Hoje no Royal, entre uma chávena e outra de chá de hortelã, anis e açafrão, uma amiga veio com a ideia de que as pessoas não deviam estar organizadas por fronteiras geográficas, mas sim fronteiras ideológicas. Ela não se identifica minimamente com os portugueses e com sua "mentalidade pequenina" e tem, por sua vez, alguns amigos que encontraram sítios no mundo onde se sentiram em casa pela primeira vez e por lá ficaram.
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O país das pessoas devia ser onde elas se sentem bem e onde estão as pessoas que pensam e sentem da mesma maneira. Dizia ela que podia ser uma maneira de acabar com o conflito. Por um lado, faz algum sentido. Por outro lado, haveria lutas pelos locais onde as pessoas com uma determinada ideologia teriam o direito de ficar, para não falar dos problemas de sobrepopulação.
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O problema principal creio que seria a ingerência nos assuntos alheios. Se juntamos muitas pessoas que pensam e sentem da mesma maneira, mais facilmente acreditam que a sua forma de pensar e de sentir é a mais correcta e mais direito sentem de impor a sua forma de pensar aos outros, os que estão errados. Por isso H., ainda não é desta que salvas o mundo. Na próxima chávena de chá, quem sabe? ;-)
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