tanto para homens como para mulheres.

O que eu não gosto mesmo é daqueles gays que se exibem nas gay parades, ou coisa que o valha. Tipo Castelo Branco. Que nojo.

silvestre disse...

Provocação, a Lusss tentou ser o mais pimba do que se faz lá fora. E a tendência continua (lá fora e na Lusss)

silvestre disse...

MdP, as mudanças culturais não operam tão rápido como as científicas. :-(

Quanto a resto, é claro. O "gaydar" é infalível. ;-)

silvestre disse...

Sandra, o Castelo Branco é um caso à parte. Mas percebo o teu ponto de vista, apesar de ter de referir que nas Gay Parades há gente como ele, mas muita gente que não é dita "efeminada" e inclusive gente que não é gay. A cobertura dos média é sempre muito deficiente e procura, essencialmente, o 'exótico' e 'sensacionalista'.

Menino Das Pestanas disse...

Peço desculpa, mas o Castelo Branco não é gay! É SOMENTE UMA MÁ PESSOA! é mesquinho, mexeriqueiro, falso católico, frívolo até à parvoíce and so on...

e já agora, quando muito, será uma mulher presa no corpo de um homem.E a isso chama-se transexualidade! mas com tantoosssssss matizes psico-sociais que não dá nem para começar a explicar.... enfim....

desenhos disse...

Eu acho que a coisa não se ficará apenas por saber à nascença se a criança é gay ou não. Se hoje em dia já se define a cor dos olhos, imagina uma questão mais delicada como a da orientação sexual. Vão começar a nascer todos loiros de olhos azuis, brancos e heteros. Que medo. Esse sr. cientista tem ar de quem conidera o bush brando demais.
Também há quem nasça preto, e é genético, também vão descobrir o gene e começar a alterá-lo? Bah.

ZEP disse...

sandra, mesmo que o castelo branco seja o que quer que ele seja tem direito à sua individualidade e maneira de ser. ele lá saberá de si.

acho que o principio de aceitar a orientação sexual de outra pessoa deverá ser válido para todos e não apenas para aqueles que se comportam "como se fossem straight". Há um preconceito generalizado, mesmo por parte de muitos homossexuais, relativamente aos rapazes mais efeminados (que não há contra as mulheres muito masculinas) e que não deveria existir.

Felizmente tenho a cabeça suficientemente arejada para não me importar com nada disso.

Este ano vou na parada gay de Lisboa, que nunca fui por puro preconceito meu. Acho importante estar presente.

silvestre disse...

Zep, concordo em tudo o que dizes. Toda a gente tem direito à sua liberdade de expressão.

Anónimo disse...

Bom tema...
O meu segundo post no meu blog (que curiosamente fui ver hoje para comentar um post do desenhos) tem uma pequena peça do "60 Minutes" em que as investigações não são conclusivas, pois dois irmãos gémeos podem ter orientações sexuais diferentes:
http://cosmos.bcst.yahoo.com/up/player/popup/index.php?cl=2727239

Ou seja, a questão duma "higienização" não me parece assim tão fácil. Por outro lado, porque não fizeram já isso com os portadores da Trissomia 21? (Eu não perito nesta área, por isso posso estar a meter a pata na poça...)

Quanto ao tipo "Castelo Branco", acho que é uma questão de respeitá-lo (dentro de certos limites): por muito que não goste desse "tipo", eu tenho que respeitá-lo, pois é a única forma de me respeitarem.
O respeito mútuo é a condição para a coexistência das diferentes pessoas.
Claro que não achei piada nenhuma quando ele e a sua Béte estacionaram o carro, perdão Jaguar, mal e porcamente em cima do passeio para irem à embaixada dos EUA. Mas teria o mesmo sentido fosse quem fosse a besta...
Está aqui a prova:
http://enginethrobs.wordpress.com/2008/10/17/e-assim-que-a-chona-do-castelo-branco-estaciona-a-voiture/

Quanto à parada e arraial gay, eu tenho uma opinião negativa, porque considero que estes eventos não trazem benefícios à comunidade LGBT e à resolução dos problemas que os seus elementos têm. Eu fui o ano passado ao arraial e fiquei com a impressão que estávamos na festa de passagem de ano LGBT, pois a festa terminou com a seguinte frase: Já são duas 2 horas da manhã e o barulho ouve-se na outra banda... então até para o ano!
E durante o resto do ano? Distribuir preservativos e organizar arraiais?
Onde está a visibilidade na defesa dos direitos d@s LGBTs, na altura do Casamento gay, nos comentários públicos da Igreja?

Como dizia Harvey Milk, temos de nos mostrar às pessoas com quem (con)vivemos, amigos, colegas, etc.:
http://enginethrobs.wordpress.com/2009/04/20/a-resposta-ja-foi-dada/

Claro que há quem ainda não o tenha feito (eu incluído), mas as novas gerações encaram a homossexualidade de forma mais natural e aberta, da mesma maneira que actualmente o papel da mulher na sociedade não é o de ser mãe e dona-de-casa.

Se não for hoje, será amanhã... ou depois, mas de certeza que será.

PS: foi um comentário muito grande, sorry

I.D.Pena disse...

Muito interessante Silvestre, mas permite que acrescenta:
A homosexualidade sempre existiu na raça humana, eu acho que nunca vai deixar de existir,e também não acho que sejam sequer para ser considerados/as como uma espécie em vias de extinção.

Mas compreendo o teu ponto de vista Silvestre, a mim também me entristece que o humano continue básico como um neanderthal e queira separar tudo por raças , apenas para se convencer que não é igual, apenas para se considerar como único.

Um propósito muito egoista.
Beijos e um fim de semana cheio de praia sol e risos.
:)

Helena disse...

Julgo que a questao do "gene gay" se aplique a tudo. Ha pais que rejeitam filhos porque não têm o sexo que eles queriam que tivessem. Na orientação sexual é o mesmo. O falta de educação ou informação está na base de qualquer problema e para pais com dificuldades em aceitar que as crianças são, antes de mais, delas próprias, hão-de arranjar maneira de implicar com qualquer coisa. Ou seja, quando o problema não fôr do cú, há-de ser das calças.