segunda-feira, agosto 16, 2010

O mundo anda um bocadito cínico

A propósito do post abaixo. Acho que vale a pena comentar que o mundo anda um bocado cínico. Acredita-se em pouca coisa e cada vez menos nas pessoas. Eu não acredito em todas as pessoas, e já levei os meus banhos, é verdade, mas acredito em pessoas boas. Em magotes de pessoas boas. Eu considero-me um tipo porreiro e acho que como eu existem 500.000. Olho para os meus amigos e conigo encontrar mais uma vintena de pessoas porreiras. Pessoas com que me cruzo na rua são pessoas porreiras. Há gente que não vale um cabelo, ui... resmas. Mas isso não me impede de acreditar que estou rodeado de boa gente. Aliás, isso é o meu trabalho, constituir o meu meio, saber de quem me rodeio.
.
Sei quem não quero por perto. Pessoas muito simpáticas comigo, mas que fazem mal a outros, por exemplo, não quero por perto. Quero gente que me inspire, que me faça ter vontade de retribuir a sua grandiosidade (e para mim ser grandioso é ter o coração no sítio certo). Tenho tido uma sorte tamanha ou talvez não seja sorte, talvez seja olho para afastar trigo e joio.
.
Nem sempre tudo é o que eu gostaria, hoje a praia devia estar sem vento, mas levei o quebra-vento e quando me deitava na toalha o mundo era perfeito, quando me levantava era mais frio. É tudo uma questão de perspectiva. Há gente que pode dizer que a praia estava desagradável, para mim esteve óptima. E a água uma maravilha.
.
No final, eu acredito. Deve ser por isso que encontro muita gente boa, deve ser por isso que tenho tido mais boas experiências que más experiências, porque acredito na sua existência. E estou sempre pronto a aventurar-me, a arriscar. As coisas boas existem aqui no concreto, pessoas, coisas, etc.
.
E não. Só bebi águinha e comi frango assado com cenoura ralada ao jantar. Nada que alucine. ;-)

7 comentários:

Ricardo Pereira disse...

dizes uma coisa realmente importante em relação aos que são simpaticos para ti mas maus para os outros... faz-nos pensar se não serão assim também para nós nas costas.
infelizmente tenho vindo ma perder a capacidade de me entregar em pleno ou acreditar nas pessoas como no passado... sofri demais e levantei um muro, para certaos assuntos, e filtro muita coisa...já não sou nem serei mais o mesmo.
se há gente verdadeiramente boa no mundo... claro que sim... mas nenhuma das pessoas com que lido diáriamente o é. apenas uma ou outra pessoa mais velha por quem nutro um especial carinho.
estou cansado de dar, dar, dar e , quando for a minha vez de precisar... contar sempre com os mesmos porque o resto desapareceu tudo... emfim

silvestre disse...

Tens 26 anos. Tens a vida toda pela frente, se começas a desistir agora imagina-te com a minha idade (36) ou com 46.

Eu com idade estou cada vez mais irrequieto. Se não há onde estou vou buscar a outro lado. Só sei que há e também sei que se há, encontro. :-)

humming disse...

Se não há onde estou vou buscar a outro lado. Só sei que há e também sei que se há, encontro.

Silvestre, depois de ler isto tive saudades do simples e genuíno "Queres ser meu amigo?" de há uns quantos anos atrás. Gostei de ler o post, revi-me no que citei e o nome, "Silvestre", é lindo. Foi bom passar por aqui.

silvestre disse...

humming, obrigado :-)
também relembrei o «queres ser meu amigo?» que existiu até ao meu 8º ano. Era simplesmente isso, não era preciso mais nada.

tiago disse...

os nitroforanos são alucinogénios!!!
Fora de brincadeiras, ha que saber proucurar o que ainda ha de bom na sociedade, já somos descrentes com tanta coisa que se o formos com toda a gente que precisa de nós, aí sim, não ha mais nada em que se possa crer.
É bom ajudar, basta para isso proucurar quem de facto precise e "aprecie" a ajuda. É dificil, mas ninguém disse que ser bonzinho é fácil!

desenhos disse...

Na verdade não existem pessoas boas ou pessoas más, existem pessoas que adoptam boas atitudes ou más. Eu esforço-me por adoptar sempre as melhores e mais Nobres, muitas vezes não são as mais fáceis, e por isso as pessoas "boas" às vezes também fazem coisas más.

Já deixei de acreditar, de confiar, de sonhar, foi um processo gradual de crescimento, pensava eu. Até que houve uma reviravolta, e percebi que a minha tristeza profunda se devia simplesmente a ter deixado de sonhar, de acreditar nas pessoas, deixar de estar apaixonado pelo mundo, e agora estou no verdadeiro processo de crescimento, amar, acreditar, ser, sonhar tudo aquilo de que de bom consiga imaginar, porque sem isso eu perco a minha energia, a minha alegria, a força e a vontade de sair de cama.
Processo no qual muito me ajudaste, e fico eternamente grato. :]
No fundo é melhor vivermos neste mundo em que acreditamos e procuramos lembrar apenas as coisas boas, as boas atitudes das pessoas que nos rodeiam. É isto que nos faz sair de casa. :)

(já tinha saudades de ESCREVER um comentário! :D )

silvestre disse...

@desenhos: that's my boy :-)