sexta-feira, março 22, 2024

35 anos de Like a Prayer

Lembro-me, como se fosse hoje, do momento em que comprei o vinil numa discoteca de Corroios e corri para casa para o colocar a tocar. Tinha adorado o ritmo festivo do anterior álbum 'True Blue' daí que a primeira audição do álbum Like a Prayer tenha sido uma lástima. Detestei aqueles sons mais rock e gospel e não consegui fazer sentido das letras. Aos 14 anos (quase 15) a única canção que fez sentido foi a faixa Express Yourself. 

Não obstante, este viria a tornar-se o meu segundo album favorito de Madonna (perdendo apenas para o Ray of Light). O que não apreendi logo em miúdo foi o que me cativou (não muitos) anos depois, o estilo confessional das letras, a estrutura menos óbvia das progressões de cordas e uma música levemente mais sombria, por vezes, e com maior profundidade mesmo nos temas dançantes.

Os críticos, por oposição ao que se passou com os trabalhos anteriores da cantora,  tiveram por este álbum uma aceitação extraordinária, prevendo que se tornaria um clássico. E sim, dele saíram dois dos maiores clássicos dos anos 80 (Like a Prayer e Express Yourself) e algumas canções que nunca viram "a luz do dia" como singles, mas que são extraordinárias: a estranhíssima Til Death Do Us Part, a introspetiva Promise to Try, a tantalizante Love Song.   

Madonna convertia-se numa artista respeitada a 31 de março de 1989. 


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