Uma casa pode ser bastante pobre, mas a realidade é que isso é pouco relevante quando as pessoas que nela habitam são solidárias e têm amor entre si. Uma casa que não é um lar é sempre fria, mesmo não deixando entrar chuva ou não deixando aparecer humidade nas paredes.
É assim a casa da minha "sogra", um lar. Apesar de ser a sogra mais desafiante que já tive, não vou tapar o sol com a peneira, por algumas razões que já elenquei aqui (teve de ser dura para sobreviver e tratar dos filhos e não mais despiu a personagem da guerreira, querendo tudo sempre de acordo com a sua visão e liderança), a casa dela é uma casa quentinha, onde as pessoas recebem amizade e generosidade e o sentimento de que fazem parte da família.
A família do meu pai também era gente de aldeia, rústica e bruta, mas genuína. Gente verdadeira que é aquilo que é e não finge ser outra coisa. O que é mais refrescante neste contacto com o Beto e com a mãe, é que tudo é aquilo que aparenta ser. É tudo verdadeiro. Já tive a minha cota parte de pessoas que não dizem o que realmente pensam ou sentem. Assim, mesmo tendo sido difícil adaptar-me à personalidade forte da sogra, é bom saber que estou no meio de gente boa. A casa pobre onde venho ficar quando estou na ilha, é um lar e gosto muito de lá estar. Há conforto, há calor humano.
1 comentário:
Totalmente de acordo
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