quinta-feira, outubro 08, 2009

Bruxelas obriga Portugal a transpor a lei sobre igualdade de género

Bruxelas pode obrigar Portugal a transpor integralmente todas as leis que lhe apetecer, mas daí até elas serem respeitadas ou cumpridas vai um esticão. A lei da igualdade de género no trabalho parece-me, tal como a lei anti-discriminação com base na orientação sexual, muito difícil de fazer-se cumprir. A "portugalidade" é imune a leis evoluídas. Chateia-me brutalmente que as próprias mulheres contribuam para a contínua discriminação que começa em casa e transparece em frases tão simples como «o meu namorado/marido ajuda-me em casa. Tenho sorte?». Ajuda-me?? Quando duas pessoas trabalham em empregos full-time não é natural que (a menos que tenham uma empregada) que ambos dividam todas as tarefas e não que o marido/namorado ajude em algumas coisas?
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Tenho visto através de alguns colegas meus que estão nos seus 20s que a subalternização da mulher continua a ser criada e cristalizada em casa. É preciso muita mudança a este nível. Para que mudar no formato quando o conteúdo continua o mesmo? Temos de fazer mudanças estruturais, no osso e não cosméticas.

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