Depois do soberbo «De tanto bater o meu coração parou» não podia perder o novo filme do Jacques Audiard. Segue a mesma linha de cinema realista embora não tenha a dimensão poética do primeiro. A história é por isso mais brutal. Mais desencantada. O filme conta o processo de evolução de um jovem delinquente de 19 anos, quase analfabeto, numa prisão. Por outras palavras, como um jovem condenado por delitos menores pode tornar-se um efectivo criminoso apenas porque tem de sobreviver. Ao fim de seis anos sai da cadeia "reabilitado", mas sem antes de tornar mestre na manipulação de favores e associações criminosas. As fronteiras entre o bem e o mal são esbatidas neste filme, onde o protagonista consegue a nossa simpatia não obstante a sua conduta. Uma instituição de correcção não corrige se os seus operacionais (polícias, assistentes, advogados e outros) não forem moralmente correctos. Na maioria dos casos não são.
16/20
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