quarta-feira, março 31, 2010
Honestamente...
Há pouco um colega abriu a RTPN online para ouvir o debate no Parlamento por uns minutos e ouvi o Sócrates a dizer algo como «eu restava a responder honestamente a isso». Foi o toque de humor de que eu estava a precisar hoje. Ri-me.
A selva chegou ao meu gabinete.
Não sei o que se passou. A minha direcção (a tal especializada em desmotivação de equipas) resolveu dar um brinde aos funcionários... plantas. Tenho agora no meu gabinete uma palmeira de 1.50 de altura e, sensivelmente, 1.20 de diâmetro. O feliz mamarracho está entre a porta e os armários e não faz sentido nenhum no gabinete. Quando eu estiver aborrecido sempre posso fingir que sou o David Attenborough na selva. Tenho de ver a coisa com humor porque a verdade é que estou a fumegar por dentro.
O começo da emancipação
A minha sobrinha começou ontem a dar os primeiros passos. É a emancipação e a partir daqui todo um novo mundo vai ser descoberto. Vai ser muito mais complicado mantê-la sossegada e, a julgar pelos filhos de amigos, vai haver um berreiro enorme se não a deixarmos andar pelo chão a ir onde quer ir. E como o tempo passa rápido que se farta, ela está aqui está na escola ou (pior) a namorar. Conheço um certo irmão meu que vai começar a ter algumas dores de cabeça...
terça-feira, março 30, 2010
Dilema.
Eu sou aquele tipo de pessoa que consegue encontrar beleza na fealdade, característica que faz de mim alguém com alma de artista ou alguém com muito mau gosto.
Um Sonho Possível
Seria uma pena este filme ter seguido directamente para vídeo, como estava previsto. Ainda bem que a Sandra Bullock ganhou o óscar. O papel é extraordinário. Muito suave, muito quotidiano, mas amplo, cheio. Nos tempos que vivemos é bom saber que existem pessoas como a Leigh Anne Tuohy com um coração. Há muitos miúdos em trajectórias de colisão com a vida que só precisam que alguém invista neles a sério. As famílias fazem-se das formas mais originais, menos usuais. Este filme é um excelente exemplo disso. Saí da sala de cinema com esperança, saí com um sorriso na cara ainda meio a doer do esforço para conter as lágrimas na sala de cinema. Vale a pena ver para acreditar que coisas boas acontecem. Que o mundo é belo e se fecharmos oa olhos perante as coisas más e os abrirmos quando elas passarem, ele continuará a ser belo.
15/20
quinta-feira, março 25, 2010
Ao fim de 15 meses...
Lavei pela primeira vez o carro por dentro. Já andava para o fazer há 7 meses. Está lindo, perfeito, cheiroso. Quando fui buscar o carro à lavagem até fiquei comovido. Tive vontade de abraçar o funcionário e perguntar se ele queria ser o meu melhor amigo.
A Igreja Católica deixa-me doente...
Altos responsáveis do Vaticano – incluindo o Papa Bento XVI – não tomaram medidas contra um padre que abusou de mais de 200 rapazes, noticia o “The New York Times”.
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O resto da notícia pode ser encontrada aqui
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A Igreja não está, de facto, empenhada em resolver a questão dos abusos sexuais. Está sim empenhada em fazer controlo de danos. A hipocrisia não tem limites e o chefe da Igreja é tão podre e manipulador como tudo o resto.
quarta-feira, março 24, 2010
Aprendizagem ao longo da vida.
Começo a desconfiar que os membros da direcção do sítio onde trabalho fizeram formação em Desmotivação de Equipas. Devem ter tido uma nota brilhante.
Pergunta.
Se as tintas de côr têm todas o mesmo preço, porque é que insistem em pintar os hospitais de creme e cinzento e não de cores mais alegres? Ficar numa sala de espera é deprimente, os corredores são deprimentes. Acho que alguém precisa de umas noções de cromoterapia (e não, não é a terapia dos cromos).
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terça-feira, março 23, 2010
Lembra-te de mim
O filme tem tudo para correr bem, mas a história perde um pouco com o desempenho dos actores, apesar de não ser por sua própria responsabilidade mas sim por opções do realizador, diria. O Robert Pattinson é colado a uma imagem estereotipada de rebelde sem causa tipo James Dean (que a desempenhou bem melhor), mas tenho de concordar que se fosse um editorial de moda, algumas cenas seriam dignas das melhores revistas. O filme está a ser brando quando no final dá uma reviravolta inesperada. Fiquei muito aborrecido com a reviravolta que nos faz automaticamente gostar do filme. O factor introduzido diz muito ao mundo ocidental e não conseguimos ficar indiferentes. Podia e devia ter sido bem melhor. A história é boa, os actores não são maus, a realização... pois. A mensagem é válida. A vida é feita de momentos. Por muito insignificantes que sejam as nossas acções é importante que façamos algo. Sempre.
13/20
Irmãos.
Estou cada vez mais parecido com o meu irmão. Acho que esse facto sempre me incomodou de alguma forma. Não queria ter 'a cara do irmão', mas acho que essa "embirração" se devia ao facto de me querer distanciar dele e da imagem que tinha dele. Na realidade, apesar de sempre ter gostado muito dele, não tinha respeito por aquilo que ele representava enquanto indivíduo. O facto de ser 6 anos mais novo e ser obrigado a fazer o papel de irmão mais velho irritava-me. Os pais depositavam em cima de mim o peso e a responsabilidade que lhe pertenciam a ele.
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O nascimento da minha sobrinha aproximou-nos. Falei mais com ele num ano do que em 10. Comecei a percebê-lo e a aceitá-lo. Ele fez o mesmo comigo. Ele é um excelente pai e começou por aí a minha nova relação com ele. Já não me faz confusão que ele seja um eterno adolescente porque ele também é outras coisas e deu-me espaço a mim também para ser leve, para ser o irmão mais novo. Hoje quando me olho ao espelho e vejo que estou cada vez mais parecido com o meu irmão fico contente. O meu irmão é brilhante.
Kim Joon
Descobri hoje este artista coreano que usa a body-art como expressão. A tatuagem é um tabu na Coreia, sendo associada a tudo o que há de mau na natureza humana e aos maus seres humanos. Assim, ele escolheu como forma de expressão "o cobrir do corpo". O corpo humano é a sua tela. Achei o trabalho dele verdadeiramente inspirador. Posteriormente usa a fotografia para apresentar detalhes ou composições do corpo recriado.
segunda-feira, março 22, 2010
Conversa. XL
Magda: Tu estás mais magro, andas a passar fome...
Silvestre: Não ando nada, ando é a fazer exercício que nem um boi.
M.: Eu também gostava de fazer exercício que nem uma vaca...
Silvestre: Não ando nada, ando é a fazer exercício que nem um boi.
M.: Eu também gostava de fazer exercício que nem uma vaca...
Frases
«Porque são os homossexuais de direita contra o casamento gay? Porque já são casados.»
by Rui Zink
by Rui Zink
Ouvir o Fórum da TSF...
...é deprimente. Custa-me ouvir a qualidade das participações porque, efectivamente, corresponde ao Portugal real. A 'voz do povo' diz-me que existe uma grande facilidade para crítica e para a autocomiseração, mas quase nenhuma inteligência para apresentar uma proposta. Se as coisas estão mal então como deveriam de ser? Não existe uma ideia de correcto em oposição ao errado. Quando existe uma proposta, é sempre um chorrilho de lugares comuns e de impossibilidades práticas. Custa-me perceber que de um modo geral, a qualidade analítica dos portugueses é inexistente. O nível de empreendedorismo também. A nossa especialização parece que foi feita em sofrimento e queixume. Muitos gostariam de criar uma cátedra na área. Assim, aproveitando o programa das Novas Oportunidades até poderiam passar de uma 4ª classe para um doutoramento. Julgando por alguns doutorados que conheço, não se deixa de ser muito burro e inapto por isso. Vou estar mais uns meses sem ouvir o fórum.
sexta-feira, março 19, 2010
quinta-feira, março 18, 2010
O que realmente existe
Hoje estou a ter um dia particularmente difícil no trabalho. Mas sempre que me deparo com estas dificuldades, passados os primeiros 15 minutos de raiva penso. A minha vida não é isto, é também isto, mas não só. Quando saio daqui já não existem directores, presidentes, gente com défice de respeito por terceiros. Existe o Batata, os meus amigos, a minha casa, a minha família, as minhas idas ao cinema, a minha máquina fotográfica, a minha música, os meus cozinhados, as minhas colagens, quadros, bricolages, o meu ginásio, os meus passeios a pé, a minha escrita, a minha terapia de florais... só de escrever isto já estou bem disposto. Cool.
Os tertulianos
Pensei que ia ser fácil de escrever sobre os tertulianos e não está a ser. Já escrevi e apaguei uma quantidade de frases. Os tertulianos são uma grande parte da minha "casa". Um grupo de amigos que surgiu por acaso não podia ter melhor estrutura. Cada um com as suas especificidades e cada um com o seu lado lunar, mas todos com um coração são e disponível e um espírito aberto e criativo. Encontrar 12 pessoas assim, todas juntas no mesmo sítio. Fico grato pois.
quarta-feira, março 17, 2010
Aceitar as coisas tal como elas são...
Ontem em conversa, percebi que com o tempo desenvolvi uma certa capacidade para aceitar as coisas tal como elas são. Tudo isto pode tornar-se mais difícil quando tem a ver com coisas e/ou pessoas muito importantes para nós. Mas é também uma boa maneira de perspectivar o que é realmente importante e o que queremos de um dado contexto ou situação.
Conversa. XXXIX
Magda: Eu digo sempre tudo o que me vem à cabeça, sou muito opinosa...
Silvestre: Queres dizer opinativa.
Magda: Hum? O que é que eu disse?
Silvestre: Opinosa...
Magda: ... pois, eu digo sempre isso. Como é que se diz mesmo?
Silvestre: Queres dizer opinativa.
Magda: Hum? O que é que eu disse?
Silvestre: Opinosa...
Magda: ... pois, eu digo sempre isso. Como é que se diz mesmo?
Amar... é complicado!
Falar do filme também é complicado porque não há grande coisa a dizer. A Nancy Meyers consegue produzir grandes comédias românticas (Alguém Tem de Ceder é uma delas), mas aqui escapou-lhe o dedo para o chinelo. O trailer é muito divertido, mas tem 95% das cenas divertidas de um filme que dura 2 horas. O único feito de maior do filme é fazer a Meryl Streep parecer banal. Não vou dizer que é desagradável. É um filme domingueiro para a pipoquinha, mas eu arriscaria que é um filme para ver quando só temos a funcionar o neurónio de emergência. Chega perfeitamente.
12/20
segunda-feira, março 15, 2010
Alice no País das Maravilhas
Lá tive o meu momento de Ray Charles hoje (ontem) quando resolvi ir ver a Alice do Tim Burton em 3D. Tirando o ar cómico dos óculos a experiência em 3D é terrível. Fiquei cheio de dores de cabeça. Felizmente consegui estar atento ao filme. O filme não é a maior obra do Tim Burton, mas está muito bem. Gostei do efeito catarse da existência adulta. Gostei da referência à "muiticidade" (muchness no original) que nós temos em crianças e que vamos perdendo à medida que vamos crescendo e vivendo vidas adultas. Esta Alice é sobre uma Alice que todos procuram e sobre uma Alice que, sem estar à procura de si, se encontra. Penso que isto é verídico para quase todos nós. Perdemo-nos sem perceber que o fazemos. Alguns, um dia, por acaso, encontram-se. Recuperam essa ausência de temeridade infantil e a sua "muiticidade".
16/20
sexta-feira, março 12, 2010
Bullying
Era uma vez o Jonas, um miúdo que quando era pequeno era gordo e com voz fininha. Chamavam-lhe todo o tipo de nomes: baleia assassina, baleia azul, moby dick, cetáceo, buda, gordo. Outros miúdos mais velhos às vezes davam uns cascudos quando passavam pelo 'gordo', porque os 'gordos' são de fácil sinalização. Os pais não percebiam nada. Aliás, nem o achavam gordo porque achavam bonito uma criança forte. Ele não se aproximava muito dos rapazes e tal como os restantes miúdos mais desvalidos, 'o burro', 'o feioso', 'o trapalhão', etc. Dava-se mais com as meninas sempre mais complacentes para com a diferença.
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Quando chegou ao 1º ano do ciclo foi o auge dos problemas. Havia um miúdo popular que não gostava dele. Formou-se um grupo contra ele. Um dia não aguentou mais e desatou a chorar na aula de matemática. Foi-lhe dito que se a professora de matemática os prejudicasse que ia sofrer consequências. Os pais só sabiam que tinham um filho muito interessado em livros, com boas notas, que não gostava muito de sair de casa e que ouvia música aos berros. O que eles não sabiam é que ele usava a música para berrar e ver se assim a voz engrossava e se livrava daquele tom de pintainho amaricado. Estava-se bem.
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Sorte dos diabos. Cresceu que se fartou e emagreceu com isso. A voz começou a engrossar e mudou de escola. Chegado à nova escola manteve-se discreto e sempre que podia desviava a atenção para outro rapaz que ainda era gordo e que a voz ainda não tinha mudado. Filha da putice ou espírito de sobrevivência? O segundo. Acalmou por fora. Por dentro continuava medroso e nervoso.
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Voltou a ter problemas quando mudou novamente de escola. Turma só de rapazes. Fim da adolescência. Muitos galos no poleiro. Um era particularmente difícil com ele. A pressão era tão grande que um dia, depois de muitos dias difíceis, foi para a escola a pensar que se o tipo gozasse com ele nesse dia lhe deitava as mãos às boca e lhe rasgava a boca à força de braço. Nunca mais abriria a boca suja para humilhar ninguém. 40 minutos da viagem de casa à escola foram passados com essa ideia fixa na cabeça, a soltar toda a raiva de que ia precisar para o fazer. Chegou à escola a fumegar por dentro. O coração aos pulos da adrenalina. Nada. O outro não lhe dirigiu a palavra nesse dia. Teve sorte ele. Que se lixe o outro. O Jonas podia ter estragado a vida por rasgar a boca do imbecil. Ele é que ia ser o agressor e o outro a vítima. Resolveu mudar de escola, de curso. Abandonar esta gente que detestava e que o iria acompanhar na universidade.
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Mudou de escola, de atitude, de identidade. Correu bem. Notas brutais. Universidade. Sucesso. A identidade dupla funcionava. Uma falsa confiança externa, para encobrir a insegurança. Estruturou-se em torno disto, uma existência quase bipolar agora concretizada e iniciada, ainda, na pré-adolescência. Demorou muito tempo até encontrar um centro. Não era um rapaz feliz. Tentava, mas ninguém pode ser feliz quando estrutura a sua vida para agradar aos outros e não ser rejeitado. Mesmo quando pensava que estava a agir para si, o Jonas estava a agir em prol do que os outros podiam pensar de si. Os outros também não o percebiam, haviam coisas que não batiam certo com a imagem que projectava. Foi sendo alvo de mal-entendidos até entrar em crise profunda. Teve de se reduzir a nada. Teve de parar para pensar. Perceber quem era e aprender a gostar de si.
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Só muito tarde a história se resolveu. O Jonas lá acabou por fazer a sua paz interior, por saber quem era e gosta de si. Não aceita merdas de ninguém. Tem um corpaço, um vozeirão e não aceita merdas de ninguém. É feliz e bem resolvido consigo. Se precisar fecha o punho num segundo (seja em sentido lato ou literal) para se defender e defender quem precisa de uma ajuda. Só há uma coisa nunca conseguiu ultrapassar, o medo de voltar ser gordo. Foi assim que tudo começou.
Violência contra professores
Vi hoje uma notícia sobre um professor que se suicidou porque era alvo de chacota dos alunos. Provavelmente a escola vai dizer que não sabia de nada, um inquérito vai dizer que é não há provas e morre aqui o assunto.
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Lembrei-me de dois professores da escola onde fiz o 7º, 8º e 9º anos. As escolas dos subúrbios não são fáceis. A minha não era das piores, mas os professores fracos depois de sinalizados sofriam bastante. Lembro-me da professora Edwiges e de um outro professor de inglês. Ela era uma pessoa bastante nervosa e bloqueava com a indisciplina. Muitas coisas aconteciam na aula, desde ser atacada com bolinhas de papel soprada por canetas, fisgas de grampos, até alguém rebentou um balão de água contra a parede. Ela simplesmente estava à nora. Não se conseguia defender nem impor o respeito. A dada altura, alguns alunos (eu incluído) começamos a defendê-la contra os colegas. A directora de turma sabia de tudo e outros professores também, mas olhavam para ela com desdém por ser fraca. A realidade é que os professores também conseguem ser bem cabrões uns com os outros.
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O professor de inglês era gay. Um tipo muito pacato e calmo e pequeno. Para além de lhe chamarem nomes, de entrarem e sairem pelas janelas, de fumarem na sala, ainda se encostavam a ele (os mais altos) a fazer -lhe medo e a desafiá-lo. Lógico que ele não dizia uma palavra, as aulas eram uma balbúrdia e ele acabou por abandonar o lugar. Não me lembro de nenhum professor ter sido solidário com ele. Isto foi em 1988, 1989. Acho que o único registo destas coisas deve estar na memória de quem presenciou os factos.
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Os putos são terríveis. As criancinhas e adolescentes são de facto, predadores se sentem o cheiro a medo. É próprio da idade, estamos a testar limites. Mas pode ser mais do isso. Pode resultar na depressão e suicídio de professores, pode resultar na morte de pessoas desvalidas como a Gisberta. Tudo isto talvez porque se faz vista grossa aos factos, porque a maioria dos inquéritos servem para encerrar assuntos e não para apurar responsabilidades. As crianças sáo santificadas, as escolas são santificados. Tudo é santo e o pau é muito oco.
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quinta-feira, março 11, 2010
A igreja católica faz-me rir...
Quando se descobrem cada vez mais casos de pedofilia no seio da igreja católica, em cada vez mais países, o Vaticano reage da seguinte maneira:
«O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirma que a pedofilia também foi praticada em outros âmbitos, pelo que acusar a Igreja é falsear a realidade. E adiantou que a Igreja enfrentou os casos com "rapidez e determinação"»
«O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirma que a pedofilia também foi praticada em outros âmbitos, pelo que acusar a Igreja é falsear a realidade. E adiantou que a Igreja enfrentou os casos com "rapidez e determinação"»
mais informação aqui
Este senhor teria uma carreira bem mais sucedida como comediante do que como padre. Se calhar não poderia usar saias permanentemente e isso demoveu-o. A igreja católica é uma coisa muito estranha mesmo.
quarta-feira, março 10, 2010
terça-feira, março 09, 2010
Lá se descobre a razão...
E pronto. Hoje armado em herói de acção lá andei a trepar pelo telhado do prédio vizinho, para conseguir chegar ao meu. Queria saber o que é que se passava para entrar água no meu escritório. Pois bem, descobri que parte da chaminé do prédio tinha caído em cima da minha casa. Existem dois buracos enormes no telhado e o dia de ontem não foi propriamente solarengo. Amanhã vem o homem arranjar o telhado. Espero. Sinto-me cansado com os pequenoa precalços da vida, que nas últimas duas semanas foram bastantes. Será que o Nelson Mandela se sentiu muitas vezes frustrado e frágil? Imagino-o sempre a recitar o Invictus e sinto-me "uma menina" por me sentir abaixo só porque 5 ou 6 coisas me correram mal. Acho que tenho de arranjar o meu próprio Invictus. Quando eu era mais pequeno o «One moment in time» da Whitney Houston dava-me muita força, mas isso foi em 1988 e hoje acho a música uma xaropada e a Whitney até acabou a snifar coca e a fumar chinesas.
segunda-feira, março 08, 2010
A importância dos Óscares.
Ontem foi a cerimónia dos Óscares. A este prémio é atribuída uma importância enorme como legitimação artística, de talento e de qualidade. Mas qual é a sua verdadeira importância? Em rigor nenhuma. Há muitos anos atrás quando tudo começou, a industria americana queria premiar-se a si mesma. E uma fantástica capacidade de produção e de auto-promoção fizeram o resto. O Óscar é o prémio mítico, porque a indústria americana em uma capacidade como nenhuma outra de se promover. Os americanos sabem como montar um espetáculo e a feira de vaidades pegou. Toda a gente queria ver as estrelas pela televisão, saber como elas eram fora dos estúdios. Era o auge do star system. Resultou.
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Os tempos mudaram. As estrelas estão à distância de um click no Google ou de um tablóide/revista qualquer. Vistas as coisas, mesmo entre pares, estes prémios americanos são um reflexo da conjuntura social americana da altura. A América está deprimida, vamos premiar o feel-good movie, a América está envergonhada? Vamos premiar o filme de contrição. A América está extasiada? Vamos premiar o filme realista.
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É apenas mais uma cerimónia de atribuição de prémios como tantas outras, mas uma cerimónia que dentro de alguns anos vai interessar apenas aos 'pares', cada vez menos às pessoas. Virá daí o derradeiro sacrifício. Vamos agradar exclusiamente às pessoas. O espetáculo televisivo rende dinheiro, emprega centenas, talvez milhares de pessoas. O espetáculo não pode parar, nem que tenha de ser apenas espetáculo, puro entretenimento. Os Óscares um destes dias poderão ser apenas isso. Alta-costura e satisfação a metro.
sexta-feira, março 05, 2010
Piada Seca XX. (um bocadinho escatológica)
- Como é que o Paulo Portas tira o preservativo?
- Dá um peido.
nota: estive para mudar o sujeito, mas contaram-me assim.
- Dá um peido.
nota: estive para mudar o sujeito, mas contaram-me assim.
A relatividade das palavras...
Hoje deparei-me com um poema a falar da chuva. Tão bonito e tão romântico. Aposto que a pessoa que o escreveu não esteve a viver em Lisboa nos últimos meses. Estou farto da (piiiii) do (piiiiii) da chuva!
quinta-feira, março 04, 2010
Como saber que uma mulher anda a usar o WC dos homens...
No meu trabalho é fácil. A mulher em questão (seja ela quem for) está com o período e esquece-se de puxar o autoclismo. É difícil passar despercebida nestas circunstâncias.
quarta-feira, março 03, 2010
Só te falta seres mulher.
Só te falta seres mulher – B Fachada
Se vamos juntos passear
O olhar faz parecer vão o que eu disser.
Se te provoco com o que à noite te fiz, sorris
Já só te falta seres mulher
Dou-te um abraço e vai-se o embaraço
Em pouco espaço vou dar-te aquilo que eu quiser
Eu quero tanto
Qual não foi o meu espanto pelo teu encanto
Só te falta seres mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher,
Uma mulher,
Uma mulher,
Uma mulher…
Eu posso até querer entregar-me, lançar-me
A ver aquilo que vier
Mas eu gostar da tua masculinidade é maldade
A merda é só não seres mulher
É que tu tens o charme para poderes virar-me
Sabes conquistar-me,
Dás-me a lascívia de talher.
Como dizer-te então tens escrito ‘homem’ no coração
Infelizmente querido eu… perdão, só me apaixono por mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher,
Uma mulher
Uma mulher
Uma mulher…
Se vamos juntos passear
O olhar faz parecer vão o que eu disser.
Se te provoco com o que à noite te fiz, sorris
Já só te falta seres mulher
Dou-te um abraço e vai-se o embaraço
Em pouco espaço vou dar-te aquilo que eu quiser
Eu quero tanto
Qual não foi o meu espanto pelo teu encanto
Só te falta seres mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher,
Uma mulher,
Uma mulher,
Uma mulher…
Eu posso até querer entregar-me, lançar-me
A ver aquilo que vier
Mas eu gostar da tua masculinidade é maldade
A merda é só não seres mulher
É que tu tens o charme para poderes virar-me
Sabes conquistar-me,
Dás-me a lascívia de talher.
Como dizer-te então tens escrito ‘homem’ no coração
Infelizmente querido eu… perdão, só me apaixono por mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher
Faça eu o que fizer
Não vou fazer de ti uma mulher,
Uma mulher
Uma mulher
Uma mulher…
Monogamia é uma novidade evolutiva nos homens
Um estudo feito realizado por Satoshi Kanazawa, especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics and Political Science explica que os “homens mais inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes". O autor concluí ainda que «os homens monogâmicos são mais evoluídos». O estudo é respeitável e os argumentos fazem sentido.
Mais informação aqui
Estado de Guerra
Tinha muita expectativa sobre este filme. Foi reposto e ainda bem. Não é o que eu pensava ser, mas isso não é mau. Quando ouvi «é o melhor filme de guerra dós últimos anos» pensei em planos espetaculares, emocionantes, mas nada disso. O filme é cru, despido, despojado, com uma estética que se pretende realista. No ínicio pensei que não ia gostar, no fim, e depois de realizada a viagem, percebi que é um filme mental. Subtil sem perder a força. Acompanha-se a extinção do homem civilizado face ao animal instintivo, ou melhor, o confronto entre os dois. Estamos no registo do psicológico e não há nada para nos distrair, actores importantes, efeitos especiais brutais. É crueza. Não é hollywood. É um grande filme de guerra.
16,5/20
Consultórios de Deus
Neste filme onde se cruza a ficção com a realidade num registo entre o drama e o documentário, o objecto são as mulheres. Podia ser um filme de mulheres para mulheres, mas não. É um filme de mulheres para o mundo. Numa canção da Madonna perguntava-se «do you know what it feels like for a girl?» Este filme de alguma forma tenta trazer luz sobre esta pergunta tão obscura.
.A acção é passada num Centro de Atendimento para Planeamento Familiar, que são essencialmente centros de atendimento a mulheres com questões no âmbito da vivência da sua sexualidade. As mulheres carregam o fardo da gravidez e com isso uma responsabilidade de que os homens se desvinculam. O testenhunho é transversal. Os casos apresentados retratam diferentes culturas, idades, etnias, escalões sociais. O que sente uma mulher? Como sente aquela mulher? O último caso, de uma prostituta, é muito bonito. O filme fecha com chave de ouro. No caminho tem o problema de, por vezes, não se conseguir manter o equilíbrio entre a ficção e o documentário.
15/20
segunda-feira, março 01, 2010
Grrrrr...
Tenho vontade de bater em pessoas que fazem sempre tudo para culpar os outros das suas falhas. Como é que conseguem dormir à noite?
O outro lado da moeda...
Comprei um utensílio verdadeiramente útil... um GPS. Para um rapaz que nunca sabe por onde anda quando vai de carro nada melhor. Experimentei este fim-de-semana e fiquei rendido. O único senão (e grande senão) é que a maquineta diz-me de 3 em 3 minutos que ultrapassei o limite de velocidade.
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