sexta-feira, março 11, 2011

Os agentes do destino


O que acontece quando se cruza ficção científica, com suspense e existencialismo filosófico? Na maioria dos casos tragédia cinematográfica, mas no caso deste filme adaptado de um conto de Philip Dick (que já nos tinha dado Blade Runner e Minority Report) acontece o oposto. Adorei o facto de se integrar a parte sci-fi no quotidiano. Dá um ar natural ao filme e torna-o fácil de seguir conferindo credibilidade extra. Por outro lado, também exacerba uma certa vertente "paranóica" do filme, o que lhe confere mais textura para a narrativa existencialista.
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Quem são estes agentes? São anjos? São servidores de Deus? São extraterrestres? No fim não interessa quem são. Interessa que é um filme sobre a nossa capacidade de exercer livre-arbítrio e assumirmos o nosso destino como consequência das nossas escolhas. E a uma dessas escolhas pode ser amar alguém até ao fim, não importa as consequências. Sim, sou um romântico.
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17/20

2 comentários:

Anónimo disse...

Claro que as consequências importam... Pelo menos no que ao retorno diz respeito... Romantismo!? Nã!!! Opções para ser feliz!

Cassandra disse...

Concordo plenamente. Não é fantástico mas fizeram muito bem em não apresentar respostas para perguntas básicas. Desceriam o nível do filme e assim ficaram-se pelo aceitável. A química entre os dois é que... enfim... já não se fazem casais como antigamente:).