Acredito na energia. Tudo é energia no universo e desde o momento do nosso nascimento somos afectados pelos fluxos universais da mesma. Esses fluxos energéticos reorganizam-nos a vida porque o nosso corpo e a nossa mente (também energia) são reactivos ao movimento dos corpos maiores e ao (re)arranjo da estrutura universal. Apesar de saber que inúmeras coisas que me acontecem fazem sentido num plano maior e mais complexo, tenho alguma dificuldade em aceitar estas mudanças de ânimo leve. Talvez seja o meu ego a trabalhar contra aquilo que é natural. O meu apego ao que existe, ao que está.
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Racionalmente sei o que se passa, mas custa. Emocionalmente não consigo ter a leveza de libertar camadas como se largasse esta pele para viver uma nova vida, levemente. Provavelmente é esse mesmo o meu desafio, aprender a largar, a deixar ir. Esta recusa provoca efeitos cumulativos que mais tarde ou mais cedo rebentam com a minha própria estrutura. O que tem de mudar tem de fluir, tem de sair. E não vale a pena negá-lo. Podemos fingir que não é nada, mas é. Ninguém pode estar parado num sistema que depende do movimento, que em si é movimento. Podemos ir contra este movimento, mas mais tarde ou mais cedo ele acontece e com consequências mais dolorosas. Se sei que tenho de mudar? Sim, mas custa.
4 comentários:
De facto, mudar psicologicamente, deixar partir partes de nós e aceitar novas realidades devem ser os maiores desafios com que o Homem se depara. Aos poucos vou tentando libertar os meus fantasmas, mas um teima em não desaparecer, um dia espero que também ele desapareça :D
Silvestre, Silvestre... Não sei que raio te levou a dizer isso... mas eu, não usaria melhores palavras para entender tanta coisa na minha vida. Obrigada. ;)
É tão difícil quanto necessário mudar. Mas quer uma coisa, quer outra, são psicologicamente muito difíceis... Abraço.
@todos: a única coisa que nunca deixo de pensar é que vida é aquilo que não podemos negar e a vida flui.
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