Cada vez chego mais à conclusão de que apesar de ser muito gregário e táctil, não sou nada grupal. Não me sinto português, não me sinto europeu e por aí fora. Tenho dificuldade em assumir rótulos e "vestir camisolas" que me façam parte de um grupo bem identificado com características definidas. Perante a sugestão de ter uma camisola igual a todos os membros de um dos grupos onde pertenço, recusei a ideia de imediato. Eu faço parto daquele grupo, mas eu não sou idêntico aos membros do grupo. Tenho compatibilidades com alguns dos elementos, simpatias com outros, mas a coisa que nos une ali não justifica a minha fusão. Não consigo dar o passo no sentido da irmandadade. Sou parecido com uns, mas tão diferente de outros que não consigo aceitar a ideia de ser visto como «um deles». Ser um dos «boys» indiferenciados não faz o meu género por muito que eu (às vezes) possa tentar. É claro que exteriormente serei visto, em muitos casos, como membro dos grupos a que pertenço de forma formal ou informal. Mas do ponto de vista pessoal não consigo dar passos que signifiquem uma perda da minha individualidade pelo assumir da imagem do todo e, por conseguinte, das características a ela associada.
1 comentário:
Compreendo o que dizes, mas acho que uma camisola igual à dos outros não te faz igual ao grupo nem fere a tua individualidade. Não acho que passe por aí a questão, tem mais a ver com o facto de já saberes onde, pelo menos, não queres pertencer. ;-)
Enviar um comentário