terça-feira, fevereiro 02, 2016

Habilitar-me a levar um murro num olho

As colegas da sala ao lado (separada da nossa por uma parede e porta de vidro) resolveram redecorar também e logo junto à parte onde estou sentado resolveram montar uma mesa de reuniões rodeada de biombos dos anos 70 (daqueles que estavam no depósito e ninguém queria  por alguma razão). Comentei com as colegas da minha sala que se aquilo ficasse ali, eu forrava a minha parede com película para não estar a ver aquele espectáculo deprimente. A Directora veio à sala e disse «humm... não sei se gosto, alguém chama o Silvestre para ele dar a opinião dele». Foi a oportunidade que esperava. Quando me perguntou o que eu achava eu disse que parecia uma barraca e que os biombos não eram hediondos eram para lá de hediondos. Passa outra colega e diz «o que é isso? fica mesmo mal».

Passado uns 10 minutos entra a chefe passiva-agressiva. A ideia da barraca de biombos tinha sido dela. Diz uma da sala horrenda «é melhor tirar os biombos ninguém gosta da ideia». Pergunta a passiva-agressiva «quem é que não gosta?» Responde a colega «a Directora, o Silvestre...» Como eu estava a 2 metros nem deixou a outra enumerar as restantes pessoas e teve de elevar a voz (sem nunca olhar para mim claro) «o Silvestre não é desta sala». E ela tem razão. Não sou mesmo. E não queria ser nem que me pagassem. 

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